Mídia Sem Máscara
| 06 Julho 2010
Internacional - América Latina
Quando, em algum momento, o Brasil inteiro se moveu para organizar uma marcha - ou qualquer outra manifestação pública - em apoio ou agradecimento a algum presidente?
Hoje (4, domingo) a Colômbia fez uma grande marcha de despedida ao presidente Álvaro Uribe, aproveitando que é seu aniversário mas, além disso, para agradecer-lhe pelos 8 anos do mais próspero, digno e valoroso governo de toda a história republicana do país. Quero juntar-me a essa comemoração, mesmo que em espírito e coração, mas minha vontade era mesmo de estar lá, para cumprimentá-lo pessoalmente - coisa que não foi possível em minha rápida estada de uma semana - e agradecer a derrota militar das FARC que, embora os brasileiros não valorizem e torçam o nariz cada vez que falo disso, nos diz respeito muito diretamente. Cada golpe dado às FARC significa menos drogas no mercado brasileiro a matar milhares de nossos jovens a cada dia, mas a maioria dos brasileiros não consegue enxergar isso.
Como muitos sabem, estudo o movimento terrorista na América Latina e Caribe há 10 anos, mas é muito diferente você conhecer coisas baseadas em documentos e estar presente onde os fatos acontecem. Nunca vou poder esquecer minha experiência na Colômbia e hoje, como parte de minha homenagem a este homem simples, humilde e pequenino em estatura mas gigante como pessoa humana e governante, volto a falar um pouco do que vivi lá, atendendo solicitação de um grande amigo.
Uma das coisas que mais nos impressionou (a mim, Olavo, Roxane e Silvio), foi a qualidade humana dos colombianos. Mesmo envergonhados, não podíamos deixar de fazer essa comparação a todo o momento, pois além da alegria estampada naqueles sorrisos francos, há uma humanidade autêntica naquela gente. A gentileza, a solidariedade, a humildade sem afetação, a cordialidade que sempre nos dispensaram pessoas de todos os níveis, contrastava dramaticamente com a arrogância do brasileiro que crê poder dar "opinião" sobre qualquer assunto, principalmente aqueles que desconhece por completo e que jamais estudou a sério uma linha sequer.
Quando comecei a falar sobre minha experiência na Colômbia, aqui no Notalatina, recebi montanhas de insultos (um dos quais publiquei em outra edição) e um sentimento que é bem característico do brasileiro que é a mesquinhez, somada à inveja, onde muitos perguntavam se eu ainda era brasileira por enaltecer valores de outro povo que não o nosso. Continuo tão brasileira quanto sempre fui, e é exatamente por isso, e pelo meu patriotismo que não é de ocasião, que denuncio o que se passa a nosso redor com tanta ênfase, preocupação e seriedade. Lembro de quando criei este blog e que falava de Cuba e da Venezuela de Chávez (quem quiser conferir basta buscar os arquivos de 2002 e posteriores) e me xingavam de tudo quanto é asneira. Não viam, os insanos, que ao me preocupar com o que sofre o povo cubano a pé eu os estava alertando sobre o que poderia nos acontecer; o mesmo com relação ao governo tirano de Chávez. Hoje, até os jornais mais esquerdosos fazem estas denúncias, só que com quase uma década de atraso e muita gente divulga muito alarmada como se fosse novidade de primeira mão. Se tivessem acreditado quando Olavo e depois eu denunciávamos o Foro de São Paulo, este elemento que hoje governa o Brasil não teria se elegido nunca!
Essa é a diferença mais gritante entre Brasil e Colômbia. Vi por onde andei, nas ruas, em taxis, em locais refinados como o Clube El Nogal, em associações, cafés, restaurantes, o amor e carinho que as pessoas têm pelo presidente Uribe, pois ele devolveu ao povo a tranqüilidade e a segurança, o turismo, a confiança nos investidores estrangeiros. O olhar das pessoas se ilumina quando se fala em Uribe, pois todos têm um motivo para admirá-lo a lhe querer bem. Todo mundo tem um parente que já foi vítima da crueldade das FARC, a quem eles odeiam com a mesma intensidade que amam seu presidente que deu o maior impulso para acabar com esta guerrilha assassina. Promessa cumprida!
Pergunto aos meus leitores: quando, em algum momento, o Brasil inteiro se moveu para organizar uma marcha - ou qualquer outra manifestação pública - em apoio ou agradecimento a algum presidente? Não tenho conhecimento de nenhum e se alguém souber, por favor me informe. O único gesto de aprovação de que tenho notícia ocorreu com o presidente Médici, que foi ovacionado no Maracanã, onde ele costumava ir assistir jogos. Mas aquilo foi uma vez e de modo espontâneo, não um movimento organizado e que ganha corpo e adeptos no país inteiro. Tentem imaginar um movimento assim com o atual presidente - me recuso a escrever seu nome: como seria a "marcha em agradecimento pelos seus 8 anos de governo"? Seria um mar de bandeiras vermelhas de militantes que comparecem por dinheiro e em troca de alguma coisa! DUVIDO que os brasileiros saíssem às ruas num domingo ao meio-dia (como foi na Colômbia), DE GRAÇA E POR AMOR AO SEU PRESIDENTE, para agradecer pelo magnífico governo que ele fez!
Então, isso é uma das coisas que me chamou a atenção naquele povo que é patriota autêntico, que não pára o país por causa de um jogo de futebol mas é capaz de parar onde estiver para aplaudir suas Forças Militares e se emocionar com mais uma libertação de algum seqüestrado das FARC. Que pára, onde estiver, se Uribe aparecer para fazer algum pronunciamento, porque eles sabem que quando ele faz isso é por um motivo sério e que lhes diz respeito, não para anunciar mais uma inauguração fantasma de alguma obra milionária que não fica pronta nunca. Em fevereiro de 2008 o país inteiro foi às ruas dizer um rotundo NÃO! às FARC, porque eles estão unidos em um projeto de país que seja bom para todos, e nisso as malditas FARC não estão incluídas.
Os presidentes anteriores a Uribe foram débeis, alguns deles financiados por narcos e outros populistas que aceitavam acordos inaceitáveis com as FARC que, em vez de debilitá-las, fortaleceu-as mais do que nunca. Mas Uribe é perfeito? Obviamente que a resposta é não. Ele tem seus defeitos e cometeu muitos em suas duas administrações, mas suas qualidades são maiores e predominantes em seu caráter. Considero um dos grandes erros de sua administração ter cedido aos pedidos suspeitíssimos de Nicolás Sarkozy, de libertar Rodrigo Granda, um dos importantes membros do Secretariado das FARC. Se ele tivesse ouvido a voz do seu coração e da razão, jamais teria tomado aquela atitude.
Uribe é popular e não populista. Ouve seu povo, suas queixas e tentou oferecer o melhor para seu país e seus compatriotas. Por isso sua aprovação ultrapassa os 80% - DE FATO - e não em pesquisas selecionadas como ocorre no Brasil.
E a melhor maneira de se conferir o quanto os colombianos amam seu presidente, é ver os dois vídeos que publico abaixo e a
música que foi composta especialmente para o evento.
Como não recebei procuração de ninguém, falo apenas em meu nome: obrigada, presidente Uribe, por todo seu empenho e coragem em liquidar com as FARC e demais bandos terroristas que açoitam todo o nosso continente, por valorizar suas Forças Militares, uma das cinco melhores do mundo, e devolver a paz e a segurança à Colômbia! Felicito-o pelos seus 58 anos de vida e que Deus multiplique seus dias em bênçãos, proteja-o de todo o mal, fortaleça-o na Fé e na coragem. Parabéns, presidente Uribe!
Gostaria de publicar nesta edição as fotos do evento mas, como até agora não recebi, deixo-os com os dois vídeos e a música feita especialmente para esta comemoração. Fiquem com Deus e até a próxima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário