segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Lula: "menino do MEP" não afirma nem nega

Mídia Sem Máscara

Editoria MSM | 29 Novembro 2009
Artigos - Editorial

Como se não bastassem os nexos de seu partido com o narcoterrorismo comunista do continente, as alianças espúrias no quadro geopolítico mundial, os escândalos que evidenciam como método a corrupção, a chantagem, a subversão ideológica e o aparelhamento da máquina governamental por parte de Lula e seu correligionários, agora pesa sobre o presidente do Brasil mais uma grave suspeita: a de tentar abusar sexualmente um companheiro de cela, quando preso pelo Dops em 1980.

A polêmica acusação parte de César Benjamim no artigo "Os filhos do Brasil", publicado na sexta-feira (27) no jornal Folha de S. Paulo. O ex-petista (hoje no PSOL) declara ter ouvido sobre a tentativa de abuso da boca do próprio Lula, durante um encontro entre amigos na campanha de 1994. Alguns dos envolvidos na questão saíram em defesa do presidente, mas há interesses óbvios da parte de todos eles para desqualificar Benjamim e proteger Lula. Mas já se sabe quem teria sido a vítima de "vossa excelência": João Batista dos Santos, ex-metalúrgico, o tal "menino do MEP". Ele nem afirmou, nem negou ter sido abusado pelo atual presidente: "Isso tudo é um mar de lama. Não vou falar com a imprensa. Quem fez a acusação que a comprove". Foi tudo o que disse.

O país está diante de uma acusação muito grave contra seu mais alto mandatário. Feita, sim, de maneira irresponsável e frívola, como é de costume em quase tudo o que se faz no jornal Folha de S. Paulo. O cineasta Silvio Tendler afirma que Lula disse tudo aquilo, com toda aquela riqueza de detalhes, em tom de brincadeira. Se isso for verdade, fica evidente a todos a baixeza moral de um presidente e de suas amizades mais próximas. E, se de fato, o que César Benjamim ouviu de Lula foi uma confissão, fica outra pergunta: por que só agora Benjamim resolveu pôr a boca no trombone?

Com base no comportamento da grande imprensa, infere-se que o imbróglio será abafado. Parece ser ingenuidade esperar uma investigação séria do Ministério da Justiça ou da Polícia Federal, ambos chefiados por Tarso Genro, kamarada de Lula da mais alta confiança.

Mais uma vez, a esquerda, com sua imoralidade e omissão, consegue humilhar a todo o país.

Honduras: Inicia la fiesta electoral

Mídia Sem Máscara

Zelaya foi apeado do poder executivo porque negou-se a obedecer os demais poderes que usaram os checks and balances do rule of law.

Desde a destituição constitucional de Zelaya em 28 de junho voltei minha atenção para aquele pequeno país do istmo centro-americano, pois a meu ver, lá se jogava uma partida crucial para a reviravolta da dominação quase exclusiva do Foro de São Paulo em nosso continente. Nestes cinco meses produzi entre textos e noticiário 229 artigos, sendo 95 só de notícias quase diárias. Certamente negligenciei outros temas que me são caros, mas valeu a pena. Estou certo de que em nenhum outro lugar foram encontradas tantas informações sobre Honduras. E continuarei! Porque as eleições de hoje representam um lance muito importante, mas nunca o lance final. Usando a analogia que prefiro, com uma partida de xadrez, hoje haverá um Xeque muito importante, mas não o Mate.

A notícia mais importante será o número de abstenções. Em Honduras o voto não é obrigatório, como nos países realmente livres em que o voto é um direito, não um dever. Nas últimas eleições presidenciais a abstenção atingiu 45% dos eleitores. Hoje, no entanto, este número pode crescer ou diminuir sensivelmente, apesar do clima de entusiasmo e euforia que nos relata Peña Esclusa direto de Tegucigalpa (ver áudio abaixo) e que transparece nos principais jornais do país.

Uma abstenção abaixo de 20% ou 25% será um Xeque das azuis. Se for muito grande, será um Xeque das vermelhas. Mesmo com pouca abstenção e vitória do melhor colocado nas pesquisas, 'Pepe' Lobo do Partido Nacionalista os riscos continuarão enormes para a Iberoamérica, pois como disse Nivaldo Cordeiro com muita propriedade 'Lula declarando que não reconhecerá as eleições próximas, porque seu aliado Zelaya não foi reconduzido ao poder (...) significa que provavelmente o Foro de São Paulo vai se engajar na derrubada do novo governo'.

