sexta-feira, 2 de julho de 2010

O povo quer armas!

Mídia Sem Máscara

O fato é que o homem sempre usou armas para atacar e se defender. A idéia dos progressistas, relativamente nova em termos históricos, é de que a defesa pessoal, da família e do patrimônio não compete mais ao indivíduo, mas ao Estado.

O povo americano quer manter seu direito a usar armas de fogo:

A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu nesta segunda-feira que os estados federados não podem limitar ou proibir os cidadãos de possuir armas de fogo, como garante a Segunda Emenda da Constituição. Ao revogar uma proibição de Chicago (Illinois) sobre porte de armas de fogo, a máxima instância judicial americana declarou inconstitucional qualquer restrição nesse sentido por parte dos estados e dos governos locais. Em um duro golpe contra aqueles que buscam um maior controle das armas nos Estados Unidos, o juiz Samuel Alito disse que a Constituição é clara sobre o direito dos cidadãos de portar armas para sua defesa pessoal.

Depois do aborto e da pena de morte, o controle de armas talvez seja o tema mais divisivo e polêmico na sociedade atual. E com boa razão. Armas podem servir tanto para o bem quanto para o mal.

Por que proibir o direito de posse de armas para a defesa pessoal? A idéia daqueles a favor do controle é que, com menos armas, haveria menos crime. Também haveria menos acidentes com armas de fogo ou tragédias passionais, que ocorrem num ímpeto e muitas vezes são facilitados pela presença de armas. Também haveria menos atiradores malucos como os de Columbine e Georgia Tech.

A primeira afirmação (menos armas = menos crime) está longe de ser comprovada. Aliás, parece ocorrer exatamente o contrário. Tanto em Chicago quanto em Washington D.C., cidades que instituíram controle de armas, o crime aumentou durante o período de vigência da lei. É verdade, correlação não é causação: o aumento do crime poderia ter outros motivos. Mesmo assim, parece claro que o controle de armas não é a solução. Os números são quase todos a favor dos apologistas da arma.

Quanto a casos de crimes passionais, acidentes, ou tiroteios como os de Columbine, é possível que um controle mais rigoroso da posse de armas pudesse diminuí-los. Mas também devemos levar em conta que armas salvam vidas. Milhões de pessoas salvaram sua vida ou patrimônio do ataque de criminosos. Quanto a ataques como o de Columbine ou Georgia Tech, é como diz Thomas Sowell: todos os ataques de homens armados só chegaram ao fim com a ação de outros homens armados (sejam cidadãos ou policiais).

O que os "controladores" não entendem é o seguinte: por que alguém compra uma arma? Na maioria dos casos, não é por diversão. As pessoas se armam quando se sentem em perigo. Ou seja: armam-se para defender-se de outras pessoas com armas. Não houvesse ninguém com armas e más intenções, e o controle de armas seria desnecessário.

Em grandes cidades com alto nível de crime, uma arma pode ser um investimento útil. Isso sem falar em situações extremas como guerra, desastre ou crise geral das instituições, em que ter ou não uma arma é a diferença entre a vida e a morte.

De fato, paradoxalmente, um controle de armas funciona melhor em sociedades de baixo nível de crime. Em sociedades de alto nível de crime, tende a fracassar.

O fato é que o homem sempre usou armas para atacar e se defender. A idéia dos progressistas, relativamente nova em termos históricos, é de que a defesa pessoal, da família e do patrimônio não compete mais ao indivíduo, mas ao Estado. Disque 911 e reze para que os hômis cheguem a tempo, e não atirem em você por engano.

Eu não tenho uma arma e não sei atirar nem com estilingue. Mas acho que o controle de armas é um abuso proposto por pessoas que, em geral, estão bem protegidas por guarda-costas armados e carros blindados.

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