Mídia Sem Máscara
Aileda de Mattos Oliveira | 11 Maio 2010
Artigos - Cultura
É um terrível absurdo pensar que haja possibilidade de ser sucessora do trono brasílico uma postulante também apedeuta, no que diz respeito à conjuntura brasileira, como continuação da opacidade intelectual que dominou estes oitos terríveis anos.
"Em "Vidas Secas" tá retratado o problema da miséria, da pobreza,
da saída das pessoas do Nordeste para o Brasil." (*)
(Dilma Rousseff, Doutora em Guerrilha; Analfabeta em Geografia).
Não poderia iniciar este artigo sem uma epígrafe retirada do 'pensamento' sociológico de uma emérita guerrilheira, com cursos de insídia nas universidades cheguevarianas de Cuba e que deseja implantar no Brasil a sórdida ideologia dos velhacos Castro. Tanto conhecimento de balística, de explosivos e de congêneres e, no entanto, ignorante no que diz respeito às divisões territoriais do Brasil. Nordestinos, para esta ameaça que paira sobre as nossas cabeças, são imigrantes, logo, estrangeiros. (E nós é que somos discriminadores!)
É um terrível absurdo pensar que haja possibilidade de ser sucessora do trono brasílico uma postulante também apedeuta, no que diz respeito à conjuntura brasileira, como continuação da opacidade intelectual que dominou estes oitos terríveis anos.
Como o seu mentor, derrapa no português, mantém-se no uso de uma norma não-condizente com o cargo que deseja ocupar. Como o seu mentor, diria: "Isto é "dilmenos" importância", sem perdão para os piadistas internautas. Da mesma forma que se organiza as "pérolas" do ENEM, comecemos a arrolar as "pérolas da 'doutora' candidata" e teremos um glossário a ser incluído nas referências bibliográficas, como fonte obrigatória nas áreas de Linguística e Política. Na primeira, já uso eu o glossário de seu tutor.
Isto, sim, é agressão e tortura: agressão à língua e tortura aos ouvidos e à inteligência, ofendidos com os estrambóticos disparates por quem, como seu padrinho, não está à altura do elevado cargo de dirigente de uma nação. Este exemplar da fauna humana quer ser presidente da República. O que leva este país a pensar mediocremente, a não ter ambições de crescimento? O que leva este país a aceitar a ignomínia como seu representante ao lado das Armas da República? A proximidade desta gente pigmeia é suficiente para tudo contaminar com a baixeza de seus atos e de seu palavreado.
Como se não bastassem os conflitos entre língua e conteúdo dos sujeitos atuais, notícias divulgadas dão conta de que 'heróicos' BBBs e jogadores de futebol que vivem na vitrine da mídia irão se candidatar a deputado neste dois mil e dez de grandes expectativas.
Como percebemos, o País vai ser contemplado com uma renovação exemplar, na Presidência e numa das Casas do Congresso e terá uma representatividade à altura dos eleitores bolsistas. Isso significa que entramos na era de Alice, no País dos Espelhos, mas diferentemente do que ocorre nesta aventura onírica da menina (para ir para frente tem que andar para trás), o brasileiro anda para trás porque quer regredir mesmo. Os sofismas que perturbam Alice, já se tornaram fatos normais neste mundo brasiliense de espelhos em cacos, aberração cultural que tem como causa, defendida pelos cultos e incultos, a herança colonial.
Mesmo que seja, já era tempo de desembarcarmos das naus portuguesas e estabelecermos os nossos objetivos de vida e determinarmos, imediatamente, as estratégias de ataque ao atraso intelectual daqueles que brincam de votar (a urna tem telinha), e daqueles que são votados pelos primeiros. Já era tempo de estabelecermos a conduta dos políticos, para vetarmos o ingresso dos espertíssimos boas-vidas de programas promíscuos e aumentar a promiscuidade que já campeia nas Casas do Congresso.
O Brasil precisa saber que rumo tomar; precisa assumir o leme de seu destino; precisa levantar-se e erguer-se, pois quando assim o fizer, terá altura suficiente para arremessar para os confins de judas, a horda mercenária, bárbara e vândala, corrupta e corrompida até o gorgomilo, para limpar-se da podridão que o infestou durante estes últimos anos de República.
O que mais choca a inteligência de quem a tem, é saber que um continente como o Brasil permanece, anos seguidos, submetido ao caos institucional dos desprovidos de quaisquer valores, e continua adormecido. Então, só nos resta esta alternativa: sacudir este País, com toda a força da internet; acordá-lo para que, ao se espreguiçar e bocejar, ensurdeça e ponha para correr, definitivamente, a gangue de malfeitores que o vem dopando continuamente para facilmente enfiar-lhe a faca traiçoeiramente, como é característica dos de sua espécie.
*O Globo, Capa, 4/5/2010.
Aileda de Mattos Oliveira é doutora em Língua Portuguesa.
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