Mídia Sem Máscara
| 04 Novembro 2009
Artigos - Direito
O único tipo de analfabetismo que o Estado não permite na escola é o analfabetismo sexual e marxista. Nesses dois pontos, os alunos brasileiros tirariam dez ou mais em qualquer teste nacional e internacional.
Foi aprovada de forma conclusiva no Senado Federal, em 28 de outubro de 2009, a PEC 96A/03, que aumenta o orçamento para educação. A votação teve a presença de 52 senadores, e todos sem exceção votaram a favor do aumento do orçamento - um aumento que implicará mais sacrifícios do bolso do trabalhador brasileiro para a interminável sede de impostos do governo.
Mas não é só no bolso que o brasileiro será atingido. A PEC (que significa Proposta de Emenda à Constituição) torna, conforme informou o jornal esquerdista Folha de S. Paulo, "obrigatório o ensino para crianças e jovens de 4 a 17 anos. Hoje, a obrigatoriedade abrange a faixa etária de 6 a 14 anos. Com isso, seriam acrescentados dois anos da pré-escola e o ensino médio".
Foi muito fácil aprovar a redução da idade para o ensino obrigatório, pois ninguém suspeitou que uma medida insípida sobre orçamento carregava uma armadilha para todas as famílias do Brasil. A PEC sobre orçamento, que já havia sido aprovada na Câmara dos Deputados (onde recebeu o enxerto da institucionalização forçada das crianças de 4 anos), foi o cavalo-de-tróia do governo para capturar as crianças, arrancando-as mais cedo da esfera de seus pais e ferindo diretamente a autoridade dos pais.
Quando for promulgada em breve, essa PEC fará a Constituição "matar dois coelhos numa só cajadada", obrigando os cidadãos a entregar mais de seu dinheiro para o Estado piranha e obrigando-os a entregar seus filhos mais cedo para o controle estatal disfarçado de "educação gratuita".
Essa é a segunda vitória de Lula na área da educação. A primeira foi quando seu governo abaixou, sem nenhuma oposição, a idade de obrigatoriedade para 6 anos. O que essa obrigatoriedade fará é dar para as crianças de 4 anos o que as crianças de 6 anos em diante já estão recebendo do Estado.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, "um estudo preparado pelo Instituto de Estatísticas e Pesquisas Educacionais (Inep), ligado ao Ministério da Educação, revelou oficialmente que um terço das crianças brasileiras matriculadas na 4ª série do ensino fundamental não sabe nem sequer o que deveriam ter aprendido ao final do 1º ano de escola".
Segundo o IBGE, o Brasil tem 2,1 milhões de alunos entre 7 e 14 anos que são analfabetos. Isto é, são crianças que vão para a escola para aprender - mas não estão aprendendo. Pelo menos, não estão aprendendo o que os pais gostariam que elas aprendessem: ler, escrever, etc.
O único tipo de analfabetismo que o Estado não permite na escola é o analfabetismo sexual e marxista. Nesses dois pontos, os alunos brasileiros tirariam dez ou mais em qualquer teste nacional e internacional.
Além da péssima educação essencial e da predominante socialização sexual, há a "socialização aos ponta-pés": um estudo revela que 66% dos alunos do ensino fundamental e médio já se envolveram em ato de violência.
As duas principais características de uma educação excelente são qualidade e liberdade. Evidentemente, as famílias têm o maior interesse em que seus filhos tenham uma educação com essas características.
Contudo, o controle sobre indivíduos requerer que a qualidade e a liberdade sejam descartadas e sacrificadas em troca da doutrinação compulsória. Para um Estado sob possessão socialista, não importa que os alunos de escolas não estejam aprendendo a ler e escrever satisfatoriamente. O que importa é distanciar as crianças da esfera dos pais, sua autoridade e seus valores a fim de doutriná-las diretamente nos interesses estatais.
