domingo, 23 de janeiro de 2011

“O escândalo na Bolívia nos dá razão”

Mídia Sem Máscara

Se os bolivianos desejam recuperar sua democracia devem estudar a fundo os atos de violência suscitados em Pando, porque foi com essa matança que começou a ofensiva do governo boliviano para destruir o Estado de Direito.

O escândalo suscitado na Bolívia em razão do suborno a uma "testemunha estrela", para incriminar dirigentes opositores em um "complô terrorista", dá toda razão às denúncias que UnoAmérica efetuou na ocasião. Os fatos são os seguintes: 1. Em 16 de abril de 2009, um grupo da polícia boliviana se introduziu no Hotel Las Américas, localizado em Santa Cruz, e assassinou Eduardo Rózsa, Michael Dwyer e Árpad Magyarosi.

2. O governo boliviano argumentou que estes três estrangeiros estavam envolvidos em um "complô para assassinar Evo Morales e para cindir Santa Cruz do território boliviano".

3. Segundo o governo, dirigentes opositores cruzenhos estavam envolvidos no complô. Como prova, apresentou o testemunho da "testemunha estrela" Ignacio Villa Vargas, cognome "O Velho", chofer de Rózsa.

4. UnoAmérica denunciou naquela ocasião que o triplo assassinato no Hotel Las Américas era uma manobra do governo boliviano para desviar a atenção do "Massacre de Pando", orquestrado pelo próprio governo para defenestrar o governador Leopoldo Fernández e para tomar o controle do estado de Pando.

UnoAmérica acusou o governo de Evo Morales ante a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), por ter planejado e executado o "Massacre de Pando".

UnoAmérica também denunciou que, com o triplo assassinato, o governo pretendia criminalizar a oposição cruzenha, para justificar uma perseguição feroz contra seus adversários políticos.

5. Em resposta às nossas denúncias, o governo boliviano também implicou UnoAmérica no suposto "complô separatista", alegando falsamente que um de nossos delegados, Jorge Mones Ruíz, havia se reunido com Eduardo Rózsa.

6. Em 29 de abril de 2009, a Embaixada dos Estados Unidos enviou um cabo (filtrado por WikiLeaks), identificado com o número 204756, onde assegura que o governo boliviano armou um falso complô para "assassinar" o presidente Evo Morales e depois culpar seus adversários, dentre eles UnoAmérica.

A Embaixada dos Estados Unidos afirma que Rózsa e seus companheiros foram contratados pelos serviços de inteligência bolivianos para montar uma falsa trama terrorista e justificar a perseguição desatada depois contra os dirigentes de Santa Cruz e contra UnoAmérica.

7. No passado 13 de janeiro, o portal boliviano Erbol difundiu um vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=qegVDce77E), onde se mostra um funcionário do Estado entregando à "testemunha estrela", Ignacio Villa Vargas, cognome "O Velho", um suborno de 31.500 dólares.

O que demonstra que nunca houve um "complô terrorista" para assassinar Evo Morales, que foi uma manobra do governo para se desfazer de seus opositores e para encobrir o "Massacre de Pando".

Frente aos fatos acima relatados, UnoAmérica estabelece duas observações:

1. Se os bolivianos desejam recuperar sua democracia devem estudar a fundo os atos de violência suscitados em Pando, porque foi com essa matança que começou a ofensiva do governo boliviano para destruir o Estado de Direito. Nesse sentido, recomendamos revisar detidamente o Informe de UnoAmérica a respeito, disponível em (http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=952).

2. A utilização de "testemunhas estrela", previamente subornados pelo oficialismo para perseguir e julgar os adversários políticos, é um modus operandi desenhado em Cuba e implementado pelos governos pertencentes à ALBA.

Atualmente, o Presidente de UnoAmérica, Alejandro Peña Esclusa, está injustamente encarcerado na sede da polícia política venezuelana, como resultado das supostas declarações da "testemunha estrela" Francisco Chávez Abarca, que foi enviado de imediato a Cuba para que seu testemunho não pudesse ser verificado.

Esperamos que estas escandalosas revelações sirvam para motivar os cidadãos da Bolívia e da Venezuela, a lutar mais arduamente por suas liberdades.

Tradução: Graça Salgueiro

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