Mídia Sem Máscara
Klauber Cristofen Pires | 21 Fevereiro 2011
Artigos - Economia
Em uma economia estagnada ou com um ritmo de contratações inferior ao da chegada de novos jovens ao mercado de trabalho, cada novo primeiro emprego artificialmente criado pelo estado significará o último emprego para um velho pai de família.
A criatividade dos políticos para pôr areia nas engrenagens do livre mercado (que de livre não tem mais nada) em busca de cinco minutos de fama é mesmo um poço sem fundo! Pois não é que mais um abestalhado, o deputado Luiz Pitiman (PMDB/DF), decidiu criar a figura do "trabalhante"?
Pelo projeto, que já tramita na Câmara dos Deputados com o nº 74/11, o jovem de 16 a 21 anos matriculado em qualquer curso regular com carga mínima de 15 horas semanais trabalhará até 30 horas por semana e receberá salário igual ao de um funcionário que exerça função similar na empresa. O trabalhante, no entanto, não contribuirá para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e não terá direito ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Trata-se de mais outra insossa variação do nefasto programa do "primeiro emprego", aquela idiotia petista que levou três meses para empregar um garçom na Bahia para depois sair de fininho do noticiário nacional, ou em outras palavras, mais uma nova aposta na falácia esquerdista de que o empresário não dá emprego para o jovem porque este não tem experiência.
Toda intervenção estatal produz distúrbios no funcionamento mais racional do mercado, eis o motivo básico pelo qual devemos mantê-lo, como assim dizer... livre! Simples assim!
Pois, em uma economia estagnada ou com um ritmo de contratações inferior ao da chegada de novos jovens ao mercado de trabalho, cada novo primeiro emprego artificialmente criado pelo estado significará o último emprego para um velho pai de família. Agora vamos refletir: o jovem trabalhante não paga INSS e não recebe FGTS, enquanto o velho desempregado vai consumir dos dois recursos! E isto em um país que absolutamente não sabe como fechar as suas contas previdenciárias...
Querem mais? Pensemos que esta absurda proposta caia no gosto do mercado, e assim se cria a indústria do ensino barato, baratinho, só para justificar a contratação dos "trabalhantes!" No mínimo, milhões de dorminhocos nas salas de aulas "roubando" ou inflacionando as vagas de quem realmente queria estudar. Pobre ensino brasileiro, que já ia de mal a pior...
Esta do "atrapalhante" vem a se somar com as recentes alterações na lei do estágio, que absurdamente conferiu aos estagiários, que NÃO são trabalhadores, mas estudantes, a concessão de férias de 30 dias, para embaralhar todo o sistema jurídico.
Ah, nem!
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