Mídia Sem Máscara
| 15 Março 2011
Internacional - Europa
Mélenchon é o novo bufão da política francesa. O homem irrita-se e arrota insultos a torto e a direito, na sua qualidade de guru de uma nova seita que fundou e batizou, com muito pouca imaginação, como "Partido de Esquerda".
Furioso porque o ex-presidente Álvaro Uribe foi nomeado professor da Universidade de Metz (França) e já deu com notável êxito, na semana passada, sua primeira conferência sobre o desenvolvimento econômico latino-americano, o porta-voz do chavismo na França, Jean-Luc Mélenchon, lançou uma campanha de calúnias contra o ex-mandatário colombiano e contra a citada universidade.
Mélenchon é um politiqueiro brutal que foi vários anos um submarino trotskista no partido socialista, para finalmente se fazer eleger como euro-deputado. Anti-liberal, anti-capitalista e violentamente anti-Sarkozy, ele agora quer declarar o ex-presidente Uribe como "persona non grata" na França. Entretanto, nenhuma personalidade política quis apoiar essa triste campanha, salvo um punhado de agitadores verde-comunistas.
Um destes, Yves Cochet, lançou uma fatwa contra Uribe que mostra a aparência facho-xenófoba desse grupelho. "Deve-se impedir [a Uribe] sua instalação na França para que se retire para não sei onde, porém não na França e muito menos como professor de universidade".
Entretanto, esses politiqueiros sem futuro não têm nenhum direito a se imiscuir na educação superior, nem a exercer pressões contra o recrutamento dos professores universitários. Os fundamentos essenciais da liberdade de ensino na França são ameaçados por eles.
Para intoxicar os meios de comunicação e a opinião pública, empregam as mentiras mais descaradas. A respeito do governo do ex-presidente Uribe dizem que foi "autoritário". Falso. O governo de Uribe foi, pelo contrário, respeitoso e protetor da ordem jurídica. Nenhum membro da oposição foi detido, a imprensa jamais foi censurada, nenhum sindicato foi dissolvido e respeitou até ao excesso os outros poderes.
Mélenchon não aceita que Uribe tenha sido eleito duas vezes pelos colombianos, que tenha conseguido a desmobilização de 35 mil para-militares de extrema-direita e obrigado ao bando narco-terrorista de extrema esquerda FARC a bater em retirada e se refugiar na Venezuela e Equador. Mélenchon trata de fazer passar como "3.000 vítimas civis" as baixas sofridas em combate pelas FARC nos últimos anos.
Mélenchon é o novo bufão da política francesa. O homem irrita-se e arrota insultos a torto e a direito, na sua qualidade de guru de uma nova seita que fundou e batizou, com muito pouca imaginação, como "Partido de Esquerda".
Jornalistas de renome como Jean-Marc Sylvestre, David Pujadas, Anne-Sophie Lapix, Laurence Ferrari, Arlette Chabot, Michel Denisot, Marc-Olivier Fogiel e Nicolas Demorand sofreram seus vexames. Nem sequer um jovem estudante de jornalismo escapou de sua língua viperina. Detestado por seus freqüentes altercados com todo o mundo, um canal de televisão lhe inventou uma marionete que o ridiculariza ao fundo.
Esse é o homem que quer expulsar da França o ex-presidente Uribe.
O pobre Mélenchon não pode fazer outra coisa. Como bom palhaço chavista, ele nega-se a dizer que Cuba vive sob uma ditadura. O tipo quer abolir a Constituição francesa e impor outra, de corte chavista, mediante uma Assembléia Constituinte. Quer também desmantelar a União Européia e inventar um aparato estilo UNASUL, que leve o Velho Continente ao desastre.
Ele escreve tudo isso em um panfleto intitulado "Qu'ils s'en aillent tous!" (Que se vão todos!). Inútil buscar argumentos ali, raciocínios. Esse texto é o grau zero da reflexão política. É um ventilador de injúrias: contra os Estados Unidos, contra o livre mercado, contra a social-democracia, contra os democratas cristãos, contra os bancos, contra "o câncer da Europa liberal", contra as relações entre franceses e alemães. Mélenchon usa a técnica stalinista de animalizar seus adversários e inimigos. Todos são transformados em chulos, tubarões, vermes, galinhas. Muitos o vêem como um indivíduo patético animado pelo ódio.
Tradução: Graça Salgueiro
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