Mídia Sem Máscara
María Alejandra Peña Ramirez Esclusa | 23 Junho 2011
Internacional - América Latina
A seguir, a entrevista imaginária que, por motivo do Dia dos Pais, a filha do prisioneiro político venezuelano, Alejandro Peña Esclusa, escreveu.
Tanto as perguntas como as respostas foram elaboradas por María Alejandra Peña Ramírez, e por uma companheira de colégio, ambas com 14 anos de idade.
Chegamos ao SEBIN, no "El Helicoide", onde nosso querido Alejandro Peña Esclusa nos dá as boas-vindas com uma atitude de alegria e sorridente na sala de visitas. Nos sentamos em umas cadeiras a escutar suas respostas às nossas perguntas que não procuram fazer uma biografia, senão um conhecimento do mais abstrato e forte de Peña Esclusa, seus sentimentos e pensamentos. Assim, começa a entrevista.
Se um amigo lhe visita, qual a primeira coisa que lhe diz para explicar-lhe sua atitude de felicidade?
Eu sou um político dedicado, meus valores e princípios os tenho claros. Fiz fortes críticas ao atual governo, das quais não me arrependo, porque ele está levando a Venezuela para baixo. Sabia que algum dia meu destino seria estar aqui, por isso minha atitude, porque estava preparado para este momento e sei que quero conseguir meus sonhos. Tem que haver verdadeiros líderes políticos venezuelanos porque fugir não é a solução.
Alejandro, o que lhe inspira para dedicar sua vida à política e à Venezuela?
Desde pequeno fui um menino muito estudioso, sempre buscando o êxito. Meu sonho era ser um homem triunfador. Em minha juventude me graduei como engenheiro e já tinha um excelente trabalho; pensava que havia conseguido meu objetivo na vida, porém, apesar de ser feliz havia um vazio. Descobri a política e decidi fazer um caminho com ela; isto me permitiu saber que meu sonho era que a Venezuela progredisse. Isto soube preencher meu vazio. Construí uma família e agora me sinto o homem mais feliz do mundo. Agradeço a Deus por me dar o impulso para sair adiante e continuar na luta por meu sonho.
Qual é sua mensagem para sua família que está lá fora?
O que sempre lhes digo: eu sempre estive preparado para isto, do mesmo modo que minha amada esposa. Minhas filhas também estavam informadas e sabiam das conseqüências que minha luta contra o regime provocaria. Porém, apesar de tudo, eu quero que minhas filhas tenham um excelente futuro, que Deus é a base da vida. Família: vocês devem ser fortes! Ânimo, tenham esperança!
Qual é a primeira coisa que você vai fazer quando sair da prisão?
Agradecer a Deus e à Virgem de Guadalupe por todas as coisas boas. Porém, sem dúvida, quero fazer uma viagem com minha família para um lugar onde possamos compartilhar, um lugar que nos dê liberdade e onde valorizemos que, depois de tanto tempo, estamos juntos em lugar lugar bonito.
Que futuro você quer para a Venezuela?
A Venezuela é um país com muito potencial, é excelente em recursos e no social. Sei que é difícil a Venezuela sair adiante, uma vez que neste momento estamos passando por muitas tragédias, mas nada é impossível. Uma vez que o país se posicione em um boa mudança e num bom caminho, será mais simples seu desenvolvimento. Meu sonho é que a Venezuela seja um país livre e justo, onde se construam grandes coisas e onde seja um prazer viver. Quero liberdade para o meu país.
Você acredita que a crença que tem em Deus serviu para algo em sua vida?
Deus, minhas filhas e minha esposa foram o maior presente. Minha existência devo-a a Deus. Cada vez que me levanto de manhã o faço com a força que Deus e minha família me dão. Sou um homem afortunado, tudo graças a Deus. Crer nEle foi o melhor que pude fazer. Ele constitui meu espírito e a esperança de que há um amanhã melhor. Deus é quem me dá a força e para mim, o maior presente, é saber que cada vez que olho nos olhos de minhas três filhas, Mace, Angie e Mariale, vejo o reflexo de Deus.
Tradução: Graça Salgueiro
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