domingo, 30 de novembro de 2008

Memória

30/11 – Memória

A verdade sufocada

Por Denis Lerrer Rosenfield - Estado de São Paulo

Uma nação se faz pelo culto à sua memória e pela recuperação de sua história. Seus momentos mais sublimes são exemplos a ser seguidos, seus momentos mais sórdidos são exemplos do que não deve jamais ser repetido. Assim, novas gerações vão-se formando pela educação, pelo aprendizado de seus antepassados, pelo trabalho e esforço dos que as antecederam. Desta maneira, a liberdade pode ser vivida, animada e tomada como um princípio ao qual em nenhuma hipótese se deva renunciar. A renúncia significa escravidão.

Isso implica fidelidade aos fatos, ausência de dogmatismos e, sobretudo, atitudes que não falsifiquem o que aconteceu no passado, pois esse tipo de deformação e deturpação histórica tem a função de velar posições contrárias à liberdade, abrindo caminho para novos dogmatismos, autoritarismos ou mesmo totalitarismos. Uma atitude totalitária que adote uma roupagem “democrática” contribui para que a própria democracia seja minada do seu interior, relativizando valores e exemplos.

Há pessoas e agrupamentos políticos que, hoje, se reivindicam da “resistência” à “ditadura militar”, quando, na verdade, lutavam pela “ditadura do proletariado”, procurando impor, pelas armas, o totalitarismo comunista no Brasil. Se a palavra resistência a eles se aplica, deveria significar resistência aos que resistiram ao seu projeto totalitário. Em vez de fazerem sinceramente o luto de suas posições, reconhecerem os seus erros e, neste sentido, contribuírem para a história do Brasil, pretendem se colocar como verdadeiros representantes da liberdade. Democraticidas se travestem de libertários. O paradoxal, no entanto, é que têm conseguido fazer passar essa falsa mensagem à opinião pública, inclusive com proveitos próprios, pecuniários, nada desprezíveis, como são as polpudas indenizações por supostos atos de “resistência”. Além da falsificação histórica, são beneficiários de uma nova forma de “reparação histórica”: a “bolsa-ditadura”.

Na verdade, o contribuinte brasileiro, você, eu, todos nós estamos pagando por uma das maiores empulhações da história brasileira. Os “revolucionários” perderam toda a moralidade, inclusive a moralidade da causa que diziam - e alguns ainda dizem - representar. Em vez de afirmarem - o que é o seu próprio direito - a validade moral da causa defendida, procuram extrair proveitos do Estado brasileiro, o que significa dizer do dinheiro dos cidadãos, dos mais pobres aos mais ricos. Derrotados política e militarmente, procuram uma “reparação” de algo que foi produto de sua livre escolha. Se escolheram a causa do “socialismo”, do “comunismo” e da “ditadura do proletariado” são - ou deveriam ser - responsáveis por seus atos. Não deveriam transferir essa responsabilidade aos demais e, além disso, exigir que outros paguem por suas escolhas. Em vez da responsabilidade moral, o seu pleito se reduz à “bolsa-ditadura”.

Imaginem se Lenin e Trotsky, tendo fracassado em sua tentativa de derrubar o regime czarista, viessem a pleitear, anos depois, uma “bolsa-ditadura”, resultante do seu insucesso. As autoridades governamentais russas deveriam pagar por não terem sido derrubadas e assassinadas! Pode-se estar ou não de acordo com esses revolucionários, pode-se ou não estar de acordo com as suas posições, em todo caso não se pode dizer que não fossem coerentes com seus projetos, tendo, no caso de Trotsky, dado a vida por sua causa. Morreu no México, com uma picareta cravada em sua cabeça, num golpe desferido por um agente de Stalin, que terminou sua vida num suave repouso na Cuba castrista. Tinham dignidade moral, o que não se vê nos revolucionários brasileiros da “bolsa-ditadura”.

Uma das mais belas páginas de resistência à ditadura militar foi escrita pelo jornal O Estado de S. Paulo, cuja família ofereceu um raro exemplo de defesa e afirmação da liberdade de expressão. Confrontado com a censura, a ela não se curvou. Soube resistir, substituindo as matérias censuradas por receitas de jardinagem, receitas de cozinha e trechos de Os Lusíadas. Aos censores passou as mensagens de que a liberdade deve ser cultivada como um jardim, que, sem esse trabalho, pode tornar-se uma terra inóspita; de que uma boa gastronomia aguça o prazer do gosto, do usufruto sensível da liberdade; de que um trecho de Os Lusíadas cultiva o espírito, sem o qual a liberdade se pode tornar uma palavra vazia. Aos que não prezavam a liberdade, soube dizer que não há negociação possível em torno do que deveria estruturar uma sociedade democrática, baseada na escolha de si mesma. À opinião pública em geral, disse que havia coisas acontecendo que não podiam ser publicadas. Seguiu o princípio de Kant, conforme o qual tudo o que não pode ser tornado público é injusto. Desse exemplo quase já não se fala e, contudo, é ele que deveria ser ensinado nas escolas.

Memória significa abertura às atuais gerações de todos os documentos e arquivos desse período. Devem elas aprender com o acontecido, conhecer os personagens envolvidos, num confronto com os fatos, e não com tergiversações históricas. Antes e durante o período em que a tortura foi aplicada, outros atos igualmente abjetos foram cometidos, como seqüestros, assassinatos a sangue-frio, assaltos, bombas e mutilações feitos por grupos e pessoas que hoje, em nome desses seus atos, usufruem a “bolsa-ditadura”. Torturadores, assassinos e assaltantes devem aparecer e emergir dos arquivos que não foram ainda tornados públicos.

Há mais de meio século começou o regime militar. Nada justifica que os cidadãos brasileiros não tenham amplo acesso a esse período de sua história. Todos devem conhecer em nome do que lutavam os diferentes contendores, devem aprender os diferentes significados da palavra resistência, devem fortalecer suas convicções de que, fora da liberdade e da democracia, não há sociedade que dignifique o homem.

Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na UFRGS.

sábado, 29 de novembro de 2008

Justiça federal concede refúgio para estudante cubana

Por Rodrigo Tavares

Será reconhecido como refugiado todo indivíduo que for perseguido pelo país de origem por motivos de opiniões políticas. Esse foi o entendimento do juiz Moacir Ferreira Ramos, da 17ª Vara da Federal no Distrito Federal, para conceder o Registro Nacional de Estrangeiros à estudante cubana Lianet Sepúlveda Torres.

