segunda-feira, 13 de junho de 2011

Uma tirania do bem

Mídia Sem Máscara

Se quer convencer alguém de alguma coisa, afirme que o planeta está esquentando, ou que é para ajudar as criancinhas do Nordeste, ou qualquer outra idéia bacana. É batata. As pessoas farão o que você quiser.

Proibiram as sacolinhas de plástico no supermercado, e a maioria das pessoas apoiou a medida. Da mesma forma, a tal lei anti-homofobia, que censura o discurso crítico contra os homossexuais, é aplaudida pela maioria das pessoas bacanas, e as leis antirracismo, que censuram o discurso sobre raça, já foram mais do que aprovadas com louvor pela maior parte da população.
É censura da brava: fale qualquer coisa que fique fora da norma do "politicamente correto", e você poderá perder seu emprego, ter sua carreira arruinada, ter que abandonar os estudos, quem sabe até ser preso. Mesmo que você seja um Prêmio Nobel.

Imagine que estivéssemos sob um governo de direita e saísse uma lei dizendo "é proibido falar mal da família cristã". As pessoas sairiam nas ruas para protestar, cantores da MPB criariam músicas satíricas cheias de insultos, e seria revogada em dois dias. Mas crie uma lei de censura ou proibição "do bem", isto é, progressista, e todos estarão de acordo.

Em uma entrevista décadas atrás, Aldous Huxley, autor de "Admirável Mundo Novo", disse que achava que ditaduras do futuro teriam uma diferença: os tiranizados estariam felizes e aplaudiriam a própria opressão. Ele estava correto. A grande sacada dos progressistas e globalistas foi primeiro convencer as massas de que alto é baixo, preto é branco, socialismo é liberdade, e que a tirania que sofreriam era para o seu próprio bem. Se quer convencer alguém de alguma coisa, afirme que o planeta está esquentando, ou que é para ajudar as criancinhas do Nordeste, ou qualquer outra idéia bacana. É batata. As pessoas farão o que você quiser.

Afirme que existe "uma causa maior", e você vai poder entrar no governo, roubar, sair do governo, enriquecer ilicitamente, e depois voltar novamente ao poder, sob aplausos ou ao menos total indiferença do público. Ensine que os criminosos são coitadinhos vítimas do sistema e que a culpa de tudo é da burguesia, e as pessoas aceitarão níveis hediondos de violência urbana sem reclamar. Alguns até se sentirão culpados e acharão o assalto e estupro justificado, e pedirão perdão a seus estupradores!

Em San Francisco, querem proibir a circuncisão. Ativistas gays até produziram uma história em quadrinhos que vem sendo acusado de antissemita. (San Francisco é a meca dos gays, e parece que eles preferem pênis não circuncisado). Mas imagine que a cidade quisesse proibir os brincos, ou os piercings, ou as tatuagens, ou até o corte do pênis inteiro no caso dos transsexuais. Seria um escândalo! Mas como é com religião, tudo bem. (Outra curiosidade do caso é a seguinte, dizem que é em nome das criancinhas, mas e o aborto? Circuncisar não pode, mas abortar sim? Estranho.)

Imagine um país no qual o governo colocasse produtos tóxicos na água ou no ar, drogando e entontecendo as pessoas para que se tornem pacíficos cordeirinhos. Sinistro, não é? Mas faça o contrário, aja do modo progressista e terá uma multidão de pessoas marchando pelas ruas em luta pelo sagrado direito de se intoxicar! Inunde os produtos alimentícios de hormônios e aditivos, mas coloque tudo numa embalagem bacana e venda numa loja da moda a preços abusivos e as pessoas vão amar e comprar mais e mais...

Quando a economia piorar e as massas começarem a ficar intranquilas, invente uma guerra ou algum escândalo sexual bobo para distrair. Aqui nos EUA, o grande escândalo do momento é de um deputado que mandou fotos de seu pênis para suas fãs no Twitter. Não se fala de outra coisa (o povo americano é meio infantilizado e adora escândalos sexuais). Enquanto isso, a dívida pública cresce, o dólar cai, o desemprego aumenta...

Do jeito que vai, o governo global em breve se tornará uma realidade. E as multidões sorrirão!

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