terça-feira, 1 de março de 2011

COMPANHEIROS INVESTIDORES, UNÍ-VOS!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011


Viver de Novo

Por Arlindo Montenegro


Em qualquer país, sob qualquer tipo de governo, nas menores cidades, qualquer banco da rede internacional dependente do único sistema financeiro, acolhe investimentos para mobilizar os trabalhos produtivos. O dinheiro de qualquer origem serve, mais ainda se coberto pelo nome de algum grande grupo, daqueles que não prestam contas em seus países de origem.

A prioridade do estado deixou de ser o bem estar da gente. Agora é a administração das contas, para pagar os juros da dívida pública e ter acesso a mais empréstimos a longo prazo, pendurando toda atividade, todos os recursos naturais, toda a força de trabalho. É para isto que o estado existe: criar as leis que fornecem como garantia de pagamento, o solo pátrio e o que ele contém e a mão de obra necessária à exploração, transformação, comércio e serviços.

É isto mesmo: ficamos somente como mão de obra. Os controles e decisões são exclusivos da agenda de dependência ao sistema financeiro global. Trabalhamos para pagar os juros mais elevados do planeta aos investidores, que aplicam dinheiro proveniente de drogas, de roubos, de pilhagens de guerra, de negócios com armamentos, dinheiro de fraudes e de proxenetas de toda espécie.

Quem diria que a família Bin Laden e a família Bush, são associadas e se visitavam, hospedando-se uns nas mansões dos outros? Quem acreditaria que têm negócios numa mesma empresa de investimentos que atua no mundo inteiro, em turismo, construção civil, negócios com armamento de ponta e sistemas eletrônicos para complexos militares e de governo?

Investem pesado no Brasil, assim como o ditador líbio Kadafi, que tem interesses de mais de 1 bilhão de Reais, administrados pela Libyan Arab Foreign Investiments. Ou os irmãos ditadores de Cuba, que também investem em hoteleria no Brasil. Ou os financistas dos narcoterroristas das FARC colombianas, que investem em propriedades no Brasil. Ou quando vemos que o Banco de Santo André está associado a uma estatal líbia. Estamos falando da arraia miúda.

O pesado mesmo está nos investimentos na exploração dos recursos naturais: na mineração, na agroindústria, onde além de obter lucros com a mão de obra barata – um dia de trabalho no salário mínimo dos EUA vale 50 dólares. No Brasil 10 dólares!), carregam os juros do investimento, a parte dos lucros operacionais das companhias e ainda determinam que valor pagar pelo que importam, lucrando mais ainda com a diferença na comercialização.

Os minérios como o ferro, nióbio, bauxita vão garantir aos companheiros investidores, investir mais em suas companhias de artefatos militares, tanques, aviões, navios, misseis, na indústria nuclear, em satélites, tudo que vendem de volta para os pobres com o valor agregado. E tudo isto, faz com que estejamos condenados à dívida impagável. Eis o que diz o economista Adriano Benayon:

"O Brasil está cada vez mais importando produtos de elevado valor agregado e exportando, com pouco ou nenhum valor agregado, seus valiosos recursos naturais.(...) Os prejuízos decorrentes dessa crise foram grandemente acrescidos com o privilegiamento do “serviço da dívida” no Orçamento Federal, instituído por meio de fraude, no texto da Constituição de 1988. Esse “serviço” já acarretou despesa, desde então, de 6 trilhões (sim, trilhões) de reais, com a dívida pública externa e interna, esta derivada daquela."

Referindo-se ao nióbio:"Cerca de 98% das reservas da Terra estão no Brasil. Delas, pois, depende o consumo mundial do nióbio. A produção, cresceu de 25,8 mil tons. em 1997 para 44,5 mil tons., em 2006. Chegou a quase 82 mil tons. em 2007, caindo para 60,7 mil tons., em 2008, com a depressão econômica (dados do Departamento Nacional de Produção Mineral). Estima-se atualmente 70 mil toneladas/ano. Mas a estatística oficial das exportações brasileiras aponta apenas 515 toneladas do minério bruto, incluindo “nióbio, tântalo ou vanádio e seus concentrados”!

E o pior, pelo preço pago pelo nióbio: "Observadores respeitáveis consideram que o prejuízo pode chegar a US$ 100 bilhões anuais." Anote-se que a estatística oficial registra a saída anual de 515 toneladas de minério bruto... quando a saída estimada é de 70.000 toneladas! 69.485 toneladas... simplesmente somem! Não é sem alguma razão que a mina de Araxá, em Minas Gerais seja cercada de tal aparato de segurança que nem os habitantes da região podem se aproximar. E são contados os brasileiros que conhecem a existência daquela mina e sabem do que se trata.