Essa doutrinação é realidade comprovada em todo o Brasil. Em matéria longa sobre as escolas brasileiras, a revista Veja de 20/08/2008 fez as seguintes constatações:
* Uma tendência prevalente entre os professores brasileiros de esquerdizar a cabeça das crianças.
* A doutrinação esquerdista é predominante em todo o sistema escolar privado e particular. É algo que os professores levam mais a sério do que o ensino das matérias em classe, conforme revela a pesquisa CNT/Sensus encomendada por VEJA.
* É embaraçoso que o marxismo-leninismo sobreviva apenas em Cuba, na Coréia do Norte e nas salas de aula de escolas brasileiras.
* A pesquisa CNT/Sensus ouviu 3 000 pessoas de 24 estados brasileiros, entre pais, alunos e professores de escolas públicas e particulares. Sua conclusão nesse particular é espantosa. Os pais (61%) sabem que os professores fazem discursos politicamente engajados em sala de aula e acham isso normal. Os professores, em maior proporção, reconhecem que doutrinam mesmo as crianças e acham que isso é sua missão principal - algo muito mais vital do que ensinar a interpretar um texto ou ser um bamba em matemática. Para 78% dos professores, o discurso engajado faz sentido, uma vez que atribuem à escola, antes de tudo, a função de "formar cidadãos" - à frente de "ensinar a matéria".
* Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo.
Essa realidade das escolas do Brasil está em perfeita sintonia com as políticas do governo, cuja preocupação não é a qualidade nem a liberdade, mas exclusivamente o controle educacional das crianças. Essa realidade faz com que o Brasil se pareça mais com a China comunista, onde crianças de 4 anos são obrigadas a ir para a escola apenas para receber doutrinação estatal. Aliás, de acordo com a Folha de S. Paulo, o Brasil e a China anunciaram recentemente a "criação de um plano quinquenal de metas, aos moldes dos adotados pelo regime comunista chinês, para criar uma pauta comum na área da educação".
Se a meta é controlar as crianças de 4 anos, ninguém melhor do que a China para ajudar o Estado brasileiro.
O socialismo não tolera uma Constituição que garanta os direitos das famílias de escolher livremente uma educação de qualidade para seus filhos. O ideal socialista exige que em vez de garantir os direitos naturais dos pais, a Constituição seja alterada para proteger os caprichos ideológicos do Estado. Quando essas alterações fundamentais ocorrem, todas as coisas são possíveis para o Estado.
Portanto, não é de surpreender a aprovação da PEC para impor a escravidão educacional de todas as crianças do Brasil a partir de 4 anos. E também não é de admirar que o Ministério da Educação do governo Lula tenha recentemente declarado que a educação domiciliar é inconstitucional. Tudo do jeito que a China gosta - e não muito diferente do nazismo.
Em 1937, o ditador Adolf Hitler, líder do Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista (mais conhecido como Partido Nazista), declarou: "As crianças de hoje sempre serão os adultos do futuro. Por esse motivo, colocamos diante de nós a tarefa de inocular nossas crianças com o espírito de sociabilização em idade bem nova, numa idade em que os seres humanos são ainda inocentes e portanto estão ainda intactos. O governo nazista tem as crianças como sua base e está se construindo para o futuro nessa base. E o governo nazista não dará suas crianças a ninguém, mas assumirá o controle delas e dará a elas a própria educação e a própria criação do governo".
Em 1938, Hitler tirou dos pais alemães o direito de decidirem livremente a educação de seus filhos, proibindo oficialmente a educação escolar em casa. O próprio Hitler explica o motivo por que ele queria as crianças obrigatoriamente nas escolas:
Quando um inimigo declara, "Não passarei para o seu lado", eu digo calmamente, "Seu filho já pertence a nós... O que é você? Você passará. Mas seus descendentes agora estão na esfera do nosso partido. Em pouco tempo eles só conhecerão essa nova identidade".
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