segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Chávez: em plena guerra contra a Colômbia

Mídia Sem Máscara

Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 01 Fevereiro 2010
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo

Sem pestanejar, Chávez prometeu a Iván Márquez em Caracas, a entrega de 300 milhões de dólares para que as FARC lançassem a ofensiva final contra a Colômbia, inclusive conseguiu entregar-lhes 50 milhões de dólares para tal fim. Nesses mesmos dias, Chávez abriu um escritório para as FARC e o ELN no Ministério da Defesa Venezuelano dentro do chamado Fuerte Tiuna.

É necessário ser da "esquerda caviar", membro de "colombianos pela paz", ou muito ingênuo para não entender esta realidade. Hugo Chávez Frías não planeja uma guerra contra a Colômbia. Ele, seu governo, seus sócios das FARC e seus comparsas da ALBA, UNASUL, do Foro de São Paulo e do Movimento Continental Bolivariano, estão em guerra contra a Colômbia há vários anos.

A explicação é simples. Todos estes grupos são manipulados por comunistas, cuja premissa conceitual é que na América Latina há um conflito de classes latente, que só pode ser resolvido quando os marxistas-leninistas triunfarem e governarem em cada país. Não importa que este regime paquidérmico e arcaico tenha fracassado no Velho Continente.

Para Fidel Castro e seu peões Hugo Chávez, Rafael Correa, Daniel Ortega, Evo Morales, Mujica, Cristina de Kirchner, o bispo Lugo e Inácio Lula, o comunismo está vigente e fora disso a Colômbia, particularmente o presidente Uribe, é o único obstáculo que os impede de avançar com maior celeridade nesse projeto de guerra de classes.

Auto-convencido de que é a reencarnação de Simón Bolívar, ou talvez mais do que o Libertador, o pitoresco boquirroto venezuelano está em guerra contra a Colômbia desde antes de ser eleito presidente de seu país. Segundo demonstraram os computadores de Reyes, os nexos de Chávez com as FARC são de velha data, do mesmo modo que a relação dos partidos de esquerda que apóiam o socialismo do século XXI com os terroristas colombianos e que de forma descarada conspiram com as FARC, e vários traidores colombianos vinculados à FARC-política, para destruir a institucionalidade na Colômbia.

Esses nexos vão mais além da simpatia ideológica e confirmam a tese da guerra declarada contra a Colômbia. Um exame detalhado do somatório dos fatos assim o corrobora: as FARC assassinaram em Apure, Venezuela, uma dezena de militares e funcionários da PDVSA. Chávez e seus lacaios mentiram ante os meios de comunicação e atribuíram o crime às auto-defesas ilegais de Carlos Castaño.

O ministro Rodríguez Chacín serviu de mediador para que as FARC adquirissem armas e equipamento militar com traficantes internacionais, via Caracas, ao mesmo tempo em que era delegado de Chávez para o espetáculo midiático das libertações de alguns políticos seqüestrados.

Sem pestanejar, Chávez prometeu a Iván Márquez em Caracas, a entrega de 300 milhões de dólares para que as FARC lançassem a ofensiva final contra a Colômbia, inclusive conseguiu entregar-lhes 50 milhões de dólares para tal fim.

Nesses mesmos dias, Chávez abriu um escritório para as FARC e o ELN no Ministério da Defesa Venezuelano dentro do chamado Fuerte Tiuna. Lá se concretizaram os contatos políticos entre os agrupamentos terroristas, para a ostentada união delitiva contra a Colômbia.

Iván Márquez, Timochenko, Rodrigo Granda e outros cabeças das FARC vivem na Venezuela e possuem passaportes e documentos de identidade dessa nacionalidade com nomes falsos. As FARC e o ELN treinam as milícias bolivarianas de defesa da revolução chavista, grupos delitivos que existem com a cumplicidade dos faltos de caráter, generais e coronéis venezuelanos que convivem com espiões cubanos, oficiais propagandistas de Castro, e milícias paralelas dirigidas desde o Palácio de Miraflores sem controle orgânico dos comandantes das Forças Militares venezuelanas.

A todas estas realidades somam-se os fustigamentos e abertos desafios contra a soberania e integridade colombianas que o governo chavista tem cometido, tais como:

1. Seqüestro e assassinato de um capitão e um cabo colombianos que se encontravam na Venezuela averiguando a localização de um cabeça do ELN

2. Seqüestro e assassinato de dez camponeses colombianos, acusados de ser membros de grupos de auto-defesa ilegal

3. Explosão de pontes fronteiriças

4. Sobrevôo de aeronaves militares venezuelanas em território colombiano

5. Ingresso de membros da Força Armada Venezuelana armados e uniformizados, em diferentes pontos da fronteira colombiana.

É evidente que Chávez procurou acender o pavio a partir de uma destas provocações, pois o Plano Guaicapuro contempla ataques nas fronteiras para recuperar a Guajira colombiana e parte de Arauca que, segundo a constituição bolivariana, pertencem à Venezuela, enquanto que as FARC, reconhecidas como exército revolucionário comunista por todos os governos esquerdistas caviar, atacariam a zona do interior e instalariam um governo revolucionário, reconhecido pelos camaradas da UNASUL, do Foro de São Paulo e das ONG's vinculadas ao Movimento Continental Bolivariano.

