quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Honduras: fim do mundo em 2012?

Mídia Sem Máscara

Escrito por Eloy Page | 25 Agosto 2011
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo

Eloy Page conta um pouco do que Porfírio Lobo - convertido num mero funcionário de Hugo Chávez e do Foro de São Paulo - , está fazendo em Honduras.

Entendo perfeitamente que os astecas, maias, cartomantes, adivinhos, agoureiros e até modernos líderes de igrejas tenha predito que o fim do mundo vai acontecer no ano 2012. O que definitivamente não entendo é por que nosso governo se empenhou em fazer do nosso país um simulacro do que acontecerá nesse momento.

Neste simulacro do fim do mundo, este governo tem dado mostras de um caminhar monumentalmente errático. Enquanto por um lado promove os investimentos de capital estrangeiro com eventos como o “Honduras is open for business”, por outro lado desalenta o investimento nacional e estrangeiro em se concentrar em um “terrorismo de Estado” contra quem conta com o capital para investir, e de uma classe média que faz o impossível para poder subsistir nestes tempos de calamidade, sem falar dos pequenos empresários que são uma espécie em vias de extinção.

Como se isto fosse pouco, o “terrorismo midiático” que com linguagem populista o senhor presidente inventa complôs para assassiná-lo e se expressa contra os que geram emprego e investem em nosso país, chamando-os de “ricos chorões”, não consegue diminuir a galopante taxa de desemprego, ao contrário, a única coisa que consegue é aumentá-la e afugentar o pouco com que contamos, sem mencionar que outro dos ganhos de seu “terrorismo midiático” é propiciar e tornar maior a brecha entre ricos e pobres, restando dignidade à pobreza e tornando os “ricos” culpados por todos os males de nosso país, sem aceitar que se estamos nesta situação é precisamente pela corrupção e impunidade com que por anos atuaram os políticos, auto-coadunando-se dívidas e anulando julgamentos por malversar o dinheiro do povo.

Somamos a este ensaio do fim do mundo a la hondurenha, o “terrorismo fiscal” que desalenta a poupança interna, contra todos os hondurenhos que com esforço chegaram a poupar a estratosférica soma de vinte mil lempiras, soma que os converte no alvo prefeito da Taxa de Segurança. Com um lempira o hondurenho compra gasolina e paga a taxa. O dono do posto de gasolina paga ao importador a gasolina e paga a taxa. A transnacional compra novamente combustível, e paga a taxa. Em outras palavras, do mesmo lempira pagamos todos, o que inevitavelmente nos leva a que, ao final, esse lempira termine desaparecendo nas mãos do governo e só ele sabe o que fará com ele.

Enquanto tudo isso acontece cada dia vemos nos jornais, com maior freqüência, a captura de policiais envolvidos em atos delituosos, policiais milionários com soldos de cinco mil lempiras, o que demonstra que nossa segurança está nas mãos de organismos que não oferecem a confiança necessária que o cidadão requer para viver com tranqüilidade.

Se a compensação deste simulacro do fim do mundo a la hondurenha não lhes parece suficiente, pensem em saúde, educação, relações exteriores, agro, segurança jurídica?

Se você não acredita que isto seja o fim do mundo, lembre que é somente um simulacro, a la hondurenha, e em 2012 já estaremos acostumados.



Tradução: Graça Salgueiro

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