Mídia Sem Máscara
Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 19 Outubro 2009
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
O anúncio da lei de supressão da propriedade privada no Equador, somada à intenção de fechar e censurar os meios de comunicação, em nome - segundo diz - da autonomia, da soberania e - há quem acredite - da liberdade, são componentes de que a campainha retumbou em um sério de alerta, não só para os equatorianos mas para o hemisfério em geral, pois constituem provas fidedignas dos alcances extremistas dos peões de Fidel Castro no continente.
A fanfarronice do presidente equatoriano Rafael Correa ao falar por um lado da aclimatação para reatar as relações diplomáticas com a Colômbia, enquanto pelo outro lado seus "súditos do poder judicial politizado" ditam uma ordem de captura contra o general Padilla, corroboram não só que Correa é comunista e que atua do mesmo modo que as FARC, quando falam de paz ao mesmo tempo que incrementam o terrorismo contra a Colômbia, senão que este fato, somado aos demais eventos da geopolítica regional, indica que continua de pé o complô do Foro de São Paulo tendente a afastar os Estados Unidos do resto do continente e derrubar o governo da Colômbia para instaurar uma ditadura marxista-leninista, segundo foi esclarecido com os achados dos computadores de Raúl Reyes.
A grosseria e o despropósito jurídico de Correa não é nada novo. É conveniente refrescar a memória dos leitores para lembrar quem é e como tem atuado Correa frente à Colômbia e o presidente Uribe, a quem odeia de morte não só porque Uribe encarna as idéias da democracia ocidental capitalista, mas porque o supera amplamente como estadista, como dirigente político, como ser humano e como dirigente no hemisfério.
Além do ódio contra Uribe, Correa sofre de um tremendo complexo de inferioridade frente ao carismático mandatário colombiano.
Depois de receber das FARC uma ingente soma de dinheiro para sua suja campanha presidencial, Correa manteve nexos constantes com seu amigo de alma Raúl Reyes, amplamente sabido que o terrorista vivia desde há 14 anos a seu bel prazer dentro do território equatoriano.
As ligações de Correa com Reyes foram por meio dos irmãos Larrea, da deputada terrorista Augusta Calle, de Frank Aizalla, do Coronel Britto, do general Vargas (depois embaixador do Equador na Venezuela), dos dirigentes comunistas de Alianza País e outros bandidos camuflados da direção política e social equatoriana.
Por essas razões, quando ganhou as eleições presidenciais Correa se comprometeu com Reyes a denunciar a Colômbia ante a Corte Penal Internacional, com o argumento de que as fumigações contra as plantações de coca afetavam os camponeses equatorianos residentes na fronteira; porém, na realidade o fazia porque seus sócios de alma, seus comparsas das FARC, estavam perdendo dinheiro proveniente do narcotráfico, quer dizer, da mesma fonte da qual saíram os fundos farianos para a campanha correista e dos mesmo fundos com os quais seu pai, um delinqüente preso nos Estados Unidos por narcotráfico, lhe financiou a carreira como economista.
A essa canalhada Correa somou de imediato uma segunda. Respaldado por Chávez, negou-se a visitar Uribe em Bogotá antes de tomar posse. Não obstante a grosseria do inculto equatoriano, Uribe assistiu a posse presidencial do principal cúmplice das FARC em Quito, porém lá se viu obrigado a suportar com estoicismo duas graves ofensas contra o povo colombiano.
Ao chegar ao aeroporto de Quito, Uribe observou que ao lado dos pavilhões de todos os países dos presidentes que assistiam ao ato, havia uma minúscula bandeira colombiana, colocada intencionalmente por ordem do boquirroto presidente que saía, Alfredo Palacios, e Rafael Correa, o então novo peão de Fidel Castro na América Latina. E durante o ato oficial de posse de Correa, o indígena que oficiava como mestre de cerimônia e lia a lista do protocolo, "esqueceu" intencionalmente a presença de Uribe na cerimônia protocolar.
Após a morte do terrorista Raúl Reyes no Equador, Correa desatou toda sua carga emocional e politiqueira contra Uribe e contra a Colômbia. Consciente de que ser comparsa de Reyes, haver recebido dinheiro dos terroristas e conduzir seu próprio país para uma escravidão similar à cubana, é algo que a História e a Justiça lhe vão cobrar cedo ou tarde, Correa recorreu a palhaçadas e pantomimas, com o objetivo de que a justiça internacional despreze os conteúdos dos computadores como provas válidas contra ele.