Talvez porisso mesmo, o Brasil acolha com tanta complacência bandidos e terroristas do mundo inteiro. Isto garante mais investimentos. Mais associações. Mais riqueza para um punhado de oligarcas, cujos crimes, quando são descobertos passam a ser analisados em segredo de justiça. Os veiculos formadores de opinião pública são calados e punidos quando ousam expor a bandalheira.

É assim que em obras como a de transposição do Rio São Francisco, formam-se consórcios reunindo empresas como o Banco de Santo André, Odebrecht, Lafico (do Kadafi) e outras, que vão impulsionar (com mais investimentos externos a juros altos) a portentosa obra do PAC, enquanto milhares de pessoas vão perdendo suas casas, terras, cabras e estão condenadas ao desamparo, como aconteceu em outras ocasiões, em outras grandes obras.


Postado por Montenegro às 22:40

Goethe e Dostoievski

Mídia Sem Máscara

No projeto Cultura Sem Limites, ciclo de cursos a ser ministrados a partir deste mês, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, dois dos cursos são altamente complementares entre si, por tratarem da mesma temática. O que eu mesmo vou ministrar no mês de maio, sobre o Fausto, de Goethe, e o curso do Professor Élcio Verçosa, que terá início no final de março, que trata da obra de Dostoievski,Os Irmãos Karamazov.

Ambos os autores tratam do tema do mal, mas de óticas muito distintas, mesmo opostas. Goethe é o poeta que cantou as representações simbólicas do mal em toda a sua amplitude e seu Fausto desenha um desfecho falsamente católico, que é a própria negação da ortodoxia católica.


Goethe é o cronista do nascimento do relativismo moral, dando-lhe uma base teológica que tem raiz no nominalismo. O tema da obra é mesmo cantar o microcosmo, o símbolo por excelência do mal, que perpassa a obra do princípio ao fim. É a estrela da manhã. Não ao acaso o poeta Paul Celan, que viveu os tormentos do século XX e era leitor atento de Goethe, iniciou seu poema Fuga da Morte com versos que não deixam dúvidas: "Leite negro da madrugada nós bebemo-lo ao anoitecer/Nós bebemo-lo ao meio-dia e de manhã nós/bebemo-lo à noite/Bebemos e bebemos"

O leite negro da madrugada é o símbolo máximo de Satã, que pairava nos campos de concentração, onde Celan foi confinado. No Fausto, o símbolo está no quarto gótico do intelectual entediado, no tempo em que ainda a arrogância moderna se escorava na lei da analogia gnóstica ("o que está em baixo é como o que está em cima") para cultuar o mal. Essa lei foi depois abandonada com a declaração da Morte de Deus, por Nietzsche, que inaugurará o século XX, de triste memória. Goethe leva tão longe seu canto ao símbolo satânico que fez Helena, personagem do Segundo Fausto, entrar em conúbio com o "Favorecido" e ter com ele um filho, Euforion, o filho da modernidade. Quem é Helena? É um símbolo que retrata Vênus, a máxima beleza. Helena é a mesma Vênus que é a estrela da manhã e a estrela vespertina, em outro lugar tão lindamente cantada por Samuel Beckett (Mal Visto, Mal Dito).

Dostoievski, especialmente no livro Os Irmãos Karamazov, discutiu também o mal, mas de uma perspectiva cristã. Aliás, dentro do cristianismo há duas correntes que entendem o mal de modo diverso: uma, na linha agostiniana, que teve em João Paulo II um seguidor, o vê como mera ausência do bem, numa visão que chamo intelectualista; outra, conforme os ensinamentos de Paulo VI, e dentro da tradição da letra dos Evangelhos, o vê como personificação ativa que age na história. A minha própria intuição é que o mal não apenas é personificado e age na história, como também aprende no processo histórico e, com isso, potencia sua própria maldade a cada momento. O tenebroso século XX é o reflexo desse aprendizado de milênios.

Se Goethe pressentiu a avassaladora presença do mal em seu tempo, dominando as Letras e a política, tendo aderido incondicionalmente ao signo dos tempos e inimizando-se com a Igreja Católica, o autor russo fez o caminho oposto: denunciou o mal, ergueu a tradição cristã como antídoto, mostrou que a bondade não pode ser derrotada pela maldade. Dostoievski foi um grande psicólogo. Ler ambos os autores em seqüência é uma dádiva pedagógica e uma oportunidade rara. Dostoievski é assim inimigo das novas religiões políticas nascidas com a modernidade e que têm servido para que o mal alcance sua plenitude de morte e destruição.

Quero sentar na primeira cadeira do curso do Professor Élcio Verçosa. Sei da sua competência. Será muito proveitoso.

O estado atual da representação política

Mídia Sem Máscara

Assim, a fórmula da representação política da atualidade consiste em tornar determinados grupos representáveis e juridificar seus objetivos culturais. Um Parlamento a serviço de grupos. O Direito como servo de grupos de interesses.

Historicamente, existem inúmeros tipos de representação política. Na Idade Média, por exemplo, a representação política era baseada no mandato, de modo que o representante vinculava-se ao representado mediante um pacto. Nos sistemas políticos modernos, as tipologias são variadas. Desde a representação da vontade, típica da fórmula rousseauniana, até a teoria utilitarista da representação dos interesses, o problema insolúvel do objeto da representação política fora sempre uma pedra no sapato dos pensadores políticos. Até mesmo durante o século XX, as tipologias da representação política ganharam corpo mais amadurecido: tanto a definição de representação da opinião, própria da democracia de massas, quanto a teoria da representação centrada na verdade expressada nos símbolos da ordem, tese de Eric Voegelin, apareceram como teses sofisticadas no que diz respeito ao problema do vínculo entre representantes e representados.

A teoria da representação política, assim, foi sempre o "tendão de Aquiles" da ciência política. Sua vertente institucionalista, expressada na belíssima teoria de Maurice Hauriou, ampliou consideravelmente o debate acerca do problema, pois o tirou do âmbito meramente ideal para colocá-lo dentro do arcabouço burocrático e institucional, aspectos caros ao Estado de Direito. Em suma, com Hauriou e a Escola francesa de Direito Constitucional, a representação política passou a ser encarada como ponto nevrálgico do direito constitucional, como elo entre o político e o jurídico na constante busca pela ordem.

Hoje, porém, a representação política não é mais tema de discussão como há alguns anos. Há, na verdade, um consenso geral de que a representação política representa algo, e que esse "algo" são os interesses de grupos de pressão e de interesses. E existe, ainda, um consenso sobre a formatação da representação: representantes devem representar a "opinião pública", o senso comum.

Com base nisso, infelizmente, hoje, a representação política em muitas democracias ou em regimes disformes, como é o caso do Brasil, cultua um objeto novo, trazido para dentro do cenário político desde fora, isto é, desde a máquina dos mass media e dos agentes culturais: trata-se do "politicamente correto", uma espécie de senso comum fabricado. Então, a representação política, nos moldes colocados pela nova visão, cinge-se a dizer que o eleito deve fazer valer o apoio de seus grupos que, em última análise, formam a opinião pública. Por isso, a legitimação da representação estaria em corresponder, ipsis litteris, aos anseios desses grupos que tanto apóiam suas candidaturas como também despejam milhões de cifras na cultura de massas. Resultado: uma cultura formada de cima para baixo, representada e tornada "política" mediante a aprovação de leis e atos normativos. Assim, a fórmula da representação política da atualidade consiste em tornar determinados grupos representáveis e juridificar seus objetivos culturais. Um Parlamento a serviço de grupos. O Direito como servo de grupos de interesses. O eleitor como um homo videns, na expressão de Giovanni Sartori.

Tema candente nessa perspectiva é o caso do aborto. Representantes, financiados por grupos abortistas, fazem a vontade dos mesmos e, maior amplitude, a vontade da "vox populi", formada a partir de um senso comum engendrado que torna o aborto matéria supostamente pacificada na opinião pública.

Portanto, podemos dizer que, através da nova fórmula de representação política, o Poder Público e a comunidade política estão sendo repartidos por grupos que, no final das contas, tornam em normas jurídicas suas predileções perversas.

É necessário notar, diante disso, que a ciência política e o direito constitucional terão muito trabalho pela frente para descrever esse estado de coisas, articular seus resultados e, bebendo na fonte da filosofia política, demonstrar os erros e absurdos dessa nova fisionomia da representação política.

Islã: o chão afunda sob os pés

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"Em alemão, mente quem é cortês."
Goethe, no Fausto
[Acrescento: em português também. NC]

Certa vez o grande Goethe escreveu, observando o dia a dia da política da Corte deWeimar e da Europa em geral: "Nosso mundo político e moral está minado por galerias, porões e cloacas subterrâneas, como costuma ser uma grande cidade, em cujas conexões com a situação geral de seus habitantes ninguém pensa nem cogita; só aquele que possui alguma informação a respeito poderá entender melhor as coisas no momento em que, de repente, o chão se fundar, subir ali uma fumaça [...] e se ouvirem aqui vozes espantosas." (Citado por Walter Benjamin no Ensaios Reunidos, Editora 34, São Paulo, 2009).