Lianet recebeu autorização temporária do governo para estudar no Brasil, onde se matriculou no Programa de Pós-Graduação de Engenharia Elétrica da Escola de Engenharia da USP, em São Carlos (SP).

A situação da cubana começou a se complicar quando ela não voltou para Cuba na data determinada pelo governo daquele país. Com medo de sofrer represálias do governo cubano, pediu que fosse acolhida como refugiada e que fosse inscrita no Registro Nacional de Estrangeiros perante o Comitê Nacional de Refugiados (Conare). O comitê negou o pedido, alegando que não ficou demonstrada a existência de “fundado temor de perseguição”. Em conseqüência disso, Lianet foi desligada do curso de pós-graduação que estava fazendo.

Sem escola e temendo a repressão de Cuba, Lianet impetrou um Mandato de Segurança contra o Conare na 17ª Vara Federal do DF.

O juiz Moacir Ferreira Ramos, ao analisar o processo, lembrou que no site do Conare existe a seguinte frase: “É possível que, no futuro, outras gerações jamais consigam entender como o homem do final do milênio, que rompeu fronteiras com a globalização, que aproximou as distâncias com as redes de informática, que esbanjou tecnologia, não conseguiu evitar que milhões de semelhantes, esquálidos e em desespero, atravessassem fronteiras em busca de um único bem: a liberdade. “A bem desta liberdade”, o juiz decidiu conceder o refúgio para a cubana.

Ferreira Ramos afirmou que Cuba, é, infelizmente, “reconhecida por ser regida por um governo repressor, totalitário e retrógrado, que impõe uma ditadura há quase meio século e que submete seus administrados a graves restrições no que pertine à dignidade humana e aos direitos a esta correlatos”.

Clique aqui para ler a decisão

Revista Consultor Jurídico, 21 de novembro de 2008

http://www.conjur.com.br/static/text/71924,1

Tudo é fugidio

Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado - Ternuma Regional Brasília

Na vida tudo passa, não importa o que faças. O que te fazia rir, hoje não tem mais graça (trecho de uma canção popular). Como as coisas são fugazes, ainda restam esperanças, viu, Lula. No seu governo, houve gravíssimas crises de moralidade de que você se saiu incólume, simplesmente por dizer que não viu nada. Há bem poucos dias, já no seu segundo mandato, vivíamos sob o ufanismo com que a propaganda oficial mostrava o “espetáculo de crescimento”, induzindo o crédulo povo brasileiro a esperar pelos dez milhões de empregos que viriam pelo empenho dos fios do seu bigode. Veio a “marola” da crise financeira internacional e a verdade emergiu. O seu espetáculo mostrou-se verdadeiramente circense, mercê das suas pirotecnias e discursos ilusionistas.

A quebradeira mundial chegou e a sua fala restringiu-se a salvar o resto dos seus dedos para não perder os anéis do poder em 2010. E os nossos?

A recentíssima participação brasileira na reunião dos G20 - orgulho nacional do seu império petista - foi inaugurada sob a figura grotesca de um presidente em desalinho, mal vestido para a ocasião e com olheiras sugestivas de alguma incontinência etílica. Talvez tenha sido apenas resultado de noite indormida, afinal, todos somos gente de carne e osso, mas os seus trajes não condiziam com os dos outros, preocupados com coisa séria. Eu não estava lá, porém, acredito nas fotos veiculadas pela ágil Internet. Elas, realmente, sugeriam muito.

A sua palavra e a dos seus porta-vozes foi de acusar o governo americano por esse tsumani na economia, com justíssima razão. Só não concordo com a sua empáfia de “recomendar” providências ao presidente eleito dos EUA e, muito menos, de “aconselhar” o papa, durante a sua piedosa visita ao Vaticano, a admoestar o capitalismo por todas as mazelas pelas quais vivemos. Isso deve ter feito muito mal ao Sumo Pontífice, já que você se fez acompanhar por uma terrorista, a sua Dilma Rousseff, candidamente envolta em um véu e com um dedo no gatilho para levar a contento propósitos internacionalistas. Terroristas brasileiros, de fato, são internacionalistas, uma vez que internacionalizam seus dinheiros na Suíça e em paraísos fiscais. Até hoje, ninguém sabe o destino dos milhões do cofre do Adhemar. Se for hora de abrir arquivos, que tal Dilma Rousseff abrir os seus?

Recomendações e advertências só devem partir de quem possua estofo moral para fazê-las. Não é o seu caso.

Viu, Lula? As coisas são fugazes. O que hoje faz rir, amanhã pode fazer chorar.

De repente, você é importunado por um seu amigo bolivariano, que resolveu dar um calote no Brasil. Belíssima reação do seu Itamarati. O embaixador brasileiro no Equador foi chamado às falas. E daí? O que fazer com esse tiranete? Nada, certamente, já que a honra nacional e o Erário não fazem parte do repertório das suas importantes inquietações. Antes disso, qual é a sua preocupação com os brasileiros e com a nossa mais importante hidrelétrica que estão à mercê dos “sem-terra” do Paraguai, se você também estimula vagabundos “sem-terra” nacionais? Muito dinheiro nosso é desviado para sustentar esses parasitas que você rotula de movimento “social”. Você não teve hombridade para ratificar a declaração de um general verde-oliva, segundo a qual Itaipu é nossa e será defendida pelo Exército Brasileiro, a qualquer preço, dependendo de ordem sua. Será que ela viria?

É, Lula. Será bom você arrumar uma nova viagem para uma Transilvânia qualquer, para fugir desses problemas, na suposição de que quem não é visto não é lembrado. Cuidado, entretanto! A bola já está cansando de ser pisada por você. Tudo é fugaz.

Ainda por cima, veio essa desgraça em Santa Catarina. Logo lá, presidente?

Santa Catarina, estado fabuloso, de um povo obreiro e pouco reconhecido por você, porque vota pouco em fantasias eleitorais e não prestigia o partido dos trabalhadores de araque. Talvez tenha sido por isso que você relutou em ir até lá para ver a catástrofe. Dizem que só foi por muita insistência do seu ministro da defesa.

A Petrobras, presidente? Até ela o seu governo conseguiu destruir. A maior estatal do país anda de pires na mão, amealhando suspeitíssimos empréstimos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica. Fica tudo em casa; afinal de contas é tudo federal...

E o calote da Bolívia, que você perdoou e até elogiou por ser “decisão soberana” de uma quadrilha igual à sua? Nada disso importa na estranha contabilidade do seu governo, visto que o descumprimento do reajuste salarial dos nossos servidores públicos, pela ótica dos Mantegas e Bernardes, salvará a economia nacional...

