quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Dilma, a tábua de salvação das FARC

Mídia Sem Máscara

Não é nova a maquiavélica jogada estratégica das FARC, em busca de reconhecimento político com status de beligerância e supressão do qualificativo de terroristas.


Ante o crescente desprestígio das FARC, derivado de suas ações de narcoterrorismo contra a Colômbia e de terrorismo interno contra os próprios guerrilheiros, somados aos golpes psicológicos de conotações políticas e estratégicas sofridos com as operações Fênix, Xeque, Camaleão e Sodoma, as deserções maciças de terroristas, as baixas em combate, as capturas de cabeças e as apreensões de materiais, os terroristas jogam uma cartada com Dilma Rousseff, em busca da legitimação política.

Dentro da Colômbia recorreram a seus correligionários e cúmplices que manipulam os demais integrantes dos chamados "Colombianos pela paz", para que insistam na legitimação do grupo terrorista. Para este efeito, urdiram a farsa de prometer cinco libertações em desagravo à destituída senadora a quem a Procuradoria encontrou nexos com as FARC.

E na ordem internacional, assessorados pela UNASUL, o Movimento Continental Bolivariano e os "novos melhores amigos" do presidente Santos, recorreram a promover protestos em várias latitudes pela "injusta" destituição em andamento da senadora e a promover ações legais internacionais para buscar sua restituição.

Ao mesmo tempo, com este estratagema de propaganda esquerdista, celebraram com exagero a eleição da terrorista brasileira Dilma Rousseff, em substituição do pró-terrorista Luiz Inácio Lula da Silva. E, que coincidência, a libertação dos cinco seqüestrados para desagravar a "ofendida ex-senadora", vai-se produzir com o "apoio humanitário do governo brasileiro", porém como primeiro grande ato de solidariedade internacional da presidente terrorista, em honra da "paz na Colômbia".

Não é nova a maquiavélica jogada estratégica das FARC, em busca de reconhecimento político com status de beligerância e supressão do qualificativo de terroristas, para receber apoio posterior que lhes permita atacar a Colômbia desde o exterior, e implantar uma ditadura comunista afim a Lula, Chávez, Correa, Ortega, Castro, Lugo, Kirchner, Morales e Mujica.

As FARC já haviam tentado com a farsa da reunião de Chávez, Correa e o índio boliviano com Tirofijo no Caguán, para exigir o despejo de Pradera e Florida. Depois, com a falida trama de Néstor Kirchner para receber Emmanuel, o filho de Clara Rojas, e com a palhaçada de Piedad Córdoba e Hugo Chávez para ajudar a fingir "boa-vontade das FARC" com as libertações dos congressistas e do cabo Moncayo. E em seguida, com o seqüestro do governador de Caquetá e a difusão simultânea na Europa de um filme, editado pelos comunistas argentinos, na qual as FARC aparecem como santos varões.

A diplomacia hipócrita de Santos, Chávez e Correa, após a saída de Álvaro Uribe da Casa de Nariño, indica que os socialistas caviar da UNASUL avançaram em incisivos contatos com Santos e a ministra Holguín, para propiciar "negociações de paz" com as FARC após a libertação dos seqüestrados.

E nelas a "camarada e compatriota" Dilma Rousseff terá um papel preponderante, pois não só está em jogo a ambição totalitária dos comunistas latino-americanos, como a continuidade da liderança de Lula no projeto intercontinental de atacar e destruir os Estados Unidos e seus aliados com a combinação de todas as formas de luta, mediante o desenvolvimento de mil vietnãs em mil partes. E a Colômbia é o ponto ideal para iniciar esse incêndio no hemisfério.

O Congresso da República, a Chancelaria, as altas cortes, as Forças Militares, os meios de comunicação e a sociedade em geral devem entrar em alerta vermelho. Urge desempoeirar as análises dos fracassados processos de paz anteriores, incrementar a ação ofensiva das tropas contra os acampamentos das FARC e pôr nos trilhos a "mediação" de Dilma que, como é óbvio, faz parte do complô contra a Colômbia.

* - Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com

Tradução: Graça Salgueiro

Islamistas visam cristãos 'onde quer que possam pegá-los'

Mídia Sem Máscara

Raymond Ibrahim | 29 Dezembro 2010
Notícias Faltantes - Perseguição Anticristã

É claro que a frase "onde quer que possam pegá-los" é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados - pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.

Em 2006, quando o Papa Bento XVI citou a História, considerada pouco lisonjeira ao Islã, cristãos por todo o mundo islâmico pagaram o preço: seguiram-se distúrbios anticristãos, igrejas foram queimadas e uma freira foi assassinada na Somália. Isto, naquela ocasião. Dias atrás, quando um cristão egípcio foi acusado de namorar uma muçulmana, vinte e duas casas de cristãos foram incendiadas aos gritos de "Allah Akbar." Há incontáveis outros exemplos de um grupo de cristãos no mundo muçulmano sendo punidos em resposta a outros cristãos.

Na verdade, o recente massacre em Bagdá, no qual islamistas invadiram uma igreja durante a missa, matando mais de cinqüenta fiéis cristãos, foi uma "resposta" à Igreja Cristã Copta do Egito, que os islamistas acusam de seqüestrar e torturar muçulmanas para que se convertam ao Cristianismo (mesmo que a bem-documentada realidade no Egito seja que os muçulmanos seqüestram regularmente e obrigam as cristãs a se converterem ao Islã). Além disto, os islamistas filiados à al-Qaeda que perpetraram o massacre na igreja de Bagdá ainda ameaçaram os cristãos do mundo todo:

Todos os centros, organizações e instituições, líderes e seguidores cristãos são alvos legítimos para os mujahedeen (combatentes da fé) onde quer que eles possam pegá-los... Estes idólatras [os cristãos do mundo] e, à sua frente, o tirano alucinado do Vaticano [o Papa Bento 16], sabem que a espada assassina não será erguida do pescoço de seus seguidores enquanto eles não declararem sua inocência em relação ao que o cão da Igreja Egípcia está fazendo.

É claro que a frase "onde quer que possam pegá-los" é uma indicação de que são os cristãos do mundo muçulmano que serão especialmente visados - pois são os mais fáceis de todos para serem pegos.

Este fenômeno - atacar um grupo de cristãos ou não-muçulmanos em geral, em resposta a outro - tem suas raízes na lei islâmica. O Pacto de Omar, um texto fundador para o tratamento dos dhimmis (i.e., não-muçulmanos que se recusaram a se converterem depois que suas terras foram tomadas pelo Islã) deixa isto claro. As conseqüências da quebra de qualquer uma das condições debilitantes e humilhantes que os cristãos eram obrigados a aceitar a fim de terem algum grau de compromisso por parte estado muçulmano - incluindo coisas como ceder seus assentos aos muçulmanos, como um sinal de "respeito" - eram claras: "Se violarmos de qualquer forma as promessas das quais nós mesmos somos a fiança, nós abandonamos nossa aliança [dhimma], e nos tornamos sujeitos às penalidades por contumácia e sedição [ou seja, ficam vistos como infiéis "desprotegidos" e assim expostos ao mesmo tratamento, incluindo a escravidão, a rapina e a morte.]"

Além do mais, as ações do indivíduo afetam o grupo inteiro - daí o componente da condição de "refém" (todo mundo está sob ameaça para assegurar que todo mundo se comporte). Como Mark Durie aponta, "Mesmo uma ruptura por parte de um só dhimmi individual pode resultar na jihad sendo empreendida contra toda a comunidade. Os juristas muçulmanos deixam claro este princípio. Por exemplo, o jurista iemenita al-Murtada escreveu que "O fato de que um só indivíduo (ou um só grupo) entre eles quebrou o estatuto é o bastante para invalidá-lo para todos eles." (A terceira escolha, p.160).

