terça-feira, 30 de novembro de 2010

O inimigo comum das Forças Armadas latino-americanas

Mídia Sem Máscara

Jorge P. Mones Ruiz | 30 Novembro 2010
Internacional - América Latina

Concluímos a audiência compartilhando a opinião de que na grande maioria dos países que combateram militar e exitosamente o terrorismo marxista (e alguns ainda hoje continuam fazendo), observamos claramente o desmantelamento militar de suas Forças Armadas.


Há poucas semanas (meados de novembro) tive a honra de ser recebido pelo senhor Vice-Presidente do Peru, Vice-Almirante Luis Giampietri Rojas, Presidente em exercício em ausência do titular do executivo, Alan García, por ocasião de sua visita à China. Fui em minha qualidade de delegado da União de Organizações Democráticas da América - UnoAmérica - e depois de haver mantido contatos com especialistas em Defesa em outros países da região.

Tratou-se de uma amena e afável reunião que se prolongou aproximadamente durante duas horas, na qual rapidamente as coincidências afloraram como conseqüência das percepções comuns a respeito da situação regional, os sistemas de defesa dos países e as ameaças e riscos presentes no continente. E, sobretudo, o perigo que ameaça as Forças Armadas Latino-Americanas.

As perspectivas compartilhadas motivaram o Sr. Almirante a me facilitar um documento de sua autoria e publicado no diário "La Razón" do Peru, em 24 de novembro de 2004. Diz no mesmo: "Incentivaram-se os conflitos étnicos-raciais, regionais e militares, financiados pelo narcotráfico e algumas importantes ONG ambientalistas, em convivência com grandes transnacionais. Isto, unido à coisa pública, assim como o uso da justiça pelas próprias mãos, em substituição aos péssimos sistemas judiciários da região, possibilitaram pretextos para que os subversivos tenham posto mais de um presidente da América Latina em sérias dificuldades e, em alguns casos, produzindo golpes civis".

No mesmo documento ele alerta sobre um plano perfeitamente concebido e que hoje comprovamos fidedignamente seu alcance e desenvolvimento. Diz este plano em relação a:

"Força espiritual:


Religião:
ataque sistemático à Igreja Católica, incentivo de correntes internas da mesma Igreja opostas ao Papa (Teologia da Libertação).

Cultura:
Modificar o sentimento nacional e o conseqüente desmoronamento nacional e do espírito nacional, impulso do indigenismo substituindo a vertente ocidental.

Força Política:
Subordinar as nações ibero-americanas à nova ordem internacional, impulsionar poderes executivos conformados por homens comprometidos e
subordinados à essa nova ordem.


População:
Controle da natalidade, redução de orçamentos, execução de ações racistas, propagação de enfermidades endêmicas.

Defesa:
Redução do orçamento militar, eliminação do serviço militar obrigatório, eliminação das reservas de homens e equipamentos, substituição do atual sistema previdenciário, pensões (por um sistema privado), eliminação de parte dos institutos de formação, baixas de pessoal que não se alinhem à nova ordem, imposição de baixos salários reduzindo a qualidade do pessoal, subordinar a inteligência militar à da região, desaparecimento da hipótese de guerra, eliminação das missões tradicionais, criação de forças expedicionárias (ex. Haiti), forças de luta contra o narcotráfico, forças de repressão interna".

Finaliza o Sr. Vice-Presidente do Peru no mesmo artigo advertindo: " (...)Vamos a caminho da destruição das Forças Armadas Ibero-Americanas (...)". Nesse sentido, sustentamos que existem projetos para transformá-las em Guardas Nacionais com missões pretorianas.

Concluímos a audiência compartilhando a opinião de que na grande maioria dos países que combateram militar e exitosamente o terrorismo marxista (e alguns ainda hoje continuam fazendo), observamos claramente o desmantelamento militar de suas Forças Armadas, mas sobretudo - e isto é o mais grave - a prisão arbitrária e anti-constitucional de centenas de militares, policiais e civis, produto de uma justiça vindicativa e persecutória, com leis iníquas e sob uma nova forma de luta: o Terrorismo Jurídico. E isto não é grave unicamente pelas situações pessoais destas vítimas, senão porque o que se encontra atrás das grades é a dignidade, o espírito de luta e a moral de combate dos Exércitos, outrora vitoriosos e hoje sujeitos à perfídia "progressista", à hipocrisia de uma "direita" covarde e amnésica e, por certo, à cumplicidade de certos altos comandos prebendários e claudicantes.

A América Latina necessita de novos Chacabuco(s), Maypo(s), Ayacuchos, Pinincha(s), Boyacá(s), para que se reencontre consigo mesma e alcance o destino designado por nossos verdadeiros Libertadores, que não foram (nem serão) nem o Che, nem Fidel, Tirofijo, Abigail Guzmán, e muito menos a comparsa caribenha-andina de Chávez e Evo, e outros socialistas do Século XXI da região, funcionais, vários deles, à Nova Ordem Mundial.




* Ex-Major de Cavalaria do Exército Argentino

Tradução: Graça Salgueiro

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