Tudo é fugidio. O meu alento é que você também será. Restam apenas dois anos para voltarmos a ter orgulho de ser brasileiros, mas muitos de nós, nesse tempo ínfimo em termos de História, morreremos de vergonha.

A luz virá do fim do túnel para alumiar os sobreviventes, auguro com muita resignação.

Visite o nosso site: www.ternuma.com.br .

Islamismo x Ocidente... Parte 10.756...

Sábado, 29 de Novembro de 2008

Blog do Clausewitz

A nova fronteira do terror


"Mesmo para uma cidade e um país com um trágico histórico de violência terrorista, a audácia do ataque foi extraordinária. Na noite de quarta-feira, depois de chegar à praia em botes, um grupo de vinte ou trinta terroristas espalhou-se pela área turística de Mumbai num frenesi de massacres em pontos diferentes da cidade, que abriga a bolsa de valores e simboliza a atual prosperidade da Índia. No principal terminal ferroviário, um imponente prédio construído pelos ingleses no século XIX, pelo qual transitam 3,3 milhões de passageiros por dia, os terroristas dispararam indiscriminadamente e lançaram granadas contra a multidão. A carnificina repetiu-se no Café Leopold, restaurante preferido pelos turistas e que já foi cenário de filmes. Um cinema e dois hospitais foram atacados da mesma maneira. Um carro-bomba explodiu na rodovia que dá acesso ao aeroporto. Por fim, os terroristas se entrincheiraram em três locais: os hotéis Taj Mahal e Oberoi-Trident, os mais luxuosos da cidade, e em um centro religioso judaico localizado em uma galeria comercial, fazendo centenas de reféns. Na sexta-feira à noite, quando a polícia ainda combatia para eliminar o último foco terrorista no Taj Mahal, o saldo da batalha estava próximo de 200 mortos e 400 feridos.

A mensagem mais clara deixada pelo ataque é assustadora: o terrorismo na Índia assumiu uma nova fase, a do estilo Osama bin Laden. Esses atentados têm a característica de ser cometidos por militantes islâmicos bem treinados, dispostos a morrer, e o objetivo de causar a maior quantidade possível de vítimas civis...

Os atentados anteriores tinham como objetivo criar tensões entre as comunidades hinduísta e muçulmana. Os da semana passada querem colocar a Índia na luta contra os "cruzados" (Ocidente) e os sionistas (israelenses). Seus autores parecem ser membros de uma brigada internacional, do tipo que o terrorismo islâmico costuma arregimentar...

O indiano Suketu Mehta, autor de um famoso guia de Mumbai, recorreu a uma analogia para explicar a onda de choque causada pelos atentados: "Seria como se terroristas tivessem tomado os hotéis Four Seasons e Waldorf-Astoria em Nova York e depois corressem pela Times Square atirando na multidão"...


A Índia está ansiosa para saber se os terroristas de Mumbai são realmente um grupo enviado do exterior. As tensões entre a maioria hinduísta e a minoria islâmica, que soma 150 milhões de pessoas, estão em ponto de ebulição. Desconhecido até pelos serviços de inteligência indianos, não se sabe se um tal Mujahedins do Decã, grupo que assumiu o atentado da semana passada, realmente existe, se é apenas um nome fictício ou se faz parte de outra organização terrorista maior. A mera insinuação de que militantes domésticos possam ter aderido à jihad global fez soar o alarme na Índia..."

Fonte: Veja

Um único comentário meu:

► A única intolerância religiosa proporcionada pela transcrição acima é continuarmos a não reconhecer que o islamismo tem duas faces... a face que olha para Deus e a face que olha para o mal, quer esse mal tenha o nome do que for... essa nova demonstração de intolerância só nos apresenta um quadro em que centenas de vítimas da jihad "guerra santa" mancharam novamente o chão sagrado da indefensibilidade perante a opressão em nome de um deus que está tão distante de nossa compreensão, quanto Deus está longe dos assassinos que já fizeram tantas vítimas pelo mundo afora... o que preocupa a mim, mesmo minha opinião não significando muita coisa, é a política externa brasileira, que nos últimos 6 anos já se aproximou nas áreas diplomática, econômica e militar de mais de vinte países de predominância cultural islâmica, atraindo para o nosso dia-a-dia uma intolerância que não pertence à nossa tradição de tratar bem o semelhante... na mesma esteira de adesões e parcerias, estão coincidentemente os tiranetes do foro de SP, Chávez, Correa e Morales que vêm mantendo amistosas relações com o ditador iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, declarado inimigo do ocidente e dos USA... por que? fica a pergunta sem resposta no ar... enquanto isso, somemos os mortos...

Clausewitz

2008 sem almoço do presidente Lula com os Oficiais-Generais

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Blog da União Nacional Republicana

COMO CHEGAMOS A ESTE PONTO?

Ternuma Regional Brasília

Gen. Bda RI Valmir Fonseca Azevedo Pereira

No dia 23 do mês de novembro, indignados e ofendidos com o discurso antipatriótico de nosso primeiro mandatário, por ocasião da inauguração da estátua do amotinado marinheiro negro, João Cândido Felisberto, tido como líder da Revolta da Chibata. Escrevemos, então, um breve repto deplorando as suas nefastas atitudes e palavras, descaradamente equivocadas e virulentamente destinadas ao desvirtuamento dos padrões morais e éticos que deveriam nortear o cidadão brasileiro, pois seu "pronunciamento" era uma ode à indisciplina e um abominável louvor à quebra da disciplina.

Ao nosso estupor, a de outros se seguiram e, de imediato, diversos artigos, com a mesma verve de repulsa e revolta, foram divulgados.

Atingidos pelas mal intencionadas palavras presidenciais, muitos rebateram seus rasgados elogios ao marinheiro, aclamado pelo desgoverno petista como o "Almirante Negro". Muitos pronunciaram-se em desagravo à valorosa Marinha Brasileira, afrontada sem o menor pudor. Outros sentiram-se enxovalhados, pois que facínoras como Gregório Bezerra e Carlos Marighela foram alçados, por sua "excrescência", ao Panteão dos Heróis da Pátria.

Na verdade, o "nosso guia" repetia discurso anterior, "vomitado" no Rio de janeiro, quando dirigiu–se aos jovens estudantes (UNE), praticando o mesmo tipo de desserviço à Nação.

Naquela oportunidade, seu descalabro verbal foi mais além da desfaçatez, pois assinalou que o Brasil era um País sem heróis. Em ambas as solenidades, o antipatriótico mandatário entronizou, vergonhosamente, como exemplos, celerados e terroristas, os quais, hoje, gozam das benesses de um governo cripto-comunista e corrupto.

