quarta-feira, 5 de outubro de 2011

As reuniões secretas entre a equipe de Petro e o PSUV

Mídia Sem Máscara

O tráfico de eleitores com duplas identidades da Venezuela para a Colômbia foi uma das ações planejadas por lacaios de Hugo Chávez e líderes da esquerda colombiana, que foram filmados premeditando seus crimes eleitorais. Tudo pelo cumprimento dos planos do Foro de São Paulo.

Há alguns dias anunciamos que em uma viagem relâmpago que fizemos a Ureña, nos entregaram uns vídeos onde se vê claramente a equipe de Gustavo Petro reunida com o prefeito de Ureña, e outro vídeo onde a mesma equipe de Petro está reunida com militantes do PSUV, membros do PC, do Polo[1], simpatizantes das FARC e da revolução bolivariana.

Uma parte desses vídeos foi entregue a El Tiempo, há cerca de um ano, porém este jornal capitalino editou o que não convinha “à causa” socialista e publicou uma pequena parte da entrevista dos enviados de Petro com o prefeito de Ureña, onde parecia que estiveram falando de coisas triviais.

Entretanto, Periodismo Sin Fronteras tem a totalidade do material e dessa maneira o apresentamos. Nestes vídeos fala-se claramente das afinidades ideológicas entre Petro (Polo) e a revolução chavista, fala-se da necessidade de unir esforços contra a “direita” colombiana à qual - dizem - não vencerá as eleições se a esquerda colombiana não se unir e não receber ajuda dos governos da Venezuela e do Equador.

Nesta primeira edição mostraremos a reunião que houve antes das eleições de março de 2010, entre os emissários de Gustavo Petro, que comandava as eleições para a presidência da Colômbia pelo Polo Democratico, e membros do PSUV, do governo de Chávez, em especial do estado Táchira, de filiação chavista e da própria prefeitura de Ureña.

A essa reunião assistiram, entre outros, o então candidato do Polo à Câmara de Representantes pelo exterior, Mauricio Trujillo Uribe, o deputado pelo Norte de Santander, Ramón Elí Támara Rivera, e Elsa Mireya Sierra, membro do Polo Democratico e do PSUV - ao mesmo tempo -, também coordenadora da organização política bolivariana “Batalhão Mercedes Abrego” em Ureña, e ainda membro da “Associação Cívica de Mulheres com Petro”.

Nesta primeira parte mostra-se como o prefeito encarregado de Ureña diz que apóia Petro e o Polo, devido a que há uma linha ideológica comum e que são afins com Chávez. A reunião gira especificamente sobre o pedido de ajuda que Mauricio Trujillo - o petrista que aspirava a Câmara Internacional - faz, apoio que deve se tornar extensivo nesse 11 de março de 2010 à candidata Gloria Flórez, para o Parlamento Andino, que “tem boas relações com o processo bolivariano”. Também pede-se apoio para o então candidato ao Senado e presidente do sindicato do magistério, FECODE, e também petrista do Polo, Jorge Eliécer Guevara. Os petristas pedem ajuda ao prefeito de Ureña para reunir colombianos na Venezuela que apóiem os candidatos do Polo. O prefeito assegura que devido à linha ideológica entre o Polo e o PSUV, será fácil ordenar que se vote neles. Planejam uma nova reunião e Mireya Sierra, membro do PSUV e da Associação de Mulheres Cívicas com Petro, diz que para essa nova reunião “viríamos os três: a candidata para o Parlamento Andino, o senador e eu”.

Na segunda parte veremos os mesmos personagens petristas do Polo com o assessor de imprensa chavista em Ureña e outras cidades do estado Táchira. Saúdam-se com “Olá, Camarada”, fazem acordos para que as pessoas que têm dupla identidade (colombiana e venezuelana?) que estejam vivendo no estado e em toda a Venezuela apóiem os candidatos do Polo, já que eles são afins ao governo da revolução chavista. Marcam-se as reuniões para que se convidem líderes. Mauricio Trujillo diz que na Venezuela podem ajudá-lo nas três cadeiras: Senado, Câmara no exterior e no Parlamento Andino, que é Gloria Flórez. Menciona-se que pode-se aproveitar o velho costume que há entre os camaradas de ambos os países. O assessor chavista diz:

“Quando há eleições aqui (Venezuela) vem muito camarada colombiano que tem identidade venezuelana e que inscrevemos em qualquer escola daqui. Do mesmo modo ocorre lá: há muito colombiano ou venezuelano que tem identidade colombiana e que vivem aqui (Venezuela) e eles já sabem onde é que têm que ir votar lá”.

Depois diz que deve-se montar umas vinhetas na rádio e publicidade na TV venezuelana para anunciar o apoio do governo revolucionário aos candidatos do Polo, encabeçado por Petro. Para reafirmar seu poder de “persuasão”, diz que o que se ordena desde a prefeitura em Ureña é lei para as pessoas que vivem lá, assim que o respaldo será muito efetivo.

Ele lembra que uma das chaves do êxito da revolução é a sujeição e a obediência, e “aqui são muito obedientes”, conta rindo. Fala da dupla identidade de mais de cinco mil pessoas, enquanto que Mireya Sierra, que está de calça branca e blusa vermelha, está feliz com a diligência. É importante lembrar que ela pertence ao Polo Democratico e ao PSUV - ao mesmo tempo -, e também é coordenadora da organização política bolivariana “Batalhão Mercedes Abrego” em Ureña, e membro da “Associação Cívica de Mulheres com Petro”.

Na próxima edição veremos as duas outras partes desta interessante reunião entre os emissários de Gustavo Petro Urrego, hoje candidato à Prefeitura de Bogotá, o governo chavista e outros delegados do PSUV. Isto é apenas um aperitivo. Temos outro vídeo de uma reunião secreta entre delegados de Petro, do PSUV, membros do “Batalhão Mercedes Abrego”, membros do Partido Liberal, do Polo. Todos conspirando contra a “direita” colombiana, contra o governo de Uribe, dando instruções para apoiar e ser apoiados por Chávez.

Penso que não é demais lembrar aos colombianos que a procura de apoio de governos ou cidadãos estrangeiros para as eleições internas da Colômbia é um delito. Por que não se investigou isto?

Pois, pela mesma razão que não se investigam as relações e nexos de magistrados, juízes, promotores e políticos com narcos e guerrilheiros. E pela mesma razão que usam o sindicato de professores, FECODE, para apoiar os candidatos da revolução comunista na Colômbia. Ninguém protesta porque o presidente do sindicato dos professores - que são os que controlam a educação pública e os que se encarregam da educação de nossos filhos - tem nexos com o socialismo bolivariano.

Pobre Colômbia! Pobre Bogotá!

Nota da tradutora:

[1] Polo Democratico Alternativo, partido de corte comunista, membro do Foro de São Paulo, conformado em sua maioria por “ex” terroristas do M-19, aqueles mesmos que assaltaram o Palácio da Justiça em 6 e 7 de novembro de 1985, e que agora acusam o Cel Plazas Vega de haver “desaparecido” pessoas que eles assassinaram.

Tradução: Graça Salgueiro

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