No comentário de um leitor de MSM ao meu artigo GRAVE AMEAÇA À LIBERDADE! Fica claro que qualquer resultado que seja submetido ao rule of law será contestado pelo Foro de SP:

Prezado Heitor,

Muito bom o seu artigo. Mas dando continuidade ao que você abordou, chamo a sua atenção para um outro fato que favorece essas idéias totalitárias. Cada vez mais se amplia no discurso dos "juristas", seja nas faculdades, seja nos congressos, seja na literatura, a idéia de que a tripartição de poderes precisa ser "repensada". Cada vez mais se fala numa "interpenetração dos poderes". Note, no entanto, que isso não significa reforçar o sistema do "check and balances", mas sim reforçar o exercício das funções atípicas dos poderes, subvertendo-os. Daí temos juízes legisladores e o executivo legislando a partir de portarias (o que as desvirtua enquanto institutos de direito público). Nesse jogo, o poder mais prejudicado é o Legislativo, sustentáculo da democracia representativa. Não é por acaso que já se promovem "debates" sobre o fim do Senado. Primeiro extingue-se o Senado, em breve talvez a Câmara. Assim, repensam a tripartição de poderes extinguindo um desses, subvertendo as atribuições dos outros dois e criando, quiçá, um outro poder, o técnico-planejador.

É exatamente isto que está em jogo em Honduras. Zelaya foi apeado do poder executivo porque negou-se a obedecer os demais poderes que usaram os checks and balances do rule of law, apelando para argumentos puramente democráticos: Qualquer impedimento do 'eleito pelo povo' é golpe de Estado!

O Xeque-Mate ainda demora e ningué poderá ter certeza de que lado virá, independente do resultado das eleições!

ENTREVISTA DE ALEJANDRO PEÑA ESCLUSA A FERNANDO LODOÑO HOYOS

O poder do pensamento negativo

Mídia Sem Máscara

Jeffrey Nyquist | 29 Novembro 2009
Artigos - Conservadorismo

A abertura das comportas do sim deformou a nossa sociedade. No delicado equilíbrio entre o sim e o não, nós nos inclinamos demais na direção do "sim" e estamos nos tornando uma nação de neuróticos e esquisitões. O homem é limitado e frágil. Ele não é onissapiente nem onipotente.

A palavra mágica é "não". Apesar do que você possa ter ouvido, o poder da palavra "não" é superior ao poder do "sim". A palavra "não" tem mais utilidade, evita problemas inesperados e protege contra ferimentos graves e morte. Quando uma criança está prestes a enfiar um garfo em uma tomada, a palavra "não" salva a criança da eletrocussão. Quando o célebre valentão diz que pode saltar do Grand Canyon em uma motocicleta, a reação apropriada é: "Não, você não deve fazer isso." O poder do pensamento negativo está em consonância com a sobriedade e o comportamento respeitável. Se você não quer ser um viciado em drogas, "just say no".­­1 Se você não quer mais impostos, vote "não" em quase todas as propostas. E se você não quer o socialismo, seu lema é: "No, we can't".2

Eu deveria escrever um livro sobre o poder do pensamento negativo. O primeiro capítulo deveria intitular-se "As terríveis e nefastas conseqüências do sim". Faça a si mesmo uma pergunta simples: seria um "homem-sim" nobre? Você gostaria de viver sem discernimento ou julgamento? É certo buscar a conveniência de todos? A nossa sociedade permissiva está toda fundamentada sobre o "sim", de tal modo que o sim se tornou sinistro. A abertura das comportas do sim deformou a nossa sociedade. No delicado equilíbrio entre o sim e o não, nós nos inclinamos demais na direção do "sim" e estamos nos tornando uma nação de neuróticos e esquisitões. O homem é limitado e frágil. Ele não é onissapiente nem onipotente. Na verdade, todos nós precisamos ser relembrados de nossas limitações. Pense nos prejuízos causados quando dizemos "sim" para os nossos apetites, nossos caprichos e nossos impulsos momentâneos. Se você tem mais de 200 quilos é porque você tem dito "sim" quando deveria dizer "não." Se o seu cartão de crédito está estourado, é porque você vive no mundo do "sim" quando ele deveria ser um mundo do "não".

