domingo, 4 de setembro de 2011

Por um movimento de alcance nacional

Mídia Sem Máscara

O momento é crucial e abre uma gama de possibilidades ilimitadas para os que desejem construir uma nova Colômbia, sem terrorismo comunista, sem corruptos, sem politiqueiros tradicionais, sem delinqüentes de colarinho branco.

Sem entrar em especulações messiânicas nem suposições demagógicas, as circunstâncias que rodeiam a atual crise de liderança que a Colômbia enfrenta em todos os cenários da vida pública e privada do país, requer a implementação de um movimento político com objetivos nacionais, estratégias ambiciosas e planos de desenvolvimento sustentado a longo prazo.

Pelo menos isso se deduz das recentes e egocêntricas declarações do presidente da Corte Suprema de Justiça (CSJ) em entrevista com Yamid Amat. Lá, ficou claro que interessa mais aos altos magistrados a defesa de suas prebendas e empregos pessoais, do que o destino da Colômbia. Sua posição acerca da harmonia dos três poderes públicos aponta só para as conveniências da elite com toga e toldo à parte que, em essência, os ilustres magistrados querem impor. Não à conveniência da justiça na Colômbia.

Em síntese, isso ocorre com a justiça de um país onde quase todo o juiz que deseje se projetar em sua carreira profissional, necessita mais do apadrinhamento de um magistrado do que de sua própria capacidade, como amiúde acontece em outras instâncias do poder, onde a politicagem e a corrupção fazem seu pé de meia.

Por exemplo, o pitoresco ramalhete da fauna política bogotana onde, apesar de suas desastrosas gestões, Mockus, Peñalosa e Garzón se adonaram da eleição para prefeito da capital.

Por essa mesma razão, Vargas Lleras acredita que será o próximo presidente e Santos faz politicagem em torno da re-eleição. O grave é que nenhum deles aponta para o fundamental, como diria Álvaro Gómez, nem para um plano coerente e sustentável de desenvolvimento sócio-político integral, com segurança interna e defesa nacional fortes.

O fenômeno é sui generis. Na academia e na vida normal do país há muitas pessoas afastadas das contendas políticas, porém dotadas com condições pessoais e profissionais para governar a Colômbia nos âmbitos nacional, regional e estadual. Se seus talentos fossem utilizados no bem do país, outro galo cantaria.

Entretanto, os oficiais, sub-oficiais, agentes e soldados profissionais da Força Pública que dedicam duas ou três décadas de suas vidas ao serviço da nação, que percorrem o país rural de um lugar a outro, que conhecem de perto as necessidades dos colombianos a pé, chegam à aposentadoria e por falta de organização e de liderança visionária, levam para suas casas e depois para a tumba os conhecimentos e experiências, o que favorece a que os politiqueiros continuem parafusados ao poder sem uma verdadeira oposição.

Até esta data, a nação perdeu esse caudal de experiências necessárias para tirar o país do atoleiro próprio da mediocridade ao qual o levaram os Lleras, os López, os Turbay, os Samper, os Gómez, os Galán, os Gaviria, os Pastrana, os Peñalosa, os comunistas, os narcotraficantes e em geral, todos os corruptos e politiqueiros, inclusive alguns de sobrenomes ribombantes, aos quais as Forças Armadas, por lealdade à Constituição e à Colômbia, defenderam e sustentaram em seus imerecidos cargos.

O momento é crucial e abre uma gama de possibilidades ilimitadas para os que desejem construir uma nova Colômbia, sem terrorismo comunista, sem corruptos, sem politiqueiros tradicionais, sem delinqüentes de colarinho branco. O momento é propício para que patriotas com devoção pelo destino do país, acadêmicos centrados, militares e policiais aposentados, líderes comunais alheios à rapina politiqueira e jovens universitários com vocação de serviço à sociedade, integrem uma nova corrente política fundamentada em objetivos nacionais e planos estratégicos definidos.

Urgem obras de infra-estrutura de alta qualidade e eficiência. Não atalhozinhos com pavimento de péssima categoria edificados como monumentos à corrupção. Não Transmilenios que enriquecem a uns poucos e sangram as finanças dos bogotanos e dos demais usuários em outras cidades. Não aeroportos “meia boca”, nem portos marítimos e fluviais insuficientes.

Se Roma alcançou seu esplendor a partir da extensa construção de caminhos e, por sua parte, com rodovias e estradas de ferro os Estados Unidos transformaram a economia de mercado e sua projeção integral no planeta, ao mesmo tempo com alta ativação do consumo interno, é óbvio deduzir que esse seria um grande passo para abrir novas possibilidades de benefício social, econômico e político para os colombianos.

Porém, claro, ao mesmo tempo e de maneira continuada o Estado deve investir mais em educação qualificada, investigação científica, saúde, seguridade social, moradia e bem-estar dos colombianos, sem descuidar um segundo do fortalecimento da defesa nacional pois, embora Chávez tenha câncer, Correa, Lula, Dilma e os demais sócios das FARC continuam empenhados em meter o paquidérmico comunismo no país, e os corruptos e politiqueiros de sempre continuam obstinados em se aferrar ao poder, do qual tantas prebendas obtiveram e que, além disso, consideram como um brinquedo próprio herdado.

Desde esta coluna instamos os colombianos patriotas alheios à politicagem, os militares e policiais da reserva ativa, os familiares dos membros das instituições armadas, os educadores, as donas de casa, os estudantes universitários, todos os colombianos honestos que somos a maioria, para que demos um giro radical nos péssimos costumes políticos colombianos (inclusive a estéril convivência com a subversão terrorista crônica que faz parte dessa fauna selvagem esfarrapada), para que fomentemos um movimento político suprapartidário entre todos, denominado Colômbia Unida, destinado a mudar para o bem o destino nacional.

Não mais politiqueiros corruptos que se acreditam donos da presidência, do Congresso, dos ministérios, das embaixadas, dos governos estaduais e das prefeituras. Não mais espirais acomodadas nos altos tribunais, não mais corruptos nos cargos públicos, não mais narco-terrorismo comunista, não mais silêncio cúmplice e indiferença dos colombianos que queremos um país digno para nossos sucessores. Pensemos grande e atuemos em conseqüência. A Colômbia deve ser o modelo de desenvolvimento para toda a América Latina.

Tradução: Graça Salgueiro

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