Mídia Sem Máscara
| 30 Junho 2011
Artigos - Religião
As dificuldades de conservadores calvinistas para denunciar colegas calvinistas e outros evangélicos com a mente contaminada pelas teses marxistas, pelo liberalismo teológico e pelo apoio a políticas totalitárias como o desarmamento.
Meu texto sobre o tabloide sensacionalista Genizah e seu esquerdismo provocaram repercussão entre os leitores. Um dos articulistas do tabloide, um pastor calvinista que diz que é conservador, visitou o site Mídia Sem Máscara, onde meu artigo foi reproduzido, exclusivamente para defender o dono do Genizah, Danilo "Marqueteiro" Fernandes, e seu espaço de colunista ali.
Ele também usou o exemplo do filósofo Olavo de Carvalho para defender sua presença no tabloide. Afinal, se o Olavo pode trabalhar em mídias seculares abertamente hostis aos cristãos, por que esse calvinista conservador não pode ser colunista no Genizah?
Mas há alguma semelhança entre o pastor calvinista "conservador" e o Olavo? Quando os cristãos conservadores são atacados pela mídia, o Olavo sempre toma o lado dos cristãos conservadores, sem temer perder espaço nessa mídia.
Em 2007, quando meu blog foi interditado pelo Google por pressão dos ativistas gays, o Olavo não ficou em cima do muro. Ele escreveu um artigo no Jornal do Brasil denunciando os ataques contra mim, e meu blog foi restabelecido. Quando jornalistas esquerdistas como Luís Nassif me atacaram, novamente o Olavo se levantou para me defender.
Contudo, quando recentemente o Genizah debochou do Olavo e de mim, onde estava o colunista conservador do tabloide, que não escreveu nenhum texto de apoio a nós? Onde estava ele? Viajando? De férias?
Mas, quando denunciei novamente o esquerdismo do Genizah, o pastor calvinista conseguiu arrumar tempo para ir até o Mídia Sem Máscara postar comentários defendendo o Danilo.
A presença dele nesse tabloide sensacionalista tem exatamente essa finalidade - defesa do Genizah - e está dentro das conveniências estratégicas de marketing do Danilo, tendo o único objetivo de dar uma aparência de "pluralidade", a fim de neutralizar a ação dos discordantes, que, ao verem ali um colunista que se diz conservador, caem no truque e pensam: "Não posso criticar o Genizah, pois um dos nossos está ali".
A principal estrela vermelha do Genizah
Apesar das aparências, o esquerdismo do Genizah é patente nas palavras e ações de Hermes Fernandes, um de seus principais colunistas. Hermes já "recebeu o Greenpeace para dar palestras em sua igreja", segundo informação do próprio Genizah.
De acordo com o livro "The Hidden Dangers of the Rainbow" (Os perigos ocultos do arco-íris), escrito pela Dra. Constance E. Cumbey, o Greenpeace de forma pública e arrogante se anuncia como a "Nova Era" (p. 42). O Greenpeace é esquerdista de cabo a rabo.
Em 2008, Hermes declarou apoio público a Fernando Gabeira, político homossexual que no passado era terrorista comunista e hoje defende a legalização da prostituição, maconha, homossexualismo e aborto.
Apesar dessas conexões, ele jura: "Não sou partidário nem da esquerda, nem da direita". Mas também desabafa no Genizah:
"Não vejo o regime socialista como um bicho-papão".
"Conheço o trabalho de alguns expoentes da Teologia da Libertação, e os respeito profundamente. Entre eles, Rubem Alves, Frei Betto, Leonardo Boff, e outros. Se lêssemos suas obras desprovidos de preconceito, encontraríamos verdadeiras pérolas".
Mesmo numa questão tão séria quanto a do PLC 122, que ameaça trazer perseguição religiosa a todo o Brasil, o Genizah adota posição liberal muitíssimo semelhante à de Bráulia Ribeiro, colunista do Genizah já refutada por mim. Em seu marxismo que finge neutralidade política, Hermes Fernandes declara sobre o PLC 122: "Faz-se um escarcel danado para que os crentes pensem que a tal 'ditadura gay' vai obrigar às igrejas a aceitarem e celebrarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo". A esquerda trata as ameaças do PLC 122 como mero delírio. Por que o Genizah agiria diferente?
A hipocrisia de Hermes foi ainda mais desmascarada quando ele cometeu o erro de lançar insultos ao Olavo de Carvalho como filósofo, recebendo dele uma resposta à altura.