Não nos causa espanto a vileza que sublinha a pequenez de sua "majestade". Todos lembram que, por gestos e palavras, o "magnífico estrume" tem deixado atrás de si um rastro de ignomínias e insultos ao segmento militar.

Destacamos entre outros, a presença do "canalha-mor" no lançamento do livro "Direito à Memória e à Verdade". Não, sem antes, ouvirmos os Oficiais-Generais serem grupados em "bandos". Depois, testemunhamos contritos, o seu aval à "Mostra Pública que expôs os anos da Ditadura Militar". Assistimos, atônitos, o "cala-boca do General Heleno"; sem contar com o seu conivente silêncio em relação ao festival de indenizações aos subversivos e terroristas, e por penúltimo (aguardem, sempre teremos outras) a unção presidencial à anistia do Jango Goulart.

Mega–Latifúndios Indígenas e Mega-Latifúndios Quilombolas são endossados pela turba petista, à revelia dos pareceres e alertas de insuspeitos militares, sabidamente preocupados com a Manutenção do Território e com a Soberania Nacional. É gritante a tentativa exitosa de afrontar a opinião abalizada de quem realmente tem experiência e verdadeiro amor à Pátria.

Cremos que o próprio debate sobre a Lei da Anistia, provocado e incentivado por "Sinistros" do desgoverno, já teria sido encerrado, se o "vírus ambulante" tivesse assumido uma posição correta e determinado um basta nas discussões, incentivadas pelos seus áulicos "cumpanheiros".

A lista de barbaridades perpretadas por sua "excelência" ao Estamento Militar é longa e sinuosa. Entretanto, ingenuamente, alguns insistem em prestigiar os desafetos.

Diante de nossa perplexidade (da minha, não), com tudo o que está acontecendo, chegamos à pergunta que não quer calar: "COMO CHEGAMOS A ESTE PONTO?"

Como ficar surpreso ou mesmo indignado, quando lembramos que, recentemente, o Ministério da Defesa aureolou, com pompa, o famigerado Franklin Martins. Quem não lembra que as Forças Armadas, da mesma forma que o nosso "guru", este por candentes palavras, homenagearam e premiaram por serviços relevantes, figuras como Dilma Roussef, José Genuíno e tantos outros.

Se vivos, quais condecorações militares ostentariam no peito Marighela e Gregório Bezerra? E o marinheiro João Cândido Felisberto?

Como esquecer que a Primeira Dama já paraninfou um grupo do segmento feminino da Força Aérea e foi agraciada com a Medalha do Mérito de Santos Dumont.

É, meus amigos, cabe meditar um pouco. De fato, pavimentamos com o descaso a estrada que ora palmilhamos. Se não parimos o monstro, por certo nós temos alimentado o "bicho".

Brasília, DF, 26 de novembro de 2008.

PS: Por favor, não promovam o almoço dos Oficiais-Generais com sua excelência, ao final do ano. Seria lastimável ou lamentável, como queiram.

Cezar Henrique

Rússia sob Putin = um grande enigma

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Blog da União Nacional Republicana

Um enigma chamado Rússia

Opinião e Notícia


A Rússia não é a antiga União Soviética. Mas, afinal, o que ela é, e o que representa hoje no cenário mundial? Uma potência que está ressurgindo ou uma oligarquia corrupta com peculiar economia de mercado?

Na seqüência do colapso do império soviético, o mundo assistiu com um misto de esperança e desespero ao surgimento de um novo país, que afinal se mostrou muito menos livre e democrático do que se esperava. A animosidade entre a Rússia e os EUA não desapareceu, mas adquiriu um novo significado depois do fim da Guerra Fria.

Em agosto deste ano, pela primeira vez depois do fim da União Soviética, o Exército russo atravessou uma fronteira internacionalmente reconhecida para se envolver em um conflito. Foi uma guerra curta e vitoriosa contra a Geórgia, mas foi também uma disputa com os EUA por influência em uma região que a Rússia considera seu quintal. Muitos encararam o conflito como um sinal de que a Rússia atual está agindo como a União Soviética.

Os sinais estão por todos os lados: o país é governado por antigos oficiais da KGB, como o próprio Putin, que vêem inimigos por toda parte;

a oposição é esmagada; jornalistas independentes, de vez em quando, são mortos; os meios de comunicação estatais fazem propaganda anti-EUA; os desfiles militares voltaram a ser realizados na Praça Vermelha.

Com esquadra russa, Chávez manda um sinal a Obama

A chegada do presidente Medvedev e de navios de guerra da Rússia à Venezuela nesta semana foi interpretada por analistas políticos como uma mensagem de Hugo Chávez ao presidente eleito dos EUA, deixando claro onde estará o maior desafio do governo de Obama nas Américas.

Chávez, que chegou a se referir a Bush como "o diabo", vem estendendo a mão para Obama e até expressou sua vontade de se entender com Washington, mesmo depois de ter expulsado o embaixador norte-americano em Caracas, em setembro. O presidente venezuelano também nega que a aproximação com Medvedev seja uma provocação aos EUA.

Apesar do tom conciliador de Chávez, a verdade é que Barack Obama enfrentará o desafio de conter um país que se esmera em firmar alianças com adversários dos EUA, como o Irã. A Venezuela não representa risco estratégico, mas Chávez vem trabalhando arduamente para preencher o vazio deixado pelo declínio da influência norte-americana na América Latina.

Cezar Henrique

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Fábrica de maus professores...

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Blog do Clausewitz

Veja entrevista Eunice Durham

Fábrica de maus professores

Uma das maiores especialistas em ensino superior brasileiro, a antropóloga não tem dúvida: os cursos de pedagogia perpetuam o péssimo ensino nas escolas

Hoje há poucos estudiosos empenhados em produzir pesquisa de bom nível sobre a universidade brasileira. Entre eles, a antropóloga Eunice Durham, 75 anos, vinte dos quais dedicados ao tema, tem o mérito de tratar do assunto com rara objetividade. Seu trabalho representa um avanço, também, porque mostra, com clareza, como as universidades têm relação direta com a má qualidade do ensino oferecido nas escolas do país. Ela diz: "Os cursos de pedagogia são incapazes de formar bons professores". Ex-secretária de política educacional do Ministério da Educação (MEC) no governo Fernando Henrique, Eunice é do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas, da Universidade de São Paulo – onde ingressou como professora há cinqüenta anos.

Sua pesquisa mostra que as faculdades de pedagogia estão na raiz do mau ensino nas escolas brasileiras. Como?