O segundo capítulo deveria ser intitulado "Cale a boca e fique sentadinho sem se mexer." Todo tolo tem uma opinião sem conhecimento, um impulso sem um plano, uma vontade de mergulhar de cabeça em sabe-se-lá-o-quê. A primeira lição da disciplina é ficar quieto e pensar; mostrar autocontrole. A impulsividade é a essência da vida autodestrutiva baseada no "sim". Siga todos os seus impulsos e não irá muito longe. Contenha-se a si mesmo e talvez você consiga salvar-se. Aliás, quem mais poderia conseguir pará-lo? O fato é: você é o único que tem o poder de parar a si mesmo. Então, cale a boca e fique sentadinho sem se mexer.

O terceiro capítulo deveria ser intitulado "A virtude da culpa." Se você não fez nada de ruim nas últimas semanas ou meses, considere o que passa pela sua cabeça neste exato momento. Você é mau por natureza; logo, é culpado por natureza. Portanto, é apropriado sentir culpa. Não fuja dos problemas. Não seja desleixado e fraco. Estufe o peito e comece novamente. A culpa é aquela chicotada nas costas que foi enviada para melhorar a sua vida. A culpa é desagradável? Deveria ser, e é melhor que seja. Sinta-se culpado com freqüência e tenha muito arrependimento. Pessoas que não se arrependem são perigosas. Elas vão dominar e puxar você para baixo.

O quarto capítulo deveria ser intitulado "Você não é tão especial." Há duas gerações estamos a dizer às crianças que elas são especiais. Por isso, hoje temos o surgimento de geração de adultos deprimidos que precisam ser constantemente fortalecidos. Esse indivíduo exigente, impertinente e que se sente cheio de direitos é um neurótico fraco e emocionalmente instável que se apega ao falso otimismo porque a verdade e a realidade são muito assustadoras e difíceis. É preciso perguntar: O que faz todas essas pessoas "especiais" tão especiais? Não há nada especial em um bebê chorão narcisista, e não há quem goste de autopiedade, choradeira ou lamúria.

O quinto capítulo deveria ser intitulado "Como o medo e a preocupação podem salvá-lo." É isso mesmo! O medo é bom, pois existem pessoas más e nações assustadoras cujos líderes querem contaminá-lo com o antraz. O medo é fundamental para a sobrevivência. Aqueles que nada temem não duram muito neste mundo. Quanto à preocupação, o preocupado mostra uma atitude caridosa. Se você realmente se importa, então você não pode deixar de se preocupar. Aqueles que não se importam com nada são os que jamais se preocupam. Não tendo nada com que se preocupar, são indiferentes e emocionalmente separados dos interesses de toda a raça humana. Se alguém lhe diz para parar de se preocupar e começar a viver no presente, lembre-o de que viver no presente é para crianças e animais. Isso não é para adultos.

O sexto capítulo deveria ser intitulado "Por que o sofrimento é bom." A resposta é simples: o conforto debilita, enquanto o sofrimento o torna mais resistente e o fortalece. Como um famoso guru do fitness disse certa vez: "Sem dor não há benefício." Aqueles que sempre estão bem nunca aprendem nem crescem. A melhor educação é conseqüência do fracasso. Se um homem vive todo o tempo sem fracasso, ele não pode ser chamado de "afortunado"; pois ele não aprendeu a verdadeira lição da vida, que é a perda. Quanto mais vivemos, mais perdemos. Com o avanço do tempo, nós perdemos a nossa juventude, a nossa saúde e, finalmente, as nossas vidas. O culto da "vitória" e da "fuga do sofrimento" é artificial e é garantia de um comportamento desajustado.

O sétimo capítulo seria "Perceba quão idiota você realmente é." O antigo ditado "Conhece-te a ti mesmo" é a essência destilada da filosofia. E conhecer a si mesmo é saber que a idiotice é um poço sem fundo. É insondável e sem limite. Não há estupidez que não possa iludir e não há loucura que não possa enganar você. É a célebre frase de Dirty Harry: "Um homem tem de saber suas limitações." Quanto mais esperto você parece a seus próprios olhos, maior a probabilidade de que você esteja se aproximando de um objeto bem sólido prestes a atingir-lhe a cabeça.

Este é o meu conselho a todos: o poder do pensamento negativo é um poder real. E lembrem-se: a palavra mágica é "não".