Devido a que Lula da Silva, Chávez, Ortega, Evo Morales e outros dirigentes esquerdistas latino-americanos estão imersos no mesmo problema, pois ficou demonstrado como continua acontecendo - que há complô contra a Colômbia - para primeiro colocar uma pessoa como Piedad Córdoba na presidência da República e depois virar para o comunismo do século XXI, todos em uníssono pressionam para a realização do acordo humanitário com as FARC, com a coincidente mediação destes personagens sinistros que aproveitando a ocasião dariam aos terroristas status de beligerância e embaixadas.
Por esse mesmo motivo, todos vociferam contra a presença militar norte-americana na Colômbia, porém não questionam o desmedido armamentismo chavista, a desnecessária imersão brasileira em tecnologia de guerra nuclear, esperneiam porque Zelaya não recupera a presidência, em que pese a suja trama urdida por Lula, Ortega e Chávez para pô-lo na embaixada brasileira em Tegucigalpa, etc., etc.
A nova palhaçada de Correa é uma típica jogada comunista urdida ao estilo de seu mentor Fidel Castro. Negociar com o terror e a chantagem, sem ceder um átimo na linha de objetivos marxistas-leninistas. Paralelo a isto, com argúcias populistas, Correa desperta entre os desinformados equatorianos de extratos sociais mais baixos, um sentimento anti-colombiano e a convicção de que os problemas sociais de seu país se conseguem estatizando a economia e expropriando os donos do capital.
O anúncio da lei de supressão da propriedade privada no Equador, somada à intenção de fechar e censurar os meios de comunicação, em nome - segundo diz - da autonomia, da soberania e - há quem acredite - da liberdade, são componentes de que a campainha retumbou em um sério de alerta, não só para os equatorianos mas para o hemisfério em geral, pois constituem provas fidedignas dos alcances extremistas dos peões de Fidel Castro no continente.
Dadas as razões anteriores e a evidente manobra politiqueira de Correa e seus sequazes de um espúrio setor infiltrado no ramo judiciário equatoriano, naturalmente afim aos interesses demagógicos do insignificante mandatário, está na hora de a Colômbia, como Estado e como sociedade, iniciar os processos penais a que tenha lugar contra Correa, Larrea, Augusta Calle e as demais lacraias enquistadas na direção política equatoriana, que apoiaram as FARC por ação ou por omissão.
Devemos deixar para trás a idiotice coletiva. Devemos nos desfazer dos mantos de diplomacia bondosa frente a um terrorista de colarinho branco, que por convicção ideológica e pessoal está confabulando com os bandidos que pretendem escravizar a Colômbia. Está na hora de os colombianos compreendermos que os comunistas de fora e de dentro do país estão unidos para derrocar o sistema republicano vigente, porque desejam levar-nos a uma escravidão e miséria similares ao drama padecido por Cuba durante meio século.
Não mais panos mornos, nem declarações prudentes sem ação judicial simultânea. A Colômbia exige ações e compromisso de todos os estamentos da sociedade. Por exemplo, nossos ilustres advogados santanderistas tão dados a encontrar mil razões para "porque sim ou porque não", dependendo da margem que ocupem dentro de um processo judicial, deveriam atuar em conseqüência, quer dizer, despojar-se da indiferença crônica própria dos que se agarram como cães selvagens à presa minúscula, sem se importar que o caçador acabe com a espécie que constitui sua fonte de alimentação.
A Colômbia está na mira do marxismo-leninismo, cujos integrantes por essência e por credo estão em guerra revolucionária permanente contra todo aquele que não compartilhe de sua obtusa ideologia. O preocupante é que a maior parte dos que integram a democracia e os valores ocidentais nunca acreditou nisso, porque supõe que a institucionalidade resolve tudo, como deveria ser.
Porém, a verdade é outra. Uma institucionalidade erodida pelas deficiências da politicagem crônica, infiltrada pelo Partido Comunista Clandestino das FARC e rodeada por indiferentes, é o melhor caldo de cultura para que os chavistas, os correistas e os demais bandidos que os secundam façam seu pé de meia a favor das FARC e do mal chamado socialismo do século XXI.
Essas são as razões de peso e de fundo da velhaca ordem de captura contra o general Padilla, pitoresca decisão judicial que, além disso, demonstra que Correa não se importa que as FARC vivam no Equador, senão que seu íntimo amigo Raúl Reyes morreu, em que pese estar tão protegido por ele... E que ao que parece, em nenhum dos três ramos do poder público equatoriano há desejo de lutar contra o terrorismo, nem de apoiar a Colômbia neste esforço histórico.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com
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