domingo, 10 de agosto de 2008

Como superar a barreira da ignorância coletiva?

Domingo, Agosto 10, 2008

Como superar a barreira da ignorância coletiva?

Edição de Artigos de Domingo do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Arlindo Montenegro

Avançam a marcha os intentos dos que promovem a socialização do País. Roraima, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, o Pará, Paraná, Rio Grande do Sul e mais recentemente o Espírito Santo têm conhecido a violência do MST (braço armado do PT), a truculência de agentes do Incra e até de agentes da Polícia Federal (em Roraima especificamente).

Multiplicam-se os grupos do MST e das bem treinadas guerrilhas da Liga dos Camponeses Pobres que, somente em 2007, matou 22 pessoas. Todos bem treinados por assessores das Farc. A Liga já domina diversas áreas no Pará, Rondônia e Minas Gerais. São 20 dezenas de acampamentos e 15 bases onde não entra nem a polícia.

Dominam a estrada aberta na mata, uma ‘rota de fuga’ conhecida como transcocaineira, que atravessa todo o estado de Rondônia até a fronteira boliviana. Nas estradas, fazem emboscadas e cobram pedágio de caminhões que transportam madeira. Apresentam-se bem armados com fuzis modernos e com o rosto coberto. Como os comparsas do MST, não existem de direito. Para o governo são ‘companheiros’ do movimento social.

O Governo e seus agentes institucionais estão sabendo. Mas parece que há um pacto para respeitar os movimentos sociais, como são chamados os grupos que atuam fora da Lei com a finalidade de amedrontar, intimidar aqueles que chamam de elite burguesa (todos os que se matam dia e noite para trabalhar, ganhar dinheiro, pagar impostos crescentes, organizar a produção no campo ou na cidade).

A imprensa, os formadores de opinião pública em todas as áreas, também sabe. Mas parece que há um pacto para informar de modo suave, de modo a desviar a atenção e descriminalizar as ações dos que se autodenominam lutadores em defesa dos ‘seres humanos’ que querem destruir propriedades produtivas e outras pessoas que, segundo os humanistas marxistas, não podem ser punidos.

Heitor de Paola, em recente artigo lembra as palavras de Giocondo Dias, ex secretário geral do PCB: "Uma das maiores alegrias de um comunista é ver na boca dos burgueses, nossos adversários, as nossas palavras de ordem”. Para os comunistas, palavras de ordem são senhas que identificam os camaradas entre si.

Estas “senhas”, “palavras de ordem” estão presentes na interpretação da notícia cotidiana e constituem integram o dicionário vocabulário preferido dos jornalistas, exceto de uns poucos turrões que ainda subsistem nesta selva de interesses ou nos blogs que buscam a verdade e a informação livre. Os poucos que ainda defendem a Democracia pensando Brasil.

O povo, nos locais onde estas organizações terroristas atuam, anda cabreiro, medroso e desamparado. Mas que eco pode ter a necessidade de tabaréus iletrados que vivem nos matos? Para os letrados metropolitanos, o interesse maior é saber quem matou quem na novela, talvez saber que a violência urbana, somente em São Paulo já atingiu mais de 1000 homicídios por ano, que são roubados 10 carros por dia somente num bairro, ou reclamar das contas de telefonia, preço dos alimentos, sem ligar minimamente as atribulações pessoais com a política e a condução da economia.

Afinal, vencer na vida (ou seja sobreviver com dignidade) tornou-se uma questão de fé. “Com fé em Deus, vou arrumar um emprego!” – traduzindo: com fé em Deus, vou ganhar o pão de cada dia, vou pagar as contas, vou educar meus filhos – uma questão de subsistência no ambiente da economia centralizada. Economia centralizadora dos resultados e mercantilista das ferramentas do saber para emancipação, das sementes mentais e materiais para a melhor colheita. Deus, antes concebido não mais como Poder Universal, que regenere o espírito humano para as melhores escolhas frente à bestialidade, foi reduzido a uma palavra de ordem dogmática elaborada pelos dos que percebem e reconhecem apenas a matéria.

A construção continuada de uma sociedade democrática pressupõe a concepção de Deus como freio da parte animal, como presença que identifica no outro um igual. Pressupõe fé verdadeira e harmonia com os movimentos naturais. A democracia implica em educação, civismo, gentileza, amor, perdão e ajuda mútua. No trato com ou outros, implica em ética. Costumes fundamentados no profundo respeito humano e tolerância para corrigir as fragilidades improdutivas. Comportamentos que afastam a violência agressiva, mas defendem a vida com força inteligente.

Recentemente circulou a notícia de um jornal estrangeiro que citava o Brasil como potência socialista. Fiquei pensando: o que será que estão querendo vender para os incautos? A vitalidade do capitalismo, adotada pela Rússia, China ainda não é significativa em termos de liberdades democráticas. A economia dos Estados Unidos é a maior economia do Planeta. Maior que a soma das economias do Japão, Inglaterra e Alemanha.

É o que nos lembra o Doutor em Economia Thomas Sowell (v. site www.townhall.com) acrescentando que foi na Europa que se desenvolveram as trágicas “experiências” do nazismo, do fascismo e do comunismo. Podemos “aprender muitas coisas de outros países” sejam europeus, asiáticos ou de qualquer parte “mas querer imitar os europeus quando eles não estão tão bem quanto os americanos, não faz o menor sentido”.

Por aqui sempre estivemos debruçados à janela esperando as novidades da Europa. A cultura democrática nos EUA interage com a economia capitalista americana, corrige erros e reforça as instituições. O europeu Winston Churchil dizia que “A democracia é a pior forma de governo, por isso é superior a todas as formas de governo experimentadas”. É duro ter de estudar para eleger quem são os amigos, quem pode dar lições. É menos difícil e trabalhoso – mais alegre, irresponsável e despreocupado até – repetir “palavras de ordem”. Ou querer copiar a União Européia para a América Latina para dissociar-se da liderança dos EUA.

O secretário da Defesa Social de Alagoas, Paulo Rubim, declarou que: "Em prefeituras e regiões onde estes políticos têm base eleitoral, não há disputa no voto. A disputa é na bala". "Nestes municípios nem se criou oposição, não há partido de oposição que forme um líder. Se alguém começa a se manifestar, desaparece".

E não é somente nas Alagoas. Este procedimento ente políticos é corrente onde imperam velhas famílias oligarcas pelo interior do Brasil. E é apenas uma das formas de luta, para referir a linguagem do ideólogos socialistas no poder. Eles são socialistas, querem concentrar o poder e os resultados do trabalho nas mãos de uns poucos. O Brasil não é, ainda, uma potência socialista. Mas a revolução socialista está em marcha!

Ética para eles é qualquer atitude, comportamento, mentira que afirme seu poder e controle. Para atingir seus objetivos vale tudo. “Os fins justificam os meios”. E não há qualquer lugar para oposicionista. Este negócio de democracia é conversa mole. O civismo foi substituído pelo conceito de cidadania, isto é, organização dentro do partido e grupos satélites, obedientes às palavras de ordem que mobilizam o coletivo. A individualidade é coisa proibitiva, anti revolucionária. Aqui não cabe contestação.

Qualquer semelhança com notícias, novelas e com o que ensinam nas escolas do Brasil, não é mera coincidência. A ignorância coletiva está na ordem do dia. Os poderosos querem perpetuar e aprofundar... (complete como quiser!)

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Alerta Total de Jorge Serrão

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