Este princípio, de que as ações de um só afetam a todos, é regularmente posto em prática no Egito. De acordo com o bispo Kyrillos, "toda vez que há um rumor de um relacionamento entre um copta e uma moça muçulmana [o que é proibido, na lei islâmica] toda a comunidade copta tem que pagar o preço: 'Isto aconteceu em Kom Ahmar (Farshout), onde 86 imóveis da propriedade de coptas foram incendiados; em Nag Hammadi, onde fomos mortos e além de do mais, eles incendiaram 43 casas e lojas; e agora na vila de Al-Nawahed, só porque um rapaz e uma moça estavam caminhando lado a lado na rua, o lugar inteiro é destruído." [O blog Dextra falou sobre este último caso aqui].

Pior: na medida em que o mundo continua a encolher, os cristãos indígenas do mundo muçulmano passam a se confundir com seus correligionários livres do Ocidente: a percepção que se tem destes afeta o tratamento daqueles; raça ou geografia não importam mais; a religião em comum os torna todos responsáveis uns pelos outros. Um dhimmi é um dhimmi é um dhimmi.

Além do massacre na igreja de Bagdá, por exemplo, os cristãos do Iraque são há muito visados "devido a seus laços religiosos com o Ocidente... os cristãos foram particularmente visados com ataques a bomba a igrejas e tentativas de assassinato devido a uma percepção que havia de uma associação com as intenções das forças de ocupação." Não surpreende que mais da metade da população dos cristãos do Iraque emigrou do país desde que os Estados Unidos derrubaram o regime de Saddam.

Os precedentes deste fenômeno são abundantes. Enquanto que os coptas de hoje são citados como a razão por trás do massacre dos cristãos iraquianos, há quase um milênio atrás os coptas eram massacrados quando seus correligionários ocidentais - os cruzados - faziam incursões nos domínios do Islã. Mais uma vez, a lógica era clara: "vamos punir estes cristãos porque nós podemos, em resposta àqueles cristãos".

Deve-se observar que esta atitude aplica-se a todos os grupos não-muçulmanos - judeus, hindus, budistas, etc.- vivendo em meio a maiorias muçulmanas. Entretanto, como os cristãos são a minoria infiel mais visível no mundo islâmico, a maioria dos exemplos modernos os envolve. Os coptas são especialmente visados porque constituem o maior bloco cristão no Oriente Médio. (Séculos antes das conquistas muçulmanas, o Egito era um pilar do Cristianismo e pode-se dizer que Alexandria era igual a Roma em autoridade. O resultado é que, após séculos de perseguição, ainda há uma presença cristã visível no Egito - para grande pesar dos islamistas.)

Tratar as minorias não-muçulmanas como reféns pode até ter conseqüências não-intencionais. De acordo com a autora judia Vera Saeedpour, o governo turco pressionou a diplomacia israelense, inclusive ameaçando "as vidas e os meios de subsistência dos 18 mil judeus" na Turquia:

Na primavera de 1982, quando os judeus planejaram uma Conferência Internacional sobre o Genocídio, em Tel Aviv, eles convidaram os armênios para participarem. Ancara protestou. O governo israelense agiu rapidamente para fazer os organizadores cancelarem o convite, insistindo em que a conferência ameaçaria "o interesse humanitário dos judeus." O New York Times explicou o que significava "interesse humanitário". Os organizadores ouviram do governo israelense que a Turquia pretendia cortar relações diplomáticas e tinha ameaçado "as vidas e os meios de subsistência dos 18 000 judeus" no país (NYT, 03/06/82 e 04/06/82). Para fazer a mensagem ser ouvida, Ancara até mandou uma delegação de judeus de Istambul, que alertaram que eles poderiam estar em risco se a conferência incluísse armênios. O responsável pela conferência, Elie Wlesel, foi primeiro citado como tendo dito: "Não vou discriminar os armênios, não vou humilhá-los." Depois, citando ameaças às vidas dos judeus na Turquia, ele deixou o posto.

Tudo isto é um lembrete de que um outro aspecto ainda da doutrina e história islâmicas - a ser acrescentada à jihad, taqiyya, wala wa bara, etc. - está viva e passa bem no século 21. Tratar um grupo de não-muçulmanos como reféns, para serem maltratados como forma de retaliação a seus correligionários - longe ou perto, individual ou coletivamente - é só mais uma tática para obter poder sobre os infiéis.




