Terça-feira, Abril 08, 2008
Denúncia de censura na TV Brasil e crise do dossiê atrapalham estratégia de Lula para obter terceiro mandato
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Por Jorge Serrão
Denúncias de censura política na TV Brasil produzem mais uma crise para o desgoverno petista. A nova confusão renderá dores de cabeça para o Bolcheviquepropagandaminister Franklin Martins e para a presidente da estatal, Tereza Cruvinel. Cabeças podem rolar. Tudo no exato momento em que os governistas no Congresso articulam para aprovar uma emenda constitucional que daria ao chefão Lula da Silva o direito a concorrer a um terceiro mandato. E na hora em que a Casa da Mãe do PAC faz malabarismos para tirar da reta de Dilma Rousseff o escândalo do vazamento do dossiê sobre os gastos de FHC.
O presidente do Conselho Curador da TV Brasil, Luiz Gonzaga Belluzzo, foi obrigado ontem a praticar o malabarismo de convocar os 14 conselheiros, por e-mail, para uma “reunião eletrônica” que resolverá se procedem ou não as denúncias do jornalista Luiz Lobo, que acusou o Palácio do Planalto de interferência na programação jornalística da “televisão pública”. Ao ser demitido na sexta-feira passada, Lobo (ex-Globo) acusou que a direção da emissora o proibiu de usar o termo “dossiê” – trocando-o pela expressão “levantamento sobre uso dos cartões”.
Ex-editor-chefe do telejornal "Repórter Brasil", Luiz Lobo denunciou que o governo Lula quebrou a promessa de não interferir em seu conteúdo, feita durante a discussão para a criação da emissora: “O coração da TV Pública foi ferido. Já vinha alertando que é preciso cuidado com o que está acontecendo ali. As dificuldades estavam cada vez maiores. E essa não é uma coisa só minha. As pessoas que estão ali (na direção) estão muito próximas a essa idéia de controle”.
A TV Brasil nega que Lobo tenha sido demitido por questões político-ideológicas. A direção da emissora estatal alega que Lobo se recusou a assinar um contrato, que só aceitava um compromisso para trabalhar 30 horas semanais e que isso seria incompatível com a função de editor-chefe do principal telejornal da emissora. A assessoria da TV afirmou ainda que Lobo só aparecia para trabalhar às 16h e que, por isso, não acompanhava o processo de feitura do jornal. O jornalista contesta a versão de que tenha agido como um vagabundo.
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