Mídia Sem Máscara
Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 18 Abril 2010
Internacional - América Latina
O uso constante de técnicas de desinformação, seqüestro e assassinato de camponeses e de militares colombianos, invasão do espaço aéreo, e armadilhas diplomáticas. Chávez ataca a Colômbia, e os principais postulantes à presidência não estão à altura das demandas da situação, que se agrava com o colapso da revolução na Venezuela.
A ruidosa apresentação das milícias chavistas denominadas "guerrilheiros comunicacionais", com a mensagem implícita de atacar a Colômbia para supostamente se defender de uma imaginária agressão colombo-estadunidense contra o socialismo do século XXI, é o mais recente episódio da extensa cadeia de agressões urdidas pela ditadura cubana por meio de seu lacaio Hugo Chávez, com o objetivo de concretizar no mais apetecido país latino-americano, o obsessivo projeto totalitário do comunismo terrorista sobre todo o continente. A este ato agressivo somam-se o seqüestro e assassinato de alguns camponeses colombianos por ordem do governo de Chávez; o seqüestro, tortura e cruel homicídio de um capitão e um sub-oficial do Exército colombiano; o seqüestro e encarceramento de vários colombianos "acusados" de ser espiões; sobrevôos de helicópteros militares venezuelanos sobre território colombiano; fechamento unilateral do comércio da Colômbia para a Venezuela; frases desrespeitosas à Colômbia e ao presidente Uribe; farsas diplomáticas com denúncias mentirosas contra a Colômbia; comprovada relação e apoio financeiro de Chávez às FARC, confirmado nos computadores de Raúl Reyes, etc., etc.
Os estudos estratégicos das guerras demonstram que os ataques de surpresa não o são tanto quanto se acredita, senão que são a concretização de uma série sistemática de agressões e incidentes provocados de maneira intencional, por quem aduz ser o ofendido, matéria na qual os comunistas e em geral os caudilhos totalitaristas são experts.
A extensa lista de agressões chavistas contra a Colômbia, enunciadas nos parágrafos anteriores, corroboram a tese. Em sua condição de comunista confesso e obsessivo, Chávez não só está em guerra contra a Colômbia, como com suas forças militares de algibeira planeja um ataque contra o país e, para tal, mascara sua intenção com o argumento de que a Venezuela é o país agredido, manipulação dialética que reforça com a mentira de que a presença militar norte-americana em sete bases militares colombianas, é a cabeça de praia para um ataque contra seu país.
Porém, Chávez e a ditadura cubana não atuam sós. Em uníssono contam com o suporte ideológico e procedimental dos governantes da Nicarágua, Equador, Bolívia, Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina, mais a dupla moral de "Colombianos pela Paz" e a solidariedade ideológica de todos os partidos comunistas do continente e de outros países do mundo, o Movimento Continental Bolivariano, os membros da ALBA e a publicidade gratuita que o Foro de São Paulo lhes faz.
Como ficou demonstrado nos computadores de Reyes, os comunistas latino-americanos, em sórdida sociedade com as diversas vertentes do Partido Comunista Colombiano (legal e clandestino), desenvolvem um sistemático complô contra as instituições e a liberdade na Colômbia.
No momento atacam o presidente Uribe porque ele encarna a primeira autoridade do país, porém é certo que depois do sete de agosto vindouro, atacarão a quem ocupe a cadeira de Bolívar, a menos que seja o camarada e terrorista Gustavo Petro, seu par ideológico e sócio de intenções geoestratégicas do marxismo-leninismo no hemisfério.
O aterrador deste quadro geopolítico e estratégico, é que enquanto a ebulição da revolução comunista na Venezuela estende seus tentáculos ao resto do continente, e inclusive até a Europa, onde a "embaixadora da paz" (1) se obstina em legitimar o grupo terrorista, a avareza eleitoreira dos atuais candidatos à presidência da República não pôde saciar o consuetudinário e voraz apetite que lhes tem caracterizado ao longo da história republicana.
A ascensão midiática nas pesquisas da dupla Mockus-Fajardo formou uma bolha imprevisível. Nem um nem o outro estão preparados para assumir o delicado encargo. Exploram o desejo de muitos eleitores de não votar na politicagem e no clientelismo característicos dos demais candidatos.
Foi essa a razão pela qual em eleições anteriores Mockus foi eleito prefeito de Bogotá, um cego governou Cali, Lucho Garzón substituiu Peñaloza e Angelino foi governador do Valle. Não porque foram os mais capazes, como na realidade demonstraram seu nível de incompetência, senão porque o eleitorado não queria mais do mesmo.
Preocupa em grau extremo que ante a crise interna que vive a revolução chavista em um país polarizado, mediante um arrebato de histriônica esquizofrenia, Chávez disponha um ataque armado contra a Colômbia, desate uma guerra de conseqüências imprevisíveis e auspicie a legitimação da ofensiva final das FARC com o apoio dos demais governos comunistas latino-americanos e outros governos pró-terroristas anti-ianques no planeta.
Nesse cenário as FARC fariam o mesmo que os bolcheviques durante a primeira guerra mundial, quer dizer, atacariam sua própria pátria e, evidentemente, os comunistas e as marionetes do socialismo do século XXI, como por exemplo, os "Colombianos pela Paz", que tornar-se-iam os mais fervorosos pacifistas, com o óbvio viés pró-chavista.
O certo é que nenhum dos aspirantes à presidência da Colômbia para 2010-2014, parece ter claro esta tremenda responsabilidade, nem sequer entender o que se tece no entorno geopolítico próximo, com a circunstância agravante de que o governo dos Estados Unidos joga dos dois lados, apesar de que na Venezuela o consideram inimigo declarado como se observa nas imagens pintadas por grafiteiros na Venezuela, as quais ilustram este blog, nas quais aparece a cabeça de Hillary Clinton, semelhança de Golias decapitado por David, representado por um operário comunista venezuelano.
Em síntese, enquanto Chávez incrementa a agressão estruturada em um Plano Estratégico comunista, a Colômbia vive outra pátria boba, porque os candidatos nem apresentam programas convincentes nem demonstram posições concretas frente a esta grave realidade.
Nota:
1 - O articulista se refere ironicamente à senadora Piedad Córdoba, a descarada defensora-mór das FARC na política colombiana e internacional.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com
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