quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Colômbia: por um referendo para abolir a atual Suprema Corte

Mídia Sem Máscara

É necessário organizar um referendo para eliminar a atual Corte Suprema de Justiça, a qual está mais do que nunca nas mãos da máfia e das FARC.

Não me corresponde dizer aos colombianos o que eles têm que fazer. Entretanto, não vejo como redes sociais colombianas de Facebook, que conseguiram organizar a maior mobilização popular contra o terrorismo das FARC em fevereiro de 2008, possam se abster agora de organizar uma nova iniciativa consistente em organizar um referendo que vote pelo desmantelamento da atual Corte Suprema de Justiça (CSJ).

Os oito anos de incessante luta liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe (2002-2010) contra os assassinos das FARC, derrubou-se como um castelo de cartas com a confirmação que a CSJ acaba de fazer, no sentido de que os arquivos encontrados nos computadores de “Raúl Reyes”, o ex-número dois das FARC, morto em 1 de março de 2008, apesar da validação de seu conteúdo que a Interpol havia feito, não têm valor probatório para inculpar os cúmplices dos terroristas.

Essa decisão permitirá a todos os cúmplices das FARC na Colômbia, no mais alto nível, não só escapar da justiça, como também iniciar processos contra o Estado colombiano e exigir descomunais reparações econômicas.

Esse já é o caso do ex-deputado Wilson Borja, um agente das FARC. Processado por sua cumplicidade ativa com a guerrilha, graças aos dados encontrados nos arquivos de “Raúl Reyes”, seu processo foi arquivado abruptamente pela CSJ. Essa entidade corrompida até a medula, justificou tal decisão “pela ausência do protocolo necessário, como a presença de agentes da polícia judicial da Colômbia e do Equador no acampamento de Raúl Reyes”, no momento do ataque militar colombiano contra o acampamento do chefe terrorista.

Quem viu a Corte Suprema dos Estados Unidos questionar o ataque mortal contra o terrorista Bin Laden realizado por forças especiais dos Estados Unidos, e seguido pela captura de vídeos, sem a presença de um funcionário da polícia judicial ou de um promotor?

No caso colombiano, a Operação Fênix contra “Raúl Reyes” não poderia ter sido realizada se Bogotá tivesse convidado a polícia judicial equatoriana para subir a bordo dos helicópteros de combate da Colômbia, pois tudo indica que o governo equatoriano era nesse momento cúmplice da manutenção das FARC no Equador. O acampamento de “Raúl Reyes” estava a menos de dois quilômetros dentro do Equador, muito próximo da fronteira com a Colômbia.

Se o povo colombiano não reagir exigindo a abolição dessa Corte Suprema de Justiça mediante um referendo, não só Wilson Borja, senão amanhã a ativista das FARC Piedad Córdoba, expulsa de sua cadeira no Senado graças às provas encontradas nos computadores de “Raúl Reyes”, e todos os outros cúmplices dos massacradores, poderão recuperar suas posições e ganhar, em vez da cela da prisão que merecem, milhares de milhões de pesos, quer dizer, milhões de dólares, às custas das vítimas do terrorismo.



Fonte:

Blog Un journalisme d’investigación, Paris - Traduzido do francês por Colombian News.

Tradução para o português: Graça Salgueiro

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