sábado, 6 de junho de 2009

O capitalismo americano se foi com um gemido

Mídia Sem Máscara

Aparentemente, ainda que tenhamos sofrido 70 anos desse show de horrores financiado pelo Ocidente, nada sabemos, tais bêbados tolos russos que somos, então que nossos "sábios" tolos anglo-saxões encontrem a estultice de seu próprio orgulho.

Deve-se dizer que, como no rompimento de uma grande barragem, a queda americana no marxismo está acontencendo com velocidade alucinante, em oposição ao pano de fundo de um rebanho ─ digo, povo ─ passivo e indefeso.

É verdade, a situação foi bem preparada ao longo do século passado, especialmente nos últimos vinte anos. O primeiro campo de testes foi nossa Sagrada Rússia, e foi um teste sangrento. Mas nós russos não iríamos simplesmente ir em frente e desistir de nossas liberdades e nossas almas, independente de quanto dinheiro Wall Street derramasse nas mãos dos marxistas.

Estas lições foram aprendidas e usadas para devidamente preparar o povo americano para a rendição de suas liberdades e almas aos caprichos de suas elites e melhores.

Primeiro, a população foi emburrecida através de um sistema educacional politizado e abaixo da média baseado em cultura pop ao invés dos clássicos. Os americanos sabem mais sobre seus dramas televisivos que sobre o drama em Washington que afeta diretamente suas vidas. Eles ligam mais pro "direito" de deglutir um hambúrguer McDonalds ou BurgerKing do que pra seus direitos constitucionais. E então eles se voltam para nós e nos passam lições sobre nossos direitos e nossa "democracia". O orgulho cega os tolos.

E então a fé deles em Deus foi destruída, até que suas igrejas, todas as dezenas de milhares de diferentes "ramos e denominações" se tornaram mormente pouco mais que circos dominicais e seus tele-evangelistas e seus maiores mega-pregadores protestantes ficaram mais que felizes em vender suas almas e rebanhos para estar no lado "vencedor" de um ou outro político pseudo-marxista. Seus rebanhos podem reclamar, mas quando esclarecidos que estariam no lado "vencedor", mais rápido que nunca rejeitam Cristo com esperanças de poder mundano. Até as nossas igrejas Sacras Ortodoxas são escandalosamente liberalizadas na América.

O colapso final veio com a eleição de Barack Obama. Sua velocidade nos últimos três meses foi realmente impressionante. Seus gastos e impressão de moeda foram recordes, não apenas na curta história americana, mas no mundo. Se continuar assim por um ano mais ─ e não há sinais de que não continue ─ a América parecerá, na melhor hipótese, a República de Weimar e, na pior, o Zimbábue.

Estas últimas duas semanas foram as mais alucinantes. Primeiro veio o anúncio de um remodelamento planejado do bizantino sistema tributário americano pelos mesmos ladrões que o usaram para financiar seus roubos, prejuízos e fraudes de centenas de bilhões de dólares. Eles fazem nossos oligarcas russos parecerem, em comparação, pouco mais que pivetes. Sim, os americanos venceram nossos ladrões em volume bruto. Deveríamos parabenizá-los?

Estes homens, é claro, não são um quadro eleito, mas consistem de homens de confiança coletados dos mesmos oligarcas financeiros e caterva que agora se esbaldam em trilhões de dólares americanos, em um estímulo atrás de outro. Eles também estão usurpando os direitos, deveres e poderes do parlamento americano. Novamente, o congresso opôs pouco mais que um gemido a seus donos.

E então veio a ordem de Barack Obama para que o presidente da GM (General Motors) saísse da liderança de sua empresa. É isso mesmo, caro leitor: na terra dos "puros" livres mercados, o presidente americano agora tem o poder, o poder auto-investido, de despedir presidentes de empresas e, podemos supor, outros empregados, ao seu bel-prazer. Pra cá, pra lá, o centurião comanda seus esbirros.

Então não surpreende que o presidente americano prossiga com uma "ousada" jogada de declarar que ele e outro grupo escolhido de patetas não-eleitos escolhidos remodelarão agora a indústria automotiva inteira e serão até mesmo a garantia de políticas automobilísticas. Tenho certeza de que, dada a chance, eles alegremente a remodelariam para o resto do mundo também. O Primeiro Ministro Putin, menos de dois meses atrás, alertou a Obama e a Blair do Reino Unido para não seguirem o caminho do marxismo, ele só leva ao desastre. Aparentemente, ainda que tenhamos sofrido 70 anos desse show de horrores financiado pelo Ocidente, nada sabemos, tais bêbados tolos russos que somos, então que nossos "sábios" tolos anglo-saxões encontrem a estultice de seu próprio orgulho.

Novamente, o público americano engoliu isto com algo que mal foi um gemido... mas um gemido de "homem livre".

Então, deveria pois ser alguma surpresa descobrir que o Democraticamente controlado Congresso da América está trabalhando para passar um novo regulamento que iria dar ao departamento do Tesouro americano o poder de definir salários máximos "justos", avaliar desempenho e controlar como empresas privadas dão aumentos e bônus? O senador Barney Franks, um pervertido social gozando de sua homossexualidade (é claro, no meio da norma social americana moderna e iluminada, assim como na do Ocidente em geral, homossexualidade não é apenas uma opção de vida não desprezada, como freqüentemente também louvada como uma virtude) e seu iluminismo marxista, esteve à frente neste esforço. Ele frisa que isto afeta apenas empresas que recebem financiamentos do governo, mas é retroativo e, levado a um extremo lógico, incluiria qualquer empresa ou indústria que tenha recebido uma isenção ou incentivo.

Os donos russos de empresas americanas deveriam meditar sobre isto e sobre a opção de fechar suas instalações e fugir da terra dos Vermelhos o mais rápido possível. Em outras palavras, depenar enquanto ainda vale algo.

O americano orgulhoso irá cair nesta escravidão sem lutar, batendo em seu peito e proclamando ao mundo o quão livre ele realmente é. O mundo apenas rirá.

Publicado originalmente no blog do autor, Stanislav Mishin - http://mat-rodina.blogspot.com/

Republicado no Pravda: http://english.pravda.ru/opinion/columnists/107459-0/

Tradução do inglês: David B. Carvalho

Nenhum comentário: