quinta-feira, 3 de março de 2011

Luiz Fux e a injustiça da lei

Mídia Sem Máscara

Nivaldo Cordeiro | 03 Março 2011
Artigos - Direito

Fux reafirmou a sua visão de mundo (Nós, os juízes), em texto que é um misto de auto-elogio biográfico e de chamamento aos pares magistrados, de todos os níveis, para a ação deletéria de quebrar o princípio da igualdade diante da lei.

Quando eu produzi meu comentário em vídeo abordando o discurso de Luiz Fux no Senado Federal, ele que havia sido recém nomeado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal - STF (Luiz Fux rasga a Constituição), em face do conjunto de manifestações que recebi, com opiniões a favor e contra ao que eu disse, fiquei em dúvida se eu havia feito o certo ao levar a público mais amplo a minha modesta opinião e se, eventualmente, eu poderia ter cometido uma injustiça com aquele alto magistrado. Minha opinião é, para dizer o mínimo, forte, isso porque vi no ministro o representante de certas correntes do Direito que querem fazer do Poder Judiciário um instrumento de igualdade social, com cada juiz legislando segundo sua idiossincrasia igualitarista a partir do caso em julgamento. Essas correntes não querem mais a igualdade de todos perante a lei, mas sim, a igualdade por força do Judiciário, à espera que o sistema jurídico seja devidamente moldado para que a lei determine, por sua própria força, a igualdade de fato.

Enquanto a lei não muda, mudaram os juízes, que a ignoram solenemente.

Essa visão contraria tudo que a tradição consagrou em matéria de lei e de Justiça. Vemos agora no mundo árabe os estertores de um sistema que anseia por aquilo que ansiava o Ocidente antes de Platão e de Aristóteles e da consagração da visão cristã como verdade universal. A maior conquista da civilização - a igualdade de todos perante a lei - precisou de milênios para ser implantada e o marco constitucional foi o primeiro passo para isso. Basta lembrar que, na esteira dessa suprema conquista, que ressoa as palavras do Apóstolo Paulo ao dizer que "Deus não faz acepção das pessoas", é que o Ocidente se livrou da escravidão e de outras odiosas desigualdades instituídas juridicamente pelo nascimento. Os sofridos povos árabes ora em convulsão lutam ainda por uma mísera constituição, que separe as funções do chefe de Estado e da religião, fazendo assim imperar a lei. O morticínio da Líbia faz-nos lembrar que no Ocidente muito sangue foi também derramado para essa que essa excelsa conquista finalmente viesse moldar as instituições.

A igualdade de todos diante da lei não é nenhuma ninharia e reflete a expressão jurídica que tem base teológica e filosófica do mais alto vigor. Essa visão, que terá tido no século XIX o seu ponto mais elevado de respeito e aplicação, foi pouco a pouco se deteriorando com a infiltração marxista, levada a cabo mediante autores como Grasmsci, Rawls e Bobbio (o primeiro contido nos dois últimos), marcando profundamente o Direito da segunda metade do século XX para cá. Abandonou-se paulatinamente a tradição greco-cristã em matéria jurídica e se transformou o Poder Judiciário em instrumento da luta de classes, como se fosse um mero aparelho ideológico. Ao juiz, agora tornado comissário militante, caberia supostamente corrigir as desigualdades naturais e interpretar e aplicar a lei não de acordo com sua letra, abandonando o princípio da igualdade, mas dando peso diferente às partes, de acordo com os princípios marxistas. A magistratura virou instrumento para transformar os naturalmente desiguais em iguais por força de decisão judicial, deixando de lado o princípio constitucional mais precioso. A praga esparramou-se no Brasil, mas de forma alguma está restrita ao nosso país. É universal.

Na prática, essa visão da magistratura restaura o roubo estatal, a rapina injusta nas sentenças exaradas, o favorecimento injustificado de demandantes contra o espírito igualitário da Constituição. Voltamos ao ponto de partida, em que o perigo da escravidão forçada pelo arbítrio, não apenas contra a propriedade privada, esteio da liberdade, mas também contra a liberdade enquanto tal. Quantos injustamente pagam sem dever, tendo sido apenados por força da ignorância e da má fé de juízes militantes?

Vi que não fugi à verdade e nem fui injusto com Luiz Fux no vídeo citado. Na edição de hoje da Folha de São Paulo o nobre magistrado reafirmou a sua visão de mundo (Nós, os juízes), em texto que é um misto de auto-elogio biográfico e de chamamento aos pares magistrados, de todos os níveis, para essa ação deletéria de quebrar o princípio da igualdade diante da lei. A surpresa não é que a ação aconteça - bem sabemos que ela ocorre cotidianamente nos tribunais, com o consentimento tácito da mais alta hierarquia; a surpresa é um ministro do STF colocar a tese com todas as letras em um jornal de grande circulação, contrariando formalmente a Constituição Federal.

Luiz Fux escreveu: "Os juízes têm amor à justiça: enfrentam diuturnamente com a espada da deusa Têmis o conflito entre a lei e o justo, tratam os opulentos com altivez e os indigentes com caridade". Reconheço haver um conflito entre a lei e o justo, pois nas últimas décadas nosso marco jurídico tem sido violentado pela sanha igualitarista dos marxistas, que dominaram o Congresso Nacional, mas, ainda assim, não é da competência do Poder Judiciário não reconhecer uma lei legitimamente aprovada de acordo com os ritos constitucionais. Se há injustiça não é por causa do princípio da igualdade, mas porque os legisladores abandonaram o Direito Natural no momento da feitura do marco legal. Com qualquer que seja o vício, se a lei é constitucional e considerada apta, compete ao magistrado exclusivamente a sua aplicação. Eles não podem selecionar aquilo que é matéria para o caso apenas para supostamente favorecer a parte tida como mais fraca. Discutir o processo legislativo e a equidade da lei é assunto privativo de outros poderes.

Criar antinomias entre a lei e o justo é flertar perigosamente com o relativismo jurídico nefasto, que pode levar à insegurança dos contratos e das relações cotidianas entre as pessoas. É fazer das sentenças múltiplas expressões de arbitrariedades e de preconceitos. É transformar os tribunais em antros fabricadores de hediondas injustiças. A administração ordinária da Justiça torna-se assim uma loteria diabólica.

A fé marxista e igualitarista de Luiz Fux está plenamente expressa nas seguintes palavras: "Nesse mister, assemelhado às atividades sacras, cumpre ao juiz substituir o falso pelo verdadeiro, combater o farisaísmo, desmascarar a impostura, proteger os que padecem e reclamar a herança dos deserdados pela pátria." O sagrado, para Luiz Fux, é o revolucionário. A negação de qualquer sacralidade do Direito, portanto, exatamente o contrário do que canta a sua retórica. Definir quem são os deserdados pela pátria será tarefa de um magistrado? Vê-se o perigo da elasticidade desses conceitos arbitrários.

O fecho do artigo é a convocação dos "companheiros" magistrados para a ação direta (termo de triste memória para quem se lembra da história do século XX, que teve no povo judeu suas vítimas superlativas): "Senhores juízes brasileiros! Lutem incessantemente pelos seus ideais, porque eu, nessas horas que antecedem a minha posse, acredito que a vida é feita de heroísmos". Tremo de pensar nas ações heróicas de justiceiros judiciais.

Salário mínimo: o embuste de sempre

Mídia Sem Máscara

Klauber Cristofen Pires | 02 Março 2011
Artigos - Economia

Isto tudo não passa de um palco para os políticos demagogos. Quem pode pagar a mais já o tem feito há muito tempo.

Vou começar este texto por enfatizar a longuíssima marcha forçada que separa anualmente cada votação do salário mínimo, justamente para demonstrar quanta energia o país gasta para definir algo completamente infrutífero:

Por primeiro, são as equipes técnicas do governo a proporem aumentos segundo determinadas margens, com base em cálculos tão complicadíssimos quanto arbitrários (chutes científicos), e então estas são submetidas ao crivo dos noticiários para que o governo faça uma avaliação da recepção popular. Lógico, os ventos também vão determinando o fluir da maré para cá ou para lá, e é por isto que as decisões têm de ser tomadas com calma, com muita calma: proximidade de eleições, crises externas, crises fiscais, crises energéticas, escândalos de corrupção e tantas outras coisas que, sob rigor absolutamente técnico, deveriam ser mantidas à distância de tal discussão. Depois virão os demais políticos com as suas emendas e os seus teatrismos para as câmaras. Todos querem posar de pai de um aumento do salário mínimo, não é mesmo? E se ele não vier, ou vier "pequenino assim, ó"? Isto não importa, desde que os falsos mártires tenham pranteado em jorros nas frentes das câmeras. O efeito desejado terá sido conseguido.

A turma da política, à frente o jornalista Reinaldo Azevedo, conclama a oposição a ser mais "esperta": "- vão lá e defendam um aumento para seiscentos reais", assim ele defende, como parte do jogo político. Afinal, o PSDB prometeu isto quando em campanha, certo? Além disso, no tempo que o PT era pedra, não havia valor que chegasse. O tal do DIEESE sempre defendeu que este valor deveria superar três ou quatro vezes mais o que fosse na época estipulado, para fazer face às despesas mínimas de uma família.

Eu realmente entendo pouco de política, mas enfim, aqui estou justamente para estragar a festa, seja do governo ou da oposição. Em outras palavras, políticos a bombordo e a boreste, vão todos t...!

Agora sim, tendo desabafado um pouco, vamos à verdade: o salário mínimo nasceu segundo a falaciosíssima teoria marxista do salário "vitalmente necessário", e daí em diante jamais arredou pé das democracias do ocidente. Segundo esta teoria, os empregados precisariam receber um salário que satisfizesse todas as suas necessidades básicas.

Contudo, quais são as necessidades básicas de um homem? Terá um homem solteiro que trabalha o mesmo que seu vizinho casado com filhos receber menos do que ele porque o salário deve ser pago segundo o quantitativo de dependentes? E o que dizer das facilidades da vida moderna que não foram ainda inventadas? Terá o salário mínimo de arcar com despesas para a conta de luz, se esta um dia não existia nos lares? Ainda, o que dizer do que possa ser considerado mínimo frente ao estado de riqueza de qual ou qual país? Terá um trabalhador norte-americano que se virar com o exíguo salário mínimo de um operário brasileiro, ou este com o de um nigeriano?

Agora, pensemos: se esta teoria for válida, não constituirá uma indizível injustiça divina lançar a rede ao mar e vê-la voltar vazia? Ou ainda, passar meses caçando ervas daninhas e pragas para ver a colheita minguar diante da seca ou da geada? Ou até mesmo, que tal pensar das pessoas que passam ao largo da loja do "seu João" sem entrar para comprar algo, nem que seja, como se diz, "pra lhe ajudar"?

Se o risco é um fator inerente à própria existência humana, porque o salário de trabalhador deve ser legalmente suficiente para o seu sustento, e ainda mais, arbitrado por outras pessoas que não ele próprio e o seu patrão (em tempo: vamos chamar este sujeito aqui de "contratante")?

Todas estas coisas apontam para uma só verdade: o salário mínimo não é uma garantia de nada, mas uma proibição! Sim, apenas uma proibição. Se entendermos exatamente como funciona, perceberemos que um decreto estatal que aumente o seu valor não está a prover materialmente um valor maior para ninguém, mas apenas a vedar a toda a população de contratar mão-de-obra por valor abaixo do determinado. Assim sendo, pode muito bem restar que uma determinada fatia da sociedade não consiga continuar a participar desta maratona e então vá dizer: "-paro por aqui"; este será o momento em que um número qualquer de brasileiros conhecerá a outra face da lei do salário mínimo, isto é, aquela que não o recebe, por estar desempregada.

Diz o livro de Gary Garret "The American Story" que quando veio lume a maior parte das leis trabalhistas norte-americanas, os salários já eram maiores do que o mínimo governamental, as crianças já estavam na escola - longe das fábricas - há muito tempo, e os empregados usavam E.P.I. fornecidos pelas empresas. Na verdade, estas coisas todas aconteciam somente porque o mercado possibilitava que acontecessem, e porque eram do interesse de patrões e empregados, já que reduziam os custos para os primeiros e proporcionavam mais segurança e bem-estar para os segundos. Isto demonstra o quanto a arbitragem de um salário mínimo pode ser algo fantasticamente inútil.

Em um país cuja economia segue seu curso sem interferência estatal, os salários vão naturalmente aumentando segundo o princípio da acumulação de capital e da eficiência econômica. Em países cuja economia vai mal, porque de todo modo atada a regulamentos e pode-não-podes governamentais, bem como porque as pessoas têm de trabalhar até uma boa parte do ano somente para sustentar a máquina estatal, discussões bizantinas sobre o salário mínimo tomam permanentemente as capas dos jornais e revistas, a iludir a população, quando bem poderiam estar anunciando incrementos sobre crescimento e poupança.

É exatamente este o caso do Brasil. Com efeito, os trinta e cinco reais que se somam ao bolso do trabalhador em 2011 já nem sequer repõem o que eles perderam com a inflação: pouco a pouco vai se consolidando o esquema de uma economia indexada, para englobar de forma automática os combustíveis, água e luz, aluguéis, condomínios, mensalidades escolares, taxas públicas e assim por diante.

Com os salários indexados segundo uma fórmula previamente acertada com base na inflação e no PIB de anos anteriores, fatalmente a sociedade se adiantará em relação aos aumentos, de modo que quando anualmente cheguem às mãos do trabalhador, já estarão defasados. Sem exageros, estamos diante da volta do gatilho automático: Dílson Funaro deve estar se remexendo no túmulo.

Dito isto, se há algo que eu entendo que a oposição poderia realmente a fazer é desmascarar a farsa chamada "salário mínimo". Isto tudo não passa de um palco para os políticos demagogos. Quem pode pagar a mais já o tem feito há muito tempo, e quem não pode não passará a ter condições milagrosamente depois de sua promulgação.

Canadá: “especialistas” pró-pedofilia no Parlamento

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Numa recente sessão parlamentar sobre um projeto de lei relativo a crimes sexuais contra crianças, especialistas em psicologia afirmaram que a pedofilia é uma "orientação sexual" comparável à homossexualidade ou heterossexualidade, uma definição que foi questionada por um membro do Parlamento que estava presente.

O projeto de lei C-54, uma Lei que servirá de Emenda ao Código Penal, busca aumentar ou impor penas ou castigos mínimos obrigatórios para criminosos sexuais de crianças em casos de crimes específicos.

O debate no Parlamento em 14 de fevereiro focalizou na prisão compulsória mínima e como os criminosos reagem a tratamento. O Dr. Vernon Quinsey e o Dr. Hubert Van Gijseghem, especialistas na questão, foram chamados para dar testemunho.

"Quando falamos de terapia ou quando indivíduos recebem terapia e sentimos como se todos tivessem sido apaziguados, a boa notícia é muitas vezes ilusória", disse Van Gijseghem, psicólogo e professor aposentado da Universidade de Montreal.

"Os pedófilos não são simplesmente pessoas que cometem um pequeno delito de tempos em tempos. Pelo contrário, eles têm conflitos com o que equivale a uma orientação sexual exatamente como outro indivíduo pode estar em conflito com a heterossexualidade ou até mesmo a homossexualidade", frisou Van Gijseghem.

"Os verdadeiros pedófilos têm preferência exclusiva por crianças, o que é a mesma coisa como ter uma orientação sexual. Não se pode mudar a orientação sexual de uma pessoa". Contudo, ele acrescentou: "Apesar disso, ele poderá permanecer numa vida de abstinência".

O parlamentar Serge Ménard mais tarde elogiou as testemunhas. "O sr. Van Gijseghem e o sr. Quinsey", disse Ménard, "corrigiram algumas de nossas impressões".

Entretanto, o parlamentar Marc Lemay do Bloco Quebequense desafiou a definição de Van Gijseghem. "Tenho de admitir que eu não estava esperando, neste Dia dos Namorados, estar falando sobre esse tipo impróprio de amor. Não é realmente amor. Tem mais a ver com violência e controle. Estou preocupado, Professor Van Gijseghem... pois você diz, se não me engano, que a pedofilia é uma orientação sexual".

"Eu disse exatamente isso", continuou Van Gijseghem.

Lemay continuou na questão, perguntando se pois a pedofilia deveria "ser comparada à homossexualidade".

"Sim, ou heterossexualidade", respondeu Van Gijseghem. "Se, por exemplo, você estivesse vivendo numa sociedade em que a heterossexualidade fosse condenada e proibida e você recebesse ordem de passar por terapia para mudar sua orientação sexual, você provavelmente diria que isso é um pouco doido. Em outras palavras, você não aceitaria isso de forma alguma.

Eu uso essa analogia para dizer que sim, realmente sim, os pedófilos não podem mudar sua orientação sexual".

Durante seu testemunho, Quinsey, professor emérito de psicologia na Universidade da Rainha, disse que os "interesses sexuais" dos pedófilos têm "preferência por crianças antes da puberdade". "Não há nenhuma evidência", disse ele, "de que esse tipo de preferência pode ser mudado por meio de tratamento ou por meio de qualquer outra coisa".

"Dá para controlarmos o risco que os criminosos sexuais apresentam - até mesmo pedófilos", acrescentou Quinsey, "Não é necessariamente que eles precisem mudar a orientação sexual deles; eles precisam aprender a se controlar, com nossa ajuda". "Em minha opinião, a sociedade e ninguém neste debate aceitará a pedofilia, ainda que seja uma orientação sexual", disse Lemay, "Recordo um período, não muito tempo atrás, em que a homossexualidade era tratada como uma doença. Agora, a homossexualidade é aceita; a sociedade a aceitou... Não consigo imaginar a pedofilia sendo aceita em 2011. Você está me dizendo que ainda que impuséssemos uma pena mínima de cinco anos nas pessoas, isso não resolveria o problema.

Logo que saírem da cadeia, voltarão a cometer o mesmo crime. Isso é preocupante".

Brian Lilley, colunista do jornal Toronto Sun, expressou choque com o testemunho de Van Gijseghem: "o que realmente me chocou foi o Dr. Hubert Van Gijseghem, professor da Universidade de Montreal, que apareceu para dizer aos parlamentares que a pedofilia é uma orientação sexual exatamente como a heterossexualidade ou homossexualidade". Lilley declarou que "é hora de recuperamos nosso país. Para isso, temos de ignorar os 'especialistas'".

Contact information for Members of Parliament

Para ler a sessão parlamentar inteira, clique aqui.




Tradução: Julio Severo

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com

Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/pedophilia-a-sexual-orientation-experts-tell-parliament

Ventos perigosos para Israel e o mundo

Mídia Sem Máscara

Heitor De Paola | 02 Março 2011
Internacional - Oriente Médio

"Whatever happens in Egypt, the Islamist forces are on the march in the rest of the region. And contrary to what some in the West seem to think, they definitely do not view events in Egypt as a setback for them".
Barry Rubin, Rubin Reports

Aproximam-se dias perigosos para o Estado de Israel - e o Ocidente em geral. A queda de Hosni Mubarak no Egito, apesar das garantias dadas pelo Comando das Forças Armadas de que seu regime estará mais próximo de Ankara do que de Terrã, ameaçam uma aliança que vinha se mantendo sólida desde a paz acertada entre Anwar El-Sadat e Menachem Begin. A queda do poder laico sobre a Turquia cedendo cada vez mais espaço para os fundamentalistas islâmicos que nunca aceitaram as reformas de Mustafá Kemal "Atatürk" foi o primeiro golpe e as constantes provocações de "frotas de solidariedade" visam criar constrangimentos com Israel. E ameaçam com a aproximação com Teerã.

Muammar Khadafi sugeriu aos refugiados palestinos que vivem da Jordânia, Líbano, Síria e Egito que marchem "pacificamente" para as fronteiras dos territórios palestinos "ocupados", aproveitando a onda de revoltas populares árabes. Instou os países árabes que mantém relações com Israel, Egito e Jordânia, a romperem seus vínculos e os acusou de covardes. Apelou também a todos os países muçulmanos, não somente árabes, a somar forças contra o Ocidente e todos os inimigos do Islã.

Khadafi já sentiu o risco de revolta em suas fronteiras e consoante sua inigualável paranóia já acusa o Mossad de, junto com a rede Al Jazeera, estarem promovendo as rebeliões na Tunísia e Egito. Há uma manifestação "dia da Ira" contra Khadafi marcada para o próximo dia 17. Segundo o jornal Asharq al Awsat, publicado em Londres com financiamento saudita, a Conferência Nacional da Oposição Líbia estaria organizando esta manifestação maciça.

Na Argélia os provedores de internet foram fechados e as contas do Facebook encerradas, balas de plástico e gás lacrimogêneo foram usados contra 30 mil manifestantes que exigem a saída de Abdelaziz Bouteflika, jornalistas foram atacados e presos por forças policiais.

E tudo isto é noticiado pela imprensa "chapa-branca" como a busca da liberdade e da democracia. Numa súbita e sutil virada, simultânea em toda grande mídia mundial, Mubarak deixou de ser chamado presidente para ser apupado como ditador. A maioria dos "analistas", alguns que não posso deixar de chamar de idiotas úteis, outros mal intencionados mesmo, mostram a Fraternidade Muçulmana - Hizb al-Ikhwan al-Muslimun - ora como um movimento fraco e sem importância, ora como uma organização com legítimos anseios democráticos. Ora, seu lema é: "Alá é nosso objetivo. O Profeta é o nosso Líder. O Corão é nossa Lei, Jihad é o nosso caminho. Morrer por Alá é nossa maior esperança". Eles interpretam o sucesso da revolução popular no Egito como o início de uma mudança radical no mundo árabe e uma tapa da cara dos EUA e de seu aliado Israel. Uma enquete realizada em seu site oficial em inglês IkahnWeb mostra que 71,8% dos que responderam acreditam que estas revoltas terão um efeito dominó em todo o mundo muçulmano.

Para quem conhece história é fácil perceber que o itinerário das revoltas reproduz o expansionismo islâmico dos século V e VI: espraiando-se por todo o Norte da África até a invasão e conquista de parte da Espanha e o avanço inexorável Europa a dentro. No presente a Fraternidade já está mais solidamente instalada na Europa do que no Oriente Médio, como nos informa Lorenzo Vidino no Middle East Quartely.

O fator Israel, tanto por si mesmo, por ser a pátria judia reconquistada, como por ser ponta de lança dos valores morais ocidentais de liberdade, justiça igual para todos, democracia só serve para exacerbar o ódio da Ummah. Tempos muito difíceis se aproximam nos quais Israel terá sua soberania atacada com ainda mais vigor do que sempre. Os EUA estão sob uma administração traidora que a exemplo de Carter com o Xá e Somoza, entregou de bom grato seu aliado Mubarak a seu destino trágico. Fará o mesmo com Israel?

Publicado no Jornal Visão Judaica, Curitiba, PR

FARC busca indulto a terrorista

Mídia Sem Máscara

Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 02 Março 2011
Internacional - América Latina

Sem dúvida, por trás da audaz solicitação de indulto de Arteta estão a mão escura e a garra sinistra dos membros do Partido Comunista Clandestino das FARC, infiltrados na manipulada ONG "Colombianos pela Paz", assim como o Foro de São Paulo e a Coordenadora Continental Bolivariana.

Com singular desdobramento midiático, o diário El Tiempo de Bogotá publicou a entrevista com o delinqüente prófugo da justiça, Yesid Arteta, integrante ativo das FARC, que representa em Barcelona, Espanha, os interesses do grupo terrorista, e evita uma condenação da justiça colombiana por ter assassinado um camponês acusado de violentar uma menina.

Com o habitual cinismo comunista, o terrorista fariano pede que o governo colombiano o indulte dessa acusação e, em troca, lhe proporcione casa, carro e bolsa de estudos, enquanto ele continua dedicado a desestabilizar as instituições colombianas e a buscar na Espanha a legitimação das FARC, em conluio com os cúmplices do grupo terrorista integrados à chamada Frente Internacional.

Este bandido não deveria nem estar no exterior falando mal da Colômbia, nem muito menos como gestor de paz, pois essa é outra das farsas das FARC. Este anti-social deveria estar em uma prisão purgando uma longa condenação, não só pelo crime que cometeu contra o violentador da menina, mas por todas as atrocidades que ordenou ou perpetrou, tanto como cabeça da Frente 29 das FARC nos estados de Cauca e Nariño, ou com o cognome de "Juaco", constituinte no Caquetá.

Em documentos apreendidos pelo Batalhão Diosa del Chairá em 31 de janeiro de 1996 da Frente 14 das FARC, ficou claro que Yesid Arteta ordenou o assassinato de vários camponeses no Baixo Caguán, roubou-lhes as fazendas e entregou estes terrenos a seu próprio irmão que também é integrante das FARC, e que na época cuidava de 16 laboratórios de coca de propriedade dos terroristas em conchavo com um tipo de cognome "Chamizo".

Yesid Arteta também esteve comprometido na instalação de células do Partido Comunista Clandestino (PC3) na região, e para impor o controle impositivo contra o campesinato, decidiu o assassinato de vários agricultores, inclusive um de apelido Chucho Pecas, a quem Arteta roubou pessoalmente sua parcela [de terra].

Os documentos apreendidos do Bloco Sul na referida operação de 31 de janeiro de 1996, na qual também morreu o bandido Arturo Medina, indicam que Yesid Arteta desenvolvia as seguintes atividades narcoterroristas ordenadas pelo Secretariado das FARC:

1. Consolidar as praças de San Antonio, La Máquina e La Unión Peneya para controlar toda a produção de base de coca nestes três locais.

2. Cobrar dos narcotraficantes do cartel de Cali $ 25 mil por quilo de coca, $ 30 mil por cristal de coca, $ 3 milhões por funcionamento de pistas clandestinas de aterrissagem e $ 200 mil dos cultivadores por cada hectare semeado com folha de coca.

3. Levar planilhas de controle por receitas e despesas das FARC (derivadas do narcotráfico).

4. Informar ao Secretariado das FARC, todas as segundas-feiras, as entradas de dinheiro detalhando sua origem.

5. Eliminar o lumpen das bases camponesas, e aplicar a justiça revolucionária (assassinar) aos "sapos", ladrões, violentadores e viciados.

Considerando estes antecedentes, é inconcebível que um delinqüente com um nutrido prontuário criminal seja indultado e se lhe permita continuar dedicado a exaltar apologias ao narcoterror comunista contra a Colômbia em universidades e centros de pensamento político.

Sem dúvida, por trás da audaz solicitação de indulto de Arteta estão a mão escura e a garra sinistra dos membros do Partido Comunista Clandestino das FARC, infiltrados na manipulada ONG "Colombianos pela Paz", assim como o Foro de São Paulo e a Coordenadora Continental Bolivariana.

Basta comparar o que dizem essas ONG's e o que estabelece o terrorista Arteta, para corroborar que se trata da mesma farsa e do mesmo estratagema narcoterrorista, orientado a legitimar as FARC e conseguir o apoio da UNASUL para lançar a ofensiva final contra a Colômbia.

Yesid Arteta não deve ser indultado. Deve ser encarcerado para que pague pelos crimes que cometeu, e a Espanha tampouco tem motivo para dar asilo político a um traficante terrorista.


Tradução: Graça Salgueiro