O fato é que Hermes está agradando aos poderosos. Em 11 de maio de 2008, um tal de Comitê da Paz Mundial, que o blog pessoal do Hermes disse que é um órgão ligado à ONU, lhe deu o título de "Embaixador da Paz" (veja as fotos aqui). No mesmo ano, o Bispo Manoel Ferreira esteve em Washington DC para participar de uma conferência da paz ligada ao Rev. Moon e à ONU. "Embaixador da Paz" é um título amplamente concedido também pelo Rev. Moon, que tem extensas ligações com a ONU.
Esses dois títulos de "Embaixador da Paz" têm alguma ligação? Pelo que dá para ver, só a ONU, que é em si já é sinal suficiente de confusão. Outras confusões, inclusive doutrinárias, do Hermes estão documentadas aqui no blog Teóphilo Noturno.
Portanto, em vez de conservadorismo cristão, o que se vê no Genizah é um carnaval de liberalismo teológico, em que seus articulistas se sentem à vontade para dizer que seus "mentores são Ricardo Gondim, Caio Fábio, Ariovaldo Ramos e Ed René Kivitz". Junto com Robinson Cavalcanti e Paul Freston, esses figurões são a nata da versão evangélica da repugnante Teologia da Libertação.
Inocentes úteis
O espaço que Danilo dá para alguns articulistas menos progressistas é o espaço que ele precisa para disfarçar e proteger as intenções do seu tabloide. Com uma mão, ele infecta, junto com Caio Fábio e outros progressistas, a igreja com seu vírus vermelho gospel. Com a outra, ele apresenta os colunistas inocentes úteis, para desviar a revolta dos ingênuos. Daí, quando dizem: "Olha o Genizah pregando socialismo! Vamos deixar esse blog!" Então o Danilo aparece dizendo: "Peraí, minha gente. Não me deixem. Tenho aqui um pastor calvinista 'conservador' com a cara de vocês! Vou postar um artiguinho meio conservador para manter vocês calminhos e grudados aqui."
Os colunistas inocentes úteis têm uma função importante quando o Genizah é repudiado como esquerdista. No momento da crise com os leitores, eles são apresentados como prova da pluralidade e diversidade do tabloide. "Tão vendo? Não somos tão vermelhos".
Judas era um traidor, vigarista e ladrão. Mas a presença dele entre os apóstolos de Jesus Cristo não fazia deles uma gangue de traidores, vigaristas e ladrões. Da mesma forma, a presença de um conservador num tabloide sensacionalista com vigaristas esquerdistas não os torna conservadores, santos e apostólicos - se é que o que há no Genizah é realmente conservador.
Danilo "Marqueteiro" Fernandes adora posar de calvinista apologético defensor da fé cristã, enquanto ao mesmo tempo faz promoção de textos de ideólogos políticos como Robinson Cavalcanti (fundador do Movimento Evangélico Progressista, a maior entidade evangélica esquerdista do Brasil, aliada de Lula nas duas eleições presidenciais), Ed René Kivitz, Caio Fábio e outros, um dos quais alertou contra os perigos dos "Olavos de Carvalho e Júlios Severos da vida". Mas Danilo não é o único a sustentar um calvinismo progressista. Há também o dono da revista Ultimato e o ongueiro chefe do Rio de Paz. Ambos são calvinistas. Ambos têm o sangue "vermelho" correndo em suas veias e textos. Ambos têm seus inocentes úteis como "prova" de que não têm segundas intenções.
Quanto ao próprio Danilo, os frutos falam mais alto do que a cortina de fumaça "apologética": seu liberalismo teológico ajudou a prejudicar um jovem blogueiro com problemas sexuais, que acabou se tornando defensor da pedofilia.
Ajudando tiranos fortemente armados a desarmar os inocentes
O problema não é um, dois ou três escorregões esquerdistas, mas anos de envolvimento da Ultimato, Genizah e Rio de Paz nessa ideologia vermelha de encharcamento de sangue inocente, inclusive de cristãos.
Ultimato é a maior e mais antiga publicação evangélica esquerdista do Brasil, sempre pronta a ecoar e coletar apoio para causas socialistas como o desarmamento. Aliás, essa é a especialidade do Rio de Paz, que propõe que a população civil fique totalmente sem meios de se defender, sem se importar que tanto a Alemanha nazista quanto a União Soviética conseguiram alcançar essa meta antes de iniciarem suas campanhas estatais de subjugação e massacre de suas populações cativas. O desarmamento da população almejado pelo Rio de Paz é meta permanente do governo socialista do Brasil, cuja presidente tem ligações, em seu histórico e governo, com terroristas assassinos. De modo diferente, a meta do líder cristão verdadeiro é apoio ao desarmamento apenas dos criminosos, nunca dos cidadãos que precisam defender suas vidas e famílias.
