sábado, 5 de abril de 2008

Separatismo forçado no Brasil

Sexta-feira, Abril 04, 2008

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Separatismo forçado no Brasil

O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, não acredita que a Polícia Federal (PF) consiga retirar pacificamente os não-índios da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, área de 1,7 milhão de hectares, no Nordeste do estado.

Para Anchieta Júnior, o governo federal está assumindo toda a responsabilidade pelos confrontos que podem ocorrer durante a operação policial.

O Ministério da Justiça está trabalhando para evitar esse confronto. Nós que estamos vivendo lá é que não acreditamos nessa retirada pacífica Saímos daqui conscientes de que o governo federal vai assumir o ônus desta operação”.

Foi o recado dado pelo governador, após se reunir com o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, em Brasília.

Apelo final

Acompanhado pelo senador Augusto Botelho (PT) e pelo deputado Urzeni Rocha (PSDB), Anchieta Júnior foi ao ministério pedir para que o governo aguardasse a decisão final sobre o assunto que será dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

"Fomos à exaustão nas negociações e o governo federal se posicionou de uma forma que não volta atrás na sua decisão. A operação vai continuar e a retirada das pessoas vai ser feita. Foi isso que o ministério disse Temos certeza de que se esperássemos por esta decisão final nós evitaríamos confrontos, já que as pessoas que estão lá, resistindo, alegam que iriam respeitar a decisão do Supremo”.

O desgoverno Lula prefere apostar na guerra civil.

Argumento separatista

O presidente da Funai, Márcio Meira, que participou de parte da reunião, alega não haver necessidade de aguardar qualquer decisão do STF:

Essa é uma falsa questão. O Supremo não tem nada a resolver. O que existe é uma determinação constitucional e legal para a desintrusão. Aqueles que se sentem prejudicados entram com pedido de liminar, mas o STF já negou mais de 20. Não podemos esperar que o Supremo negue mais uma liminar para que a operação seja feita

Meira também refutou a responsabilidade do governo federal caso haja feridos ou mortos.

O ônus, se houver algum caso de derramamento de sangue, será daqueles que estão se armando para combater o Estado de direito. A tradição da PF é de não usar uma bala, de não dar um tiro”.

Segundo Meira, o governo tem indícios de que fazendeiros estejam adquirindo armas para resistir à retirada.

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