É perfeita a descrição para nós, que observamos os acontecimentos do momento no mundo islâmico. O chão afunda sob os pés, tudo que é sólido desmancha no ar. E penso que não deveríamos nos surpreender: o que está em marcha é um processo revolucionário que é, ele mesmo, o passo 2 depois da derrubada das Torres Gêmeas. Explico-me. A revolução no mundo islâmico só pode ser compreendida nesse esforço em curso para destruir o Ocidente, que vem de décadas. Nessa empreitada é preciso, na visão estratégica do novo califa, Bin Laden, destruir os apoiadores do Ocidente no mundo islâmico, o núcleo do seu futuro império.

Podemos lembrar aqui do famoso verso posto na boca de Mefistófeles por Goethe, no Segundo Ato do Livro 2, do Fausto: "Busquei de oculto-áureo tesouro a Meca/E carvão negro e horrível recolhi". O fogo dos infernos queimará no meio sarraceno como detonador da bomba que deverá incinerar o Ocidente, ao menos na cabeça delirante de Bin Laden.

Quem ousou derrubar as Torres Gêmeas não se deterá diante de nada. A vida individual de seus seguidores islâmicos nada vale, menos ainda a dos ocidentais. Depois do ato surpreendente e audaz, Bin Laden sabe que perdeu o elemento surpresa, restando poisfazer o mais fácil e o mais perto: arrasar a ordem estabelecida nos países islâmicos, sobretudo aqueles pró-ocidente. De repente, como no movimento inicial de uma orquestra movida por implacável maestro, quebrando o silêncio unânime, o chão afundou e, um a um, os países estão caindo como um castelo de cartas nas mãos dos revolucionários. Era previsível e óbvio, mas os governos ocidentais, especialmente oobâmico e hilário, foram surpreendidos. Na Folha de São Paulo de hoje (27) tivemos a apoteose obâmica: pediu a cabeça de Gaddafi, o malvado terrorista aposentado, como se isso não agravasse o problema e não fosse o gesto mais estúpido dentro da realidade mais dura. A ciência política está reduzida a trapos na Casa Branca com Hussein no poder.

Bin Laden, no seu quartel-general, o grande maestro das revoluções no mundo islâmico, pede que o coro de acólitos jihadistas suicidas repita o coro dos insetos inserido por Goethe no Fausto, em homenagem a Hussein Obama:

"Bem-vindo! Bem-vindo,

Velho amo de antanho!

Voando, eis-nos, zunindo,

Não nos és estranho.

Sozinhos e aos pares,

Semeaste este bando.

Eis-nos aos milhares,

À volta dançando.

Malandros, os espinhos

Em seu peito encobrem,

No velo os piolhinhos

Sem mais se descobrem."

Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça!

Mack deveria parar de distribuir Bíblias?

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Em vez de questionar distribuição de kits gays para crianças de escola, jornal Estadão questiona distribuição de Bíblias pela universidade evangélica Mackenzie.

A Universidade Mackenzie deveria parar de distribuir Bíblias para seus próprios estudantes? No que depender dos sentimentos do jornal Estadão, a resposta parece ser sim, de acordo com uma matéria tendenciosa que diz:

Os calouros da Universidade Presbiteriana Mackenzie ganharam no segundo dia de aulas um kit contendo mochila e uma Bíblia com o logotipo da instituição. "É desejo do Mackenzie que você encontre aqui não só conhecimento humano, mas que você conheça a Deus, relacione-se com ele e encontre alegria nesse relacionamento", diz a universidade no texto de apresentação.

Além do Antigo e do Novo Testamento, o livro, em formato de bolso, traz informações sobre a Igreja Presbiteriana do Brasil, que controla o instituto responsável pelo colégio e pela universidade - descrita como "cristã, fiel à cosmovisão reformada e, ao mesmo tempo, comprometida com um ensino de qualidade, em ambiente de liberdade acadêmica e ausência de discriminação".

Os novos alunos também foram recebidos pela direção, coordenações de curso e professores. Um dos que deram as boas-vindas foi o reverendo Augustus Nicodemus Gomes Lopes, chanceler do Mackenzie. Em novembro, a universidade publicou em seu site um manifesto assinado pelo líder religioso em que ele se posiciona contra a aprovação do Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006, cujo objetivo é criminalizar a homofobia.

