domingo, 20 de março de 2011

Uma prece para a família Fogel

Mídia Sem Máscara

Bruno Pontes | 18 Março 2011
Artigos - Desinformação

Assim como os foguetes da jihad explodem em solo hebreu sem comover as redações, nenhum jornal grande do Brasil destacou o massacre.

O casal Udi e Ruth Fogel e três de seus seis filhos (Yoav, 11 anos; Elad, 4 anos; e a bebezinha Hadas, três meses de idade) foram mortos a facadas na madrugada do último sábado, no assentamento de Itamar, na Samaria.

O assassino, ainda não identificado, rompeu a cerca de proteção do assentamento e invadiu a residência. As três outras filhas do casal, também menores de idade, conseguiram escapar para uma casa vizinha. As vítimas foram esfaqueadas quando dormiam, no Shabat. A Brigada de Mártires Al Aqsa, braço armado do Fatah, assumiu responsabilidade pelos assassinatos, aos quais chamou uma operação "heróica" que representa "uma resposta natural aos massacres cometidos pela ocupação contra nosso povo na Faixa de Gaza e na Cisjordânia". O Hamas também viu heroísmo no esfaqueamento. Moradores de Gaza comemoraram a chacina distribuindo doces na rua. Ao entrarem no quarto de Yoav, policiais e médicos depararam com uma oração gravada num quadro de madeira colocado sobre a cama onde o menino de 11 anos jazia.

Lia-se isto:


Que seja Tua vontade, S´nhor D´us e D´us dos meus antepassados,

Que eu ame a todos em Israel como a mim mesmo, e

Graciosamente execute o mandamento de amar seu vizinho como a si mesmo.

E que também seja Tua vontade, S´nhor D´us e D´us dos meus antepassados,

Que você induza os corações dos meus amigos e vizinhos para que me amem calorosamente, e

Que eu seja aceito e benquisto por todos, e

Que eu seja amável e agradável, e

Que eu seja gracioso e misericordioso aos olhos de todos que me vêem.

Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem.

E tudo pelo Céu, para fazer a Tua vontade,

Amém.


Sob essa prece Yoav foi morto a facadas, e seus irmãos Elad, de 4 anos, e a pequenina Hadas, de três meses, e seus pais. Assim como os foguetes da jihad explodem em solo hebreu sem comover as redações, nenhum jornal grande do Brasil destacou o massacre. Mas no minuto em que Israel liberar a construção de mais algumas casas na margem ocidental, a imprensa dirá, assessorando o terror islâmico, que Israel atrapalha a paz. E o assassino da família Fogel batizará alguma praça inaugurada pela Autoridade Palestina.

***
Familiares dos Fogel decidiram tornar públicas as fotos dos cadáveres, quebrando uma tradição daquele povo, para mostrar ao mundo a barbárie de que os judeus são vítimas. Preferi não colocar as imagens aqui. Se quiser vê-las, visite esta página.

Publicado no jornal O Estado.

Bruno Pontes é jornalista - http://brunopontes.blogspot.com

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