terça-feira, 19 de julho de 2011

Até quando?

Mídia Sem Máscara

Forças Armadas brasileiras: sem recursos, sem equipamentos, e humilhadas pelo governo do PT.

Hoje, as Forças Armadas do Brasil parecem estar sem um rumo definido e são, dia após dia, submetidas a vicissitudes que se julgavam perdidas na noite dos tempos. Tudo teve início com a criação, ao ver de muitos extemporânea, do Ministério da Defesa. Mais que unificar estratégias, o objetivo real desse ato, nunca abertamente declarado, foi o de afastar do centro das decisões nacionais os militares, substituindo-os por um político civil.

Após uma série de ministros de pouca ou nenhuma expressão, o cargo foi entregue a um ex-parlamentar e ex-juiz do Supremo Tribunal Federal. E este, arrogante e vaidoso, pôs-se em campo como um Quixote medieval, a investir de lança em riste contra o fantasma de um suposto inconformismo militar, com poderes legais para interferir em todas as áreas de atividades castrenses, da indicação dos Comandantes das Forças à reestruturação do seu ensino, preparo e emprego. Resumindo: os poderes atribuídos ao ministro da Defesa trazem de volta, infelizmente, a ingerência da política partidária nos negócios militares e os resultados serão de lamentar, tal qual o foram no passado.

O passo seguinte veio a ser a apresentação de uma Estratégia Nacional de Defesa (END), formulada sob a inspiração de um jejuno em artes militares, mas com longa vivência acadêmica nos Estados Unidos. As promessas de reequipamento, de autonomia científica e tecnológica, etc., permearam a END, com resultados limitados. As aeronaves de última geração ficaram, mais uma vez, no campo das promessas vazias, já que uma declaração de preferência por um dado modelo, feita pelo ex-presidente, causou escândalo internacional e levou, na prática, tudo à estaca zero. Uns poucos helicópteros de ataque foram distribuídos às Forças e o Exército tem a promessa de receber uns tantos blindados sobre rodas de fabricação nacional. A Marinha de Guerra vê, com esperança, uma futura realização do sonho do submarino nuclear.

Enquanto isso, nos quartéis, a alimentação da tropa impõe restrições à instrução a dotação de munição é reduzida ao mínimo suportável as verbas para manutenção das instalações são insuficientes e, não poucas vezes, os comandantes mais responsáveis usam seus recursos pessoais para reparos de emergência nas mesmas.

Hoje, juízes de direito interferem nas atribuições disciplinares dos Comandantes de Unidade e incidentes entre superior e subordinado, como aconteceu recentemente em Brasília/DF, envolvendo militares da Aeronáutica no interior de um próprio da Força. Estes episódios podem resultar em inquéritos na Polícia Federal, como se de valia alguma fosse a Justiça Militar e os regulamentos castrenses.

Até quando viveremos o achatamento salarial que nos vem sendo imposto pelos que, tendo ontem amargado o pó da derrota, hoje ocupam os mais altos postos governamentais? Até quando, vivendo de aparências, faremos de conta que tudo está no melhor dos mundos? Até quando será aceito, sem tugir nem mugir, o desprestígio que nos é imposto? Até quando será aceita a nossa transformação em guardas florestais, agentes de saúde, polícia estadual, etc., num evidente desvirtuamento da missão precípua? Até quando a disciplina militar prestante, da qual nos falava Camões, resistirá ao assédio que lhe é imposto?

Que, até lá, o Senhor dos Exércitos nos proteja!

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