sexta-feira, 31 de julho de 2009

Codex Alimentarius - Nutricídio planejado

Monday, 27 July 2009

Uma Nova Ordem Mundial


CODEX Alimentarius: os últimos dias de liberdade na saúde?



A partir de 01 de Janeiro de 2010 entra em vigor o polêmico Codex Alimentarius. Mas você não sabe exatamente o que é isso, pois não?... Pois é exatamente o que eles querem!

O Codex Alimentarius é um Programa Conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação - FAO e da Organização Mundial da Saúde - OMS. Trata-se de um fórum internacional de normalização sobre alimentos - sejam estes processados, semiprocessados ou crus - criado em 1962, e suas normas têm como finalidade "proteger a saúde da população", assegurando práticas equitativas no comércio e manuseio regional e internacional de alimentos. Sua influência se estende a todos os continentes e seu impacto na saúde dos consumidores e nas práticas do comércio de alimentos em todo o planeta será incalculável.

As normas Codex abrangem ainda aspectos de higiene e propriedades nutricionais dos alimentos, código de prática e normas de aditivos alimentares, pesticidas e resíduos de medicamentos veterinários, substâncias contaminantes, rotulagem, classificação, métodos de amostragem e análise de riscos.

Olhado assim, na versão oficial (exceto as aspas), parece uma coisa boa, certo? Bem, não exatamente... e, na verdade o Codex é olhado com total "desconfiança" (para usar uma palavra elegante) por todos os que denunciam que essa regulação tão "abrangente" virá a ser uma fonte poderosa de controle sobre as grandes populações e de apreciável lucro para as grandes corporações, especialmente as dos ramos químico e farmacêutico.

Quem controla a comida, controla o mundo!

Traduzido em miúdos, o Codex vai trazer severas restrições à nossa já precária LIBERDADE de escolha em termos de alimentação e prevenção/tratamento de doenças. Sem falar que considerações mais complexas podem ser feitas sobre o impacto dessas medidas no controle populational do planeta e na concentração de riquezas...

Os opositores do Codex fizeram uma síntese do que representará essa complexa rede de regulamentações, que, quando implementadas, serão MANDATÓRIAS para todos os países membros, cerca de 170 - o que inclui o Brasil:

- Suplementos nutricionais, como vitaminas, por exemplo, não poderão mais ser vendidos para uso profilático ou curativo de doenças; potências de qualquer suplemento liberado, estarão limitadas a dosagens extremamente baixas, sub-dosagens, na verdade, e somente as empresas farmacêuticas terão autorização para produzir e vender esses produtos (preferencialmente na sua forma sintética) em potências mais altas - no caso da vitamina C, por exemplo, qualquer coisa acima de 200mg será considerada "alta", e será necessária uma receita médica para se poder comprá-la.

- Alimentos comuns, como o alho ou o hortelã, por exemplo, poderão ser classificados como drogas, que somente as empresas farmacêuticas poderão regulamentar e vender. Qualquer alimento ou bebida com qualquer possível efeito terapêutico poderá ser considerado uma droga.

- Alimentos geneticamente modificados não precisarão ser identificados como tal, e não saberemos a origem do que estamos comendo; a criação de animais geneticamente modificados também já consta dessa mesma pauta, ou seja, vai ser difícil saber que bicho se está comendo.

- Aditivos alimentares, a maioria sintéticos, como o aspartame, por exemplo, serão aprovados para consumo sem que se tenha conhecimento dos efeitos a longo prazo de cada um nem das interações entre eles a curto e longo prazos.

- Todos os animais destinados ao consumo humano, deverão receber hormônios e antibióticos como medida profilática; sabe aquele "gado orgânico", criado solto em pastagens e tratado só com homeopatia?... nunca mais!

- Todos os alimentos de origem vegetal deverão ser irradiados antes de serem liberados para consumo: frutas, verduras, legumes, nozes... nada mais chegará à nossa mesa como a natureza fez - tem gente brincando de Deus, mas desta vez não para criar, e sim para DEScriar.

- Os produtos "orgânicos" estarão completamente descaracterizados, pois terão seu padrão de pureza reduzido a níveis passíveis de atender às necessidades de produção em grande escala; alguns aditivos químicos e várias formas de processamento serão permitidos; tampouco haverá obrigatoriedade por parte do produtor de informar que produtos usou e em que quantidades - rótulos não serão obrigatórios na era pós-Codex.

- Para a agricultura convencional, os níveis residuais aceitáveis de pesticidas e herbicidas estarão liberados em níveis que ultrapassam em muito os atuais limites de segurança! Em outras palavras, estarão envenenando nossa comida.

Em síntese: os objetivos do Codex incluem (1) globalização das normas, (2) abolição da agricultura/criação orgânica, (3) introdução de alimentos geneticamente modificados, (4) remoção da necessidade de rótulos explicativos de qualquer espécie, (5) restrição de todos os remédios naturais, que serão classificados como drogas.

O Codex, na verdade, já começou a "acontecer" por aqui - alguém já reparou que não se consegue comprar nada numa farmácia de manipulação sem ter uma receita médica? Nem uma inocente vitamina C... Em compensação pode-se comprar praticamente qualquer coisa SEM receita médica numa farmácia regular, que vende produtos industrializados, mesmo se forem antibióticos, anti-inflamatórios... - e até aquela mesma vitamina C que nos negaram há pouco na outra farmácia...

Indicar aquele chazinho para um amigo? Ou quem sabe informar ao vizinho que farelo de aveia ajuda a reduzir o colesterol? Sugerir que mamão solta e banana prende?... Nem pensar! Poderá ser considerado "prática ilegal da medicina"! Não se poderá dizer que produtos naturais curam doenças porque não são medicamentos e, na era pós-Codex, só medicamentos APROVADOS pelas novas regras poderão ser referidos para tratar doenças... e assim mesmo, só por um médico!

Exagero? Quem sabe? - já teve gente presa na França por vender 500mg de vitamina C... é que lá essa potência já é considerada "remédio", e não pode ser vendida sem receita médica.

Medicina alernativa, tibetana, ayurveda, homeopatia, essencias florais... só se a turma do Codex disser que pode. Se esse "programa" entrar em vigor (daqui a pouco mais de 1 ano) da forma como vem sendo "curtido" há mais de 45 anos, e alertado mundo afora, teremos perdido nossa liberdade de optar por uma medicina e nutrição naturais, poderemos vir a precisar de receita médica até para ir à feira...

Se isso acontecer, não vai ter graça nenhuma.




