Terça-feira, 6 de Janeiro de 2009
Blog do Clausewitz
Eu estava procurando entender as alterações ortográficas, em vigor desde o primeiro dia do ano, mas desisti... por vários motivos eu desisti e um deles é que eu não preciso mais passar em vestibular... pode ser uma mesquinharia de minha parte raciocinar com uma exclusiva, num momento em que tremas e hífens ficam em evidência... mas é que eu canso às vezes de tanta falsidade e tanta hipocrisia... tanto dinheiro gasto com o supérfluo... também falo muito em dinheiro aqui e vez por outra me passo por um pobretão endividado... é que eu não consegui, ainda nesta fase de minha vida, construir uma poupança... lamentável, mas me igualo a quase 90% da população brasileira que vive do custeio individual, familiar e dos ensandecidos bancos protegidos do status petista...
Então, nesse ciclo de falsidade e factos fictos em que vivemos nossas vidas meio sem rumo, até porque somos comandados por pessoas sem estilo, vamos colecionando inutilidades, tal qual fazíamos quando crianças naquela estante onde empilhávamos canecas, ou sêlos nas pastas colecionadoras, ou quem sabe relógios velhos, etiquetas daquilo, vidros daquilo outro... tudo sem uma serventia imediata ou de longo prazo... pois este é o Brasil da pós-retomada da democracia... uma eterna coleção de arbitrariedades em prol de envolver o povo com a falsa sensação de que está tudo bem e que estão crescendo, sem que o povo saiba na verdade que a estante está abarrotada de canecas inúteis e os porta-inutilidades estão despencando...
É como eu vejo esse acordo ortográfico... até agradeço aos intelectualóides do PT por não terem nos nivelado com os vizinhos hispânicos, afinal o portunhol é mais difícil do que se pensa... porém, vejo como uma inutilidade dessas tantas de que somos vítimas, o objetivo de alterar uma coisa que já é de tão difícil compreensão, visando a nivelar procedimentos com povos que 99,99998% de nosso povo nunca tomará contato, bem como facilitar um foco operacional se na verdade o que falta aos 99,99998% de nossos portuguêses brasileiros é saber falar e escrever o português pátrio...
Então, essa tentativa de criar um esperantismo lusófono não passa de mais uma ardilosa maneira de criar maus oradores e maus escribas da língua mãe, pois quem aprendeu o tradicional dificilmente se adptará ou terá interesse, como eu... e quem será apresentado desde já às novidades terá que se submeter a professores domésticos que dificilmente terão condições de corrigir as tarefas conforme as expectativas em apreço... isso criará, em outras palavras grandes hiatos em uma ortografia já imensamente mal praticada, implodida que está pelas gírias e dialetos da net, enfim, que só aumentará o exército de maus redatores...
Para finalizar, alerto que essa iniciativa é mais uma das inúmeras ações do governo que chegou ao poder prometendo participação popular em suas decisões e que até o presente momento só disponibilizou um julgamento popular para suas teses anti-sociais, que foi o plebiscito do desarmamento... como não logrou êxito, entendeu que tudo tem que ser na surdina, como foi essa universalização da língua portuguesa, que certamente não foi precedida de consultas aos doutos de nosso vernáculo, como é o caso do famoso professor Pasquale, que no final de 2007 se manifestou contrário e que, como tantos outros profissionais da língua portuguêsa não foram colocados como assessores nessa transição totalmente política, ridícula e desnecessária...
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