Mídia Sem Máscara
| 05 Junho 2009
Internacional - Estados Unidos
Graças a ele, a al-Qaeda conhece as técnicas secretas de interrogatório à disposição das agências de inteligência americanas e pode treinar seus agentes para suportá-las-ou melhor, a al-Qaeda poderia fazer isso, se elas já não tivessem sido banidas.
Se a al-Qaeda, o Taliban e o resto da tropa de malucos ainda quiserem matar os Estados Unidos na porrada, é melhor que eles ataquem logo e corram para pegar uma parte da ação antes que o próprio Barack Obama termine o serviço. Nunca na história dos Estados Unidos um presidente trabalhou tão ativamente contra os interesses do seu próprio país-nem mesmo Jimmy Carter.
O problema de Obama é que ele não sabe quem é o inimigo. Para ele, o inimigo não está agachado nas cavernas do Waziristão, agarrado a armas automáticas e recitando os versos mais militantes do Corão: em vez disso, o inimigo está à toa em tea parties no Kentucky fazendo citações da constituição americana. Obama não está em guerra com os terroristas, mas sim com seus compatriotas republicanos. Ele nunca abandonou os palanques da campanha.
É por isso que ele abriu a caixa de Pandora ao publicar as opiniões legais do Departamento de Justiça sobre o waterboarding e outras técnicas agressivas de interrogatório. Ele subordinou cinicamente o interesse nacional ao seu desejo partidário de embaraçar os republicanos. Em seguida, ele teve de correr a Langley, na Virgínia, para tentar restaurar a confiança de uma CIA desmoralizada que tinha acabado de descobrir que o presidente dos Estados Unidos era um inimigo ainda mais formidável que a al-Qaeda.
"Não fiquem desencorajados pelo que tem acontecido nas últimas semanas," ele disse aos oficiais de inteligência. Ele está brincando? Graças a ele, a al-Qaeda conhece as técnicas secretas de interrogatório à disposição das agências de inteligência americanas e pode treinar seus agentes para suportá-las-ou melhor, a al-Qaeda poderia fazer isso, se elas já não tivessem sido banidas.
Então, na próxima vez que um chefão da al-Qaeda for capturado, tudo o que CIA pode fazer é perguntar-lhe polidamente se ele se gostaria de revelar quando um grande centro populacional será atingido por um show de terrorismo, ou qual cidade americana está prestes a ser exposta à radiação de uma bomba suja. A visão que você terá da situação será ditada por um critério simples: o fato de você ter visto, ou não, pessoas se jogando das torres gêmeas.
Obama prometeu à sua platéia na CIA que ninguém seria processado por ações passadas. Isso já foi desmentido por grupos esquerdistas com a ambição revanchista de pôr republicanos, encabeçados, se possível, por Condoleezza Rice, no banco dos réus. Isso é que é brincar de política partidária com a segurança nacional. Martin Scheinin, o relator especial de direitos humanos da ONU, afirma que figurões, incluindo o ex-vice-presidente Dick Cheney, poderiam enfrentar processos no exterior. Reflita sobre isso-uma vez que você tiver superado a dificuldade de localizar a ONU e os direitos humanos numa mesma dimensão.
O presidente Boiola Obama deveria ter pensado duas vezes antes de sentar para jogar pôquer com Dick Cheney. O ex-vice-presidente acredita que os documentos foram publicados de modo seletivo e que a liberação de mais deles provará quão efetivas eram as técnicas de interrogatório. Sob a administração de Dubya, não houve mais atrocidades em solo americano depois de 11 de setembro.
As recentes viagens internacionais do Presidente Boiola, que se aconchegou a todos os bandidos, excitou as ambições dos inimigos da América. Eis, eles perceberam, um otário que eles podem depenar. Os únicos inimigos dele são seus compatriotas americanos. O que sugere a pergunta: por que o Presidente Boiola odeia tanto os Estados Unidos?
*Gerald Warner é colunista do jornal inglês Telegraph.
Publicado originalmente em: http://blogs.telegraph.co.uk/gerald_warner/blog/2009/04/24/barack_obama_and_the_cia_why_does_president_pantywaist_hate_america_so_badly
Tradução: Alessandro Cota
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