As faculdades de pedagogia formam professores incapazes de fazer o básico, entrar na sala de aula e ensinar a matéria. Mais grave ainda, muitos desses profissionais revelam limitações elementares: não conseguem escrever sem cometer erros de ortografia simples nem expor conceitos científicos de média complexidade. Chegam aos cursos de pedagogia com deficiências pedestres e saem de lá sem ter se livrado delas. Minha pesquisa aponta as causas. A primeira, sem dúvida, é a mentalidade da universidade, que supervaloriza a teoria e menospreza a prática. Segundo essa corrente acadêmica em vigor, o trabalho concreto em sala de aula é inferior a reflexões supostamente mais nobres.

Essa filosofia é assumida abertamente pelas faculdades de pedagogia?

O objetivo declarado dos cursos é ensinar os candidatos a professor a aplicar conhecimentos filosóficos, antropológicos, históricos e econômicos à educação. Pretensão alheia às necessidades reais das escolas – e absurda diante de estudantes universitários tão pouco escolarizados.

O que, exatamente, se ensina aos futuros professores?
Fiz uma análise detalhada das diretrizes oficiais para os cursos de pedagogia. Ali é possível constatar, com números, o que já se observa na prática. Entre catorze artigos, catorze parágrafos e 38 incisos, apenas dois itens se referem ao trabalho do professor em sala de aula. Esse parece um assunto secundário, menos relevante do que a ideologia atrasada que domina as faculdades de pedagogia.

Como essa ideologia se manifesta?
Por exemplo, na bibliografia adotada nesses cursos, circunscrita a autores da esquerda pedagógica. Eles confundem pensamento crítico com falar mal do governo ou do capitalismo. Não passam de manuais com uma visão simplificada, e por vezes preconceituosa, do mundo. O mesmo tom aparece nos programas dos cursos, que eu ajudo a analisar no Conselho Nacional de Educação. Perdi as contas de quantas vezes estive diante da palavra dialética, que, não há dúvida, a maioria das pessoas inclui sem saber do que se trata. Em vez de aprenderem a dar aula, os aspirantes a professor são expostos a uma coleção de jargões. Tudo precisa ser democrático, participativo, dialógico e, naturalmente, decidido em assembléia.

Quais os efeitos disso na escola?
Quando chegam às escolas para ensinar, muitos dos novatos apenas repetem esses bordões. Eles não sabem nem como começar a executar suas tarefas mais básicas. A situação se agrava com o fato de os professores, de modo geral, não admitirem o óbvio: o ensino no Brasil é ainda tão ruim, em parte, porque eles próprios não estão preparados para desempenhar a função.

Por que os professores são tão pouco autocríticos?
Eles são corporativistas ao extremo. Podem até estar cientes do baixo nível do ensino no país, mas costumam atribuir o fiasco a fatores externos, como o fato de o governo não lhes prover a formação necessária e de eles ganharem pouco. É um cenário preocupante. Os professores se eximem da culpa pelo mau ensino – e, conseqüentemente, da responsabilidade. Nos sindicatos, todo esse corporativismo se exacerba.

Como os sindicatos prejudicam a sala de aula?

Está suficientemente claro que a ação fundamental desses movimentos é garantir direitos corporativos, e não o bom ensino. Entenda-se por isso: lutar por greves, aumentos de salário e faltas ao trabalho sem nenhuma espécie de punição. O absenteísmo dos professores é, afinal, uma das pragas da escola pública brasileira. O índice de ausências é escandaloso. Um professor falta, em média, um mês de trabalho por ano e, o pior, não perde um centavo por isso. Cenário de atraso num país em que é urgente fazer a educação avançar. Combater o corporativismo dos professores e aprimorar os cursos de pedagogia, portanto, são duas medidas essenciais à melhora dos indicadores de ensino.

A senhora estende suas críticas ao restante da universidade pública?

Há dois fenômenos distintos nas instituições públicas. O primeiro é o dos cursos de pós-graduação nas áreas de ciências exatas, que, embora ainda atrás daqueles oferecidos em países desenvolvidos, estão sendo capazes de fazer o que é esperado deles: absorver novos conhecimentos, conseguir aplicá-los e contribuir para sua evolução. Nessas áreas, começa a surgir uma relação mais estreita entre as universidades e o mercado de trabalho. Algo que, segundo já foi suficientemente mensurado, é necessário ao avanço de qualquer país. A outra realidade da universidade pública a que me refiro é a das ciências humanas. Área que hoje, no Brasil, está prejudicada pela ideologia e pelo excesso de críticas vazias. Nada disso contribui para elevar o nível da pesquisa acadêmica.

Um estudo da OCDE (organização que reúne os países mais industrializados) mostra que o custo de um universitário no Brasil está entre os mais altos do mundo – e o país responde por apenas 2% das citações nas melhores revistas científicas. Como a senhora explica essa ineficiência?
Sem dúvida, poderíamos fazer o mesmo, ou mais, sem consumir tanto dinheiro do governo. O problema é que as universidades públicas brasileiras são pessimamente administradas. Sua versão de democracia, profundamente assembleísta, só ajuda a aumentar a burocraci

a e os gastos públicos. Essa é uma situação que piorou, sobretudo, no período de abertura política, na década de 80, quando, na universidade, democratização se tornou sinônimo de formação de conselhos e multiplicação de instâncias. Na prática, tantas são as alçadas e as exigências burocráticas que, parece inverossímil, um pesquisador com uma boa quantia de dinheiro na mão passa mais tempo envolvido com prestação de contas do que com sua investigação científica. Para agravar a situação, os maus profissionais não podem ser demitidos. Defino a universidade pública como a antítese de uma empresa bem montada.

Muita gente defende a expansão das universidades públicas. E a senhora?
Sou contra. Nos países onde o ensino superior funciona, apenas um grupo reduzido de instituições concentra a maior parte da pesquisa acadêmica, e as demais miram, basicamente, os cursos de graduação. O Brasil, ao contrário, sempre volta à idéia de expandir esse modelo de universidade. É um erro. Estou convicta de que já temos faculdades públicas em número suficiente para atender aqueles alunos que podem de fato vir a se tornar Ph.Ds. ou profissionais altamente qualificados. Estes são, naturalmente, uma minoria. Isso não tem nada a ver com o fato de o Brasil ser uma nação em desenvolvimento. É exatamente assim nos outros países.

