Segunda-feira, Março 31, 2008
Alerta Total
O Palácio do Planalto apresentou ontem nova versão sobre o suposto dossiê com gastos de contas B do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O desgoverno Lula admitiu, pela primeira vez, a elaboração do até então negado dossiê.
Mas alega que o documento foi montado sem autorização por alguém com o objetivo de atingir a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e enfraquecer o presidente Lula da Silva, além de acirrar os ânimos entre governo e oposição.
Tese do “fogo amigo”
A tese do fogo amigo contra Dilma, já defendida pelo Alerta Total desde o começo, é mesmo a mais provável:
“Usaram o banco de dados com o intuito de fazer mal ao governo, e fizeram. Está claro que o relatório foi tirado do banco de dados. Alguém de dentro do Planalto resolveu fazer o mal. Esses dados foram vazados por alguém do governo. O banco de dados estava sendo montado caso a CPI precisasse. Mas esse banco de dados não era direcionado. O governo agora está procurando saber quem foi que fez isso”.
Foi o lamento do ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro.
Troféu Pinóquio
Foi a terceira versão apresentada até agora pelo Palácio do Planalto em uma semana.
A primeira foi a de que os dados foram solicitados pelo Tribunal de Contas da União (TCU), tese abandonada e depois retomada por Dilma, no sábado.
Num segundo momento, o governo alegou que fazia um levantamento preventivo para fornecer à CPI do Cartão Corporativo.
Agora, o dsgoverno admite que as informações foram pinçadas do banco de dados.
Perdeu, Dilma
A candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, à Presidência da República em 2010 está "natimorta" após o episódio do dossiê de gastos do ex-presidente FHC.
A previsão pessimista é de Marco Antonio Villa, historiador e professor do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
O analista político ironiza que que Dilma se enfraqueceu com as denúncias e agora virou a "madrasta do dossiê".
Convocação geral
“A ministra Dilma não respeita o Congresso, acha que a CPI não tem importância. Ela revelou mais uma vez seu autoritarismo e falta de apreço pelas instituições democráticas”.
O ataque do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, confirma a intenção de convocar Dilma para depor na CPI dos Cartões.
Sem maioria na comissão, a oposição quer obrigar Dilma a depor, apresentando requerimentos nas comissões permanentes do Senado.
Outra idéia é ressuscitar a idéia de uma CPI exclusiva no Senado, sem a participação dos deputados e com uma correlação de forças mais equilibrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário