quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tributo a um déspota

Mídia Sem Máscara

Assim, o ditador soviético, de modo espontâneo, simplesmente decidiu libertar os prisioneiros do império soviético. Claro, e eu sou o papa.

O dia de ontem, 9 de novembro, marcou o vigésimo aniversário da queda do Muro de Berlim. Esse acontecimento foi tão importante para o século XX quanto a vitória sobre a Alemanha e o Japão. Na verdade, provavelmente foi mais importante, já que o nazismo não foi uma ideologia com centenas de milhões de seguidores no Ocidente e por todo o mundo livre como foi o comunismo.

Dentre esses seguidores estão os editores de The Nation,os quais abriram a edição de aniversário, na lisonjeira entrevista com o último ditador soviético, Mikhail Gorbachev, com estas estúpidas, porém igualmente sinistras, observações:

"Acontecimentos históricos geram mitos históricos rapidamente. Nos Estados Unidos, diz-se que a queda do muro de Berlim e o fim da divisão da Europa foram causados por uma revolução democrática no leste europeu ou pelo poder americano, ou por ambos."

Então, de acordo com The Nation (na verdade, de acordo com Katrina vanden Heuvel e seu marido, os quais conduziram a entrevista), a revolução de veludo dos tchecos, o movimento Solidariedade da Polônia, Ronald Reagan e Margaret Thatcher, a expansão do poderio militar americano, a OTAN, os guerreiros anti-comunistas da Guerra Fria e os quarenta anos de contenção de um poder totalitário expansionista nada tiveram que ver com o colapso e a frustração dos planos do poder soviético, com o fim da Guerra Fria e a libertação de mais de um bilhão de pessoas das garras da pior tirania da história. Em vez disso, de acordo com The Nation, o herói da história é um comunista. Ao contrário do que narram os mitos inventados pelas democracias ocidentais, é o ditador Mikhail Gorbachev - um homem cuja agenda, por ele mesmo descrita, era "salvar o comunismo" (com cujos crimes monstruosos ele estava unido por conluio) - quem devemos considerar como o herói da época.

E caso você não tenha registrado essa informação, os editores do The Nation a explicam tim-tim por tim-tim:

"Com o vigésimo aniversário da queda do Muro de Berlim se aproximando, acreditamos que o líder que foi o maior responsável por esse acontecimento deveria ser ouvido, em seus próprios termos, nos Estados Unidos."

Assim, o ditador soviético, de modo espontâneo, simplesmente decidiu libertar os prisioneiros do império soviético.

Claro, e eu sou o papa.

Mas é claro que isso não é brincadeira nenhuma. O profundo ódio do The Nation pelos Estados Unidos, pelas suas instituições e, sobretudo, pelas suas liberdades, está aqui bem à mostra e ressalta por que o The Nation também está na linha de frente do movimento pelo desarmamento dos Estados Unidos a despeito dos inimigos islamitas, pelo enfraquecimento do sistema de segurança, e pela entrega dos americanos à mercê dos soldados de Allah.

David Horowitz é editor da FrontPage Magazine, e também escreve para os sites Newsmax e Jewish World Review.

Fonte: blog de David Horowitz: http://newsrealblog.com/2009/11/09/the-nation-celebrates-the-fall-of-communism-by-celebrating-communism/

Tradução: Alessandro Cota

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