As faculdades particulares são uma boa opção para os outros estudantes?
Freqüentemente, não. Aqui vale a pena chamar a atenção para um ponto: os cursos técnicos de ensino superior, ainda desconhecidos da maioria dos brasileiros, formam gente mais capacitada para o mercado de trabalho do que uma faculdade particular de ensino ruim. Esses cursos são mais curtos e menos pretensiosos, mas conseguem algo que muita universidade não faz: preparar para o mercado de trabalho. É estranho como, no meio acadêmico, uma formação voltada para as necessidades das empresas ainda soa como pecado. As universidades dizem, sem nenhum constrangimento, preferir "formar cidadãos". Cabe perguntar: o que o cidadão vai fazer da vida se ele não puder se inserir no mercado de trabalho?

Nos Estados Unidos, cerca de 60% dos alunos freqüentam essas escolas técnicas. No Brasil, são apenas 9%. Por quê?
Sempre houve preconceito no Brasil em relação a qualquer coisa que lembrasse o trabalho manual, caso desses cursos. Vejo, no entanto, uma melhora no conceito que se tem das escolas técnicas, o que se manifesta no aumento da procura. O fato concreto é que elas têm conseguido se adaptar às demandas reais da economia. Daí 95% das pessoas, em média, saírem formadas com emprego garantido. O mercado, afinal, não precisa apenas de pessoas pós-graduadas em letras que sejam peritas em crítica literária ou de estatísticos aptos a desenvolver grandes sistemas. É simples, mas só o Brasil, vítima de certa arrogância, parece ainda não ter entendido a lição.

Faculdades particulares de baixa qualidade são, então, pura perda de tempo?
Essas faculdades têm o foco nos estudantes menos escolarizados – daí serem tão ineficientes. O objetivo número 1 é manter o aluno pagante. Que ninguém espere entrar numa faculdade de mau ensino e concorrer a um bom emprego, porque o mercado brasileiro já sabe discernir as coisas. É notório que tais instituições formam os piores estudantes para se prestar às ocupações mais medíocres. Mas cabe observar que, mesmo mal formados, esses jovens levam vantagem sobre os outros que jamais pisaram numa universidade, ainda que tenham aprendido muito pouco em sala de aula. A lógica é típica de países em desenvolvimento, como o Brasil.

Por que num país em desenvolvimento o diploma universitário, mesmo sendo de um curso ruim, tem tanto valor?
No Brasil, ao contrário do que ocorre em nações mais ricas, o diploma de ensino superior possui um valor independente da qualidade. Quem tem vale mais no mercado. É a realidade de um país onde a maioria dos jovens está ainda fora da universidade e o diploma ganha peso pela raridade. Numa seleção de emprego, entre dois candidatos parecidos, uma empresa vai dar preferência, naturalmente, ao que conseguiu chegar ao ensino superior. Mas é preciso que se repita: eles servirão a uma classe de empregos bem medíocres – jamais estarão na disputa pelas melhores vagas ofertadas no mercado de trabalho.

A tendência é que o mercado se encarregue de eliminar as faculdades ruins?
A experiência mostra que, conforme a população se torna mais escolarizada e o mercado de trabalho mais exigente, as faculdades ruins passam a ser menos procuradas e uma parte delas acaba desaparecendo do mapa. Isso já foi comprovado num levantamento feito com base no antigo Provão. Ao jogar luz nas instituições que haviam acumulado notas vermelhas, o exame contribuiu decisivamente para o seu fracasso. O fato de o MEC intervir num curso que, testado mais de uma vez, não apresente sinais de melhora também é uma medida sensata. O mau ensino, afinal, é um grande desserviço.

A senhora fecharia as faculdades de pedagogia se pudesse?
Acho que elas precisam ser inteiramente reformuladas. Repensadas do zero mesmo. Não é preciso ir tão longe para entender por quê. Basta consultar os rankings internacionais de ensino. Neles, o Brasil chama atenção por uma razão para lá de negativa. Está sempre entre os piores países do mundo em educação.

Fonte: Veja

Um único comentário meu:

►Vou transcrever na íntegra a entrevista acima porque tanto eu quanto você, amigo, tem algum professor na família que se dedica à educação infantil ou ao ensino fundamental, médio ou superior... antes de depreciar a figura do pedagogo, as idéias expostas pela Antropóloga Eunice Durham só confirmam tudo o que nós, enquanto clientes ou prestadores do serviço educação já sabíamos e pela primeira vez, desde que eu comecei a estudar sobre o tema, vi alguém criticar com fundamentos... reputo novamente como muito importante o conteúdo, independente da referida profissional não ter conseguido êxito em qualquer reformulação que tenha pretendido, visto que a gestão FHC foi depois da congestão Lula, um dos períodos mais obscuros para a educação e cultura... vale a pena assimilar os ensinamentos qualitativamente demonstrados no que concerne ao nível em que se encontra o ensino técnico-profissionalizante no país e o que ela com muita propriedade expõe quanto à ideologização dos currículos, que ajuda a formar os cultuadores de mitos e de pesadelos...

Clausewitz

Saúde transfere R$ 2,8 MI do SUS para a UNE

Sexta-feira, 28 de Novembro de 2008

Movimento ordem vigília contra a corrupção

O Ministério da Saúde deslocou R$ 2,8 milhões para financiar a Caravana Estudantil da Saúde organizada pela UNE. A verba estava inicialmente prevista no Orçamento deste ano para apoio à educação permanente de trabalhadores do Sistema Único da Saúde (SUS). As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com consultores de Orçamento do Congresso Nacional e um técnico no Tribunal de Contas da União (TCU), que o caso pode configurar "desvio de finalidade", irregularidade grave punível como crime de responsabilidade.
De acordo com a Folha, em nota, o ministério afirmou que "cumpre uma das finalidades do Programa de Aperfeiçoamento do Trabalho e da Educação na Saúde, que contempla a rubrica "Apoio à Educação Permanente dos Trabalhadores do SUS", origem dos recursos orçamentários".

A Caravana Estudantil da Saúde contou com realização de debates, apresentações teatrais e exibição de filmes em universidades. Segundo a UNE, o grupo era formado por sete artistas, quatro documentaristas, dois produtores e 13 integrantes da direção da entidade. Redação Terra

11/28/2008 12:48:00 PM

Isto é Chávez

Sexta-feira, Novembro 28, 2008

Coturno Noturno


Resumen de ataques de VTV
by noticias24

Coronel

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Anestesia obâmica

Mídia sem Máscara

27 novembro 2008
Editorias - Cultura, Economia, Estados Unidos

Respiram aliviados os conservadores, o mercado exulta e se recupera, se abalam os revolucionários: nada de Change! Yes, we can! e mais do mesmo! Obama parece que vai apenas cumprir o terceiro mandato Clinton. Tudo como dantes no quartel de Abrantes? Nada disto, Obama mostrou ser um excelente anestesista. Como LulaLá em 2002.