Fontes:

http://alimentacaoviva.blogspot.com/2008/11/codex-alimentarius-os-ltimos-dias-de.html
http://www.naturalnews.com/026663_CODEX_food_health.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Codex_Alimentarius

http://www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/alimentarius.htm
http://www.inmetro.gov.br/qualidade/comites/ccab.asp

Codex in the New World Order context (the talk int he church in devon)

http://video.google.com/videoplay?docid=5800206429960925518&hl=en

We Become Silent - The Last Days Of Health Freedom

http://video.google.com/videoplay?docid=451097355502728465&hl=en

Nutricide - Criminalizing Natural Health, Vitamins, and Herbs

http://video.google.co.uk/videoplay?docid=-5266884912495233634&ei=Wj9sSsOGKNPA-AbYvMD7Bg&hl=en

Food Freedom Blog

http://foodfreedom.wordpress.com/

A good summary of the reality of the Codex

Billions of People Expected to Die Under Current Codex Alimentarius Guidelines

http://www.infowars.com/billions-of-people-expected-to-die-under-current-codex-alimentarius-guidelines/

Alliance for Natural Health

http://www.anhcampaign.org/

Main stream news about the codex

http://news.google.co.uk/news?rlz=1C1GGLS_en-GBGB308GB309&sourceid=chrome&q=codex%20alimentarius&um=1&ie=UTF-8&sa=N&hl=en&tab=wn

http://www.anovaordemmundial.com/2009/07/codex-alimentarius-nutricidio-planejado.html

Desinformação: a gente vê isto lá

Mídia Sem Máscara

A matéria veiculada pelo Jornal Nacional evidencia uma clara manobra de amortecimento de impacto, de gerenciamento de danos. Divulgou o fato com aparência de fidelidade, mas o escondendo dentro da falta de destaque entre notícias menos importantes que ganharam mais luzes e com os malabarismos verbais possíveis para amenizar o tom da acusação e inverter o sujeito e o objeto da notícia.

Na noite do dia 28 de julho flagrei mais um destes momentos em que o pacato cidadão, desavisado sobre o modus operandi com o qual atua a mídia engajada brasileira, teria passado por despercebida uma notícia da maior importância. Refiro-me ao Jornal Nacional, da Rede Globo, a divulgar o que segue extraído logo depois de seu site[i]:

Venezuela suspende relações com Colômbia

O presidente da Venezuela, Hugo Chaves, anunciou que suspendeu as relações diplomáticas com a Colômbia. E que vai retirar o embaixador venezuelano do país. Foi uma resposta às declarações do governo colombiano de que a Venezuela teria fornecido armas às Farc, forças armadas revolucionárias da Colômbia.

Ontem, o governo da Suécia confirmou que vendeu essas armas à Venezuela, no fim da década de 80.

Como que o que deveria ser a notícia mais importante do dia vem a aparecer como um bocejante pronunciamento protocolar, sem nem sequer ter havido nenhuma exibição de imagens ou algum aprofundamento sobre o histórico de ligações de Hugo Chávez com as Farc, já denuncia o quanto da manipulação que se encontra mais calcada na omissão do que na divulgação do fato. Aqui, claro, refiro-me não no fato de a Venezuela suspender as relações com a Colômbia, o que se traduz pela subliminar inversão mesma dos papéis do bandido e do mocinho, mas pelo gravíssimo fato de que armas de grande poder destrutivo foram repassadas pela Venezuela às Farc - forças armadas revolucionárias da Colômbia.

Agora peço ao leitor para prestar atenção: a nota afirma que o governo colombiano declara que a Venezuela "teria" fornecido armas às Farc. O verbo "ter" aqui, colocado assim, no futuro do pretérito, pretende conceder à pessoa de quem se fala o benefício da dúvida. Esta técnica é muito salutar quando tratamos de pessoas ou instituições que são acusadas de algo sobre o que ainda não foram julgadas. Todavia, o governo da Colômbia não fez declarações no sentido de uma suposta remessa de armas, que aliás, não são simples fuzis, mas modernos e poderosos lança-foguetes: ele acusou formal e diretamente a Venezuela de assim ter procedido, e o fez amparado com provas evidentes.

No parágrafo seguinte, vem o Jornal Nacional a transmitir que a Suécia confirmou que "essas" armas fora vendidas à Venezuela. Aqui, mas uma manobra diversionista, pois não se trata de "essas" armas, mas "estas" armas. Explico: com o uso do termo "essas", fica a impressão de que armas tais quais a Venezuela possui foram parar nas mãos dos guerrilheiros colombianos. Em síntese, fica algo abstrato, impessoal. Porém, o fato é que a Suécia confirmou terem sido "aquelas" armas sobre as quais o governo colombiano fez consulta formal, apontando o número de série das mesmas! Portanto, são "estas" ou até "aquelas" armas, mas não "essas" armas.

Ademais, arrojados lança-foguetes não são como o meu celular, que costumo esquecer por onde ando. São armas guardadas sempre com grandes cautelas de segurança, jamais em um mero posto de fronteira, por exemplo. Como que não um, mas vários destes lançadores, e ainda mais com munição, poderiam ter se esvaído de uma unidade militar sem que se houvesse um escândalo e um sério inquérito por parte daquele país? Ora, quando meros fuzis foram roubados do Exército Brasileiro, ele protagonizou um cerco às favelas cariocas até recuperar um por um, e um procedimento investigativo foi aberto para apurar as responsabilidades!

A matéria veiculada pelo Jornal Nacional evidencia uma clara manobra de amortecimento de impacto, de gerenciamento de danos. Divulgou o fato com aparência de fidelidade, mas o escondendo dentro da falta de destaque entre notícias menos importantes que ganharam mais luzes e com os malabarismos verbais possíveis para amenizar o tom da acusação e inverter o sujeito e o objeto da notícia. E o fez isto tão somente porque a verdade, já tendo sido denunciada por jornalistas mais honestos, profissionais ou voluntários, como o Reinaldo Azevedo ou respectivamente, Heitor de Paola e Graça Salgueiro, já não podia ser simplesmente tampada.


[i] http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL1246632-10406,00-VENEZUELA+SUSPENDE+RELACOES+COM+COLOMBIA.html

Estadão: mais do mesmo

Mídia Sem Máscara

A falange política do ministro Tarso Genro está em campanha para instalar o instrumento unicameral no Legislativo, pois enxergou aí o caminho mais curto para a tomada do poder total.

