Mídia Sem Máscara
| 25 Maio 2010
Artigos - Direito
Graça Salgueiro relata a humilhação que um coronel da reserva com mais de 80 anos passou nas mãos de uma juíza presunçosa e despreparada, e de familiares de terroristas abatidos no Araguaia.
No dia 3 de março passado, o Tenente-Coronel da reserva do Exército, Lício Augusto Maciel, compareceu a uma audiência na 29ª Vara do Tribunal de Justiça Federal para depor no processo aberto pelas famílias dos guerrilheiros do Araguaia, e contar "aonde" foram enterrados os corpos dos terroristas abatidos. O processo foi aberto em 1982 na 1ª Vara de Justiça Federal de Brasília, posteriormente passou a correr em segredo de justiça e acabou arquivado. Em 2009, a "Comissão de Familiares dos Mortos na Guerrilha" entrou com um pedido de punição ao governo brasileiro na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA que abriu um processo contra o governo brasileiro cobrando a punição dos responsáveis pelas mortes no Araguaia, bem como a entrega dessas ossadas.
A notícia deste depoimento não saiu em nenhum jornal nacional, como também, mesmo não estando correndo mais sob segredo de Justiça, não foi permitida a presença de pessoas à audiência que ocorreu a portas fechadas. As únicas presenças permitidas foram as do Coronel Lício e dos defensores dos terroristas, notadamente os familiares de Maurício Grabois, cognomes "Mário", o "Velho" e tantos outros mais. O circo macabro fora armado para derrotar o Coronel Lício e por isso apareceu, que nem ele sabe por arte de quem, um advogado jovem e despreparado que não conhecia nada da história, tampouco o defendeu; quando abriu a boca foi para dizer não só uma bobagem como uma mentira a respeito do seu cliente.
Contou-me o Coronel Lício que a advogada de defesa dos terroristas não o encarou uma só vez, e a juíza, por sua parte, quis impedi-lo de contar os fatos tais como sucederam, sendo necessário ele se exaltar e dizer que já que estava ali iria falar tudo o que sabia. A uma certa altura a juíza lhe pergunta "onde" estavam enterrados os terroristas e ele disse, ironicamente, "aqui" apontando para o bolso da calça. Houve tumulto, a advogada considerou desrespeito e o bobalhão advogado disse que "seu cliente estava brincando".
Ora, se há uma coisa com que o Coronel Lício nunca brincou foi com os fatos acontecidos naquele inferno no meio das selvas amazônicas, vivendo como bichos, com muitas armas improvisadas, ele e seus bravos homens, que respeitavam a vida daqueles que se apresentavam como seus inimigos. E a maior prova desse respeito pela vida humana é o Sr. José Genoíno, que não levou um tapa sequer para entregar todo o serviço e agora se diz "barbaramente torturado", chavão combinado por todos os comunistas depois que saíam da prisão.
A família de Maurício Grabois reclama o corpo dele e do seu filho André, cognome "Zé Carlos" ou "Zequinha", mas por que não reclamam a quem os deixou entregues à própria sorte e fugiu para o refúgio seguro dos aparelhos das cidades? Por que nunca cobraram a responsabilidade da dupla João Amazonas e Elza Monerat? Eles sim, é que deveriam responder por estas ossadas, uma vez que cada um cuida dos seus mortos, como faziam os militares em combate com os seus soldados mortos e feridos!
Ademais, pelo tempo decorrido é provável que esses cadáveres, abandonados pelos seus próprios companheiros - é bom que se ressalte - tenham sido comidos pelos animais da selva.
Esta gente que se diz "defensora dos direitos humanos" mostrou, com o abandono a que relegaram seus companheiros, que a vida era e é uma coisa menor e sem importância diante da "causa", como sempre foi na mentalidade comunista em qualquer lugar do mundo.
Finalmente, a juíza que inclusive ameaçou chamar um segurança para "controlar" aquele octogenário, orgulho nacional, perguntou "quantos terroristas ele havia matado". Ora, quando se está em combate não se mata, sobretudo quando se é atacado primeiro, mas se "abate". Então, o Cel Lício respondeu que, conforme Luiz Maklouf diz em seu livro "O coronel rompe o silêncio", foram 16. Ele, entretanto, não afirma nem nega e não há necessidade de fazer esta contabilidade porque havia dois lados em uma guerra, onde uns venceram e outros foram vencidos.
Vitória Grabois, uma das presentes à audiência, disse que aquele depoimento comprovou a "caducidade" do Cel Lício, apegando-se apenas aos seus 80 anos, entretanto, esta afronta obedece a dois princípios: primeiro, desacreditar o depoimento de quem viveu os fatos que narrava e que não coincidiam com as versões espalhadas pelos comunistas, e segundo, desmoralizar este que é o nosso maior herói vivo.
Quanto ao Estatuto do Idoso que deveria ter sido alegado para impedir o Cel Lício à tamanha exposição desnecessária, sequer foi lembrado pelo advogado que foi representá-lo, tampouco respeitado pela juíza daquele Tribunal. E quanto ao Exército Brasileiro, sinto vergonha das atitudes tomadas em relação àqueles que, no passado, cumprindo ordens superiores, salvaram nosso país de ser mais um satélite da URSS ou uma ditadura castro-comunista.
Com o veto final à revogação da Lei da Anistia dado pelo STF, este caso deveria ser arquivado definitivamente, entretanto, a juíza disse que vai convocá-lo mais uma vez. Para que, afinal? Já não basta o massacre sofrido num depoimento que começou às 3 horas da tarde e terminou às 10 da noite? Respeitem o Coronel Lício, cambada de revanchistas!
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