Raymond Ibrahim
é diretor associado do Middle East Forum, autor de The Al Qaeda Reader, e palestrante convidado junto ao National Defense Intelligence College.

Tradução: Dextra

Clarence Darrow, um comunista

Mídia Sem Máscara

Paul Kengor | 29 Dezembro 2010
Internacional - Estados Unidos

Por que os comunistas adoram Darrow? Uma das possibilidades é que eles apreciavam muito o que ele havia feito nos Julgamentos sobre a Teoria da Evolução. Não havia inimigos mais furiosos do Cristianismo do que os comunistas.

Nota: O Dr. Paul Kengor é professor de ciência política na Faculdade Grove City e diretor executivo do Centro de Visão e Valores (The Center for Vision & Values)

22 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) - Não, este artigo não vai tratar do "Anjo Clarence" do filme "It's a Wonderful Life" (A felicidade não se compra). O Clarence mencionado neste artigo é muito menos inspirador - um verdadeiro embusteiro. Vou falar de Clarence Darrow, defensor dogmático dos ateus.

À medida que os cristãos nesta época do ano vão engolindo outra avalanche de ataques covardes contra o santo dia reverenciado (25 de dezembro) por eles, eles poderiam pausar para se lembrar de Darrow. Clarence Darrow (1857-1938) foi o advogado sarcástico e agressivo que enfrentou William Jennings Bryan no "Scopes Monkey Trials*" (Julgamentos sobre a Teoria do Macaco do Professor Scopes), uma batalha épica por causa da fé na esfera pública. Bryan havia sido, por três vezes, candidato presidencial pelo Partido Democrático. Ele era da velha escola, quando os políticos do Partido Democrata eram muito mais conservadores. A rechaçada que Darrow deu em Bryan no tribunal ficou imortalizada no filme nojento "Inherit the Wind" (O Vento Será Tua Herança), que retrata Bryan como um idiota e Darrow como um brilhante defensor das liberdades civis, "tolerância" e "razão".

Esses são os motivos por que os esquerdistas seculares sustentam Clarence Darrow como seu herói vitorioso. Esses esquerdistas estão muito distantes dos primeiros cristãos progressistas como Bryan, Woodrow Wilson, Dorothy Day e Jane Addams, entre muitos outros. Os progressistas de hoje adoram Darrow.

Isso é fato consumado. O que é novo para mim, porém, foi descobrir que os elementos mais radicais da esquerda política - isto é, os comunistas americanos - adoravam Darrow da mesma forma. Isso foi um choque, uma surpresa absoluta, quando encontrei o nome de Darrow citado repetidas vezes nos Arquivos Soviéticos da Comintern sobre o Partido Comunista dos EUA (PCEUA).

Por que os comunistas adoram Darrow? Uma das possibilidades é que eles apreciavam muito o que ele havia feito nos Julgamentos sobre a Teoria da Evolução. Não havia inimigos mais furiosos do Cristianismo do que os comunistas. Darrow era o centro das atenções do movimento pelo trabalho independente dele em contestar as "superstições" idiotas de Bryan e seu bando alegre de evangélicos "sem cérebro" que criam totalmente nas Escrituras Sagradas.

Mas há mais revelações importantes. Outro motivo por que os comunistas reverenciavam Darrow é um fato que não é ensinado nas escolas: Antes de Darrow defender a teoria de que o homem veio dos macacos, ele havia defendido os comunistas e seu líder Ben Gitlow, começando com uma série de incidentes e casos dramáticos que ocorreram de 1919 até a década de 1920, quando eles estavam sendo perseguidos por advogarem a revolução armada e a derrubada do sistema dos EUA, o qual eles queriam substituir por uma "república americana soviética". (Para ver alguns desses documentos, clique aqui.) Eles estavam sendo desafiados nos tribunais por Alexander Mitchell Palmer, ministro da Justiça do presidente Woodrow Wilson, por sua atividades descaradamente subversivas, antiamericanas e pró-bolchevistas.

