Mídia Sem Máscara
| 12 Julho 2010
Artigos - Eleições 2010
Ao se observar a estranha seletividade da aplicação da Lei da Ficha Limpa, nota-se que esta é apenas mais uma tática para incriminar opositores ao PT, o partido dos mensaleiros e dos legitimadores políticos do narcotráfico continental. É mais um fruto do aparelhamento das instituições realizado pela quadrilha de Lula e seus lacaios.
Ainda sobre a ficha limpa, assunto que retomo porque confirmam-se nos jornais as expectativas mais óbvias desde que o assunto tomou força a ponto de ter se concretizado em lei. Cadê a turma do mensalão, dos dólares na cueca, das invasões de terras, dos dossiês forjados?
Como eu e poucos previmos, o que o golpe da ficha limpa veio trazer foi uma espécie de dumping eleitoral - uma forma de produzir algum diferencial legal que ponha pra fora os rivais do sistema governista, e isto funciona de tal forma a privilegiar o grupo que detenha o maior poder de denunciar.
Ora, como foi que o PT subiu ao poder? Por meio de eficientíssimos órgãos de inteligência, alimentados por dados trazidos por milhares de militantes infiltrados em todos os órgãos, tais como a Polícia Federal, Receita Federal, Ministério Público, Ministério do Trabalho, Ibama, Incra, Banco Central, enfim, praticamente toda a máquina estatal.
O Intemo ("Inteligência do Movimento", pertencente ao MST), e a inteligência do PT, que restou cunhada como a PTpol, praticamente detêm o monopólio das informações sobre os seus inimigos. Lembram-se do procurador Luís Francisco de Souza, o Torquemada das esquerdas? Não se acomodem pelo seu silêncio, eis que desde 2003 o governo é do PT. Afinal, foi tão diligente que deu na vista. Ferveu o motor. Precisa do merecido repouso.
Porém, ainda há mais sobre o que falar, algo ainda mais poderoso do que a já escandalosa rede de espionagem e atuação movidas com desvio de finalidade: eu falo da capacidade de incriminar o que não é um delito, e de tornar inimputável os mais notórios crimes. Quem possui tal prerrogativa manipula as mentes das pessoas desde cima, detém o efetivo controle sobre a mídia, sobre os promotores públicos, e até sobre os advogados dos acusados.
Querem exemplos? Todas as acusações sobre alegados crimes de ódio, especialmente contra os homossexuais, transformaram-se, de uma hora para outra, em uma espécie de ordem de linchamento, aquela que ninguém sabe dizer de onde veio, mas que todos cumprem. E a tal da lei anti-homofobia nem sequer ainda existe, embora o governo já promova maciça campanha na tv e até mesmo nas escolas públicas. Outra: quando a Anvisa nem sequer havia publicado no DOU a sua tenebrosa RDC nº 24/2010, milhares de empresas já tratavam de ir se ajustando às futuras determinações que ainda estavam na prancheta.
E quanto ao aborto? Quantas clínicas de assassinato de nascituros já foram fechadas nos últimos anos? Quantas mulheres foram presas? Cumpre lembrar o extremo do bizarro, representado por abusiva ordem judicial a proibir o Sr Padre Lodi da Cruz de chamar abortistas de "abortistas".
E quanto às invasões de terras? Em um país em estado de plena sanidade mental, um cidadão não necessitaria entrar com uma ação de reintegração de posse: bastaria chamar a polícia. Invasão que corta cercas, carneia gado alheio, sabota tratores e máquinas, devasta o plantio e toca fogo em armazéns e outras benfeitorias não merece ser chamada de pacífica nem sequer na mente de conquistadores como Gênghis Khan, afinal, mesmo eles reconheciam o que faziam. Mas no Brasil os seus defensores chamam tais terroristas de "movimento social" e dizem-se indignados com a "criminalização" dos seus atos.
No Pará e no Paraná, a governadora Ana Júlia Carepa e o governador Roberto Requião têm sistematicamente desobedecido às ordens judiciais de reintegrações de posse. Pois pergunto: Estão, por acaso, alistados como inelegíveis por causa disto?
Resumindo: para um partido ou corrente ideológica que pode dizer o que é legal e o que não é, mesmo que constitua um crime, ou que, respectivamente, não o seja, e que possui em suas mãos todos os instrumentos para levantar dados contra seus opositores (mesmo que tais informações, formalmente, não os incriminem), a ficha-limpa é notoriamente o instrumento de aniquilação da oposição por via da capa preta. Destes, nem podemos dizer que se acham "acima" da lei: eles são a lei!
Olhem que estou dando exemplos notórios, tirados à vista grossa. Afinal, quando vêm à tona notícias como as que a CGU vinha selecionando por amostragem os municípios a serem auditados, e por "suprema coincidência", nunca eram do PT, é porque estamos vendo somente o cimo do iceberg...
Denunciar esta manobra é, sem dúvida, uma tarefa inglória, vez que até muitos famosos formadores de opinião que se situam como de direita aplaudem a nova lei. Todavia, precisamos persistir. No mínimo, para questionar por que a turma que instaurou o maior esquema de corrupção já havido no país nem sequer está na lanterna de tal lista.
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