Notas:

1 - "Just say no", isto é, "apenas diga não", é o título da campanha anti-drogas do governo Reagan.

2 - "No, we can't", ou seja, "Não, não podemos", é paródia de "Yes, we can!" (Sim, nós podemos!"), lema de campanha de Obama à presidência dos EUA.


Tradução: Rafael Resende Stival, do blog Salmo 12

Revisão: Alessandro Cota

Fonte: http://www.financialsense.com/stormwatch/geo/pastanalysis/2009/0731.html

Cruzado de esquerda

Mídia Sem Máscara

Battisti foi condenado na Itália por matar quatro pessoas: um policial quando chegava à casa da namorada, um joalheiro que havia reagido durante assalto anteriormente praticado pelo grupo, um açougueiro pelo mesmo motivo e um comandante regional. Conceder-lhe tratamento privilegiado e armar um barraco internacional para mantê-lo longe da justiça italiana é levar a afinidade política a um patamar perigoso.

Passei os últimos dias ouvindo as mais doutas exposições - contraditórias entre si como costumam ser as refregas acadêmicas - sobre a natureza dos crimes políticos. Quanto mais ouvia, mais bordoada levava o meu bom senso. Para agravar a situação, em meio a divagações doutrinárias, sobreveio um farrapo da realidade: há mais de quatro mil refugiados políticos no Brasil. Fui atrás do dado. O site do Conselho Nacional de Refugiados não informa quantos são criminosos. O que se sabe é que a maior parte dos refúgios concedidos pelo Brasil envolve vítimas de criminosos políticos. São congoleses, angolenses e liberianos fugidos das guerras civis ou étnicas que sangram seus países de origem.

O segundo maior contingente, por país, se refere à Colômbia, o que sugeriria a possibilidade de se tratar de pessoal das FARC, mas não. A grande maioria dos refugiados colombianos é gente miserável que igualmente procura evadir-se das zonas de conflito. São vítimas dessa organização terrorista que tem até "embaixador" no Brasil. Então abrimos os braços nas duas direções? Para os criminosos e suas vítimas? Ou Cesare Battisti é o único? Parece improvável. Afinal, a quantidade de doutrinadores para os quais os crimes políticos se definem pela "natureza jurídica do bem afetado" escancara uma porta bem larga.

Enfim, nessa história de refúgio para criminosos políticos, o meu bom senso levou um cruzado de esquerda e foi jogado para a quinta prateleira de um armário de velharias, atrás de um pesado pedal de máquina de costura. Teimando em fazer-se ouvir, ele berra que, nesse caso, a turma do mensalão, nos dois lados do balcão, cometeu crimes políticos. Ou não? E que os tais 40 réus, em vez de estarem contratando advogados, deveriam ir direto ao Ministério da Justiça pedir refúgio porque não faz sentido o país conceder a bandidos estrangeiros regalias que recusa aos meliantes nativos. Afinal, os votos eram comprados para garantir base parlamentar ao governo e o dinheiro arrecadado servia para financiar campanhas eleitorais. Podem ser mais políticos esses crimes? Os bens tutelados são a democracia por partidos e o processo de deliberação parlamentar! Tudo político. E, ao fim e ao cabo, o que ocorreu ali parece bem menos hediondo do que seqüestro, assassinato e tráfico de drogas para financiar revolução.

Tempos atrás, escrevi que o criminoso político não é melhor do que o criminoso comum. Antes, é muito pior. Os mais operosos tarados de bairro, os mais encarniçados e evasivos serial killers não conseguem competir em poder de destruição e malignidade com um delinqüente político lutando pelo poder ou (mais funesto ainda) instalado no poder.

Mudando de viés. Battisti foi condenado na Itália por matar quatro pessoas: um policial quando chegava à casa da namorada, um joalheiro que havia reagido durante assalto anteriormente praticado pelo grupo, um açougueiro pelo mesmo motivo e um comandante regional. Conceder-lhe tratamento privilegiado e armar um barraco internacional para mantê-lo longe da justiça italiana é levar a afinidade política a um patamar perigoso. E usar a palavra fascista para designar quem se opõe aos movimentos da esquerda é fazer política com aquele linguajar perante o qual toda esquerda é comunista e toda a direita é fascista. Já foi melhor o nível desse salão onde até o Ahmadinejad é bem-vindo.