quarta-feira, 8 de junho de 2011

A nostálgica choradeira da juventude stalinista

Mídia Sem Máscara

É a mania louca e compulsiva do esquerdista misturar liberais e fascistas ao mesmo tempo, quando na verdade, o Estado de Direito tão consagrado em nossa sociedade, provém dos postulados da democracia liberal.

Carlos Molina é um personagem que aparece nos depoimentos da novela kitsch chamada "Amor e Revolução" do SBT, monumento de propaganda publicitária da rede de Silvio Santos, a respeito dos anos obscuros do regime militar. Este sujeito chega a choramingar por conta de sua juventude ter sido destruída numa época de suposta intolerância e maldade intrínseca das forças armadas. Nas palavras dele, a sua juventude não teve a liberdade das gerações passadas e futuras. Molina ainda esconde a realidade ao afirmar que lutava pela democracia: "Nós fomos espancados na rua, berrando pela democracia." Dos stalinistas aos trotskistas, passando por variadas relações de socialismos e comunismos, todos estes santarrões falam de "democracia". Mas a pergunta que não quer calar é: que modelo de democracia o Sr. Carlos Molina defendia? A democracia, na boca dos militantes de esquerda, é uma palavra etérea, vazia, escorregadia, oca de sentido específico.

Que bonitinho, não? Os homens que pegaram em armas para implantar um regime totalitário nos moldes de Cuba, da China e da União Soviética agora podem disfarçar à vontade, rendendo loas à democracia pela qual jamais lutaram. Ou na melhor das hipóteses, esquerdistas aceitam a democracia por questões puramente táticas, para novas tentativas de tomada do poder. Convém dizer, o Sr. Molina é o espírito da juventude do Komsomol, a adolescência stalinista por excelência. É um komsomol que se esqueceu de envelhecer. . .só falta soprar a corneta!

Eu não me supreendo quando encontro em seu blog as mesmíssimas bandeiras totalitárias e terroristas comuns da época do regime militar, só que com nova face e novos tiranos: apoio à ditadura de Hugo Chávez e à guerrilha das Farc, o grupo narcoterrorista da Colômbia. Como também agora é moda da esquerda bajular os terroristas islâmicos, em nome da liberdade. Tal é o teor ideológico do stalinista chorão que "berrava por democracia" no SBT!

Apesar das lágrimas de crocodilo, Molina ficou raivosinho por conta de um artigo que escrevi, Bando de hipócritas, publicado no dia 05 de junho de 2011, onde eu falava que a esquerda não tinha o menor senso de autocrítica, quando a questão é o seu passado. Ou melhor, a palavra "autocrítica" tem um sentido perigoso na época de Stálin: os russos chamavam essa palavra de "tchistikas", "purificação" ou mais, "expurgo". O partido-Estado reunia toda a massa de comunistas e não-comunstas e obrigava a cada membro a fazer sua "autocrítica", por fugir da pureza ideológica do regime. Claro que meu sentido de "autocrítica" é diferente. No entanto, da mesma forma que "democracia" é uma palavra artificial na boca de um comunista, o mesmo sentido se aplica a quaisquer outros termos. A esquerda fez "autocrítica" sim, mas porque perdeu a guerra. Sua "autocrítica" nada tem de moral: é puramente uma questão de análise política de como melhor vencer o inimigo.

Carlos Molina não se contentou em ficar zangado: escreveu um artigo, em resposta ao meu, intitulado "A Realidade é sempre pior do que retrata a novela", publicado em seu blog, também no dia 05 de junho de 2011, onde solta um bando de disparates contra mim. Neste ponto, esquerdistas são mestres em adjetivações. Isso aprenderam com Lenin e Stálin. E embora tentem publicamente renegar suas origens, na prática, seguem os mesmíssimos cacoetes mentais de seus mestres. No fundo do coração, um marxista é um leninista-stalinista em potencial. O vício mental está explícito nas primeiras palavras de Molina: "Lendo os pobres arrazoados sofistas escritos pelo Leonardo Bruno Fonseca de Oliveira, que em seu caricato "francesismo de salão" auto proclamou-se Conde Loppeux de la Villanueva, fiquei a pensar sobre o que leva um jovem vindo das camadas menos abastadas da população a ter posições tão conservadoras em relação a sociedade". Na cabecinha tosca do meu detrator, ser conservador ou socialista é apenas uma questão de conta bancária. Ou de categorias classistas. Não passa nessa pobre alma perdida que quer salvar o mundo e moldá-lo à sua imagem e semelhança algo como "coerência intelectual", "bom senso", "honestidade". Tudo se resume aos caprichos de categorias sociais abstratas ontologicamente boazinhas e malzinhas que disputam o poder no mundo. Claro que o Sr. Molina pertence aos "bons" e eu aos "maus". E quem disse que sou pobre? Isso acaso interessa?

E Carlos Molina solta o verbo:

"Ele, em um discurso paranóico, talvez até não percebido pelo próprio, já que não mais se assume enquanto o mortal Bruno, e sim enquanto um conde imaginário, ao tentar se colocar como porta voz da indigesta extrema direita neoliberal clerigal, na realidade não passa de mais um clone, de uma vítima do Olavo de Carvalho, o que de fato "criou" está forma distorcida e delirante de formatar a análise do que é histórico e social".

Resta saber por que o Sr. Carlos Molina leva tanto a sério um pseudônimo nobre, já que nunca me escondi por detrás dele. Deve ser os brios bolcheviques do rapaz. Mas eu não sou apenas nobre. Eu também sou "clerigal". O que significa? Que sou clero e legal? E por que será que o pessoal sempre associa ao Olavo de Carvalho, quando a questão é conservadorismo? Será que se esqueceram da TFP, do movimento monárquico, dos integralistas e dos liberais-conservadores?

E Molina espuma de raiva, mais uma vez:

"Na construção de seu pensamento maniqueísta, digno das masmorras da nada santa inquisição, em um artigo ele, em sua construção da argumentação de uma teoria conspiratória, foca como alvo de seu patológico ódio uma simples novela do SBT, cuja produção conta com parcos recursos e está é apresentada em um horário de baixa audiência, a Amor e Revolução".

Vamos ver se entendi a lógica: O meu detrator diz que sou uma espécie de "traidor da classe" por supostamente ser pobre e defender o conservadorismo. E só porque afirmo que a esquerda não tem arrependimento nenhum de seus crimes, o maniqueísta sou eu? Claro, claro, Molina é o melhor ser que existe na humanidade! Ele berra pela democracia e luta pelo socialismo! Isso porque criticar a postura de seus companheiros de terrorismo é como colocá-lo nas masmorras ou na fogueira da Santa Inquisição! E o maniqueísta sou eu!

Molina não se cansa de auto-vitimismo:

"O que apavora mais o Bruno e os demais vestais da seita do Olavo de Carvalho, embora incomode, não é a novela em si e seus personagens, mas são os depoimentos das pessoas, das reais vítimas diretas da ação dos criminosos aparelhos estatais clandestinos de tortura. Estes carregados de emoção, o que não poderia ser diferente, pois o resgate da memória pessoal e coletiva trás a tona os sofrimentos, dado a gravidade dos atos praticados contra estes por covardes e doentios agentes do estado travestidos de Torquemadas, e ilegalmente protegidos pelo manto sinistro e desumano da ditadura, pelo MP e pela Justiça que não cumprem o seu papel de resgate da justiça, como pela desinformação coletiva até os dias de hoje."

Eu sou maniqueísta, mas o articulista não consegue fugir das categorias simplistas de militares malzinhos e esquerdistas bonzinhos. Eu não ignoro as perseguições do regime militar. Todavia, ao que parece, o Sr. Molina faz questão de ignorar o que a guerrilha terrorista fez e o que ela significava em ameaça para o país.

Por outro lado, é interessante notar o sentimento de vingança e revanche contra os militares, quando houve um acordo mútuo entre as duas partes na Lei de Anistia. Em outras palavras, através de ardis, de manobras ilegais e até inconstitucionais, os ex-terroristas e militantes de extrema-esquerda querem punir os militares, rasgando princípios essenciais da democracia, como a irretroatividade penal, a prescrição e mesmo a própria Lei de Anistia. A grosseria e a arbitrariedade são flagrantes. A lógica da punição só se aplica aos militares. Neste aspecto, a imparcialidade, o contraditório e a ampla defesa foram para o espaço, já que só um lado se acha na razão de julgar o outro. A anistia é para quem explodiu bombas, sequestrou, roubou e matou pessoas no âmbito da guerrilha. No entanto, gente como Carlos Molina deve se achar eivado de pura santidade para exigir uma punição unilateral de um lado, quando na verdade sempre se isenta, senão se orgulha, de pertencer ao outro. Em suma, uma palhaçada e vigarice sem par! E ainda esse povo diz que Torquemada somos nós!