Eu quero me desculpar pela insistência na repetição do tema, meu caro leitor, mas ele é tão relevante que sou obrigado a ele retornar ainda uma vez: o Estadão, na edição desta quarta-feira (29), continuação a sua campanha de malhação ao Sarney, o Judas da vez do partido que comanda o Planalto. Claro, de novo um "furo", certamente advindo de suas obscuras fontes petistas, conforme podemos ler na página principal: Desvio faz MP intervir na Fundação Sarney. Comparemos com a edição do dia na Folha de S. Paulo. O jornal do Frias nada deu sobre o assunto. Está claro que não o fez de má fé, mas sim, porque o Estadão foi escolhido para a campanha de desonra que está em curso contra o Sarney e todo o Senado. A falange política do ministro Tarso Genro está em campanha para instalar o instrumento unicameral no Legislativo, pois enxergou aí o caminho mais curto para a tomada do poder total.

Na mesma edição da Folha podemos ler que o ministro da Justiça declarou o fim do segredo de Justiça, Ele, que deveria ser o guardião da lei e dos seus mandamentos, revoga dispositivos inconvenientes à sua ação política, diante da Nação inerme. Sarney não é a primeira vítima, mas a mais graúda e a mais emblemática. Se membros do governo podem fazer isso contra o homem que preside o Senado, o que dirá contra o chamado homem comum. Vivemos plenamente o tempo da ditadura burocrático-policial. Os direitos fundamentais estão senso suspensos, um a um.

Situação é alarmante. O que mais me incomoda é que ainda não pude enxergar com clareza qual o objetivo estratégico do PT em destruir José Sarney. Penso que só algo realmente grandioso poderia ser o móvel dessa campanha: a sucessão presidencial, o terceiro mandato, a recriação da CPMF? Talvez todas essas coisas juntas.

O Estadão virou mesmo o diário oficial do golpe dos usuários dos métodos bolivarianos de tomada de poder. O jornal paulista enterrou a sua reputação.

Dois mil anos depois: - ao povo, pão e circo!

Mídia Sem Máscara

Há algum tempo atrás, eu fazia pequenas contribuições ao IBH - Instituto Brasileiro de Humanidades, e sobre as quais eu podia obter deduções do IRPF, por efetuar doações a uma entidade cultural sem fins lucrativos. No ano seguinte, porém, talvez por ter percebido que a instituição possuía vínculos com o filósofo Olavo de Carvalho, bem como por possivelmente haver outros casos semelhantes e que não lhe fosse do agrado, o governo passou a vincular as deduções apenas a entidades que obtivessem a sua prévia aprovação. Não é de estranhar, pois, que o mesmo se suceda futuramente com o indigitado cartão.

O lulo-petismo-bolivariano acaba de anunciar a criação do bolsa-cultura, mais um engodo eleitoreiro neste país que tem um verdadeiro fetiche por vales. Para quem ainda não sabe do que se trata, o benefício atenderá trabalhadores que ganhem de um a cinco salários mínimos e que talvez seja estendido, em menor proporção, aos assalariados que ultrapassem este limite, por meio da entrega de um cartão eletrônico, carregado com um valor que deverá ser fixado em cerca de R$ 50,00, para realizar despesas tais como o ingresso em cinemas, teatros, e aquisição de livros ou CD's. De acordo com o projeto de lei, o trabalhador deverá contribuir com alguma parcela, que será progressiva, entre 10% e 90%, e o empresariado deverá ser compensado com deduções fiscais.

Mais uma vez, o estado (sim, escrevo - e corretamente - "estado" com inicial minúscula!) vem com a sua pena de chumbo ditar o que o povo deve fazer com o seu dinheiro.

Analisando os artigos e comentários extraídos da internet, percebe-se a confusão mental dos que pretendem dar o seu pitaco: uns julgam que é bom, mas deve haver uma severa fiscalização (não dizem sobre o quê fiscalizar), outros reclamam que os eventos culturais a serem escolhidos pelas pessoas não terão conteúdo educativo, e assim por diante.

Tais palpites já evidenciam em si próprios os perigos que eles mesmos propõem: mais futura intervenção estatal! Se hoje a meta é instituir o vale-circo, amanhã medidas "corretivas" haverão de ser tomadas, e isto pode incluir orientar a validade do cartão apenas para programas nacionais ou de conteúdo educativo (leia-se "ideologicamente doutrinatório"), bem como o de criar um órgão, repleto de conselheiros e fiscais barbudos com os bolsos regiamente engordados à base de muito DAS para lidarem com um problema que foi deliberadamente criado pelo próprio governo.

Há algum tempo atrás, eu fazia pequenas contribuições ao IBH - Instituto Brasileiro de Humanidades, e sobre as quais eu podia obter deduções do IRPF, por efetuar doações a uma entidade cultural sem fins lucrativos. No ano seguinte, porém, talvez por ter percebido que a instituição possuía vínculos com o filósofo Olavo de Carvalho, bem como por possivelmente haver outros casos semelhantes e que não lhe fosse do agrado, o governo passou a vincular as deduções apenas a entidades que obtivessem a sua prévia aprovação. Não é de estranhar, pois, que o mesmo se suceda futuramente com o indigitado cartão.

A classe artística, é claro, só aplaude. Se antes, mesmo com os fartos recursos públicos sobre os quais nem sempre, ou melhor, freqüentemente - está bem, quase nunca(!) - são prestadas as devidas contas, os filmes e espetáculos caboclos se apresentavam às pulgas, agora o governo enfim encontrou a solução final: vai pagar-lhes também a platéia. Deveria também se preocupar em pagar os macacos de auditório que com suas placas instruíssem o povão a aplaudir, a rir ou a chorar. Assim o pacote ficaria completo.

Agora, entremos no xis da questão, até então olvidada por quase toda a gente: em um país em que a poupança é uma lenda e em que faltam recursos para toda sorte de investimentos - refiro-me tanto aos públicos quanto aos privados - não trata mais esta benesse uma nova fonte de desperdícios para os já escassos recursos nacionais? Vejamos, senão, o que nos ensina o filósofo e economista Hans Hermann Hoppe em "Uma Teoria sobre o Socialismo e o Capitalismo"[i]:

Por uma razão, ao analisarmos diferentes tipos de socialismo para os quais existem exemplos reais e históricos, (exemplos os quais, certa e freqüentemente, não são chamados de socialismo, mas que aos quais se dá um nome mais apelativo), é importante explicar por que, e de que modo, qualquer intervenção, pequena ou grande, em qualquer lugar, aqui ou ali, produz um efeito particularmente disruptivo na estrutura social que um observador teoricamente não capacitado, superficial, cegado por uma conseqüência imediatamente positiva de uma intervenção particular, pode não perceber. Ainda assim, este efeito negativo, todavia, existe, e com certo atraso irá causar problemas em um lugar diferente na estrutura social, mais numerosos ou severos que os primeiros resolvidos pelo ato de intervenção inicial. Conseqüentemente temos, por exemplo, efeitos positivos altamente visíveis das políticas socialistas tais como "alimentos baratos", "aluguéis baixos", isto ou aquilo "grátis", que não são apenas coisas positivas flutuando no ar, desconectadas de qualquer coisa, mas antes, são fenômenos que têm de ser pagos de alguma forma: pela escassez ou queda na qualidade dos alimentos, pelo déficit habitacional, decadência e favelas, filas e corrupção, e adiante, pela queda dos padrões de vida, reduzida formação de capital e/ou aumento de consumo de capital.

