Quarta-feira, 21 de Janeiro de 2009
Blog do Clausewitz
Há alguns dias fiz um post, que pode ser acessado aqui, sobre a questão de aditâncias mantidas pelo Brasil no exterior, que são na sua maioria aditâncias militares, alusão feita num contexto de iniciativa do poder executivo em criar algumas outras onde seriam nomeados adidos agrícolas... fiz uma pilhéria então comparando nossos honrados coronéis adidos militares a homens planta, aproveitando o gancho da novidade agrícola... lembro que até concitei que todas as vagas criadas fossem contempladas aos coronéis em final de carreira que concorrem e entre uma piada e outra, falei verdades que muitas vezes a maioria, senão a totalidade do público civil desconhece...
O que vou tecer aqui de comentários vai se referir ao post acima linkado, mas também tem a ver com uma operação de fiscalização de contas que o representante do MP dentro do TCU pretende fazer doravante nos gastos dessas 63 aditâncias militares... nada mais justo e louvável que os gastos públicos sejam bem concedidos, bem empregados e bem controlados e é o que todos esperamos... mas eu pergunto por quê só fazer a auditoria nas aditâncias militares e as ocupadas por civis, não? Talvez pela singularidade dos gastos, se comparados forem com os das 13 administradas por civis...
Aproveito para induzir o amigo visitante a questionar se essa preocupação do TCU não seria rasteira, sem deixar de ser valiosa, quanto aos usos e frutos da baixa administração, enquanto que a alta administração do executivo apresenta de forma descarada que um dos trechos das "férias" de Lula e agregados num total de sete, em Fernando de Noronha custou "apenas" R$ 4.029,30 ao bolso do contribuinte, segundo reportagem do jornal Correio Brasiliense... imagino que a iniciativa do procurador seja válida e é mais um dos primeiros e tímidos passos rumo à moralização da coisa pública, mas retrata também que mais uma vez estamos nos entalando com um mosquito, após nos banquetearmos com o "boi"...
Gastos de adidos militares serão investigados pelo TCU
"O procurador do Ministério Público Marinus Marsico, que atua junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), vai investigar as contas e documentos relacionados aos gastos de adidos militares disponíveis no tribunal. O objetivo é verificar o volume e a qualidade das despesas realizadas por estes funcionários. "O assunto não foi alvo específico do TCU até o momento, mas agora será. É importante que essas despesas sejam verificadas", declarou Marsico... No dia 11 de janeiro, o Estado revelou que as Forças Armadas mantêm 63 adidos em 32 países e que existem ainda outros 13 adidos civis brasileiros em atividade, somando 76 servidores. A reportagem revelou também que o TCU nunca realizou uma auditoria específica sobre este tipo de gasto. De acordo com o órgão, como essas despesas são comparativamente pequenas, costumam ser verificadas em bloco, com outros gastos..."
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