Somam-se a isso, descaradas atividades de política partidarista de funcionários diplomáticos venezuelanos com membros do Polo Alternativo Democrático da Colômbia, grupo que conta com a simpatia chavista, e inclusive alguns de seus membros integram o Partido Comunista Clandestino (PC3) das FARC e seu movimento bolivariano [1].

De remate, Chávez e seus subalternos boquirrotos inventaram uma fantasiosa invasão gringa à Venezuela, segundo eles, lançada desde a Colômbia, para assim criticar os convênios militares da Colômbia com os Estados Unidos, justificar a carreira armamentista venezuelana e legitimar antecipadamente a eventual agressão armada contra a Colômbia, segundo Chávez, inimiga acérrima de seu projeto escravagista pró-cubano contra o resto do continente.

Na realidade, o plano militar contra a Colômbia é uma opção que cada dia toma mais força dentro dos cursos de ação do assediado governo pró-terrorista venezuelano. Chávez necessita das FARC e seus sócios instalados no governo da Colômbia. Quer Uribe fora do entorno, necessita de todos os esquerdistas caviar e dos ressentidos como Ernesto Samper ou sua sócia Teodora Bolívar, instalados nos altos níveis governamentais, perto das FARC, do Polo, do Partido Comunista e demais medíocres que venderam a alma ao diabo com o propósito de ter à sua disposição o bolo do orçamento nacional e os cargos públicos para preenchê-los com seus esquerdistas caviar.

Só a atitude prudente do governo colombiano evitou uma guerra à qual, por inoperância da chancelaria e dos corpos diplomáticos colombianos creditados no exterior, não é conhecida nem entendida em outros países do mundo, com exceção dos governos de Lula da Silva, Evo, Ortega, Correa, Mujica, Lugo, a Kirchner e a ditadura cubana, que estão ansiosos para que aconteça esta agressão armada para apoiar as FARC e Chávez na aventura bélica.

Para esse efeito recorreram a todo tipo de trapaças. Desde a astuciosa intenção de utilizar Obama com o imerecido Prêmio Nobel da Paz, ou a manipulação de muitos democratas desinformados a quem os comunistas colombianos e do hemisfério convenceram de que Uribe é um ogro e que alguns sindicalistas farianos mortos eram arcanjos, até as tramas e conchavos com a libertação a conta-gotas dos dirigentes políticos, militares e policiais seqüestrados pelas FARC.

Por essa razão, não é de se estranhar que Chávez tenha dado a Piedad Córdoba milhares de dólares por meio de Monômeros para fazer concertos pela paz, que na prática têm mais fisionomia de concertos pelas FARC. Tampouco é de se estranhar a afinidade ideológica e veemente defesa que a todo momento os jornalistas Botero e Lozano fazem acerca das FARC.

Muito menos se pode estranhar a atitude malévola dos manipuladores de Colombianos pela Paz e a atitude estúpido-funcional de Daniel Samper somada à de outros, como os libertados Sigifredo López, Alan Jara, Luis Eladio Pérez e Clara Rojas, os quais acabam de se lançar na arena política para cumprir o compromisso acordado em cativeiro em troca da propagandística libertação: fazer campanha pelo acordo humanitário e pela legitimação do grupo terrorista.

Entretanto, a TeleSur, que tem mais de "telefarc" do que de noticiário sério, continua a campanha simultânea de propagandismo pró-terrorista com a exaltação dos cabeças das FARC, para quem Chávez pediu em reiteradas ocasiões status de beligerância, além de permitir que forças de segurança venezuelana apóiem as FARC no envio de toneladas de cocaína para a Europa, Estados Unidos e Japão, ao mesmo tempo em que células chavistas criam movimentos políticos subversivos para as próximas eleições em diversos lugares do país.

Em síntese, há um longo somatório de agressões e atitudes hostis do governo chavista contra a Colômbia que comprovam a intencionalidade bélica além da necessidade que Chávez tem de conseguir, por meios sub-reptícios ou abertos, cumprir com a ordem que lhe deu seu cacique Fidel Castro que enviou milhares de comunistas ortodoxos ao território venezuelano, não só para que fortalecesse sua revolução tropical, como para que a estendesse o mais rápido possível à Colômbia, graças à cumplicidade de Rafael Correa e Lula da Silva, e a persistente ação terrorista das FARC contra o povo colombiano.

Nem mais, nem menos. Se um animal caminha como o pato, nada como pato e vive como tal, é um pato. O mesmo se Chávez desatou incontáveis atitudes hostis, se é comunista, se odeia a democracia e a liberdade, se é escravo de Fidel Castro, se apóia as FARC, se conjura com os comunistas criollos contra a Colômbia, se se arma até os dentes, se tem em andamento o Plano Guaicapuro e se ordenou agressões como a explosão das pontes ou os sobrevôos em território colombiano em busca de um incidente, não é porque esteja preparando uma guerra contra a Colômbia. Ele está em guerra contra nosso país e de que maneira!

* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.com

Nota da Tradutora:

[1] Sobre este tema, recomendo o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=A1OzmB5FJQY

Tradução: Graça Salgueiro

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