O ensinamento do sábio alemão é simples: o dinheiro não é chicle de bola. Aliás, mesmo o chicle, a qualquer momento, estoura! Onde aqui é aplicado, ali vai faltar. Sobretudo, temos de mais uma vez dizer: substituirá o juízo de milhões de pessoas, pelo juízo de um só. Estimando que tal benefício venha a contemplar cerca de 116 milhões de pessoas, ou 34 milhões de assalariados, assim como divulgado por O Globo[ii], um mero cálculo aritmético nos leva ao cirrus de 20,4 bilhões de reais por ano!

Da parte das despesas públicas, enquanto o brasileiro terá dinheiro para comprar ingressos para shows e cinemas (não vou entrar no erro de criticar o que as pessoas desejam assistir ou ouvir), ainda permanecerá dormindo em hospitais à espera de uma senha; ainda terá seus filhos a saírem da escola sem nem sequer lerem corretamente; ainda sentirá aquele baque na coluna pelo ônibus coletivo que bate em seco no buraco, e pior de tudo, ainda terá a sua vida e a dos seus em perigo pela criminalidade que só se expande.

Da parte privada, um universo de possibilidades de produção de bens que possam vir a ser mais urgentemente necessários - segundo o critério de quem entenda os necessitar - será deprimido, com a conseqüente escassez de empregos e o encarecimento dos bens atualmente produzidos.

Digo tudo isto com complacente decepção, pois os entusiastas excedem em muito a mim e os que entendem o que aqui escrevo. Não há dúvidas de que o vale-cultura há de se tornar um reforço a mais na nova versão do voto-de-cabresto.


Notas:

[i] Tradução autorizada de "A Theory of Socialism and Capitalism", cujo download por ser feito a partir da livraria virtual do meu blog LIBERTATUM (http://libertatum.blogspot.com) ou em outros sites que também o hospedam.


[ii] http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/01/26/287571329.asp

A vontade geral dos totalitarismos

Mídia Sem Máscara

Todavia, não podemos culpar somente o ministro. A constituição brasileira é, essencialmente, demagógica. Quando a Carta Magna, no parágrafo único do art. 1 diz que "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição", há uma margem para a destruição da democracia. De fato, a sementeira do mal está na visão de Rousseau, que coloca a idéia da "vontade geral" acima de valores transcendentes na política.

Recentemente, em uma audiência do Supremo Tribunal Federal, o Ministro Joaquim Barbosa trocou farpas pessoais com outro Ministro, Gilmar Mendes, afirmando que este estava arruinando o judiciário. Revidando a provocação, Gilmar Mendes disse que o seu colega não tinha condições de dar lições de moral. Ao ouvir a resposta, Joaquim Barbosa revidou: - "Saia à rua, ministro Gilmar, saia à rua, faça o que eu faço!". Aquela frase do ministro foi profundamente incômoda , por simular uma perversão de linguagem, por trás de um populismo demagógico. Para ele não existe a lei, a Constituição, o decoro ou os princípios morais elementares: há sim o palpite da massa, o argumento da popularidade, um sofisma inaceitável para quem ocupa um cargo de tamanha importância. O palpite se tornou o dom supremo de deliberação do magistrado.

Todavia, não podemos culpar somente o ministro. A constituição brasileira é, essencialmente, demagógica. Quando a Carta Magna, no parágrafo único do art. 1 diz que "Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição", há uma margem para a destruição da democracia. De fato, a sementeira do mal está na visão de Rousseau, que coloca a idéia da "vontade geral" acima de valores transcendentes na política. A questão chega a ser idolátrica: se todo poder soberano emana do povo, personificado numa ilusão de um todo coletivo, logo, este povo acaba sendo equiparado ao plano divino, acima de qualquer sentido de valor, moralidade ou transcendência, e o imanente, o circunstancial, o terreno, estará acima do bem e do mal. "Todo poder emana do povo" quer dizer que o povo é uma espécie moderna de deus. E a Constituição, uma forma laicizada de revelação divina. É, em suma, um componente abertamente revolucionário, quase que como uma religião civil (algo que de fato Rousseau idealizou para o seu "contrato social"). Entendamos um paradoxo na visão rousseana: a "vontade geral" não se confunde com a vontade dos indivíduos isolados, e sim com uma "vontade" em torno do conjunto, como se os atributos comuns da coletividade pudessem fabricar uma homogeneidade no âmbito político. Há, inclusive, uma confusão imperdoável que ele faz entre a vontade coletiva e o chamado "bem comum", tornando a idéia do todo coletivo, que bem poderia ser a "vontade popular", num dom infalível. Se a sociedade política é tão somente um reflexo da famigerada "vontade geral", ela pode ser qualquer coisa, porque a vontade abarca o infinito, o arbitrário, o ilimitado. No final das contas, o Estado se torna uma abstração com vontade e consciência próprias, acima dos desejos individuais isolados dos cidadãos. E a "vontade geral" se absolutiza na figura do Estado. Ou pior, absolutiza o Estado.

Voltemos ao Ministro do Supremo. A idéia dele de conclamar a voz das "ruas" encarna a premissa de que os humores momentâneos da massa estão acima das próprias leis constitucionais que eles, mesmos, como juízes, julgam. Ou seja, se nos termos da Constituição, a vontade geral do povo é o poder absoluto, logo, esse poder pode adulterar e destruir a própria Carta Magna, inclusive, seus direitos e garantias individuais. A emanação absolutista da "vontade geral" é, paradoxalmente, uma das maiores contradições das democracias liberais modernas. Pois uma de suas premissas, ou seja, o da chamada "soberania popular", são perfeitamente refratárias e inimigas das liberdades democráticas. Até porque o princípio é abertamente totalitário.

