16/03 - Os crimes e a inércia do governo
Editorial - JB Online
A verdade sufocada
Uma vez mais o país se vê assolado por uma série de ações criminosas orquestradas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e seu comparsa de sotaque internacional, a Via Campesina. Desde o início do mês, os sem-terra perpetraram vários atentados à sociedade, sem respeitar direitos alheios ou o patrimônio privado e nacional. O que mais assusta, no entanto, é a passividade com que o governo Lula encara tais ações.
Neste março vermelho, os ditos "manifestantes" derrubaram portões, quebraram vidros, bloquearam ferrovias e paralisaram as obras da hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins. Também ocuparam outras quatro geradoras de energia no Sul e no Nordeste do país e bloquearam a estrada de ferro da Vale que atravessa o município mineiro de Resplendor. Por obra do acaso, não houve registro de mortes - embora em quase todos os casos, vigilantes particulares tenham sofrido agressões por parte da turba descontrolada.
Os alvos e a estratégia de guerrilha são velhos conhecidos de todos - inclusive das autoridades de segurança. Em maio do ano passado, ancorados numa difusa pauta de reivindicações e amparados em manifestações espalhadas por vários Estados, as mesmas organizações invadiram a sala de controle da Hidrelétrica de Tucuruí, no Pará. Saíram de lá depois de intensas negociações em Brasília.
O fato é que a modernização do agronegócio, levada a cabo nos últimos anos de Norte a Sul do país, praticamente exterminou com as terras ociosas tão reclamadas pelos bandos acima citados. O lema da reforma agrária não encontra mais espaço (físico mesmo, além de ideológico) para se plasmar, muito menos da forma primitiva com a qual sonham os ativistas - que enxergam no capitalismo o grande mal da humanidade e se posicionam contra quaisquer avanços científicos ou tecnológicos, como as pesquisas com organismos geneticamente modificados.
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