Lembram? Quem diria que o governo do revolucionário Lula, com a economia nas mãos de um trotskista amigo das FARC, seguiria uma agenda ortodoxa? Sai Armínio Fraga, entra Meirelles para acalmar os banqueiros e grandes empresários: ‘senta que o leão é manso’!

Logo após aquela eleição escrevi um artigo, É a Educação, Estúpido!, em que mostrava que a tese de que os revolucionários fuzilam no paredón e estatizam a economia estava há muito ultrapassada. É a revolução cultural que lhes interessa e para isto a economia estável e produtiva é fundamental para aumento da carga tributária e os investimentos ‘sociais’, preparando o momentum - as reais condições objetivas - para a ruptura institucional no futuro.

Passados seis anos, o que temos hoje aqui no Brasil? Uma economia ainda estável, uma educação catastrófica ideologizada, baseada exclusivamente no método revolucionário de Paulo Freire, o campo conflagrado pelo MST e Via Campesina, as fronteiras do país escancaradas como uma peneira, a ameaça de ‘nações’ indígenas se formarem às custas do território nacional e até de conseguirem reconhecimento de soberania, a revolução quilombola em marcha, o movimento gay mandando e desmandando, a legalização das drogas e do aborto batendo à porta, a deterioração moral galopante, as torpes ‘indenizações por crimes da ditadura’, a indecente carga tributária, a corrupção nunca vista, o Brasil transformado numa satrapia do Foro de São Paulo, da OEA, da ONU, das Casas Reais da Inglaterra e da Holanda, e de qualquer outra organização da ‘comunidade internacional’, um Presidente que humilha as Forças Armadas e tripudia sobre os heróis da Pátria substituídos por revoltosos, assassinos e terroristas.

É exatamente isto que se pode esperar da futura administração Obama: agitação crescente pela ação dos ‘organizadores sociais’, única ocupação conhecida do primeiro mandatário, do qual, aliás, não se conhece mais nada, nem sua nacionalidade e filiação. Se Lula é uma ‘metamorfose ambulante’, Obama é um mistério coberto de mentiras e embustes.

Além disto, a agenda multilateralista dos Clintons, baseada no enfraquecimento econômico-militar gradual dos EUA e fomentando com dinheiro dos contribuintes potências estrangeiras hostis, que não pôde ser desdobrada em sua plenitude no passado, será agora levada às últimas conseqüências. Hillary no Departamento de Estado significa os Clintons incrustados no segundo cargo mais poderoso do País. É o cargo ideal para o multilateralismo e pela queda do prestígio americano. Pela Constituição americana o Secretário de Estado é irremovível por ato executivo e suas funções são amplas, não se limitando às relações exteriores. Esta agenda revolucionária que vem sendo preparada desde a luta contra a guerra do Vietnã, interrompida de tempos em tempos pelos governos Republicanos - Nixon, Reagan e Bush atual – vai cobrar seus ganhos imediatamente através dos ‘organizadores sociais’ – leia-se agitadores de massas ou agents provocateurs - e de uma juventude desvairada, fanática, cega, manobrável e ávida de poder.

O perigo maior, no entanto, vem da subversão das instituições mais caras à tradição americana: a Constituição, o Bill of Rights e o federalismo. Obama já avisou que considera que a Constituição tem que ter uma interpretação mais flexível adaptada à realidade atual – velho sonho dos Democratas – oficializando o Direito Alternativo marxista. Sua candidatura, em si mesma, desrespeitando as normas constitucionais, visam desde o início a gradual e crescente desmoralização do principal documento que mantém o país unido e forte há mais de 200 anos. O segundo alvo é a Primeira Emenda, que proíbe o Congresso de aprovar leis que restrinjam a liberdade de imprensa, através da re-edição da Fairness Doctrine para liquidar com o predomínio dos conservadores nas rádios americanas. A doutrina, adotada em 1949 e revogada em 1987, estabelecia a obrigatoriedade de balanceamento de opiniões nos programas de rádio, a critério da Federal Communications Commission (FCC), para estimular a discussão de opiniões controversas sobre assunto de importância pública. Ao contrário desta tão magnânima intenção, ao invés de estímulo ocorreu uma maior inibição por medo de censura.

O terceiro alvo será a Segunda Emenda – a que permite a todo americano comprar, possuir e portar armas de fogo – à qual o Partido Democrata se opõe há anos. Com a simultânea formação de uma força de segurança nacional equivalente ao Exército já se pode antever o que virá: ditadura.

O quarto alvo será o federalismo através do aumento progressivo do peso do governo federal. Aí entram os pacotes de ajuda, as estatizações e um novo Homestead Act – 21, claramente socialista.

O Homestead Act (Ato da Propriedade Rural) foi uma lei criada pelo presidente Lincoln em 20 de maio de 1862. A Lei garantia a transferência de terras do Estado para pequenos agricultores, incluindo os escravos negros, definitivamente libertados pela guerra. Dava títulos de propriedade total e garantia de transmissão por herança de lotes de até 65 hectares de terra devoluta no Oeste a maiores de 21 anos que já morassem nele há 5 anos ou mais. O Homestead Act para o século 21 prevê que toda criança terá direito desde o nascimento a recursos financeiros que possibilitem sua entrada no mercado – um bolsa-família que nem Lula ousou! Imaginem a crescimento demográfico da população mais pobre para faturar um troco a mais.

Enquanto os holofotes se voltavam para a equipe econômica – mesmo sem dizer que Timothy F. Geithner, Secretário do Tesouro não tem nenhuma formação econômica ou em finanças, apenas uma graduação em política internacional – duas personagens passaram despercebidas: Melody Barnes, Diretora do Conselho de Política Interna e sua auxiliar principal, Heather A. Higginbottom, ambas ligadas a organizações financiadas por George Soros (o Center for American Progress, a New America Foundation e o American Security Project). Direta ou indiretamente as duas primeiras defendem a legalização do aborto, das drogas e da eutanásia. O ASP tem insistido em que os EUA, segundo a doutrina Bush, estão perdendo a guerra contra o terrorismo e propõe um novo projeto que prevê a tão decantada reconquista da boa imagem americana no mundo, perdida com Bush.

E a economia? Esta ficará entregue à elite de Wall Street de onde partiu a maior ajuda à campanha de Obama e de onde vem seu Secretário do Tesouro.