Se não bastasse o clamor do Ministro Joaquim Barbosa, um grupelho de oportunistas, que se auto-intitulou "Saia às ruas", aproveitou a chamada para espezinhar o Ministro Gilmar Mendes, exigindo sua exoneração. A tal voz das ruas, ao arrepio das leis, acha que pode resolver as pendengas políticas no grito. Não há leis e Constituição para coibir a fúria dos incautos. Basta que uma corja autonomeada esperneie para se declarar a expressão máxima do palpite do populacho e destruir todas as estruturas orgânicas que protegem a democracia da tirania. Como a esquerda é mestra nas turbas autonomeadas na "vontade do povo", é também precursora, na base do grito ou chantagem psicológica, da ameaça a autonomia do judiciário, transformando-o numa espécie de tribunal ideológico. De fato, é assim que pensa gente do naipe do Ministro da Justiça Tarso Genro, embebido na perversa doutrina do "direito alternativo".

Por falar em "vontade geral", um filme que marcou época na história do século XX, sem dúvida, foi o documentário do Partido Nazista, "O Triunfo da Vontade", de Leni Riefenstahl. Uma das coisas que mais me incomodaram no filme não foram tanto a beleza das cenas medievais de Nuremberg, o jogo inovador de filmagens e a magia teatral dos comícios e marchas nazistas. O incômodo mesmo foi ver o triunfo da vontade de Hitler, na figura de milhões de pessoas padronizadas militarmente em torno de uma só idéia e uma forma uniformizada de organização. A mensagem das cenas transmite a seguinte questão: a pessoa humana, através de sua integridade e suas peculiaridades, não vale absolutamente nada. É uma figura perdida e atomizada no meio da massa obediente e servil como curral partidário e estatal. Por outro lado, os comunistas teatralizaram a "vontade geral" nos julgamentos-farsa contra dissidentes, em particular, nos famosos processos e expurgos do Partido Comunista em Moscou, em 1936. A ralé histérica fazia claque nos julgamentos e pedia a morte do "inimigo do povo", enquanto os juízes soviéticos e mesmo Stálin fingiam constrangimento. Por vezes, para tornar a farsa ainda mais convincente, havia comícios e marchas "populares" pedindo a destruição dos "sabotadores" do Estado soviético, como se cada cidadão fosse algum criminoso em potencial. Isso engendrou um clima de paranóia e loucura sem fim na União Soviética e milhões de pessoas foram presas ou deportadas para os campos de concentração. Cada vizinho bisbilhotava seu vizinho, cada indivíduo era suspeito e o Partido-Estado, junto com sua polícia política, a NKVD, espionava a tudo e a todos. O "coletivo", a "vontade geral", "indestrutível" nas palavras de Rousseau, tornou-se um monstro capaz de consumir e aniquilar os próprios indivíduos. Os nazistas e os comunistas têm sólido débito com Rousseau. A ditadura de partido único, com suas organizações de massa, foi a idealização concreta da "vontade geral", dentro de um sistema de uniformidade política. E a sua religião civil estatal virou o culto da nação, da raça ou da classe eleita pela história. A diferença entre Rousseau e os totalitarismos, por assim dizer, é apenas questão de estrutura e institucionalidade. O partido único dá conta de ser a "vontade geral" de todo mundo. Gerar forçosamente um consenso foi a coisa mais simples. E ainda há gente que acha que o elemento essencial da democracia é a vontade da maioria!

Porém, essa cantilena da voz do povo parece dominar o espírito do Ministro, já que as suas razões não estão nas leis, mas nas manifestações da chamada "opinião pública". Como se sabe, "opinião pública", tal como "vontade geral", é o conceito amplo, que pode ser perfeitamente distorcido. A pergunta que surge é: quem fala em nome da opinião pública? Quem fala em nome das ruas? Se for analisada a chamada "sociedade civil" com suas ONGs, "movimentos sociais", escolas e universidades, além da imprensa, a hegemonia da esquerda é quase absoluta. Só que esta é tão somente uma minoria bem organizada e, provavelmente, não representa o grosso do que pensam a maioria dos brasileiros. Será que a justiça ignorará suas leis e suas regras formais, dentro de um Estado de Direito, para fazer valer a opinião de um grupo minoritário, só porque ele se autonomeia porta-voz de uma maioria silenciosa? A experiência histórica não engana: esses porta-vozes da "vontade do povo" não representam nada do povo. Representam a apenas a sua vontade política em causa própria.

Não será o mesmo dilema para o Ministro Joaquim Barbosa, quando ele apela à "voz da rua", como se os juízos vulgares da massa pudessem superar o bom senso e a imparcialidade dos juízes? Qualquer pessoa de bom senso sabe que as opiniões comuns do povo são as mais toscas, as mais superficiais, produtos, muitas vezes, de lugares-comuns produzidos pela imprensa e por facções políticas poderosas. É lamentável que alguém, supostamente preparado para a salvaguarda das leis, faça dos palpites rasteiros da massa um pretexto para a legitimidade de suas idéias ou pendengas com outros ministros. Se tais idiossincrasias demagógicas germinam na cabeça de um juiz do Supremo, que dirá então se o rebanho começar a ditar regras, ao arrepio das leis instituídas, e os magistrados acatá-las? Todos os mais aberrantes totalitarismos nascem de uma fictícia "vontade popular" compacta, elevada na sacralização do poder estatal que diz emaná-la. Entretanto, o Sr. Ministro não está sozinho na premissa arbitrária que expôs para sua defesa. A própria democracia se permite a isso. A política moderna diviniza a vontade popular. Tais as origens intelectuais das aberrações professadas publicamente pelo ministro. . .

Sarney: a culpa é da Internet!

31.7.09

Alerta Brasil

Na Folha de hoje: O fim dos direitos individuais por......JOSÉ SARNEY!

(...) Hoje, com a sociedade de comunicação, os princípios da guerra aplicados à política são mais devastadores do que a guilhotina da praça da Concorde. O adversário deve ser morto pela tortura moral disseminada numa máquina de repetição e propagação, qualquer que seja o método do vale-tudo, desde o insulto, a calúnia, até a invenção falsificada de provas.
Como julgar uma democracia em que não se tem lei de responsabilidade da mídia nem direito de resposta, diante desse tsunami avassalador da internet e enquanto a Justiça anda a passos de cágado? Como ficam os direitos individuais, a proteção à privacidade, o respeito pela pessoa humana?
Há alguns anos discutimos esses temas numa Conferência das Nações Unidas em Bilbao. Conclusão: saímos todos certos de que acabou a privacidade e os direitos individuais estão condenados a serem dinossauros de letras nas Constituições."

Educação petista na Bahia!