O que é muito importante é que Darrow foi um dos primeiros membros da ACLU**, fundada em 1920 pelo colega ateu dele, Roger Baldwin, que, naquela época exata, era um comunista defensor da União Soviética. Conforme escrevi aqui anteriormente, uma parte imensa do trabalho inicial da ACLU era defender os comunistas dos EUA. Os membros da ACLU e os membros do Partido Comunista se agrupavam uns com os outros, e o elo comum entre eles era o ateísmo.

Quanto a Darrow, ele adotou inflexivelmente as normas políticas da ACLU e do Partido Comunista Americano, argumentando que os EUA estavam ficando obcecados com uma histeria anticomunista. Isso ocorreu décadas antes de Joe McCarthy.

Mas a defesa de Clarence Darrow aos comunistas americanos nos tribunais foi mais tosca do que isso. Darrow insistia em que os comunistas americanos não eram leais à URSS, apesar dos pôsteres fixados nos prédios do Partido Comunista (clique aqui). Ele também declarava que os comunistas americanos personificavam a Revolução Americana e os fundadores da República dos Estados Unidos. "Um homem ter medo de revolução nos EUA", argumentou Darrow, "seria uma vergonha para sua própria mãe!"

"Revolução?", debochou Darrow. O que era mais intrinsecamente americano? Esses marxistas-leninistas dos EUA eram a encarnação de Madison e Jefferson.

Se isso não fosse ofensivo o suficiente, o campeão dos ateus invocou o Deus todo-poderoso
em favor dessa sublime revolução: "Devemos recordar algumas revoluções que ocorreram no passado e dar graças a Deus por aqueles que se revoltaram e venceram. Seria totalmente desonesto não fazer isso".

De acordo com a descrição dele, os vilões não eram os comunistas; não, os vilões eram as pessoas que faziam cruzadas contra o comunismo.

Por defender fortemente tais absurdos, os comunistas dos EUA foram eternamente gratos a Clarence Darrow.

Em conclusão, é indispensável compreender que os comunistas adotaram Darrow porque Darrow se opunha a figuras do Partido Democrático como Woodrow Wilson e Franklin Delano Roosevelt, os quais os comunistas desprezavam. Aliás, foram as críticas de Darrow ao New Deal*** que o trouxeram à minha atenção - na verdade, à minha tela de microfichas - nos Arquivos do Comintern. A linha de raciocínio era que Roosevelt era um "fascista", determinado a fazer uma "guerra mundial", buscando impor "trabalhos forçados". (Clique aqui para ver exemplos.) Darrow condenou fortemente o New Deal, o que encantou seus camaradas.

Naturalmente, nossas escolas não ensinam esses fatos. As referências das enciclopédias a Darrow ignoram as ligações dele com os comunistas. Uma busca no Google sobre Darrow em primeiro lugar traz a biografia dele na Wikipédia, que, na época da redação deste artigo, não continha uma só menção desses fatos, e a palavra "comunista" nunca aparece.

Ai, ai, Clarence Darrow, herói do Julgamento da Teoria da Evolução - e muito mais. Não espere aprender esses fatos nas aulas de ciências sociais das escolas. Aliás, nas escolas, em vez de ouvir as palavras de Darrow defendendo ardorosamente os comunistas, você só terá a chance de ouvir as palavras horrendas dele contra os que acreditam que Deus criou o mundo.

Uma versão mais longa deste artigo apareceu pela primeira vez na revista American Spectator.




Notas do tradutor:

* "Scopes Monkey Trials": julgamento do professor John Scopes em 1925 por ensinar para crianças - que eram na vasta maioria cristãs - de uma escola pública que o homem veio do macaco, violando as leis do estado do Tennessee da época. Ele foi condenado e posteriormente absolvido com a ajuda do ateu e comunista enrustido Clarence Darrow.

