Mídia Sem Máscara
| 16 Junho 2009
Internacional - Estados Unidos
Em seu importante discurso ao mundo muçulmano na semana passada, Obama parecia estar falando em código - ele ou os autores de seu discurso sabiam disso. Ele disse: "Como nos diz o Santo Corão: 'Sede conscientes de Deus e falai sempre a verdade'". Superficialmente, isso parece inocente o suficiente. Mas aqueles de nós que entendem o islamismo, o estudaram, o noticiaram e analisaram, entendem o contexto também.
Aguardei uma semana para escrever este artigo.
Às vezes quando achamos um assunto quente, é melhor aguardar um tempo.
De qualquer forma, é o que minha esposa me diz.
Veja, aguardei uma semana inteira para tratar do discurso de Barack Obama em Buchenwald, e estou tão maravilhado com sua insensibilidade e hipocrisia quanto eu estava no próprio dia em que o ouvi.
Houve uma fala nesse discurso que merece alguma atenção especial. Não vi ninguém mais apontar para ela ainda. Para entender sua impropriedade, temos de lembrar onde é que foi feito. E temos de levar em consideração que esse foi um discurso preparado. Os discursos presidenciais, principalmente os que são dados em países estrangeiros, são escrupulosamente checados, revisados, reescritos, editados e cuidadosamente redigidos para o presidente, que segue tudo o que está no teleprompter. Pelo menos presumo que foram.
O discurso foi dado em Buchenwald, um dos campos de concentração mais famosos operados pelos nazistas, um lugar em que umas 56.000 pessoas, a maioria judias, foram assassinadas no que Adolf Hitler esperava seria a "solução final" para o "problema judaico".
Esta é a fala chocantemente inacreditável que pegou minha atenção - uma fala que foi de mau gosto tão grande que não dava para ter sobrevivido ao olhar examinador de competentes autores e editores de discursos, a não ser que havia alguma intenção por trás. A fala de Obama é a seguinte: "Estamos hoje aqui porque sabemos que este trabalho ainda está inacabado".
Ora, não diga que estou tirando essa fala do contexto. Sei que estou. Entendo o contexto - que a luta continua contra aqueles que negam o Holocausto.
Apesar disso, considerando o contexto de Buchenwald - o "trabalho" repugnante que foi feito ali, essa sentença jamais deveria ter saído no rascunho final.
Há também contexto para o governo de Obama que não dá para ignorar.
Este é um presidente que, dias antes, sugeriu que o Irã, um país cujas autoridades mais elevadas negam o Holocausto e permanecem leais à noção de Hitler de uma solução final para o problema judaico, tem o direito absoluto de ter poder nuclear. O Irã é umas das grandes potências petrolíferas do mundo. O Irã necessita tanto de poder nuclear para suas necessidades de energia quanto os esquimós precisam de refrigeradores.
O Irã tem buscado poder nuclear por uma razão e uma só - ameaçar a existência do Estado judaico de Israel.
Enquanto afirmou o direito do Irã ao poder nuclear, e inevitavelmente armas nucleares, Obama também fez pouco caso de visitar Israel em sua viagem ao Oriente Médio. Mas ainda piores são as políticas decididamente anti-Israel que o governo de Obama vem seguindo desde que ele assumiu o governo em 20 de janeiro.
O contexto aqui é que Obama quer dividir Jerusalém, dizer aos judeus onde eles podem viver em seu próprio país, dilacerar o menor e mais livre país de todo o Oriente Médio e dar ajuda e consolo aos inimigos de Israel de um modo que quase nunca se imaginou mesmo durante o governo horroroso de Jimmy Carter, o odiador em boa fé de judeus.
A mais recente desgraça envolveu a escolha da ministra Janet Napolitano, do Ministério de Segurança Nacional de Obama. Ela nomeou Kareem Shora para seu conselho de assessores oficiais. Shora é a diretora do Comitê Árabe-Americano Anti-Discriminação, cujos líderes rotulam os assassinos muçulmanos de guerra santa como "heróis" e negam que o Hamas seja uma organização terrorista.
Mas a situação é pior.
Em seu importante discurso ao mundo muçulmano na semana passada, Obama parecia estar falando em código - ele ou os autores de seu discurso sabiam disso.
Ele disse: "Como nos diz o Santo Corão: 'Sede conscientes de Deus e falai sempre a verdade'". Superficialmente, isso parece inocente o suficiente. Mas aqueles de nós que entendem o islamismo, o estudaram, o noticiaram e analisaram, entendem o contexto também.
Obama estava lendo do capítulo 9, versículo 119, do Corão. A própria passagem seguinte continua: "Nem os habitantes da cidade, nem seus vizinhos árabes ficarão para trás do mensageiro de Deus [quando ele se mobilizar para guerra]. Nem darão prioridade a seus próprios assuntos particulares, em detrimento do apoio a ele. É por isso que eles não sofrem nenhuma sede, ou qualquer esforço, ou fome na causa de Alá, ou dão um só passo que enfurece os descrentes, ou inflige alguma dificuldade sobre o inimigo, sem lhes ser registrado como crédito. Alá jamais deixa de recompensar aqueles que operam justiça".
Esse é o contexto dessa citação aparentemente inócua que é realmente reverenciada pelos muçulmanos que fazem guerra santa no mundo inteiro.
Por isso, lhe pergunto, será que estou realmente tirando as palavras de Obama em Buchenwald fora de contexto? Ou será que sou o único que as está vendo em contexto?
Joseph Farah é editor-chefe do webjornal World Net Daily - http://wnd.com
Traduzido e adaptado por Julio Severo.
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