Segunda-feira, Agosto 18, 2008
Alerta Total
Pelo menos 175 ex-militares já ingressaram na Justiça Federal em Brasília com ações contra a União pedindo indenização por danos morais, físicos e psicológicos sofridos durante o combate à guerrilha do Araguaia, na primeira metade dos anos 70.
Alegam que, por ordem superior, tiveram que participar da captura, guarda e morte de guerrilheiros do PC do B.
Outros 425 ex-militares estão prestes a entrar com ações indenizatórias idênticas.
Alta indenização
Em média, cada militar pede R$ 500 mil de ressarcimento, o que soma quase R$ 300 milhões.
Eles sustentam que, passados 33 anos do extermínio dos guerrilheiros, ainda apresentam seqüelas psicológicas originadas do trabalho realizado na Amazônia.
Segundo eles, tudo aconteceu sem treinamento prévio, sem orientação adequada e em condições insalubres.
Desgoverno nega
A Advocacia Geral da União não reconhece o direito dos ex-militares de pedir indenização.
Para a AGU, os episódios do Araguaia prescreveram cinco anos após os enfrentamentos, e os ex-militares não conseguem comprovar os danos.
A contra-argumentação da defesa é de que a prescrição deveria valer a partir da divulgação de documentos oficiais sobre a guerrilha.
Caso rende...
Em 1982, parentes de vítimas da repressão à guerrilha do Araguaia entraram com processo na Justiça contra a União.
Eles reivindicavam que o Exército apresentasse documentos para que pudessem obter atestados de óbitos dos parentes mortos.
No entanto, até hoje os arquivos da guerrilha não foram abertos e não se sabe com clareza o número de mortos e o local onde estariam os corpos de desaparecidos.
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