Mídia Sem Máscara
| 05 Dezembro 2011
Internacional - América Latina
A obsessão das FARC é empurrar o país para o nada, para a miséria e a opressão de uma minoria ilegítima e terrorista.
Os colombianos sairão às ruas no dia 6 de dezembro de 2011 para demonstrar seu repúdio maciço às FARC, mais uma vez. Nesse dia não haverá ação mais nobre do que a de sair às praças e avenidas da Colômbia para dizer, exteriorizar, gritar nosso desprezo imenso e definitivo contra essa organização criminosa que acaba de assassinar quatro policiais e militares, reféns indefesos e debilitados que estavam em seu poder, após mais de doze anos de cativeiro inumano na selva.
O objetivo das manifestações do 6 de dezembro não pode ser mais claro: dizer que as FARC não devem seguir existindo na Colômbia. A manifestação não será contra a violência em geral, senão contra a pior violência que os colombianos sofrem desde há mais de 50 anos: a violência das FARC. Mas não será só para lutar contra a violência das FARC. Será para lutar contra tudo o que as FARC representam: suas idéias, seus métodos, suas mentiras, seu cinismo, sua covardia. Essa criminalidade específica, que consegue se dotar de porta-vozes “legais” e que se pretende “política”, deve ser extirpada de nossa terra, pois eles são a negação de tudo o que os colombianos construímos: a liberdade, a fraternidade, a prosperidade, a elevação moral, espiritual e intelectual.
A violência das FARC é a pior de todas as formas de violência, pois é a única que aspira a destruir as bases mesmas da sociedade e os valores sobre os quais esta repousa. A obsessão delas é empurrar o país para o nada, para a miséria e a opressão de uma minoria ilegítima e terrorista. A violência das FARC não é só perversa por isso, senão anti-histórica. Com suas matanças, com seus seqüestros, com seu narcotráfico e com suas atrocidades em série, as FARC esperam recuperar o terreno que perderam nos oito anos do heróico governo do presidente Álvaro Uribe. Contra esse hipotético regresso, o povo se levanta e a manifestação do 6 de dezembro é para dizer isso: Não mais FARC!
Quando marcharmos pensaremos nos outros 14 reféns “políticos” e nas dezenas de outros seqüestrados “comuns” que ainda estão nas garras desse bando. Mas também pensaremos nos militares que estão no cárcere por defender nossas vidas e nossas instituições, como o general Arias Cabrales, o general Uscátegui, o coronel Plazas Vega, o major Ordóñez. Eles não cometeram um só delito e estão, todavia, na prisão, e foram condenados a penas injustas ao final de processos aberrantes e escandalosos. Em julgamentos extravagantes onde não foram ouvidos, pois o que primava era a ordem de condená-los para aterrorizar os cidadãos e a cada membro da Força Pública. Todos eles, como os reféns seqüestrados, devem ser postos em liberdade.
As FARC seqüestraram os reféns “políticos” para obrigar o Estado e o Governo a ceder e desmilitarizar setores-chave do território colombiano, em favor do narcoterrorismo. Os militares foram jogados no cárcere para obter o mesmo: para que os oficiais e as tropas tivessem medo de combater e vencer os depredadores históricos do povo colombiano, pois a ameaça era cair depois nas redes intrincadas de juízes diabólicos e corruptos. Com tais métodos as FARC querem deixar sem defesa todo o território nacional.
As manifestações de 4 de fevereiro de 2008 uniram, pela primeira vez, os colombianos do país e do exterior, contra tal perspectiva, em um ato de repúdio unânime. Essas manifestações nunca dividiram o país, como pretendem os agitadores das FARC.
As passeatas de 6 de dezembro de 2011 terão o mesmo caráter: não levantam palavras-de-ordem ambíguas e tendenciosas, como a de que devemos lutar contra “os violentos deste país”, como pretendem os inimigos da passeata. Nem contra “qualquer forma de violência”, como querem os que tratam de confundir todo mundo a fazer das FARC não um agressor, senão um agredido. A passeata é sim de “todos os cidadãos” e da “Pátria unida”, mas dentro dessa “unidade” não estarão jamais as FARC, as quais se auto-excluíram da comunidade nacional, ao tratar de subjugar pela violência mais desapiedada essa mesma comunidade nacional.
Tradução: Graça Salgueiro
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