01/08 - A “VERDADE”, A “MEMÓRIA” E A “REPARAÇÃO”
A verdade sufocada
Por HEITOR DE PAOLA - http://resistenciamilitar.blogspot.com/
Com o título acima realiza-se hoje (31/07/08) no Ministério da Justiça em Brasília, a audiência pública "Limites e Possibilidades para a Responsabilização Jurídica dos Agentes Violadores de Direitos Humanos durante Estado de Exceção no Brasil". O objetivo é “analisar as potencialidades e dificuldades do estabelecimento de responsabilidades, no plano cível e criminal, aos agentes que praticaram condutas atentatórias aos direitos humanos entre os anos de 1964 e 1985 no Brasil, quando estava em vigência a ditadura militar”.
É de se supor que todos os “agentes” sejam objeto desta audiência. Ou não? É claro que não! Basta ler a lista das personalidades (sic) presentes ao encontro: os ministros da Justiça, Tarso Genro, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vanucchi, além dos presidentes da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Brito, e da Comissão Especial da Anistia da Câmara dos Deputados, Daniel Almeida, entre outros. Os “outros” são autoridades públicas, organizações da sociedade civil, militantes de direitos humanos, anistiados e anistiandos políticos, acadêmicos e pesquisadores de diversas áreas e demais interessados. Reúnem uma Procuradora da República, autora da Ação Civil Pública contra Carlos Alberto Ustra e Audir Santos Maciel, um Ex- Secretário Especial de Direitos Humanos, autoridades e membros de entidades tais como Comissão de Mortos e Desaparecidos da SEDH, Representante da Comissão Brasileira Justiça e Paz/CNBB, o filho dos Ex-Presidente João Goulart, a Presidente da UNE (o que ela faz lá?), cinco membros do Grupo Tortura Nunca Mais e de outras ONG’s, todas esquerdistas.
Além de alguns Juristas supostamente “neutros”, não consta da lista nenhum militar que está sendo acusado, nem ONG’s do lado oposto, como a Terrorismo Nunca Mais (TERNUMA). Alegaram que a presença dos mesmos transformaria o debate numa discussão política. E de que trata este encontro? De distribuição de balas às criancinhas carentes? Não é um encontro político, então? O que é?
Da convocação consta “sendo o processo brasileiro de reparação às vítimas significativamente avançado, o Governo Federal passa a buscar, junto à sociedade, os caminhos para que a verdade possa ser revelada e a memória social constituída. O MJ entende que é papel dos poderes do Estado dar encaminhamento à responsabilização pelas violações aos direitos humanos cometidas nos períodos de exceção, dentro de suas estritas atribuições legais”.
Se, como alega para convocar a audiência, o Ministério da Justiça considera que “os três pilares de um processo de transição democrática são a verdade, a memória e a reparação”, como se começa com uma mentira deslavada? E pior: reúne-se um dos lados para acusar, julgar, condenar e executar a sentença dos “agentes” do outro lado.
E os que mataram inocentes nas ruas em atentados terroristas? E os que fizeram treinamento de guerrilha em Cuba e na China? E os que seqüestraram Embaixadores, assaltaram bancos e casas particulares para roubarem cofres recheados de dólares cujo destino nunca se soube?
Se quisessem realmente saber a verdade e levantar o véu de amnésia que persistem em deixar encoberta, teriam convocado o “outro lado” para que contasse a sua versão. Um dos acusados, Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, escreveu dois livros que jamais foram contestados. O último se chama “A Verdade Sufocada: a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça” . Pois é aí que está a chave para entender o que se passa. É preciso saber ler quando comunistas falam ou escrevem. Existem “chávez” de decodificação demoradas de aprender, menos para quem passou anos dentro da mentira.
Verdade – tudo o que é favorável ao aprofundamento do processo revolucionário. Por isto não podem admitir “gente do outro lado”, já julgadas culpadas e previamente condenadas sem direito sequer a contestar, pois tudo que eles iriam dizer é “mentira”. Mas, e se alguém acredita? E sai a pesquisar? O que se pretende nesta farsa de “Audiência” é ditar a única verdade oficial.
Memória – o que deve ser lembrado pelas gerações futuras. Não se pretende que as pessoas que viviam na época da “ditadura” mudem suas memórias, mas estas pessoas são cada vez mais escassas e o processo revolucionário tem todo o tempo do mundo! Principalmente quando juristas de renome aceitam fazer parte desta palhaçada! Será que nunca lhes disseram os comunistas selecionam os membros de uma reunião de discussão? A idéia é bem simples: enchem o auditório com seus adeptos, claque mais que segura, e convidam uns poucos de preferência neutros, mas de alto prestígio para fazerem o papel de bobos da corte. Quando li a lista e vi certos nomes lá – prefiro não cita-los – pensei: como é que estes caras não percebem qual será o papel deles? Quando “tirarem” decisões – comunista não decide nem conclui, “tira” decisões já prontas previamente – o nome deles estará lá. “A Audiência Pública concluiu que........! Olhem aqui a lista: pessoas do mais alto gabarito, que nem concordam com nossa ideologia, decidiram!”. É por isto que eles têm tempo: os contra-revolucionários são burros!!!
Verdade + Memória= O Ministério da Justiça desde que PSDB (lembram do Aloysio Nunes Ferreira Filho, envolvido em assalto a trem?) e o PT tomaram o poder passou a ser a semente da qual brotará em curto prazo o Ministério da Verdade do livro 1984 (Orwell).
Reparação – pretexto! Informa-se que 13.229 pessoas já foram beneficiadas por indenizações, são camaradas de bolso cheio! Mas o alvo é outro: desmoralizar, menosprezar e achincalhar a única instituição que pode (Pode? Quer?) derrotá-los mais uma vez: as Forças Armadas. A outra, a Igreja Católica, participante ativa de 64, já se derreteu pelas infiltrações da Demonologia da Libertação.
Em breve teremos uma corja de mentirosos e desmemoriados, mas com as burras cheias!
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