Mídia Sem Máscara
Percival Puggina | 14 Fevereiro 2010
Artigos - Governo do PT
É indispensável compreender a exata dimensão de todas as perversões incluídas no PNDH-3. Sabem por quê? Porque a mentalidade que ali está explicitada é a que hoje dirige a política nacional.
Você sabia, leitor, que há quem tenha como objetivo de vida lutar pela retirada dos símbolos religiosos em espaços públicos? O sujeito acorda pensando nisso, passa o dia pensando nisso e vai dormir pensando nisso. Cria uma ONG, escreve teses, faz reuniões, cata adesões para abaixo-assinados, requer providências em juízo. E só conversa sobre isso. De tanto encher a paciência alheia com sua bronca pessoal contra Jesus crucificado, ele se torna conhecido como o "chato dos crucifixos". Lá vem o "chato dos crucifixos!". E todo mundo se afasta, como se visse um vampiro. Vampiro, crucifixo, sacou? Dizem as más línguas que a segunda bronca do chato dos crucifixos é espelho e a terceira é réstia de cebola.
Pois não é que a tese do "chato dos crucifixos" acabou incorporada ao famigerado Programa Nacional de Direitos Humanos? É assim que as coisas acontecem, segundo a técnica do Joãozinho das anedotas. Você conhece a história: "Como é o nome desse guri que está te assediando, minha filha? Joãozinho? Se for o Joãozinho, não tem jeito, relaxa e tal...". É assim que eles fazem. Ninguém aceita a cantada deles, mas eles vão tentando impor-se por todos os modos. E se a coisa não vai, estupram. Agora a tese reaparece no pacotão de perversões que é o PNDH-3. Vem com a força do presidente e das três dezenas de ministros que, em ato festivo, assinaram o decreto se comprometendo, entre inúmeras insanidades ideológicas, a acabar com as expressões públicas da religiosidade popular, com nossas raízes cristãs, com a nossa história e com a nossa cultura. É aquele mesmo conceito de justiça dos estabanados da lógica, que ora querem tratar desigualmente os desiguais, ora querem tratar igualmente os desiguais, tudo dependendo de suas preferências. É uma justiça feita como quem compra um par de meias.
Não vão levar! Aliás, quem sonha com fechar o Congresso Nacional tem no PNDH-3 boa razão para reaprender a importância da instituição parlamentar. Desmoralizado por esforço próprio, corroído pela perversão do modelo institucional, desqualificado pelo desinteresse dos estadistas, valendo-se, para salvaguardar o bem nacional, de um número cada vez mais reduzido de bons políticos, o parlamento ainda é a tranca para os que pretendem enfiar o pé na porta da democracia e destruir os verdadeiros valores. Essa estupidez em relação aos símbolos religiosos não passa nem nesse Congresso que aí está.
É indispensável compreender a exata dimensão de todas as perversões incluídas no PNDH-3. Sabem por quê? Porque a mentalidade que ali está explicitada é a que hoje dirige a política nacional. Há freios institucionais aqui e trancas ali, mas aquela antologia de absurdos é o pensamento dos que nos governam e querem continuar nos governando. Este artigo trata de apenas um, mas a lista é imensa. E, de uma forma ou de outra, essas perversões vão afetando a vida social. Gravemente. Querem um exemplo gritante?
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