Após polêmica na internet e entre seus alunos, a universidade retirou do ar o texto do chanceler. Ele estava no site para "servir de orientação à comunidade acadêmica". O manifesto desagradou ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) do Mackenzie e motivou a realização de um protesto que reuniu cerca de 300 pessoas em frente ao câmpus da Rua Itambé, na região central de São Paulo.

O Estadão parece pensar que não faz sentido uma universidade evangélica distribuir Bíblias para seus estudantes. Nessa lógica, fará sentido uma laranjeira produzir laranjas? Fará sentido uma macieira produzir maçãs?

Mas o problema é mais profundo. O sentimento do Estadão é que já que o Mackenzie cedeu no manifesto anti-PLC 122, por que não também na distribuição de Bíblias? Aliás, o sentimento da mídia esquerdista em geral é que os cristãos têm a obrigação de ceder toda vez que algum grupo de gays, feministas, bruxos ou outros indivíduos politicamente corretos se sentir "ofendido".

Quando nós nos sentimos ofendidos com as iniciativas agressivas deles para impor a agenda gay em nossos filhos, eles não cedem um centímetro. Mas quando eles se sentem ofendidos com nossas atitudes de proteger nossos filhos contra a agenda gay, eles ainda têm a cara de pau de exigir que cedamos quilômetros.

Ao contrário do Mackenzie, que retrocedeu em seu manifesto anti-PLC 122, provavelmente por causa das pressões e reclamações da forte ala esquerdista que há nessa instituição, os ativistas da agenda gay jamais recuam em suas posições imorais. Pena que entre eles não haja uma ala "conservadora" para fazer barulho e dizer: "Ei, vamos parar com isso! Retiremos tal projeto gay (ou manifesto gay). Estamos violentando a inocência das crianças!"

O famoso e infame kit gay, que o governo distribuirá nas escolas com o pretexto de combater o "preconceito" e a "homofobia", ensinará as crianças a valorizar o sexo anal dos homossexuais. (Veja este vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=lCsBc0tm6lc)

Crianças de todo o Brasil estão para sofrer um sistemático estupro psicológico com a distribuição dos imorais kits gays nas escolas, e o Estadão está incomodado com a distribuição de Bíblias numa universidade evangélica?

O PLC 122, que é o maior projeto de lei anti-"homofobia" do Brasil, provocará paranoias muito maiores, usando igualmente a desculpa do combate à "discriminação" para impor todos os tipos de doutrinação homossexual em todos os níveis da sociedade. E o alvo principal da obsessão anti-"homofobia" são os que Toni Reis tachou de "religiosos fundamentalistas".

O que é necessário fazer para sofrer o rótulo de "religioso fundamentalista"? Apenas dizer que o sexo homossexual é pecado. Nada mais. Basta dizer isso, e você entra automaticamente para a categoria de "homofóbico", "fanático", "preconceituoso", "incitador de ódio e violência", "incitador de assassinatos de homossexuais" e mil e um títulos dignos de filmes de terror. Se ficarmos calados, talvez eles parem de nos fazer encolher de medo com rotulações e estereótipos.

Entretanto, se cedermos sempre às birras deles, chegará o tempo em que precisaremos lhes perguntar: "Eu ainda tenho permissão de dizer que sou cristão?"

"Sim", dirá o governo e a mídia, "desde que seja sozinho no seu quarto, longe de sua esposa e filhos. Nem seu cachorro deve escutar isso! Por enquanto, você tem plena liberdade de expressão e religião de dizer isso para si mesmo".

Os ativistas da agenda gay querem distância da Bíblia, pois esse é o único livro que orienta de forma enérgica os leitores a evitar todos os pecados.

Os autores - o próprio governo federal! - do kit gay querem levar crianças diretamente para o buraco do estupro psicológico e físico. O Autor da Bíblia não quer ninguém no buraco.

Por isso, enquanto é tempo - e mesmo fora de tempo -, distribuamos Bíblias, como muito bem fez o Mackenzie. E, enquanto ainda nos resta alguma liberdade de expressão, façamos, sem ceder e sem esmorecer, todos os tipos de manifestos e manifestações contra toda lei que, com o pretexto de combater o "preconceito" e a "homofobia", quer calar os que discordam da agenda gay e impor selvagemente sobre as crianças uma perversa doutrinação pró-homossexualidade.



Vídeo: Olavo de Carvalho fala sobre o Mackenzie e Luiz Mott