** ACLU: sigla de "American Civil Liberties Union" (União das Liberdades Civis Americanas), organização esquerdista americana supostamente de defesa dos direitos do indivíduo, mas que nunca perde oportunidade de atacar os cristãos e seus valores.

*** New Deal: política econômica (de natureza socialista) implementada, em 1933, pelo presidente americano Franklin D. Roosevelt.


Tradução: Julio Severo


Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com


Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/christmas-with-clarence-famed-scopes-monkey-trial-lawyer-was-a-communist-ap


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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O mundinho à parte de Brasília

Mídia Sem Máscara

Os palpites que escutei de Brasília revelavam um lugar à parte, que não existe. Uma burocracia maravilhada com suas regalias, alienada e envolvida com as propagandas do governo Lula ou mesmo prócer ou partidária das mentiras governamentais.

Se alguém com visão isenta e descompromissada tiver a oportunidade de ir à Brasília, perceberá um universo à parte do país. Não é por acaso que dizem que aquilo lá é a ilha da fantasia, dos políticos, dos funcionários públicos, dos áulicos, dos cortesãos, enfim, dos mandatários da nossa república. Seria mais ousado dizer que é um país usurpador que governa outro país. Nada do que escutei ou ouvi dos cidadãos de lá reflete realmente o que seja o Brasil. Paradoxo curioso, já que a cidade é feita de vários tipos regionais de toda a nação. Pelo contrário, eles são otimistas: qualquer governo para eles serve, contanto que ninguém mexa nos interesses sacrossantos do funcionalismo público. Até a visão da cidade é burocrática: monótona, uniformizada, padronizada, enfadonha, para não dizer feia. Há quem idolatre Oscar Niemeyer e Lúcio Costa e sua mais famosa produção, por assim dizer, "soviética". Brasília cheira a "realismo socialista", que de realismo não tem nada. Sobra à população o socialismo das mamatas privadas e dos riscos públicos. Se a cidade planejada queria ser democrática, Brasília consegue ser uma cidade completamente excludente: os pobres na periferia e, no centro, os donos do poder. E o transporte público, decadente e infernal. É um protótipo perfeito da nomenklatura dos países socialistas.

Além de enfadonha, Brasília costuma ser uma cidade muito cara pra se viver. Se não bastasse isso, como se explicaria que esta capital tenha o segundo maior PIB per capita do país, além de ser uma cidade que representa mais de 3% do PIB nacional? Brasília possui indústria, agricultura ou comércio pujante? Nada disso. É a capital do funcionalismo público, ou melhor, do déficit público. Como dizia o economista e ministro do planejamento Roberto Campos, Brasília é uma usina de déficits e bazar de ilusões. Malgrado ter dados estatísticos de cidade rica, é uma ilha cercada por cidades-satélites paupérrimas, tão feias quando a metrópole-mãe. Sem contar que a política do Distrito Federal não deixa a dever a nenhuma cidade do interior do nordeste, em matéria de escândalos, roubalheiras e clientelismo dos mais xucros. Cultura de dependência estatal é regra. Se o governo federal comprou milhões de almas com o bolsa-família, em particular, ganhando muitos votos no nordeste, não foi diferente a política do governador destronado do Distrito Federal, o Sr. José Roberto Arruda, do DEM. Ele também tinha sua dose de compra legal de votos, através de um bolsa-família distrital.

Apesar disso, os palpites que escutei de Brasília revelavam um lugar à parte, que não existe. Uma burocracia maravilhada com suas regalias, alienada e envolvida com as propagandas do governo Lula ou mesmo prócer ou partidária das mentiras governamentais. E crédula na sua autoridade sacrossanta de entidade estatal, como se os donos da papelada e da mesa do "bureau", no seu estreito mundinho da Esplanada dos Ministérios, do Congresso, do STF, STJ ou do Planalto, pudessem comandar e administrar os complexos problemas de uma nação continental, através de fórmulas prontas de portarias administrativas. Há funcionários públicos em Brasília que acreditam piamente nisso. Tal como o viés da cidade stalinista, eles acham que podem gerenciar a nação como se fossem segmentos de uma grande repartição pública da União ou de uma Gosplan soviética.

