Mídia Sem Máscara
Escrito por Klauber Cristofen Pires | 14 Setembro 2011
Artigos - Educação
O governo quer mais tempo escolar! Para ensinar que escrever errado é certo? Para assediar sexualmente as crianças?
O Ministro da Educação Fernando Haddad anunciou que está estudando aumentar o tempo de permanência do aluno na escola, seja pela majoração da quantidade de horas diárias ou do número de dias por ano. Segundo o próprio, o Brasil, que possui uma carga horária relativamente baixa em relação a outros países, atualmente um mínimo de 800 horas, deve perseguir a meta de prover ensino integral até o ano de 2020.
O responsável por esta pasta recorre ao aumento da carga horária como os defensores da volta da CPMF em relação à saúde: desperdiçam prodigamente o que têm para então vir reclamar mais da população. Ora, pois, se o governo, com a atual carga horária, não consegue (ou não quer) fazer os alunos aprenderem sequer as quatro operações básicas, para quê exatamente ele precisa de mais tempo?
Jamais nossos jovens foram tão obrigados a cumprir tão longa jornada estudantil, bem como jamais têm saído de lá tão ignorantes e imbecilizados. Até formar-se em uma faculdade, um estudante alcançará facilmente a idade de pelo menos 23 anos, e dependendo do curso, poderá alcançar até 26 ou 27 anos até que esteja considerado apto para começar a trabalhar! Olhem que estou dizendo isto sem considerar nenhuma repetência nem as dificuldades conjunturais para a obtenção de algum emprego, mas apenas a contagem formal da grade curricular. Isto é demais!
O filósofo alemão Hans-Hermann Hoppe tem acusado os governos de corte socialista (na verdade, praticamente todos os governos, dado o estado contemporâneo generalizado de altíssima intervenção estatal sobre a vida dos índivíduos) de assim agirem propositalmente com a finalidade dupla de desestimular a fecundidade da população e de preparar os estudantes não para a vida como homens e mulheres livres, mas para atenderem à burocracia e à ideologia do estado. Se a acusação é verdadeira ou não, o fato é que funciona. Quanto mais social-democrata ou socialista for um país, mais velho se tornará e sua população tenderá a diminuir. É justamente o que está acontecendo na Europa. A Rússia possui hoje uma população menor e mais pobre do que a do início do século XX. Da mesma forma, quanto mais um país trilha pela senda socialista, menos independência, iniciativa e criatividade se vê entre os cidadãos, que vão se tornando burocratizados, desestimulados e medonhamente avessos a colocar suas cabeças para fora da toca.
Hoppe não está só, pois sua denúncia é reforçada por Julio Severo, um importante ativista cristão em defesa da família, que produziu um dos textos mais consistentes e enfáticos que já li em toda a minha vida: "A Marca da Besta: A Educação do Futuro".
Apenas para degustação, transcrevo uns excertos adiante:
“[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)
Mais do que nunca, um homem hoje precisa de um diploma escolar para poder ter uma ocupação no mercado de trabalho, e as exigências mínimas de escolaridade estão cada vez mais altas, obrigando assim crianças e adolescentes a passar o máximo de anos nas instituições escolares. Um ser humano hoje só é valorizado de acordo com um diploma oficial que comprova que ele passou anos estudando nas escolas e universidades. Está se tornando quase impossível viver sem um diploma escolar.
Para o governo, o problema não é o sexo antes do casamento, mas a gravidez e a criança inocente já concebida. O problema é tudo (seja gravidez ou doença) o que atrapalha o adolescente de obter o prazer sexual, com ou sem casamento, com ou sem valores morais. Assim, o alvo do governo é usar as escolas para preparar os jovens para fazer sexo, não para entrar no casamento.
Vamos agora fazer uma sincera reflexão econômica: imagine, prezado leitor, quantos bilhões ou trilhões de reais o nosso país perde atualmente por causa de jovens que poderiam estar trabalhando e produzindo desde os dezesseis anos ou até menos? Se os jovens pudessem começar a trabalhar desde a idade em que já realmente podem ser produtivos, teriam recursos suficientes para o casamento e para a geração e criação de filhos com responsabilidade moral e financeira. Vejam bem: sem prejuízo dos estudos! Aliás, muito ao contrário, como adiante explico...
Se ao leitor parece escandalosa a ideia de vislumbrar um jovem trabalhando, permita-me contar um caso de um menino de apenas doze anos que conheci: este garoto era capaz de amarrar a lona de uma carreta como muito marmanjo não faz! Além disso, sabia trocar os pneus e realizar pequenas manutenções (Estou falando ainda de caminhões!). Mas isto não é tudo: ele tinha um cavalo, presente dado por seu pai, que ele mesmo cuidava com muito esmero! A esta altura, alguém mais cético há de me redarguir: "mas qual era o desempenho dele na escola?" Pois vou dizer: era o primeiro lugar da turma!
Não se assuste se você está lendo agora algo que vai contra tudo o que tem lido a respeito da educação e da formação de jovens. Estou falando da evolução natural da vida, que está sendo deturpada por conta de governos que não querem que seu filho aprenda conhecimentos úteis para ele, mas para o estado.
Se o ministério a cargo do Sr. Haddad estivesse preocupado com o ensino, ele se trataria de ministrar aulas de Matemática, Português, Ciências e Geografia, mas o fato é que ele se ocupa muito mais de ensinar pornografia, assédio sexual, liberação das drogas, luta de classes, ecofascismo, e como corolário de tudo isto, que escrever errado é certo e que os que escrevem certo praticam discriminação contra os, digamos assim, "adeptos da língua não culta".
No âmbito acadêmico, um estudante de Direito passa pelo menos 75% estudando disciplinas que aproveitam ao estado, e não a ele próprio. Um estudante de Administração ou Contabilidade não aprende como conduzir uma empresa rumo ao sucesso, mas como preencher formulários, prestar declarações, pagar impostos e cumprir com toda sorte de burocracias. Um estudante de Economia ignora solenemente o que signifique este termo dentro de um contexto de livre mercado, que o permita compreender como as pessoas agem e interagem, porque todo o seu curso está voltado para fazer dele um burocrata apto a redigir portarias interventivas sobre assuntos que ele desconhece.
Em uma sociedade livre, o ensino é buscado com entusiasmo pelos jovens, porque eles têm condições de escolher objetivamente o que precisam aprender para realizar o projeto de vida deles, e não o do estado. Em uma sociedade livre, não há que se falar em longos anos de cursos de quadro negro dos quais se termina tendo esquecido quase tudo: o indivíduo vai estudando e praticando ao longo de sua vida, num processo gradual e contínuo. Isto consolida o conhecimento e o põe à prova.
Em uma sociedade natural, as falsas teorias são logo desmascaradas e abandonadas, porque não são verificáveis na prática e no mundo real. Notem como isto soa muito diferente do que se passa atualmente dentro das instituições de ensino, em que os alunos são submetidos às doutrinas e ideias mais pitorescas, no afã estatal de fazê-las prevalecer sobre o mundo real, quando estes estudantes entrarem no mercado de trabalho. Notem quanta decepção sentem os formados quando percebem o hiato entre o que vêem de fato e aquilo a que foram forçados a engolir durante sua custosa jornada discente.
O que vai no parágrafo acima não é ideologia ou utopia: é a mais profícua realidade de um mundo que já foi mais livre. Era assim e funcionava!
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