Mídia Sem Máscara
| 11 Agosto 2011
Artigos - Terrorismo
O Primeiro Soldado Raso do Exército dos Estados Unidos, Nasser Jason Abdo, 21, foi notícia no último mês de agosto quando, argumentando que a sua fé islâmica contradiz servir nas forças armadas americanas, entrou com o pedido de status de objetor de consciência (C.O.). Referindo-se às atuais guerras americanas no Iraque e no Afeganistão, Abdo afirmou que a um muçulmano "não é permitido participar em uma guerra islâmica injusta. Todo e qualquer muçulmano que conhece a sua religião ... não deveria fazer parte das forças armadas dos Estados Unidos". Além disso, escreveu: "Não posso ser um soldado no Exército dos Estados Unidos e continuar sendo fiel ao Islã".
Abdo também fez declarações antiamericanas durante as aulas do idioma Pachto e listou o Conselho de Relações Americano Islâmicas (CAIR) em sua página no Facebook como um de seus "interesses e atividades". Ele também anunciou a sua intenção de deixar o exército, de combater a "Islamofobia" e "mostrar aos muçulmanos como podemos conduzir as nossas vidas. E tentar mostrar e colocar de forma positiva que o Islã é uma religião pacífica e cheia de bondade. Não somos todos terroristas, sabia"?
Em maio de 2011, Abdo adquiriu o status de C.O. (objetor de consciência). Mas também foi notificado que devido a uma investigação motivada pelas suas declarações antiamericanas, iria enfrentar uma audiência baseada no Artigo 32 (equivalente militar ao tribunal do júri) por fazer o download de 34 fotos de pornografia infantil no computador do governo. Abdo jurou defender-se dessa acusação e impugnar os motivos do exército: "Já se passaram quase dez meses que a investigação começou e só agora estou sendo acusado de envolvimento com pornografia infantil, justamente quando meu pedido de C.O. é aprovado. Acho que tudo isso parece um tanto suspeito".
Em 15 de junho, a audiência do Artigo 32 recomendou a corte marcial a Abdo por ter se envolvido em pornografia ilegal. Em 4 de julho, ele se tornou AWOL (ausente sem autorização) da 101ª Divisão Aerotransportada em Fort Campbell, Kentucky. Em 27 de julho, ele apareceu em Guns Galore, uma loja de armas em Killeen, Texas, perto de Ft. Hood, onde comprou armas, munição e materiais para produzir bombas. Também comprou um uniforme com insígnias do Ft. Hood em uma loja de saldos do exército.
Quando posteriormente naquele dia a polícia o deteve, um comunicado à imprensa do FBI relatou, "Abdo tinha em seu poder uma pistola calibre .40, munição, um artigo [da Inspire, revista de língua inglesa da al-Qaeda] intitulada "Faça uma bomba na cozinha da sua mãe", bem como componentes para a fabricação de bombas, incluindo seis garrafas de pólvora sem fumaça, cartuchos de espingarda, projéteis de fuzil, dois relógios, dois carretéis de fiação para automóveis, uma furadeira elétrica e duas panelas de pressão" Esses materiais em poder de Abdo correspondem exatamente aos "ingredientes" listados no artigo da revista Inspire sobre a maneira de fazer bombas.
Abdo confessou para o FBI que "planejava montar duas bombas no quarto de hotel usando pólvora e estilhaços embalados em panelas de pressão para detonarem dentro de um restaurante, não-especificado, frequentado pelos soldados do Fort Hood."
Quais eram seus motivos?
Dois se destacam: Ele confessou planejar matar soldados para "se vingar" dos militares, aparentemente por conta da corte marcial. Mas o seu objetivo maior era islamista, atacar os kafirs (não muçulmanos). Ele fazia declarações antiamericanas, lia a revista da al-Qaeda, elogiava o CAIR, condenava publicamente a "Islamofobia" e declarava que não podia lutar contra os camaradas muçulmanos. Guns Galore é a mesma loja que o Major Nidal Hasan comprou as armas que usou para matar 14 em Ft. Hood em novembro de 2009. No tribunal, Abdo gritou "Nidal Hasan—Fort Hood 2009" e "Anwar al-Awlaki" (guia espiritual de Hasan da al-Qaeda). Ele também clamou "Abeer Qasim al-Janabi—Iraque 2006," nome de uma menina estuprada e assassinada, naquele ano, por uma gangue de soldados da 101ª .
Esse caso destaca a profunda questão: o Islã é incompatível com servir ao governo dos Estados Unidos? O pedido de C.O. de Abdo e o seu pretenso terrorismo de forma oposta, mas de maneira complementar, sustenta o argumento de sua incompatibilidade. O exército dos EUA aceitou tacitamente o seu argumento concedendo a ele o status de C.O., uma decisão talvez influenciada pelos repetidos ataques muçulmanos contra as forças armadas dos Estados Unidos, incluindo o ataque com granadas de fragmentação do sargento Hasan Akbar no Kuwait, o ataque em massa de Hasan ao Ft. Hood e o ataque de Abdulhakim Mujahid Muhammad a um centro de recrutamento militar no Arkansas.
O consenso do exército com respeito a Abdo acarreta vastas implicações para o islamismo nos Estados Unidos, indicando que muçulmanos constituem uma quinta coluna e que não podem ser cidadãos leais. Eu discordo: muçulmanos podem ser americanos patriotas e soldados exemplares. Dito isso, o caso Abdo mais uma vez aponta para a necessidade de uma análise adicional dos muçulmanos, quer seja servindo no governo ou embarcando em aviões. É lastimável, é desagradável, mas a segurança de todos não pode fazer por menos.
Atualização de 2 de agosto de 2010: Eu apresento o que parece ser a mais completa descrição disponível sobre o caso Nasser Abdo em "Nasser Abdo: The Full Story", com uma entrada no Weblog de 2500 palavras iniciado há um ano.
The Washington Times, 2 de Agosto de 2011
http://pt.danielpipes.org/10037/soldado-islamista-terrorista
Original em inglês: Another Islamist Soldier Turns Terrorist in Texas
Tradução: Joseph Skilnik
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