Claro que o problema do centralismo governamental é bem antigo. Porém, o governo Lula aumentou essa crença demiúrgica da burocracia onipotente sabe-tudo. Não foi por acaso que o governo criou mais de trinta ministérios, cada um mais inúteis do que outros. E como agora o Estado catou os louros da glória do crescimento econômico, o público de Brasília, que é feito de burocratas, acha que foi causador do aumento das vendas, do consumo e do boom do comércio internacional. E o pior é que muita gente acredita! Vai entender esses umbigos falantes!

Enquanto isso, eu me sentava à mesa com um amigo, que trabalhava para o Itamaraty: o sujeito elogiava a política externa do governo Lula, com relação ao Irã e à Coréia do Norte. Supostamente, em nome do livre comércio e da aliança do Brasil na Liga árabe (se bem que o Irã não seja necessariamente um país árabe, mas persa). Ainda que para isso o Brasil se transforme em inimigo político de quase todas as democracias ocidentais e bajule as piores ditaduras genocidas e terroristas, o meu querido amigo votou em Dilma Roussef porque ela criaria novas embaixadas nos países de terceiro mundo. O segundo turno das eleições presidenciais causou-lhe um pavor horroroso. Se José Serra se elegesse presidente, nas palavras dele, não haveria concurso público para a diplomacia. Pelo jeito que ele falou, seria capaz de se deslumbrar facilmente por conta de um carguinho diplomático na embaixada do Sudão!

Confesso que fiquei decepcionado com essas opiniões. Como alguém pode se dar ao luxo de falar tantas tolices? No entanto, talvez seja porque os neófitos da diplomacia queiram adquirir a linguagem petista e bajular os "barbudinhos", os diplomatas esquerdistas engravatados do Instituto Rio Branco. Vale tudo pra concurso público, inclusive, imitar as idéias patéticas dessa fauna caricatural. A diplomacia brasileira chegou ao seu pior momento no governo Lula. Meu amigo dizia que o Brasil ganhou respeito internacional. Onde? Quando? Como? A Bolívia confiscou o gasoduto da Petrobrás, aumentou a tarifa do gás e o país ficou caladinho, com um pontapé na bunda. O Paraguai aumentou artificialmente o preço da energia elétrica de Itaipu, rompeu contratos, como a Bolívia, e o Brasil arregaçou o traseiro. Inclusive, houve esquerdistas idiotas que diziam que nós éramos "exploradores" desses países.

A China gerou um boicote na soja brasileira, que gerou uma queda artificial no preço do produto, gerando um prejuízo de milhões de dólares às nossas exportações. Sem contar em nosso envolvimento patético nas relações Irã e Israel, ocasião em que o país serviu de chacota, tanto para os islâmicos, como para os judeus e os Estados Unidos. E, ainda, o Brasil se presta a usar de sua embaixada, para as políticas megalomaníacas de Hugo Chavez em Honduras. O país coleciona a cada ação diplomática, fracasso sobre fracasso. Mas isso não existe em Brasília. Levar chute na bunda é um caso curioso de vitória do país. Se um dia Evo Morales e os narcotraficantes da fronteira tomarem o Acre, é capaz de o governo Lula elogiar a invasão de suas fronteiras, porque supostamente os brasileiros roubaram o espaço boliviano, em troca de um cavalo. Alguém teve razão em dizer que o governo Lula é o auge do entreguismo, do rebaixamento moral e ético do povo a qualquer republiqueta hispânica. Isso não me espanta: a esquerda sempre odiou o país. Se a Ex-União Soviética, Cuba, China, Coréia do Norte, Irã ou mesmo a Venezuela de Hugo Chavez tomassem o poder neste país, a esquerda agradeceria, contrita, tal como a vadia da zona que apanha de malandro e gosta.

Brasília me causou um asco profundo. Ainda me pergunto como esse outro "país" nos governa? Captando alguns comentários e algumas idéias, agora dá pra entender, em parte, por que este país não vai pra frente. A estreiteza mental de uma cidade contamina todo um país continental.