Mídia Sem Máscara
| 08 Dezembro 2010
Artigos - Religião
O Papa Bento XVI não está preocupado em receber parabéns pelo que não disse ou em agradar a ONU, a Organização Mundial de Saúde, França, Inglaterra, Brasil ou o G7, 8, 9...
O Papa Bento XVI não mudou, absolutamente, nada no Magistério da Igreja Católica quanto à sábia proibição do uso de preservativos para casados, solteiros, viúvos, separados, juntados...
A questão é simples. Porém, sempre existe a turma que precisa de uma, duas, três explicações ou até que se faça uso de desenho para que possam finalmente entender.
Para os que querem usar o preservativo para evitar filhos a Igreja não o permite porque ensina que moralmente é errado um ato sexual que não esteja aberto à vida (filhos). Ou seja, o casal objetivamente não deverá tentar impedir com a camisinha (preservativo) ou outro meio artificial o nascimento de uma nova vida. O usuário de preservativos quer usufruir do prazer do sexo, mas não quer as bênçãos que podem vir como consequência dos seus atos: os filhos. Então, essa gente ficaria mais a vontade se o Papa mudasse o que diz o Magistério da Igreja para que eles não se sentissem incomodados na sua consciência ou incontinência. Só que o Santo Padre não mudou nada.
Além do mais a Igreja e toda uma gama de cientistas católicos, ou não, sabem que a camisinha não é segura por permitir que espermatozóides (pequenos o bastante) passem entre os poros do látex (grandes o suficiente) podendo ocorrer o "milagre" da fecundação. Quantos casais foram enganados quanto à falsa eficácia dos preservativos e podem dar testemunho sobre mais uma vida que geraram.
Muito pior ainda é para os que desejam somar desgraças usando o preservativo para tentar evitar a AIDS ou outras doenças sexualmente transmissíveis, além de tentar impedir o nascimento dos filhos. Ora, os cientistas afirmam e as fecundações confirmam que pela camisinha passa o espermatozóide. O que não dizer então do vírus HIV da AIDS que é 450 vezes menor que o espermatozóide. (Clique aqui: Provas científicas de que a camisinha falha)
Sendo assim, o Papa continua a declarar com firmeza e insistência que o uso do preservativo pode alastrar a AIDS mundo afora. Sua fala é questão de caridade, sinceridade e conhecimento de informações científicas que deveriam ser espalhadas pela mídia aos quatro cantos do planeta "se ele fosse quadrado ou retangular" como disse o presidente Lula.
O Papa Bento XVI não está preocupado em receber parabéns pelo que não disse ou em agradar a ONU, a Organização Mundial de Saúde, França, Inglaterra, Brasil ou o G7, 8, 9...
A turma dos parabéns faz parte dos que não entenderam, se fazem de desentendidos, não querem entender e vão continuar mentindo, enganando e afundando mais e mais gente na lama. Como fizeram os desentendidos (?) da Catedral de Sant'Ana na cidade de Goiás - GO, no último dia 1º de dezembro - dia mundial do combate à AIDS - ao distribuir kits com camisinhas e exibir cartazes com frases sobre sexo e prazer mesmo com o Papa Bento XVI afirmando que tal atitude só agrava o problema. Eles estão sempre precisando que alguém explique melhor ou que faça como Jesus que expulsou a chicotadas os profanadores do templo.
Existem relações sexuais que fogem à natureza, ao que é natural. A Igreja ensina que, além de ser pecado grave, são relações que clamam aos céus castigo ainda nesta vida. Por exemplo: um homem que tem relação com outro homem (homossexualismo) ou com um bode (bestialidade). Numa relação contra a natureza de nada adiantará este homem estar aberto ou não à vida (filhos) porque a própria natureza já não o permite. Sendo assim, presume-se que usar o preservativo seria para não contaminar ou não ser contaminado com alguma doença o outro homem ou o bode.
O Papa Bento XVI disse que "Pode existir um fundamento no caso de alguns indivíduos, como quando um prostituto use o preservativo (wenn etwa ein Prostituierter ein Kondom verwendet), e isto pode ser um primeiro passo na direção de uma moralização, um primeiro passo para assumir a responsabilidade no caminho da redescoberta que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Mas não é o verdadeiro modo de enfrentar o mal da infecção do HIV."
Então, segundo a opinião do Papa, "Pode existir um fundamento...", mas não quer dizer que "exista" um fundamento. "Pode ser um primeiro passo na direção de uma moralização...", mas não foi dito que "é" um primeiro passo na direção de uma moralização. Tudo suposição, menos a conclusão da fala que foi uma afirmação clara quanto ao uso do preventivo: "Mas não é o verdadeiro modo de enfrentar o mal da infecção do HIV."
Se um prostituto não enxerga o pecado do homossexualismo, mas enxerga, erroneamente, no uso do preservativo um meio de evitar a AIDS, o Papa ou qualquer um que tenha caridade para com o próximo poderia aproveitar esta primeira brecha do "pseudo amor" do prostituto pelo seu companheiro para orientá-lo(s) sobre seus dois gravíssimos erros dizendo-lhe(s) a VERDADE: O uso de preservativo não impede a AIDS, mas pode até induzir seus usuários à morte - fato científico. E homossexualismo é pecado grave - ensinamento do Magistério da Igreja Católica.
Nada impede também que o Papa Bento XVI dê nova entrevista sobre o assunto ou até diga que não foi muito preciso o exemplo usado do prostituto que se relaciona com outro homem, caso mais comum de contaminação com o HIV. Sem contar que pode ter havido os famosos enganos por parte de jornalistas, tradutores ou especuladores.
Importantíssimo ressaltar que a opinião pessoal do Papa Bento XVI é sempre a opinião dele. A nacionalidade alemã é só dele e dos alemães. O time de futebol dele também é gosto pessoal. Mas o que ensina o Magistério da Igreja é para toda a Igreja Católica. Entrevistas, conversas pessoais, brincadeiras, mal entendido de jornalistas, piadas não fazem parte da infalibilidade papal.
Se, por mera e absurda hipótese, o Papa desejasse infalivelmente mudar o ensinamento da Igreja, que nunca foi mudado, sobre o uso de preservativos seriam necessárias quatro condições simultâneas no pronunciamento dele: que o Papa falasse como Chefe da Igreja Católica Apostólica Romana (não como alemão ou teólogo); para toda a Igreja (não para um ou meia dúzia de jornalistas); em matéria de fé ou moral (realmente, quanto ao uso do preservativo, trata-se de matéria de moral); e com intenção de definir (não de dar entrevistas).
Portanto, para os católicos nada muda quanto à matéria da imoralidade dos preservativos e muito menos sobre os antídotos contra a degradação sexual. A saber: castidade, continência, pureza, oração. Resta refletir, obedecer ou continuar pecando e se enganando ao pensar que gerar um filho (benção de Deus) ou adquirir uma doença são possibilidades que só acontecem na vida dos outros, os que não são "espertos".
Aliás, não raramente, os que se acham mais "espertos" acabam recebendo a graça de dar mais um bebê ao mundo ou recebendo a notícia da desgraça de doenças quando agem sexualmente de forma imprudente sem querer (desinformados), querendo (mesmo informados) ou o tradicional "sem querer, querendo" (informados e desobedientes). A todos a Igreja, como boa Mãe, está sempre a ensinar e orientar para que possam ser capazes sim de exercer o fundamental autodomínio sexual e ter uma vida mais próxima da dignidade de seres humanos racionais e não de animais irracionais.
Márcia Vaz, escritora e palestrante.
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