Mídia Sem Máscara
Júlio Lins | 23 Fevereiro 2010
Artigos - Economia
Urge reduzir impostos, reduzir gastos assistenciais com vistas a incentivar o trabalho da população e iniciar um forte programa de privatizações.
Os esquerdistas e defensores de grande participação do Estado na economia estão silenciosos sobre a Grécia. Este país possui uma das economias mais socializadas da Europa, em que o Estado possui bancos, hospitais, igrejas, cassinos, loterias, hotéis, água, eletricidade, refinarias de petróleo, companhias de seguro, entre outras coisas; enfim, o Estado está presente em todos os setores da economia e sociedade, com o governo possuindo cerca de US$ 12 bilhões em ações da Bolsa de Atenas.
Também, pudera: segundo tabela da OCDE, os gastos do governo grego corresponderam a 51,3% do PIB em 2009; as receitas do governo, 38,7%. A dívida em relação ao PIB é de nada menos que 125% em 2010. Certamente, o que levou a essa grande crise foram os excessivos gastos do governo e excessivos impostos, que desestimulam a atividade empreendedora e acabam incentivando o desemprego e a imigração (por causa dos fartos benefícios do governo).
Dessa forma, urge reduzir impostos, reduzir gastos assistenciais com vistas a incentivar o trabalho da população e iniciar um forte programa de privatizações. Parece que o governo está indo no caminho oposto, quando disse que iria lidar com a crise este ano através de um aumento de 10% nos impostos sobre o lucro das empresas.
Outro problema ainda mais grave é o dos Estados Unidos. Segundo a mesma tabela da OCDE, o país possui uma dívida de 83,9% do PIB em 2009, que crescerá a 92,4% em 2010 e 99,5% em 2011. Além disso, em 2009, o país apresentou um déficit de 11,2% de seu PIB. Tal fato já seria enormemente desastroso se não fosse o tamanho do PIB americano. Para um PIB de US$14,441 trilhões, 11,2% significa US$1,617 trilhões por ano apenas em déficit, com tendências a aumentar. Como Obama, ao invés de diminuir os gastos, está aumentando, podemos esperar uma grave crise se nada for feito, muito mais grave que a crise da Grécia ou qualquer outra crise dos últimos 50 anos.
Veja a tabela da OCDE aqui.
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