A melhor solução contra a criminalidade e contra os tiranos é uma população que tenha todos os meios necessários para se defender. Ao calvinista Antonio Carlos Costa, dono do Rio de Paz, apresento o exemplo da Suíça, a terra de João Calvino, com sua tradição de armar toda a população civil. Anos atrás, respondendo a um convite do Rio de Paz, eu disse que só participaria de seu movimento se fosse plenamente garantido aos cidadãos seu direito de se defender e se o foco fosse o desarmamento apenas dos criminosos. Meu pedido jamais foi atendido.
Frei Betto, o queridinho do Genizah e Ultimato
O Rio de Paz tem só uma vantagem sobre seus companheiros de viajem. Até agora não citou nenhuma vez Frei Betto, que é sempre elogiado no Genizah e Ultimato. Betto, profundamente respeitado pelo esquerdista enrustido Hermes Fernandes, disse:
"Admito a descriminação do aborto em certos casos e sou plenamente a favor da mais ampla discussão em torno do aborto".
"A Igreja precisa prestar atenção ao legado de três grandes judeus que fizeram história: Jesus, Marx e Freud".
"Eu tenho certeza que um autêntico comunista é um cristão, embora não o saiba, e um autêntico cristão é um comunista, embora não o queira".
"O governo brasileiro é amigo de Cuba, é um aliado. Acho que o Brasil tem que ajudar Cuba e tem a obrigação moral e política de apoiar a Revolução Cubana".
"O Fidel [Castro] nunca diz que é ateu. É uma pessoa que respeita profundamente as religiões. Nunca em Cuba, uma Igreja foi fechada, em mais de 40 anos da revolução".
"A minha espiritualidade está muito centrada no exemplo de Jesus, sou uma pessoa apaixonada pelo testemunho e pelo exemplo Dele. Mas me enriqueci muito espiritualmente com contribuições, principalmente do budismo".
Em seu artigo intitulado "Lutar pela Implantação do Socialismo Até o Último Dia das Nossas Vidas", Frei Betto declara ousadamente:
"Não podemos de maneira alguma ficar à espera que um novo iluminado surja para fazer uma obra melhor do que a de Karl Marx. A obra do Marx é de suma importância para nossa atuação revolucionária, como a obra do Gramsci, como a obra do Che Guevara, como a obra de tantos outros companheiros que embora sejam menos conhecidos, mas têm obras importantes e companheiros que hoje, me permitam dizer, publicam ensaios de transcendental importância para a nossa luta".
Naturalmente, Betto é a favor do desarmamento e esse é um dos motivos por que ele ama Fidel Castro, ditador de uma ilha-prisão onde sua população de mendigos desarmados está à mercê de um tirano louco e sanguinário. O povo cubano é dócil e obediente como um medroso cão na coleira à mercê de um dono cruel e violento. E, naturalmente também, o Rio de Paz e sua campanha de desarmamento têm amplo apoio do governo da terrorista não arrependida Dilma Rousseff, do Genizah e todas as outras mídias evangélicas esquerdistas, inclusive a Ultimato. Parece nem lhes passar pela cabeça que o desarmamento da população civil é um dos pilares da tirania e do socialismo. Mesmo assim, é promovido pelo Rio de Paz, cujo dono se inspira em figuras esquerdistas antipáticas ao conservadorismo e amantes da subjugação da sociedade ao desarmamento tirânico.
Corporativismo calvinista
Apesar das incoerências do Rio de Paz com um autêntico calvinismo - sem mencionar autêntico Cristianismo -, um corporativismo calvinista estranho impede os calvinistas conservadores de denunciarem os óbvios males dos calvinistas Danilo "Marqueteiro" Fernandes, o dono da Ultimato e o dono do Rio de Paz. Mesmo sendo contra o desarmamento e outras ideias "progressistas", alguns deles preferem nem ficar em cima do muro quando a questão envolve amizade, citando de forma elogiosa seus colegas calvinistas entorpecidos por ideias recicladas diretamente do esgoto cerebral de Karl Marx. A mesma boca que condena o desarmamento tirânico lisonjeia seus promotores, como se fosse possível criticar o nazismo e lisonjear Hitler ou criticar o comunismo e lisonjear Stálin, Fidel Castro e Marx. "Porventura deita alguma fonte de um mesmo manancial água doce e água amargosa?" (Tiago 3:11 ACF)
Esse corporativismo provoca confusão entre os leitores:
* Eu vi esquerdismo e liberalismo no Genizah, mas não posso deixá-los, porque tem um articulista lá que é conservador.