31.7.09

Alerta Brasil

"Meu pai tem 800 cabeças de gado". E Chico Bento responde: "Fala para ele enfiar tudo no c".

No blog do Noblat:Na Bahia, Chico Bento de boca suja

Uma revista distribuída a professores da rede pública pela Secretaria de Educação da Bahia contém uma tira em que o personagem Chico Bento, num diálogo adulterado, usa linguagem chula. Primeiro, um menino fala: "Meu pai tem 800 cabeças de gado". E Chico Bento responde: "Fala para ele enfiar tudo no c".

A história está na página 51 da revista "Viva!", uma coletânea de experiências pedagógicas de escolas baianas que tem como objetivo servir de apoio aos professores da rede estadual. O secretário de Educação, Adeum Sauer, faz parte do conselho pedagógico da publicação. continua

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ceará terá curso de jornalismo só para sem-terra

Quinta-feira, 30 de Julho de 2009

Movimento Ordem Vigília Contra Corrupção

Universidade já recebeu aval do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, diz coordenadora

A Universidade Federal do Ceará (UFC) vai oferecer, a partir de janeiro, o primeiro curso de jornalismo no Brasil voltado para estudantes ligados ao MST. O curso, segundo a professora Márcia Vidal Nunes, coordenadora de pós-graduação da área de comunicação social da universidade, já foi aprovado pelo Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), ligado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Ainda de acordo com a professora Márcia Vidal, serão ofertadas 60 vagas anuais. O curso terá duração de quatro anos e o acesso será feito através de vestibular.

As aulas serão ministradas pelos próprios professores do curso de comunicação da Federal do Ceará. Além das disciplinas comuns, os jovens ligados ao MST terão matérias voltadas para temas da área rural. Parte das aulas será ministrada na universidade e parte, nas comunidades dos assentados. Por Carmen Pompeu e Roldão Arruda –

Instituído em 1998, o Pronera destina-se a estimular a educação nas áreas de reforma agrária em todo o País. Inicialmente era voltado sobretudo o combate ao analfabetismo. Mais tarde passou a apoiar o ensino profissionalizante e a formação universitária.

Hoje a maior parte dos recursos do Pronera são destinados ao financiamento de turmas especiais nas universidades. Dos R$ 9 milhões destinados ao programa neste ano, quase 60% são para o ensino superior. Foi quase a mesma média de 2008, quando os recursos eram de R$ 58 milhões. O Pronera possui convênios com quase 50 universidades públicas. Os sem-terra contam com cursos especiais nas áreas de geografia, história, direito, agronomia, artes, pedagogia e outros. Agora passarão a contar com o curso de jornalismo.

CONTESTAÇÃO
A criação dos cursos especiais, porém, tem sido cada vez mais contestada. Em junho, a Justiça Federal determinou a extinção do curso de direito agrário da Universidade Federal de Goiás, destinado só para assentados.

De acordo com a decisão do juiz Roberto Carlos de Oliveira, da 9ª Vara Federal, o curso especial, com critérios diferenciados de seleção dos candidatos, feria "os princípios da igualdade, legalidade, isonomia e razoabilidade do direito brasileiro".

Em Pelotas, no Rio Grande do Sul, a criação de um curso de medicina veterinária para assentados também foi parar na Justiça. O procurador Max dos Passos Palombo, que impetrou ação civil pública contra o funcionamento do curso, alegou inconstitucionalidade. "O assentado da reforma agrária não constitui nenhuma categoria jurídica à parte que justifique a criação de cursos exclusivos para eles. Trata-se de um privilégio", disse ele.

No Ceará, o Pronera estimula atividades voltadas para assentados há onze, em parceria com as duas universidades públicas do Estado - a Federal do Ceará e a Estadual. Além de jornalismo, os assentados já contam com cursos de educação para jovens e adultos, a partir dos 15 anos, com conteúdo programático do 1º ano ao 4º do ensino fundamental, e de escolarização. No nível superior, são ofertados curso de pedagogia da terra, e de pós-graduação. O objetivo é qualificar profissionais para os programas de assistência técnica do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O Estado de São Paulo



POR QUE SOMOS OBRIGADOS A BANCAR ESTUDO PARA INVASORES?
Isto não pode continuar. Tantos brasileiros trabalham para poder dar conta do estudo, e o senhor Lula nos força a bancar o estudo dessa gente que em nada contribui com o país; muito pelo contrário: eles pretendem usar esse “aprendizado” contra a sociedade.

O MST já recebe uma bolada dos nossos suados impostos, para invadir, depredar e apoiar Lula. Como não bastasse essa ilegalidade, pois pela Lei quem invade não PODE receber verbas do governo, ainda somos forçados a formar a delinqüência, instrumentá-la para se defender de seus próprios crimes cometidos contra nós.

O que querem eles? Invadir as redações dos jornais? O MST está convencido de que existe uma campanha de “criminalização” contra os coitadinhos dos “movimentos sociais”. Então, nada melhor que formar a própria militância para tentar limpar a barra da gangue.

Imagine os ‘jornalistas’ do MST justificando a violência contra a propriedade privada e contra o estado de direito? Vão tentar nos convencer que suas ações terroristas devem ser aceitas, pagas e amparadas pela sociedade. Como se já não tivéssemos que tolerar a militância petista infiltrada nos jornalões Vai ser um verdadeiro arrastão. Os crimes do MST serão absolvidos pelo teclado.

Se os nossos juízes permitirem essa aberração intelectual, estaremos fadados ao retrocesso humano, onde o chumbo intelectual dará a palavra de Ordem. Deus nos acuda! Por Arthur/Gabriela

Alô Lula! Alô Amorim! Como fica isso?

30.7.09

Alerta Brasil

Bolívia expulsa brasileiros de território na fronteira

Famílias de brasileiros que vivem em território boliviano, na fronteira com o Acre, estão sendo expulsas pelo governo do presidente Evo Morales. Homens, mulheres e crianças estão sendo forçados por funcionários bolivianos a abandonarem suas posses apenas com a roupa do corpo.

Milhares de brasileiros que vivem em território boliviano estão ameaçados de expulsão porque Evo Morales, sob a alegação de garantir a soberania do seu país, quer assentar 4 mil camponeses oriundos de La Paz e Cochabamba, em 200 mil hectares de terras localizadas na região fronteiriça. continua





E o general Golbery, afinal, não se enganou

Segunda-feira, 20 de julho de 2009, 10:46

Estadão

Ao elogiar Collor, Renan e Sarney, Lula retrocede na história e confirma avaliação inicial do guru da ditadura

José de Souza Martins*

- Quem viu as fotografias e leu o noticiário sobre a visita do presidente Luiz Inácio a Palmeira dos Índios, em Alagoas, deve ter estranhado exuberantes elogios (além da carona no Aerolula) ao ex-presidente Collor, extensivos a Renan Calheiros, que teve problemas na presidência do Senado. A que se pode juntar os elogios e o empenhado apoio que nestes dias deu a José Sarney, presidente do Senado, enrolado na questão dos atos secretos de nomeações para funções naquela casa do Congresso.

