Mídia Sem Máscara
| 14 Outubro 2009
Internacional - América Latina
Chávez utilizará o Mercosul para expandir seu projeto castro-comunista a toda a região, e para facilitar o avanço do fundamentalismo islâmico às nações do sul, como já fez com os países pertencentes à ALBA. Longe de debilitá-lo, a participação de Chávez no Mercosul legitimará seu regime e potencializará sua periculosidade.
São Paulo, 9 de outubro - Em declarações dadas ao Diário do Comércio, o presidente de UnoAmérica - www.unoamerica.org -, Alejandro Peña Esclusa, opinou que o Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, "comete um grave erro", ao interceder a favor do ingresso da Venezuela no MERCOSUL.
"Me surpreenderam as declarações de Ledezma" - disse Peña Esclusa - "porque há apenas quatro meses ele enviou uma carta ao Presidente do Senado do Brasil, José Sarney, onde manifestava seu rechaço à entrada da Venezuela no Mercosul. Como conseqüência dessa carta, o deputado chavista, Calixto Ortega, ameaçou levar Ledezma a julgamento por traição à Pátria" [1].
O presidente de UnoAmérica opina que "Chávez não cumpre com as mínimas condições para participar do Mercosul, posto que viola constantemente os direitos humanos - particularmente os de Ledezma - e destrói sistematicamente a democracia venezuelana".
"As gestões que os estudantes venezuelanos fizeram - e o próprio Ledezma - para que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) viaje à Venezuela a fim de constatar a existência de presos políticos, a perseguição à oposição, o fechamento dos meios de comunicação e a violação flagrante dos direitos humanos, ficarão desvirtuadas se o Mercosul aceitar a Venezuela de Chávez dentro de seu seio".
Peña Esclusa assegura que "Chávez utilizará o Mercosul para expandir seu projeto castro-comunista a toda a região, e para facilitar o avanço do fundamentalismo islâmico às nações do sul, como já fez com os países pertencentes à ALBA. Longe de debilitá-lo, a participação de Chávez no Mercosul legitimará seu regime e potencializará sua periculosidade", disse.
No passado 7 de outubro, o jornal O Estado de São Paulo publicou uma entrevista com Ledezma, onde ele referiu a entrada da Venezuela no Mercosul. "É necessário que o Brasil e os demais países-membros aceitem a Venezuela no Mercosul. Isso por uma razão que me parece lógica: Chávez é muito mais perigoso isolado", disse Ledezma na entrevista.
Em conseqüência, o senador oficialista Eduardo Suplicy (PT, partido membro do Foro de São Paulo), propôs convidar Ledezma à Comissão de Relações Exteriores do Senado, para que lá ampliasse sua proposta e desta forma facilitar a incorporação da Venezuela a essa união aduaneira.
"Coincido com Ledezma em que a Venezuela deve ingressar no Mercosul, porém só depois que haja uma mudança de governo em meu país", finalizou dizendo Peña Esclusa.
(1) http://www.radiomundial.com.ve/yvke/noticia.php?26134
Tradução: Graça Salgueiro
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