* Eu vi esquerdismo e liberalismo na revista Ultimato, mas não posso criticá-los, porque o pastor da minha igreja a recomenda.
* Eu vi esquerdismo e liberalismo no Rio de Paz, mas não posso apontar seus erros, porque um dos pastores é amigo do pastor da minha igreja.
O corporativismo calvinista provoca vacilação entre líderes calvinistas e outros líderes evangélicos:
* Eu vi esquerdismo e liberalismo no Genizah, mas não posso deixá-los, porque tem um articulista lá que é meu amigo.
* Eu vi esquerdismo e liberalismo na revista Ultimato, mas não posso criticá-los, porque tem um articulista ali que prega na minha igreja.
* Eu vi esquerdismo e liberalismo no Rio de Paz, mas não posso apontar seus erros, porque tem um líder ali que dá palestras nos nossos congressos.
O que é que dá para dizer? Quem conhece o Evangelho precisa de Genizah, Ultimato e Rio de Paz?
Richard Wurmbrand, o pastor que foi torturado por amor ao Evangelho
Quando olho para o Evangelho, eu vejo Jesus. Só Jesus.
Mas quando olho para o Genizah, Ultimato e Rio de Paz, eu vejo marxismo, apesar da presença ali de um pastor calvinista que se diz conservador.
Quando olho para o marxismo, vejo mais de 100 milhões de homens, mulheres e crianças assassinados. É possível então um filho de Deus não sentir revolta contra uma ideologia que derramou tanto sangue inocente, inclusive de cristãos?
É por isso que não faço concessões aos protestantes que colaboram com o marxismo, mesmo quando há "conservadores" inocentes úteis no Genizah, Ultimato e Rio de Paz. Quando tive oportunidade de palestrar na VINACC anos atrás, proibi que os representantes da Ultimato vendessem suas revistas no salão de minhas palestras. Era mais do que justo fazer isso, pois a própria VINACC já havia assumido postura pública contra o comunismo.
Quando olho para o marxismo, vejo milhões de cristãos torturados e assassinados. O Rev. Richard Wurmbrand, pastor luterano de ascendência judaica, passou anos sendo torturado em prisões comunistas (assista aqui ao testemunho dele: http://www.youtube.com/watch?
Quando olho para o Genizah, Ultimato e Rio de Paz, vejo essa incoerência. Pisando na ameaça do comunismo, que quase se concretizou no Brasil, e colocando em dúvida o testemunho do Pr. Enéas Tognini, que alertou o Brasil contra o comunismo, o Genizah canonizou protestantes comunistas com a ajuda de "documentos" do Conselho Mundial de Igrejas, organização notória por suas ligações comunistas e hoje por suas conexões com ativistas gays, adeptos de religiões afros e ativistas políticas contra Israel.
Como dá para aliar a lealdade a Cristo e ao Seu Sangue derramado por nós com uma ideologia que derramou tanto sangue cristão?
Não é hora para ficar calado
Enquanto os calvinistas conservadores vacilam em criticar seus colegas calvinistas do Genizah, Ultimato e Rio de Paz, as denominações calvinistas da Europa e EUA estão, para a vergonha do Evangelho, sucumbindo diante do movimento ideológico homossexual, ao mesmo tempo em que os islâmicos estão contando com a esquerda para derrotar e ocupar lugares antes ocupados pelo Cristianismo. Cada vez mais abraçando a ideologia esquerdista, os evangélicos procuram não frustrar as intenções islâmicas.
Os calvinistas conservadores do Brasil têm um excelente conhecimento teológico e filosófico, mas se não se dispõem a usá-lo na guerra cultural, entregando a vitória de bandeja aos calvinistas esquerdistas dotados de conhecimento teológico e filosófico liberal.
Eu me alio de coração aos calvinistas americanos que defendem e vivem o homeschooling, um movimento que rejeita o controle do Estado na vida de nossos filhos. Na guerra cultural, essa é uma resposta firme, corajosa e necessária ao Estado. Mas o calvinismo brasileiro ainda nem conseguiu confrontar e denunciar publicamente os esquerdistas que estão em seu próprio meio.
As alianças, ligações e amizades com liberais teológicos comprometem o testemunho cristão, enfraquecem e até anulam a voz profética e no fim promovem a apostasia e o socialismo, que está ajudando a construir o reino do Anticristo na terra.
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