Mas a histeria moliniana não tem fim:

"Em seu artigo intitulado "Bando de hipócritas!" o Bruno, vulgo Conde, cobra das Forças Armadas o fato destas por "timidez" não se posicionarem contra a novela, pois quem até agora o fez foram apenas alguns sites de extrema direita e algumas associações que, como os sites, agrupam somente uma minoria de ex-militares, sendo que estes saudosos da ditadura hoje estão reformados e de pijama".

Eu não disse isso. Afirmei apenas que não há nenhuma proporção quando um fala e outro se cala. Isso está longe de ser honestidade no âmbito da memória histórica. Ademais, quem destoa do discursinho totalitário da esquerda, é proto-fascista, papagaio do Olavo de Carvalho, dentre outros. Ou quem sabe, colabora e participa dos instrumentos de repressão da CIA, do Departamento de Estado Norte-americano ou então da Operação Condor!

E Molina choraminga sobre a falta de liberdade do regime militar, nestes termos:

"A minha geração, a dos "filhos da ditadura", foi criada em um país onde todas as liberdades fundamentais a existência de um estado de direito tinham sido suprimidas e assim toda atividade que levasse a livre discussão das idéias, a manifestação coletiva ou individual e a organização da sociedade civil estavam proibidas ou sob censura. O ser humano é um ser social e sem as liberdades democráticas ele se torna o que?"

Para finalizar, já que o texto é redundante e enfadonho, o Sr. Molina faz aquele discursinho comunista típico que encontramos na propaganda soviética dos anos 30: "Outro ponto abordado pelo Bruno, vulgo Conde, que não passa de mais um aprendiz de protofascista neoliberal, foi o da democracia, o que para ele representa apenas o direito de votarmos de dois em dois anos em eleições parlamentares contaminadas pelo abuso econômico (massificação de propaganda dos candidatos da elite, compra de votos, etc.). Para nós da esquerda a democracia não é uma mera palavra com cunho eleitoreiro e sim algo com maior profundidade e ela se dá nas relações que construímos todos os dias discutindo de forma organizada nas nossas entidades civis sobre tudo o que afeta as nossas vidas e assim encontrarmos na luta enquanto coletivo os caminhos em busca da construção de um mundo melhor.

É a mania louca e compulsiva do esquerdista misturar liberais e fascistas ao mesmo tempo, quando na verdade, o Estado de Direito tão consagrado em nossa sociedade, provém dos postulados da democracia liberal. No entanto, Molina fala algumas asneiras monumentais e revela a quem serve. Ele já definiu claramente o seu conceito de "democracia". É pura forma de controle totalitário da sociedade, através de movimentos de massa do Estado-Partido, tal como havia nos países comunistas do Leste Europeu, da Rússia e de Cuba. Em outras palavras, as "entidades civis", "movimentos sociais", de forma organizada, controlam essa mesma sociedade civil através do Partido-Estado, seja em sua forma leninista ou sua forma da "revolução passiva" de Antonio Gramsci. É uma forma grotesca de totalitarismo disfarçada de participação política. Isso porque se percebe o quanto o Sr. Molina, dentro da lógica comunista e "proto-fascista" que acusa em mim, despreza a solenidade dos parlamentos ou da democracia representativa. "Democracia", por assim dizer, é tirania da maioria, controlada e organizada por movimentos de massa do Partido-Estado.

O modelo idealizado de "democracia" do Sr. Molina está muito mais próximo do bolchevismo ou do fascismo do que da tradicional concepção de democracia liberal parlamentar. Na prática, o seu posicionamento sectário, todo cheio de razão, não me espanta. É a forma como a esquerda se encara diante dos fatos. Nenhuma culpa, nenhum remorso, nenhuma capacidade de se olhar no espelho. Em resumo, o Sr. Carlos Molina é um embuste completo!

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