Agora é a revolução cultural, estúpido!

FALSOS ÍDOLOS DA NOSSA JUVENTUDE

Papéis avulsos - Heitor De Paola


Psicóloga escreve sobre Cazuza

Karla Christine - Psicóloga Clínica

03/11/2008

...foi a pior coisa que já vi em minha vida

'Fui ver o filme Cazuza há alguns dias e me deparei com uma coisa estarrecedora. As pessoas estão cultivando ídolos errados'.
Como podemos cultivar um ídolo como Cazuza? Concordo que suas letras são muito tocantes, mas reverenciar um marginal como ele, é, no mínimo, inadmissível.
Marginal, sim, pois Cazuza foi uma pessoa que viveu à margem da sociedade, pelo menos uma sociedade que tentamos construir (ao menos eu) com conceitos de certo e errado . No filme, vi um rapaz mimado, filhinho de papai que nunca precisou trabalhar para conseguir nada, já tinha tudo nas mãos. A mãe vivia para satisfazer as suas vontades e loucuras. O pai preferiu se afastar das suas responsabilidades e deixou a vida correr solta.
São esses pais que devemos ter como exemplo?
Cazuza só começou a gravar pois o pai era diretor de uma grande gravadora. Existem vários talentos que não são revelados por falta de oportunidade ou por não terem algum conhecido importante.
Cazuza era um traficante , como sua mãe revela no livro, admitiu que ele trouxe drogas da Inglaterra, um verdadeiro criminoso. Concordo com o juiz Siro Darlan quando ele diz que a única diferença entre Cazuza e Fernandinho Beira -Mar é que um nasceu na zona sul e outro não.
Fiquei horrorizada com o culto que fizeram a esse rapaz, principalmente por minha filha adolescente ter visto o filme. Precisei conversar muito para que ela não começasse a pensar que usar drogas, participar de bacanais, beber até cair e outras coisas fossem certas, já que foi isso que o filme mostrou.
Por que não são feitos filmes de pessoas realmente importantes que tenham algo de bom para essa juventude já tão transviada? Será que ser correto não dá Ibope, não rende bilheteria?
Como ensina o comercial da Fiat, precisamos rever nossos conceitos, só assim teremos um mundo melhor.
Devo lembrar aos pais que a morte de Cazuza foi consequência da educação errônea a que foi submetido.
Será que Cazuza teria morrido do mesmo jeito se tivesse tido pais que dissesem NÃO quando necessário?
Lembrem-se, dizer NÃO é a prova mais difícil de amor.
Não deixem seus filhos à revelia para que não precisem se arrepender mais tarde. A principal função dos pais é educar. Não se preocupem em ser amigo de seus filhos. Eduque-os e mais tarde eles verão que você foi à pessoa que mais os amou e foi, é, e sempre será, o seu melhor amigo , pois amigo não diz SIM sempre.'


http://www.eliezergomes.com:80/noticia/1510/psicologa_escreve_sobre_cazuza__karla_christine_/

http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=537

É A EDUCAÇÃO, ESTÚPIDO!

Papéis avulsos - Heitor De Paola


O futuro governo do PT tem se mostrado tão moderado que chega a encantar os Representantes do FMI, como está estampado em todos os jornais de hoje. O Palocci, futuro Ministro da Fazenda ou Planejamento, está tão afável que os radicais do PT, e imagino que a turma do PC do B e do PSTU também, já o chamam de Palan, mistura de Palocci com Malan. O Armínio Fraga poderá ser confirmado por mais seis meses. Será que todos os que enxergavam no PT um Partido revolucionário, com direito até a criar um “Eixo do Mal” com Cuba e Venezuela, estavam enganados?

Acho que a dica para entender tanta passividade e troca de gentilezas foi dada hoje pela Coluna de Políbio Braga (www.polibiobraga.com.br). A Deputada gaúcha Esther Grossi, que voltou de Havana deslumbrada e tendo deslumbrado o decrépito e longevo ditador Fidel Castro – o mais velho ditador comunista ou não do mundo – convidou para a Conferência Nacional de Educação, Armando Hart, o mitológico ministro da Educação do início da revolução cubana, em 1959. O programa de alfabetização do futuro Governo Lula será avaliado pelo próprio Hart.

Ora, ora, tanta moderação na economia é porque a revolução vai começar mesmo pela Educação, o resto é jogo de cena! Na campanha de Bill Clinton contra George Bush, senior, em 1992, foi inteligentemente usado um vídeo em que aparecia uma boca dizendo, sem som: “It’s the economy, stupid!”, para mostrar que Bush pai estava iludido de que o prestígio adquirido com a Guerra do Golfo iria ser o fator decisivo da campanha e levá-lo seguramente à re-eleição. Clinton se elegeu facilmente e ficou oito anos cuidando exatamente da economia. No Brasil de hoje é diferente: não é a economia, é a educação, e a estupidez é ficar observando somente as possíveis medidas econômicas a serem adotadas para o primeiro ano de Governo.

Só poderia ter sido um gaúcho, Políbio, que sofreu quatro anos sob os tentáculos de um governo do PT - felizmente alijado em outubro último - a intuir este aspecto. É exatamente na educação que o próximo governo Rigotto vai ter mais trabalho de reverter a ação nefasta do PT. O nosso excelente jornalista ainda conta que em 1963 esteve em Cuba junto ao próprio Hart para testemunhar a implantação do programa de alfabetização de adultos, e observou que ao final do aprendizado, cada aluno tinha por tarefa escrever uma carta do próprio punho a Fidel Castro, indicando o êxito da tarefa do Governo. Aqui no Brasil teremos aqui apenas o aprofundamento do que já vem sendo feito há oito anos com o método de doutrinação pseudo-educativo de Paulo Freire, agora com aval cubano. Está aí o eixo do mal. Em bom Português: o buraco é mais embaixo!

A infância sempre foi a área que recebeu mais atenção por parte de todos os governos totalitários – e me recuso a dividi-los entre “de esquerda” e “de direita” – porque, como dizia minha avó, é de pequenino que se torce o pepino! Daí a Hitlerjugend, os meninos de Beria, embrião do Komssomol, os desfiles marciais de estudantes instituídos pelo nosso Getúlio Vargas. Curiosamente, todos incluíam alguma cartinha daquele tipo cubano ao Führer, ao Duce, ao Guia Genial de Todos os Povos, ao Grande Timoneiro. Aprendeu bem, El Comandante, com seus pares. A quem será endereçada a tal cartinha aqui.


Publicado em OFFMIDIA - 20/11/2002

http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=531