Mídia Sem Máscara
| 24 Julho 2010
Artigos - Eleições 2010
Articulistas do MSM comentam a decisão do TSE. Klauber Pires pergunta: "afinal, é direito proibir aos candidatos que façam acusações contra seus adversários?" Nivaldo Cordeiro, em vídeo, afirma: "PT ganhou troféu abacaxi da Justiça Eleitoral".
O TSE concedeu direito de resposta ao PT pelas declarações do candidato Índio da Costa, que tem acusado a sigla de manter relações com as Farc, por tomá-las por ofensivas! Ora, ora, para que servem partidos e candidatos?
O site Mobiliza PSDB foi condenado a manter por dez dias(!) a veiculação da resposta a ser produzida pelo PT sobre as acusações de Índio da Costa de que possuem relações com as Farc e com o narcotráfico. A pena normal é de seis dias, mas foi aumentada - pasme, leitor - por conta de acusação semelhante feita em... 2002!
No plano normal de uma justiça "ajuizada", a não ser por mera calúnia, acusações de tal importância, produzidas pelo principal grupo de oposição, deveriam suscitar a investigação tendente a cassar a candidatura do partido acusado, caso comprovadas. No mínimo, a justiça deve deixar as acusações políticas seguirem o rumo do juízo político. Isto significa dizer que uma denúncia pode não ser suficientemente forte no plano judicial, mas pode conter indícios suficientes para convencer a opinião pública.
Com o decreto judicial, o TSE, na prática, está a dizer que os fatos não existem, quando na verdade assomam-se enormemente.
Afinal, é direito proibir aos candidatos que façam acusações contra seus adversários? Pois não afirma a Constituição, em diversos artigos, que os partidos políticos são os principais representantes de nossa democracia? O que devemos esperar? Que um diga que vai construir uma ponte e o outro, um hospital? É isto o que devemos entender por "debate de alto nível"? Dirigir os discursos?
O Sr Índio da Costa tem feito muito bem. As notícias recentes informam que não recuou um milímetro de sua postura, o que pode nos revelar a ascensão de um novo líder nacional. Até mesmo Serra já está (um pouquinho) mais ofensivo; de início, andou balbuciando, dizendo que não era bem assim, quase justificando a relação PT/FARC ao mencionar ridiculamente que a ligação do partido de Lula e da Dilma é só com aquela entidade narcoterrorista e não com o narcotráfico, como se uma coisa pudesse logicamente se separar da outra, mas agora já está pegando, aos poucos, o vácuo do jovem político, e admitindo o que já se tem por amplamente sabido. Pelas leis da física, o esperado é que "serra" faça sombra ao "índio", mas estamos a ver que, no plano político, é o Índio que tem feito sombra a Serra.
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