O Lula e o PT de hoje são irreconhecíveis em face do que disseram que seriam, no manifesto de fundação do partido, em 1980. Eles se tornaram interessantes enigmas para a compreensão dos nossos impasses políticos, os de uma história política que avança recuando. Em discurso de 1980, na Escola Superior de Guerra, o general Golbery do Couto e Silva, militar culto, ideólogo do regime instaurado pelo golpe de Estado de 1964, deu indicações sobre a armação do futuro político do País e do lugar que nele vislumbrara para Lula. O discurso está centrado nos requisitos da segurança nacional e se refere ao âmbito da liberdade política que romperia a dependência de facções da oposição em relação à polarização da Guerra Fria.

Para ele, a redução da liberdade política criara uma rede de organizações extrapolíticas de oposição ao regime. A abertura se justificava como meio de fazer com que os partidos renascessem "na plenitude de sua função de partidos", para que a política retornasse ao seu leito natural, forma de manter as oposições divididas. Dedica umas poucas palavras à "ala esquerdista da Igreja", e é quando cita Lula enquanto membro de uma elite sindical de líderes autênticos, "sem revanchismo ideológico". Lula "poderia ter sido" um desses líderes, diz Golbery, que se confessa desapontado com ele porque fora atraído "para as atividades mais políticas do que propriamente sindicais".

Intuitivo e prático, tudo sugere que Lula aos poucos compreendeu o plano de Golbery melhor do que o próprio Golbery. Era evidente a orfandade das esquerdas, que culminaria com a queda do Muro de Berlim no fim de 1989. No Brasil essa orfandade se traduzia numa fragmentação tão extensa que Paulo Vannuchi, hoje secretário de Direitos Humanos, chegou a escrever utilíssimo manual que mapeia e lista todos os grupos partidários da esquerda clandestina, indicando a origem de cada um como fragmento de outro. Sem passar pela aglutinação de ao menos parte dessa esquerda fragmentária, Lula nunca teria conseguido a legitimidade propriamente política que o tornaria a personagem que é.

Assim como Golbery, Lula também compreendeu que a Igreja Católica estava dividida em consequência das inovações do Concílio Vaticano II e que nela havia uma importante facção, que ia de leigos a bispos, ansiosa por aliar-se às esquerdas com base no capital político das comunidades eclesiais de base. A Igreja tinha seus motivos, temerosa de ver-se repudiada por ponderáveis parcelas da população, vitimadas por notórias carências sociais. A primeira manifestação da Igreja em favor da reforma agrária fora em 1950 e viera de um bispo conservador da diocese de Campanha (MG), dom Inocêncio Engelke, que alude em sua carta pastoral ao risco de que o êxodo de trabalhadores rurais para a cidade os colocasse à mercê do proselitismo comunista. É evidente que essa Igreja também compreendeu que Lula era um personagem politicamente à deriva ao qual poderia aliar-se, como se aliou.

Operário qualificado e bem pago de multinacional, Lula compreendia que o sindicalismo da era Vargas se tornava obsoleto e agonizava, impróprio para a nova militância do entendimento e da mesa de negociação. O sindicalismo lulista era apenas o instrumento da nova realidade das relações laborais, divorciadas da concepção de classes sociais, tendente ao fortalecimento das categorias profissionais e setoriais. Longe, portanto, do mito da greve geral, a greve política, mais de confronto com o Estado do que com o capital, que era a estratégia dos comunistas, fortes no ABC operário. Lula e o PT serão decisivos na demolição da esquerda característica e histórica.

O carisma crescente de Lula, a figura mítica buscada pelas esquerdas órfãs e pelo catolicismo social, foi fundamental para o salto de modernização política representado pelo surgimento do PT (e também pelo PSDB, entre outros partidos), com a abertura política promovida pela ditadura no marco das concepções de Golbery. Lula e o PT cresceram, aglutinando o que nem sempre corretamente se autodefine como esquerda. O manifesto de 2002, pelo qual o PT realinha suas orientações ideológicas a favor de uma generosa aliança com o capital e com as multinacionais, bem como com os grupos políticos de origem oligárquica, representa o cume na construção de esquerda do partido e o início do processo de sua desconstrução de direita. Ainda antes das eleições presidenciais daquele ano, Lula, falando a usineiros de açúcar e fornecedores de cana de Pernambuco e da Paraíba, fez a crítica do socialismo e lhes prometeu benefícios de política econômica, o que resultou na imediata adesão de todos a sua candidatura.

Daí em diante, Lula no poder e o próprio PT foram descartando pessoas e facções internas à esquerda de sua opção conservadora. Foram descartando também as organizações que atuam como movimentos sociais, abandonando ou atenuando programas e projetos. Inicialmente, para trazer o apoio do latifúndio e do grande capital a sua pessoa e a seu governo. Depois, para agregar a sua base política o que de mais representativo há do remanescente oligarquismo brasileiro e da obsoleta, e não raro corrupta, dominação patrimonial.

O solidário e empolgado abraço de Lula, com sorrisos, nesses três aliados, emblemáticos senadores da República, é sobretudo um fraterno e decisivo abraço no retrocesso histórico e nos reacionários arcaísmos da política brasileira. O general Golbery achou que se enganara. Não se enganou.

*Professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP. Autor de Fronteira - A Degradação do Outro nos Confins do Humano

http://www.estadao.com.br/suplementos/not_sup405472,0.htm

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Quanto custa controlar a imprensa

Mídia Sem Máscara

Mas é óbvio que, a partir do modo como a Casa Branca vem controlando repórteres em entrevistas coletivas, produzindo os seus próprios relatórios de notícias para distribuir à imprensa e orquestrando falsas audiências públicas, Obama quer um controle menos filtrado ainda, tanto da sua mensagem quanto da sua imagem pública, do que presidentes anteriores.

Ele está disposto a pagar milhões de dólares dos contribuintes para atingir essa meta.

A Casa Branca de Barack Obama está gastando mais de US$80.000 por semana para prover de pessoal os gabinetes de mídia antiga e nova. Somando-se o preço dos redatores de discurso, a conta da Casa Branca atinge quase US$100.000 por semana, ou quase US$5 milhões por ano - e isto é só com salários.

Com base na cobertura que o presidente acumulou até aqui, é dinheiro bem gasto.

O Accuracy In Media reuniu esses dados a partir do relatório anual de salários apresentado pela Casa Branca ao Congresso e divulgado na semana passada. O AIM identificou um total de 66 membros que têm alguma ligação com a máquina de mensagens de Obama - secretários e assistentes de imprensa, diretores de comunicação, especialistas em mídia nova, redatores de discurso, e a equipe do novo Gabinete de Envolvimento Público

Este último grupo, que emprega 13 pessoas a um custo de US$1.090.200 anuais, organiza eventos como o fórum online de assistência médica havido na Virginia na semana passada para transmitir diretamente ao público a mensagem da Casa Branca. A apresentadora do evento era Valerie Jarrett, que recebe o encargo máximo de US$172.200 por ano como assistente do presidente do dito gabinete.

A Casa Branca anunciou a discussão sobre assistência médica como se esta fosse uma audiência pública virtual, mas tanto a grande mídia quanto os blogueiros da esquerda e da direita difamaram-na como dramaturgia.

"O fórum de assistência médica de Obama foi como os debates do ano passado na CNN/YouTube - só que em lugar de produtores da CNN escolhendo a dedo as perguntas do vídeo, aqui a Casa Branca eliminou o intermediário!", reclamou Micah Sifry do techPresident.

O Gabinete de Envolvimento Público de Obama substituiu o mais tradicional Gabinete de Relações Públicas. A missão é a mesma - conectar o público à Casa Branca - mas as técnicas são diferentes. Ao conjunto das ações de comunicação já existentes, o time de Obama incorporou vídeos online, blogs e outros elementos interativos, incluindo audiências públicas rigorosamente administradas.

Obama também quadruplicou o tamanho da equipe de relações públicas. De acordo com o último relatório de salários da equipe do governo Bush, o presidente empregava três pessoas neste seu gabinete a um custo de US$335.500.

Obama tem mantido até aqui a promessa de fixar um teto para todos os salários de auxiliares que ganham mais do que US$100.000, mas ele está gastando muito mais dinheiro com peritos em mídia nova do que Bush, um sinal do seu desejo de modernizar a operação de imprensa.

Embora outros funcionários tenham de fato trabalhado no website da Casa Branca e em outros projetos de internet, o time que Bush consagrou à mídia nova parece ter consistido de duas pessoas - um diretor de mídia especializada que ganhava US$84.000 por ano e um assistente de website que ganhava US$34.000.

Em contraste, Obama mantém os 11 empregados no Gabinete de Envolvimento Público e outros nove auxiliares com títulos como diretor de mídia nova, diretor de criação de mídia nova, subdiretor de vídeo e chefe de conteúdo/design de e-mails. Os nove juntos ganham aproximadamente US$700.000.

No começo do ano a Casa Branca irritou o press corps [jornalistas que fazem a cobertura do local] ao impedir que repórteres cobrissem o momento fotográfico de Obama com o time da Universidade de Connecticut, campeão nacional de basquetebol feminino. Em vez disso, o próprio time midiático de Obama produziu uma vídeo-reportagem em estilo profissional e lançou-a vários dias após o evento.

Jake Tapper, réporter da ABC News para a Casa Branca, perguntou-se: "Os funcionários da Casa Branca de Obama acham que a cobertura de mídia que recebem não é lisonjeira o bastante?"

Eles não têm motivo racional para não confiar num press corps que acha que Obama é uma "espécie de Deus" (de acordo com Evan Thomas), que planeja perguntas com o time de imprensa e que transmite da Casa Branca reportagens especiais unilaterais. Mas é óbvio que, a partir do modo como a Casa Branca vem controlando repórteres em entrevistas coletivas, produzindo os seus próprios relatórios de notícias para distribuir à imprensa e orquestrando falsas audiências públicas, Obama quer um controle menos filtrado ainda, tanto da sua mensagem quanto da sua imagem pública, do que presidentes anteriores.

Ele está disposto a pagar milhões de dólares dos contribuintes para atingir essa meta.

No todo, Obama está gastando com a sua operação de comunicação cerca de 12 por cento a mais do que Bush: US$4,97 milhões comparados com US$4,44 milhões. Junto com Jarrett no gabinete de envolvimento público, os mais bem pagos, recebendo US$172.200 são Anita Dunn, diretora de comunicações, Robert Gibbs, secretário de imprensa, e Jonathan Favreau, diretor de redação de discursos.

Os outros membros das comunicações faturando mais de US$100.000 são:

- Christina Tchen, a assistente-adjunta no gabinete de envolvimento público (US$153.500);

- o subdiretor de comunicações Howard Pfeiffer (US$150.000);

- Michael Strautmanis, um assistente especial no gabinete de envolvimento público (US$139.500);

- o diretor de mídia nova Robert (Macon) Phillips (US$115.000);

- os subsecretários de imprensa William Burton, Joshua Earnest e Jennifer Psaki (US$113.000);

- a diretora de comunicações da primeira-dama, Camille Johnston (US$102.000);

- a diretora de assuntos de mídia Elizabeth Reynolds (US$102.000);

- e o subdiretor de redação de discursos Benjamin Rhodes (US$102.000).

A operação de imprensa de Obama é diferente da de Bush em outras maneiras além da ênfase nessa mídia baseada na internet que se desvia do press corps. Ele tem diretores de comunicações designados para regiões específicas, por exemplo: Adam Abrams para o Oeste, Amy Brundage para o Meio-Oeste, Moira Muntz para o Nordeste e Gannet Tseggai para o Sul. Cada um ganha US$65.000 por ano.

Obama também tem membros para atender aos mercados midiáticos das minorias. Corey Ealons, diretor afro-americano de mídia, recebe US$78.000, enquanto o salário de Luis Miranda como diretor hispânico de mídia é US$65.000.

A assistência a repórteres das minorias já gerou rendas para Obama sobre o investimento dos contribuintes. Howard Kurtz, crítico de mídia do Washington Post, notou na semana passada que destacadas escritoras negras que obtiveram acesso especial à primeira-dama Michelle Obama escreveram "com entusiasmo, em alguns casos mesmo admiração, sobre a primeira-dama como sendo um longamente aguardado modelo de conduta para negras."

A máquina midiática de Obama está em plena atividade, mas pode produzir o efeito contrário se a mídia conquistar auto-respeito e se cansar de ser manipulada em nome da imagem e da agenda do presidente.


Tradução: Bruno Yoshio Mori
Revisão: Alessandro Cota